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ARTIGO VERA

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PEDAGOGIA
VERA LÚCIA DE ALMEIDA
A IMPORTÂNCIA DA CRECHE PARA A SOCIEDADE E PARA O DESNVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS
Penápolis
2017
VERA LÚCIA DE ALMEIDA
A IMPORTÂNCIA DA CRECHE PARA A SOCIEDADE E PARA O DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS
Projeto de Conclusão de Curso apresentado à UNOPAR – Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de licenciado em Pedagogia.
Penápolis
2017
ALMEIDA, Vera Lúcia. A Importância da creche para a sociedade e para o desenvolvimento infantil.2017. 28 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação – Pedagogia) – Sistema de Ensino Presencial Conectado, Universidade Norte do Paraná, Cidade, 2017.
RESUMO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso discorre sobre a temática da Importância da Creche para a sociedade e para o desenvolvimento da criança. O tema escolhido mostra a importância da instituição “Creche” e o seu principal objetivo é analisar o cuidado oferecido pelas creches e também contribuir com elementos que possam subsidiar a importância das mesmas no desenvolvimento das crianças. O trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica, pois a mesma oferece meios que auxiliam na definição e resolução dos problemas já conhecidos, como também permite explorar novas áreas onde os mesmos ainda não se cristalizaram suficientemente. Sob a luz de importantes teóricos, como: ANTUNES, VIVEIROS, OLIVEIRA, RIZZO, CAMPOS, REGO, entre outros, foi constatado que as creches além de prestar cuidados físicos, elas criam condições para seu desenvolvimento cognitivo, simbólico, social e emocional.
Palavras-chave: Creche, sociedade, desenvolvimento infantil
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Creche é uma instituição social, cujo objetivo é prestar atendimento às famílias, quase sempre parcialmente constituídas, mas assentadas, instáveis, na maior parte dos casos como decorrência da corrente migratória. Normalmente estas famílias têm carências sócias, financeiras e emocionais e procuram a creche para deixar os seus filhos enquanto trabalham, esperando preencher ou completar os espaços vazios causados pela própria insuficiência de recursos. 
Os educadores estão cada vez mais estudando o desenvolvimento infantil, em especial os profissionais que trabalham com essa modalidade de ensino.
A Educação Infantil é algo encantador, essencial na vida do ser humano; que encanta a quem a ela tem acesso; sendo rico e engrandecedor acompanhar o desenvolvimento desses pequeninos durante essa etapa de suas vidas. É incrível a percepção da capacidade de aprendizado das crianças, sua receptividade, carinho e inocência, e o que uma educação de qualidade e devidamente adequada ao desenvolvimento cognitivo, motor, social e emocional, vivenciado por elas, pode fazer em suas histórias.
Para ANTUNES (2006) se a ciência mostra que o período que vai da gestação até o sexto ano de vida é o mais importante na organização das bases para as competências e habilidades desenvolvidas ao longo da existência humana, prova-se que a etapa educacional referente a essa faixa etária é imprescindível para o seu desenvolvimento. 
 A Educação Infantil divide-se em duas etapas: 0 a 3 e 4 a 6 anos e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade. A criança que frequenta a educação infantil apresenta um melhor desempenho nos anos/séries seguintes
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Um passeio pela história das creches no Brasil
No Brasil a creche surgiu no final do século XIX, em companhia com a crescente urbanização. Por muito tempo a creche serviu para combater a pobreza e a mortalidade infantil. A creche era vista como uma instituição assistencialista, servindo apenas para que as mães deixassem seus filhos para irem trabalhar.
No Brasil, Padre Anchieta foi o pioneiro nos cuidados com as crianças, ele desenvolvia trabalhos de catequese e recolhia as crianças abandonadas.
Algum tempo depois, já na década de 20, com alguns movimentos dos operários para a melhoria dos salários e condições de trabalho e criação de creches para acolher os filhos de funcionários. 
A primeira lei no Brasil foi em 1943, de acordo com a consolidação de Leis de Trabalho. Segundo VIVEIROS (1999):
O estabelecimento que trabalha pelo menos 30 mulheres com mais de 16 anos de idade terá local apropriado onde seja permitido as empregadas guardar sob assistência e vigilância seus filhos no período de amamentação. (pág. 85).
Ao mesmo tempo em que a creche surgiu para atender à necessidade da mulher-operária por não ter alternativa quanto ao lugar para deixar os seus filhos, a creche surgiu também para atender os filhos das mães que não cuidavam bem de suas crianças, não eram boas donas-de-casa e não cuidavam adequadamente de seus filhos, evitando os perigos que pudessem levá-los à vagabundagem e à morte. Desta forma, caracterizou-se uma relação de favor entre as associações provedoras e as famílias. Promovia-se a ideologia da família ao mesmo tempo em que salientava a incompetência daquelas que utilizavam das creches. (HADDAD, 1991).
No plano político, teve início um processo de abertura em relação ao longo período de ditadura que ocorreu com o golpe militar de 64, quando proporcionou a eclosão de muitos movimentos populares, pedindo a participação do Estado na criação de redes públicas de creche.
Ainda de acordo HADDAD (1991), a questão da creche avançou muito no Brasil nos últimos anos. Vários setores da sociedade (grupos ligados aos movimentos populares, representantes dos Conselhos da Condição Feminina, a comunidade acadêmica, profissionais que atuam nos programas pré-escolares) passaram a reivindicar creches e pré-escolas, como um direito à educação das crianças de todas as camadas sociais.
A pressão desses setores juntamente com a Assembleia Constituinte deu um ponta pé importantíssimo na história da creche no Brasil. Entre os mais importantes artigos está o que se refere à inclusão da creche no sistema escolar e à educação da criança de zero a seis anos através dessas instituições e da pré-escola. 
O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de: atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade...
 (Constituição Brasileira, 1988, cap. III, art. 208, inciso IV).
Em 1990, surge o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), onde se estabilizou a situação das crianças e dos adolescentes, colocando-os no mundo dos direitos humanos, pois até essa data os mesmos não tinham resguardos jurídicos como tinham os adultos.
O ECA deve proteger a criança e o adolescente, garantindo-lhes socorro em qualquer situação, oferecendo-lhes condições básicas para essenciais para seu pleno desenvolvimento físico, moral, espiritual e social com liberdade e dignidade.
Com a inclusão das creches no sistema educacional abriram-se grandes perspectivas ao melhoramento das propostas que reconheciam às necessidades específicas das crianças nos programas destinados a faixa etária de 0 a 6 anos. Representou também um grande passo para que as creches deixassem de ser vistas apenas em caratês assistencialista, criando assim uma política nacional para que a implantação de creches e pré-escolas no Brasil, amparadas por diretrizes básicas para seu pleno desenvolvimento.
A creche nos dias atuais
Segundo o Referecial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI) de 1998: “ A sociedade está mais consciente da importância das experi~encias da primeira infância, ou seja, para crianças de 0 a 6 anos”. Pág. 11.
É dever do município garantir a educação para as crianças de 0 a 6 anos. A inserção da educação infantil na educação básica, como sua primeira etapa, é o reconhecimento de que a educação começa nos primeiros anos de vida e é essencial para o cumprimento de sua finalidade, afirmada no Art. 22 da Lei: 
Art. 29 A educação infantil, primeiraetapa da educação básica, tem com finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Art. 30 A educação infantil será oferecida em: I – creches ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II – pré – escolas para crianças de  quatro a seis anos de idade.
Art. 31 Na educação infantil a avaliação faz – se – á mediante acompanhamento e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.
   Da leitura desses artigos, é importante destacar, além do que já comentamos a respeito da educação infantil como primeira etapa da educação básica:
1)     A necessidade de que a educação infantil promova o desenvolvimento do indivíduo em todos os seus aspectos, de forma integral e integrada, constituindo – se no alicerce para o pleno desenvolvimento do educando. O desenvolvimento integral da criança na faixa etária de 0 a 6 anos  torna – se imprescindível  a indissociabilidade das funções de educar e cuidar.
2)     Sendo a ação da educação infantil complementar à da família e à da comunidade, deve estar com essas articuladas, o que envolve a busca constante do diálogo com as mesmas, mas também implica um papel específico das instituições de educação infantil no sentido de ampliação das experiências, dos conhecimentos da criança, seu interesse pelo ser humano, pelo processo de  transformação da natureza e pela convivência em sociedade.
3) Ao explicitar que a avaliação na educação infantil não tem objetivo de promoção e não constitui pré – requisito para acesso ao ensino fundamental, a LDB traz uma posição clara contra as práticas de alguns sistemas e instituições que retêm as crianças na pré – escola até que se alfabetizem, impedindo seu acesso ao ensino fundamental aos sete anos.
4)  Avaliação pressupõe sempre referências, critérios, objetivos e deve ser orientadora, ou seja, deve visar o aprimoramento da ação educativa, assim como o acompanhamento e registro do desenvolvimento (integral, conforme Art. 29) da criança deverá ter  como referência objetivos estabelecidos no projeto pedagógico da instituição e o professor. Isto exige que o profissional da educação infantil desenvolva habilidades de observação  e de registro do desenvolvimento da criança e que reflita permanentemente sobre sua prática, aperfeiçoando – a  no sentido do alcance dos objetivos.
Objetivos da educação infantil no cotidiano
A educação básica é o primeiro nível do ensino escolar no país e compreende três etapas: a Educação Infantil (para crianças de zero a cinco anos), o Ensino Fundamental (para alunos de 6 a 14 anos) e o ensino médio (para alunos de 15 a 17 anos).
A Educação Infantil tem como foco o desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social da criança. As atividades realizadas são um complemento à ação das famílias e das comunidades. Crianças de zero a três anos podem frequentar as creches ou instituições equivalentes. No caso de crianças entre quatro e cinco anos, o ensino é realizado em pré-escolas. 
De acordo com RIZZO:
...hoje não é bastante recolher crianças das ruas, abrigá-las e alimentá-las, há todo um consenso da sociedade que exige condições de afeto e calor humano, reconhecendo-as como essenciais para desenvolver qualidades humanas para o bem (1984, pág. 26).
A creche é um ambiente onde se pode oferecer ótimas condições, estimulando o desenvolvimento total da criança. As creches além de proporcionar alimentação e cuidados devem também oferecer atendimento psicopedagógico para que os pequeninos não sintam falta da mãe no período em que estão na creche, permitindo que a criança cresça forte emocionalmente.
Segundo o RCNEI: “...a educação tem por função criar condições para o desenvolvimento integral de todas as crianças, considerando, também as possibilidades de aprendizagem que apresentam nas diferentes faixas etárias”. (Brasil, 1998, p.47).
Ainda de acordo com o RCNEI (1998), a prática da Educação Infantil deve ser organizadas de modo que a criança desenvolva as seguintes capacidades:
- Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, confiante em suas capacidades e percepção de suas limitações;
- Estabelecer vínculos afetivos e de troca entre adultos e crianças, fortalecendo sua auto-estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social;
- demonstrando atitudes Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista, interagindo com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração; 
- Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente, valorizando atitudes que contribuem para sua conservação; 
- Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades; 
- Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva; 
- Conhecer algumas manifestações culturais de interesse, respeito e participação, valorizando a diversidade.
A educação em si tem como pressuposto básico favorecer a formação de pessoas interessados e capazes de contribuir na transformação do contexto social.
Educação infantil e pré-escola: alguma reflexões
Segundo PIAGET (1988), falar em direito à educação é, em primeiro lugar, reconhecer o papel indispensável dos fatores sociais na própria formação do indivíduo.
A educação é condição necessária ao desenvolvimento natural deste, pois ele não poderia adquirir suas estruturas mentais mais essenciais sem uma contribuição exterior.
Para constituir-se efetivamente em ambiente estimulador do desenvolvimento pleno da criança, as creches assumem cada vez mais o seu papel educacional, favorecendo condições para que os profissionais que nela atuam também o assumam.
Ao individualizarmos a Educação Infantil, levamos em conta suas particularidades, valorizando-as como um fator de enriquecimento cultural, a Educação Infantil é capaz de desenvolver capacidades e conhecimentos das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, afetivas, estéticas e éticas das crianças.
“Em relação ao Brincar como expõe o RCNEI: “a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação, isto significa que aquele que brinca tenha domínio da linguagem simbólica”“. (BRASIL, 1998, p. 27).
Quando a criança brinca, ela desenvolve sua autoestima, ela precisa ter autonomia para escolher seus papéis, pois, a ampliação de seu conhecimento é adquirida através das brincadeiras de faz de conta e através de jogos, o educador deve proporcionar momentos para que essas brincadeiras ocorram de um modo livre e independente.
Para VIGOTSKY (1998): "No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário: no brinquedo é como se ela fosse maior do que na realidade" (p. 117).
É através da brincadeira e principalmente do contato com a realidade através de uma vivência espontânea e natural que a criança poderá além de tecer significações e elaborar conceitos.
Para ANTUNES (2003) é importante a consideração que envolve a ideiade jogos: “jogos que divertem e jogos que ensinam”, pois o jogo que se aplica envolve de forma aceitável na estrutura da maturidade da criança, ela coloca em ação o seu aprendizado, desafiando a si mesmo. Os jogos bem organizados pelos educadores ajudam as crianças a ampliarem seus conhecimentos.
A rotina da creche
A rotina diária é o desenvolvimento prático do planejamento. É também a seqüência de diferentes atividades que acontecemno dia-a-dia da creche e é esta seqüência que vai possibilitar que a criança se oriente na relação tempo-espaço e se desenvolva. Uma rotina adequada é um instrumento construtivo para a criança, pois permite que ela estruture sua independência e autonomia, além de estimular a sua socialização.
Segundo BARBOSA e HORN:
“O cotidiano de uma Escola Infantil tem de prever momentos diferenciados que certamente não se organizarão da mesma forma para crianças maiores e menores. Diversos tipos de atividades envolverão a jornada diária das crianças e dos adultos: o horário da chegada, a alimentação, a higiene, o repouso, as brincadeiras – os jogos diversificados – como o faz-de-conta, os jogos imitativos e motores, de exploração de materiais gráficos e plásticos – os livros de histórias, as atividades coordenadas pelo adulto e outras”
A creche vem se constituindo como um espaço de educação coletiva no cotidiano, antigamente cabia as famílias cuidar e lançar seus filhos menores no universo cultural, hoje com o crescente aumento da mulher no mercado de trabalho as creches cada vez mais partilha esta tarefa com a família.
O atendimento na creche é constituido por profissionais qualificados para auxiliar no desenvolvimento infantil, onde sua a organização é feita de acordo com as necessidades das crianças.
A programação das instituições deve propor momentos livres, de educação, de higiene e de alimentação.
É necessário que a creche proporcione atividades para que as crianças se desenvolvam em todos os aspectos, seja, corporal, da dança, da escrita, das artes e da tecnologia.
“Para que seja possível dar atenção aos cuidados pessoais e à aprendizagem, cabe aos gestores elaborar projetos institucionais para que o tempo seja usado a favor da garotada”. (Revista Nova Escola)
Estabelecer uma rotina produtiva garante que ninguém fique parado mostrando que a equipe é capaz de integrar cuidados com o ato de educar.
Funcionários que compõem a equipe da creche
Para um funcionamento pleno as creches devem contar com pessoal especializado. Conforme RIZZO (1984), são três equipes que precisam compor o quadro de funcionários de uma creche:
	EQUIPE TÉCNICA: Equipe preparada para lidar com as crianças de 0 a 6 anos.
	Equipe Paratécnica: Membros que realizam funções diretamente relacionadas com as crianças, com o apoio dos profissionais especializados.
	Equipe de apoio Serviçal: sua função é indispensável para o bom funciomamento da creche.
	- Pedagogo (diretor), especialista em administração escolar; 
Psicólogo especialista em estimulação do desenvolvimento;
- Orientador pedagógico, com habilitação em suoervisão escolar e em educação pré-escolar;
- Secretário;
- Nutricionista;
- Assistente social;
- Professoras e recreadoras
	- Auxiliares de educação;
- Auxiliares de enfermagem;
- Babás, com treinamento realizado pela instituição.
	- Cozinheira;
- Auxiliar de lactário;
- Auxiliar de cozinha;
- serventes
As funções dos profissionais que atuam nas creches são bastantes diversificadas como nos mostra o quadro a seguir:
	Pedagogo (diretor): é um profissional que possui as qualificações necessárias para o cargo de supervisão e administração. A esse profissional cabe o de ver de supervisionar toda a equipe de maneira dmocrática e flexivel.
	Psicólogo: Sua principal função é observar o comportamento das crianças, visando verificar alguma alteração de comportamento e desenvolvimento, possibilitando a prevenção e soluções de problemas que por ventura surgirem.
	Orientador Pedagógico: Suas funções são: participar de reuniões períodicas e extraordinárias, zelar pelo cumprimento de determinação e serviços exigidos pela direção.
	Secretário:cabem a ele as funções burocráticas da instituição.
	Nutricionista: sua é planejar, implantar e avaliar o progrma de educação alimentar na creche, orientar os funcionários da cozinha como proceder no preparo dos cardápios, limpeza, conservação dos alimentos e esterilização dos instrumentos e louças infantil.
	Educadores: seu principal papel é substituir as mães. Cabe ao educador, o planejamento, o controle e a avaliação das atividades, por isso é importante que o mesmo possua habilitação em Educação Infantil.
	Auxiliares de educação: sua função é de acompanhamento e realização de atividades sócio-culturais junto à criança, mantendo a mesma linha de ação da educadora.
	Babás: complementam a função da educadora, cuidam da higiene pessoal das crianças, como banho, troca de fraldas, auxiliam a educadora na hora da refeição e do repouso.
	Auxiliar de lactário:segue as orientações da nutricionista, quanto ao preparo dos alimentos, cuida da higiene da cozinha, copa, dispensa e utensílios.
	Servente:a função é de manter limpos e organizados todos os ambientes da creche
A creche e sua função pedagógica
Segundo Piaget e Vygotsky, o aprendizado da criança acontece através da interação com o meio, o papel educativo da creche é de promover essa interação. Assim, em seu contato com o outro e com o adulto, a criança vai construindo a sua identidade e apropriando-se de uma cultura que é própria do ambiente escolar. REGO comenta sobre essa relçao entre a crianças e o adulto facilmente perceptível nas creches.
Desde o nascimento, o bebê está em constante interação com os adultos, que não só asseguram sua sobrevivência, mas também medeiam a sua relação com o mundo. Os adultos procuram incorporar as crianças à sua cultura, atribuindo significados às condutas e aos objetos culturais que se formaram ao longo da história. (REGO, 1995, p. 59)
O trabalho educativo da creche deve oferecer oportunidades para as crianças conhecerem, descobrirem seus novos sentimentos, seus novos valores, ideias, costumes e papeis sociais.
É importante lembrar que no espaço escolar as relações sociais ocorrem em todo momento, por isso, é importante dizer que a educação e a formação humana na escola se fazem para além da sala de aula. São partes de um processo muito mais complexo.
O trabalho pedagógico realizado nas creches deve ser desenvolvido considerando, especialmente, os seguintes aspectos, segundo SOUSA (1996)	: 
Promoção do desenvolvimento físico, social e intelectual adequado para a criança tornar-se agente questionador e participante;
Promoção do desenvolvimento do pensamento e da linguagem, criando situações para que as crianças aprendam conceitos;
Promoção da integração de cada instituição de educação infantil com a comunidade, trabalhando com propostas adequadas ás suas necessidades e expectativas;
Divulgação, para os professores da área, do pressuposto de que a educação infantil deve cumprir duas funções complementares e indissociáveis, cuidar e educar, evitando que as ações desenvolvidas pela creche continuem sendo somente de guarda e assistência e, pela pré-escola, de educação. (Sousa, 1996, pp. 51-52).
Educar, cuidar e brincar
As creches tem a função de cuidar, educar e brinacar, além de prestar cuidados físicos e criar condições para o desenvolvimento cognitivo, simbólico, social e emocional da criança.
Nos dias atuais, as creches, podem ser descritas como ferramenta educativa, com base em alguns aspectos, como: 
A brincadeira é uma atividade educativa de suma importância na infância;
A creche de ve desenvolver ações que integram cuidados e educação;
A creche deve ter um ambiente cultural que propicie a leitura e a escrita;
A creche é um espaço de socialização, de vivências e interações.
“A educação da criança deve oferecer oportunidade de conhecer a realidade, de acordo com o momento das fantasias que ela projeta no brincar e no jogar, estabelecendo elos entre o plano ideológico e o mundo concreto de suas ações. Educar, a criança segundo uma dimensão autônoma é possibilitar seu pleno desenvolvimento”. (FREINET, 1978).
Educar
A creche deve oferecer situações de interação, propiciando assim o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de atividades diversificadas. 
As novas funções da educaçãoinfantil devem estar associadas a padrões de qualidade que consideram as crianças nos contextos sociais, ambientais, culturais e acima de tudo nas interações e práticas sociais que lhes forneçam subsídios ligados às mais diferentes linguagens e ao contato como os diferentes conhecimentos para a costrução de sua identidade e autonomia.
A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças que a frequentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social. Cumpre um papel socializador, propiciando o desenvolvimentoda identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação. (BRASIL, 1998 p.23).
Segundo GARCIA (2001): 
O processo educativo é realizado de várias formas: na família, na rua, nos grupos sociais e, também na instituição. Educar nessa primeira etapa da vida, não pode ser confundido com cuidar, ainda que crianças, necessitem de cuidados elementeres para a garantia da própria sobrevivência. O que deve permear a discussão não são os cuidados que as crianças devem receber, mas o modo como elas devem recebê-los, já que se alimentar, assear-se, brincar, interagir são direitos inalienáveis à infaância.
Para que exista educação, é necessário que o professor crie situações significativas de aprendizagens, e é fundamental que a formação da criança seja vista sempre como um ato inacabado, sempre sujeito a alterações.
Cuidar
Cuidar é valorizar a criança em todos os seus aspectos, ajudando-a a desenvolver suas capacidades.
Para um desenvolvimento pleno é necessário que os cuidados relacionais que envolvem a dimensão afetiva e os cuiadados com os aspectos bilógicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos cuidados com a saúde, estejam relacionados entre si.
Para cuidar é preciso ser solidário, é preciso um comprometimento com o outro, respeitanto suas diferenças, construindo um vínculo entre quem cuida e quem é cuidado.
...cuidar de uma criança e sobretudo dar atenção a ela como pessoa que está em um contínuo crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua regularidade, identificando e respondendo suas necessidades. Isto inclui interessar-se sobre o que a criança sente, pensa, o que el sabe sobre si esobre o mundo, visando à ampliação desse conhecimento e de suas habilidades que aos poucos a tornarão mais independentes e mais autônomas. (BRASIL, 1998, p.25)
O contexto sociocultural aparece como determinante nas relações humanas e na necessidade de sobrevivência em cada cultura diferente. Com isso fica claro que cuidar necessita envolvimento e comprometimento do professor com a criança em todos os seus aspectos.
Brincar
O princípio VII da Declaração Universal dos Direitos da Criança, aprovada por unanimidade pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1959, já estabelece: toda criança tem direito ao lazer infantil. Brincar é essencial para o desenvolvimento das crianças e não se deve substimar o valor das brincadeiras.
O brincar do faz de conta é fundamental: imitar pessoas, animais, situações diferentes; construir pequenas cenas fantasiar-se, participar de atividades de pequena duração que envolva o coletivo e de momentos para pequenas negociações e limites, permitindo-lhes maior descontração e autonomia. O seu condutor é a fantasia, é animista em relação aos objetos lhes atribuindo vida, devendo ser contemplado atividades das mais diversas formas de expressão (musical, plástica, cultural, teatral...) para que seu potencial criativo também desenvolva -se.
Brincando a criança pode agir numa esfera cognitiva, ela é livre para determinar suas próprias ações, é dona de seu destino, pode tomar decisões, pode comunicar-se. "O saber se constrói, fazendo próprio o conhecimento do outro." (FERNANDEZ,  1990, p. 165).
Como construção social, a brincadeira é atravessada pela aprendizagem, uma vez que os brinquedos e o ato de brincar, a um só tempo, contam a história da humanidade e dela participam diretamente, sendo algo aprendido, e não uma disposição inata do ser humano. Essa aprendizagem é mais freqüente com os pares do que dependente de um ensino diretamente transgeracional. (CARVALHO, 1995, p. 48)
É necessário que o educador tenha consciência de que na brincadeira as crianças recriam histórias nas mais diversas esferas do conhecimento, soltando a sua imaginação de forma espontânea.
Houve um tempo em que era extremamente nítida a separação entre brincar e o aprender. Os momentos de uma atividade e os momentos de outra eram separados por rígido abismo e não se concebia que fosse possível aprender quando se brincava. (ANTUNES, apud MACEDO, 2004, p.11).
O ato de brincar é o momento maior da vida infantil, é brincando que a criança que a criança elabora conflitos e ansiedades, demonstrando angústias que não sabe como explicar.
A criança ao chegar na creche
Quando as crianças chegam na creche é um momento no qual há uma participação coletiva entre os pais, os educadores e toda a equipe que compõem o quadro da instituição, pois é um processo onde a criança está saindo de perto da família para passar o dia ao lado de pessoas até então desconhecidas para ela.
Algumas crianças podem apresentar um distúrbio em seu comportamento, como alterar o apetite, voltar algumas fases do desenvolvimento, ficar isolada e calada. Por isso a equipe da creche deve estar atenta e ser flexível para ajudar as crianças e os pais a atravessarem esse momento difícil de suas vidas.
É importante oferecer aos pais tranquilidade e apoio para que as crianças se sintam menos inseguras nos primeiros dias de creche. É importante que a instituição deixe claro para os pais que o objetivo principal é o bem estar da criança.
Nos primeiros dias é importante que o pai ou a mãe acompanhe as crianças até que ela consiga adaptar-se ao ambiente. Como nos mostra RIZZO:
É fundamental e indispensável que a mãe participe da adaptação e o seu papel é desprende-se do filho de forma segura, tranquila, porém firme, resoluta. Enquanto esse passo não é dado efetivamente pela mãe, a adaptação não se concretizará, a criança poderá ficar na creche mais insegura confusa, ansiosa e não ajustada ou adaptada. (1984, p. 229).
O educador deve planejar e organizar o ambiente nesses primeiros dias de modo que a criança se sinta segura, levando em consideração seus gostos e oferendo-lhes atividades atrativas.
Adaptação e acolhimento
Ao acolher a criança em seus primeiros dias na escola precisa-se fazer com que sintam cuidados, confortados e acima de tudo seguros. A adaptação é necessária, porém, não precisa acontecer de forma passiva e o acolhimento é que garantirá a qualidades desta adaptação.
O período de adaptação da criança na creche costuma ser marcado por choro e insegurança. De acordo com SOLÉ:
É importante que as educadoras e a unidade em si, organizem-se para que as famílias possam acompanhar seu filho até a sala nas primeiras semanas, depois estabele-ce que gradualmente os pais possam despedir-se de seus filhos na porta da sala. (1999, p.317).
Nas primeiras semanas, é importante que as educadoras aceitem que as crianças tragam alguns objetos de casa e no momento que estiverem na roda de conversa, pedir para que a criança fale do seu objeto.
É importante que a instituição ofereça experiências diferentes daquelas que estão acostumadas em suas casas, possibilitando seu contato com outras crianças de forma segura e acolhedora.
Quando o período de adaptação é bem conduzido possibilita aos pais e educadores uma relação produtiva de confiança e respeito, para isso é importante que os pais conheçam bem o papel do educador e como é o seu trabalho.
A adaptação pode ser entendida como o esforço que a criança faz para ficar, e bem, no espaço coletivo, povoados de pessoas grandes e pequenas desconhecidas. Onde as relações, regras e limites são diferentes daquelas do espaço doméstico que ela está acostumada. Há de fato um grande esforço por parte da criança que chega e está conhecendo o ambienteda instituição, mas ao contrário do que o tema sugere não depende exclusivamente dela adaptar-se ou não à nova situação. Depende também da forma como é acolhida. (ORTIZ, Revista Avisa Lá).
Atividades no dia-a-dia das creches
As atividades que acontecem nas creches devem ter uma certa flexibilidade para atender as necessidades e particularidades de cada criança. Existem atividades que são permanentes que fazem parte da rotina da instituição, respondendo às necessidades básicas de cuidado, aprendizagem e prazer para as crianças.
Conforme o RCNEI, (BRASIL, 1998), são ativdades permanente:
Brincadeiras no espaço interno e externo;
Roda de conversa;
Roda de história;
Oficinas de desenhos, modelagem, pintura e música;
Atividades diversificadas ou ambientes organizados por temas ou materiais a escolha da criança, incluindo momentospara que as crianças possam ficar sozinhas se assim desejarem;
Cuidados com o corpo.
As atividades devem ser planejadas em uma sequência que vise promover uma aprendizagem definida e específica. As atividades devem ter uma ação estimuladora, deixando claro para as crianças o que se espera das mesmas.
Uma boa proposta pedagógica envolve a organização de várias atividades, com vários materiais pedagógicos e espaços amplos para que as crianças se locomovam com facilidade durante as atividades.
Uma ação bem planejada para o pleno desenvolvimento da criança requer uma proposta de atividades e um planejamento do tempo e dos espaço para a realização das mesmas.
Atividades lúdicas no desenvolvimento infantil
Estudos e pesquisas têm comprovado a importância das atividades lúdicas, no desenvolvimento das potencialidades humanas  das crianças, proporcionando condições adequadas ao seu desenvolvimento físico, motor, emocional, cognitivo, e social.Atividade  lúdica é toda e qualquer animação que tem como intenção causar prazer e entretenimento a quem pratica. São lúdicas as atividades que propiciam a experiência completa do momento, associando o ato, o pensamento e o sentimento.
As crianças necessitam receber nas instituições de educação infantil:
Ações sistemáticas e continuadas que visam a fornecer informações;
Realizar vivências através de atividades lúdicas;
Aprimorar conhecimentos.
De acordo com TEIXEIRA (1995), váriossão os motivo que induz os educadores a apelar às atividades lúdicas e utilizá-las como um recurso pedagógico no processo de ensino-aprendizagem. 
Para  SCHAEFER (1994), as atividades lúdicas promovem ou restabelecem o bem estar psicológico da criança. No contexto de desenvolvimento social da criança é parte do repertório infantil e integra dimensões da interação humana necessária na análise psicológica (regras, cadeias comportamentais, simulações ou faz de conta aprendizagem observacional e modelagem).
1TEMA
A escolha do tema está fundamentada na importância da creche para a sociedade e da sua importância para o desenvolvimento infantil.
2 JUSTIFICATIVA
A análise do tema se justifica, pois, procura mostrar o valor da modalidade creche, para a sociedade e para a criança, sendo ela não somente uma instituição educacional, mas também social constituída por ideias, por comportamentos e pelas relações existentes entre os indivíduos. 
3 SÉRIE/ANO PARA QUAL O PROJETO DE DESTINA
O projeto se destina à crianças de 0 a 3 anos que são atendidas nas creches.
4 OBJETIVOS
- analisar o cuidado oferecido pelas creches; 
- contribuir com elementos que possam subsidiar a importância das creches no desenvolvimento das crianças.
5 PROBLEMATIZAÇÃO
 No Brasil as creches surgiram no final do século XIX, acompanhando a urbanização. De fato, no Brasil, as creches surgem para contribuir na produção de seres capazes, higiênicos, nutridos e sem doenças. 
Em decorrência disso, as poucas creches criadas nesse momento situavam-se, sobretudo, nas vilas operárias e eram mantidas, principalmente, por entidades filantrópicas e, em menor número pelo Estado.
É na creche ou pré-escola que os pequenos começarão a se conhecer e a conhecer o outro, a se respeitar e a respeitar o outro, desenvolver suas habilidades e construir conhecimento?
6 CONTEÚDOS CURRICULARES
A educação infantil é um dos contextos de desenvolvimento das crianças, além de prestar cuidados físicos, ela cria condições para seu desenvolvimento cognitivo, simbólico, social e emocional e cabe às creches e pré-escolas fazer com que as mesmas se desenvolvam de forma plena.
O currículo das crianças pequenas de crianças pequenas deve incluir todas as atividades ligadas à proteção e aos apoios necessários ligados ao cotidiano de qualquer criança, como também a aquisição de diversos tipos de habilidades, entre as quais estão aquelas necessárias ao desenvolvimento cognitivo e social.
7 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO
O presente projeto será voltado para as creches, para mostrar a importância dessa instituição, traçando uma trajetória desde a sua implementação até os dias atuais.
8 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO
O projeto será desenvolvido no decorrer de todo ano letivo.
9 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
Os recursos humanos serão as crianças e os materiais serão pesquisas em documentos, revistas e livros.
10 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
Entre os mais importantes programas do governo federal está a implantação de novas creches. Trata-se de iniciativa que vem de encontro às necessidades de nossas famílias, pois na realidade atual, onde marido e mulher trabalham para melhorar a renda do casal, é fundamental oferecer instituição para abrigar as crianças com segurança e atendimento adequado ao seu crescimento.
No Brasil as creches surgiram no final do século XIX, acompanhando a urbanização. De fato, no Brasil, as creches surgem para contribuir na produção de seres capazes, higiênicos, nutridos e sem doenças. 
Em decorrência disso, as poucas creches criadas nesse momento situavam-se, sobretudo, nas vilas operárias e eram mantidas, principalmente, por entidades filantrópicas e, em menor número pelo Estado.
Os serviços destinados a crianças pequenas configuram-se a partir dos contextos sociais, políticos e econômicos, que delineiam alguns aspectos dos ambientes educativos infantis referentes à organização e aos recursos destinados aos serviços da creche (DEMO, 1994; GUIMARÃES, 2002).
11 AVALIAÇÃO
A avaliação será feita no decorrer do desenvolvimento do projeto, através de observações durante o desenvolvimento do projeto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho de conclusão de curso fez um estudo das creches desde seu início até os dias atuais. No ínicio as creches funcionavam apenas como um lugar para se deixar as crianças para as mães trabalharem e também para atender àquelas famílias que não tinham condições de cuidar de seus filhos.
Felizmente houve uma grande mudança nas leis, com isso a forma de ver as creches também, mas ainda existe um grande desafio a ser conquistado. Devemos reconheceros esforços da sociedade para amparar as crianças, especialmente no tocante a criação de creches, mas mesmo assim têm sido insuficiente para atender a real demanda ou necessidade das famílias, especialmente aquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade ou risco social.
A Constituição Brasileira (1988), garantindo o direito da criança à educação desde os seus primeiros meses de vida, vem colaborar com essa função, pois, a primeira infância consiste na fase da vida em que ocorrem algumas das modificações mais importantes pelas quais passa o ser humano durante sua existência.
Mesmo que a creche atenda às necessidades da família em termos da disponibilidade de seu tempo é importante que esteja atento para o que a criança está sentindo e também como essas horas de afastamento da família são preenchidas.
A possibilidade de a criança estar em contato com outras pessoas sejam elas adultos e crianças e que asmesmas estimulem suas potencialidades, de ser atendida com carinho e atenção e de receber subsídios que propiciem seu desenvolvimento,se configura como fundamental para o trabalho realizado em qualquer creche e para as famílias e crianças que se utilizam desse serviço.
A creche, embora tenha sido criada fundamentalmente para atender às necessidades políticas e econômicas da sociedade, é sem dúvida um ambiente educativo valorizado, onde o acesso aos bens culturais é oferecido à criança, estimulando o seu desenvolvimento, respeitando a sua dignidade, alteridade e os seus direitos de cidadã.
Enfim, a creche não substitui a família, mas as duas instituições se completam. O bom relacionamento é importante para o pleno desenvolvimento das crianças, tornando-os adultos responsáveis.
Garantir o ingresso das crianças em creches, principalmente por meio de instituições públicas, é garantir também melhores condições de se construir uma educação de qualidade para todos. Priorizar uma sociedade mais justa e democrática passa por medidas como a expansão da Educação Infantil e a valorização da formação de profissionais competentes para atuar, não só nessa, mas em todas as outras áreas educacionais.
 
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