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Eliana Regina da Rossi ...Descubra Dicas SIMPLES que Facilitou o TRABALHO de vários Profissionais ... MANUAL PRÁTICO rossilaboratorio.com PASSOS DA ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES Índice 2 3 – PREFÁCIO 4 – INTRODUÇÃO A ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES (OFM) 9 – BIONATOR DE BALTERS 21 – KLAMMT - TÉCNICAS DE GEORGE KLAMMT 31 – PLANAS - TÉCNICAS DE PEDRO PLANAS 48 – TIPOS DIFERENTES DOS APARELHOS DE PLANAS 56 – SN - SIMÕES NETWORK 62 – FRANKEL III - TÉCNICAS DE ROLF FRANKEL 74 – BIBLIOGRAFIA BIONATOR DE BALTERS 3 A minha jornada profissional iniciou em 1989, quando a ortopedia e a ortodontia começou a fazer parte do meu cotidiano, só que um detalhe, ainda eu não era formada mas já sabia o que queria para a minha vida. Em 1991, tive a minha formação Técnica em Prótese Dentária, voltando o foco no que eu sempre busquei nessa área, que é aperfeiçoar e direcionar meus estudos para a Ortopedia Facial e a Ortodontia Removível (Preventiva Interceptativa e Corretiva). E hoje, ao longo desses 25 anos de muito trabalho e dedicação, o meu objetivo com esse trabalho é compartilhar um pouco das minhas principais experiências acumuladas e adquiridas com vários profissionais, que dedicaram e dedicam do seu tempo em ajudar a solucionar vários casos de varias pessoas a terem uma vida mais feliz. Esse trabalho eu dedico aos profissionais, acadêmicos, dentistas e técnicos em prótese dentária que estiveram engajados em me ajudar a ter a experiência para reunir o melhor material possível para esse Ebook. Eu acredito que a Ortopedia Facial é a peça chave, importante dentro da Ortodontia para um diagnóstico perfeito e um excelente auxiliar para os profissionais que atuam nessa área especifica. Ultimamente, em especifico, tenho recebido várias dúvidas de dentistas, onde notei que, muitos infelizmente desconhecem ou não teve a oportunidade de conhecer de que a ortopedia facial proporciona para o desenrolar de vários casos clínicos na eficácia dos resultados. Em enumeras vezes tive a honra de ajudar e auxiliar esses profissionais em seus diagnóstico e eu sei com isso foi gratificante para mim. Orientar técnicos em prótese dentária, direcionando a Ortopedia facial, oferecendo a eles o entendimento simplificado das técnicas ortopédicas, principalmente no conhecimento cientifico, clinico embasado em assessorar os seus clientes dentistas, na técnica de manusear e no aprimoramento e confecção dos seus aparelhos. Espero atender e solucionar grande parte das dúvidas recorrentes a Ortopedia Funcional dos Maxilares. Prefácio INTRODUÇÃO A ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES (OFM) Objetivo Promover movimentos proprioceptivos que induzirão ao crescimento ósseo, estimulando e/ou remodelando os músculos que não eram solicitados, atuando direto sobre o sistema neuromuscular que atua no desenvolvimento ósseo dos maxilares. Função Remover os fatores que estão causando o desenvolvimento anormal no crescimento E produzir através de aparelhos, efeitos fisioterapêuticos, levando os dentes a ocupar suas posições funcionais e estéticas, atuando na eficiência mastigatória de modo a levar o sistema digestivo a um padrão confortável. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ORTOPEDIA FUNCIONAL (SIMÕES 2003) 1º PRINCIPIO - EXCITAÇÃO NEURAL Conseguimos o equilíbrio do sistema Estomatognático a partir de: Excitação Neural correta , músculos, mucosa, periodonto, dentes e por outras estruturas, provocada por estímulos dados através de Aparelhos Ortopédicos Funcionais AOF, aplicados dentro de tempo adequado, na intensidade, qualidade, e velocidade do impulso nervoso, obtemos assim melhores resultados clínicos em menor tempo possível, segundo cada caso. Simões 2003 2º PRINCIPIO - MUDANÇA DE POSTURA Os Aparelhos Ortopédicos Funcionais (OFM) atuam sempre de forma bi maxilares que modificam a posição da mandíbula para obter resultado melhores e mais rápidos. 4 FA, mas., 8a 1m, neutroclusão Radiografias antes e depois da Mudança de Postura Terapêutica com aparelho ortopédico funcional (SIMÕES , 2003). 5 AMS, fem., 15ª 7m, distoclusão Radiografias antes e depois da Mudança de Postura Terapêutica com aparelho ortopédico funcional (SIMÕES , 2003). 3º PRINCIPIO MUDANÇA DE POSTURA TERAPEUTICA A Mudança de postura terapêutica (MPT), deve ser realizada dentro dos limites fisiológicos individuais, e traz um resultado efetivamente mais rápido quando possível e contato entre os incisivos em determinada Área (DA). SIMÕES 2003 A Mudança de Postura Terapêutica – MTP, deve ser se possível até em D.A - (Determinada Área). - D.A: contato entre os dentes anteriores: Terço incisal superiores e inferiores respectivamente. Mais exatamente; superior: face palatina região central do terço incisal;- inferior: face vestibular na parte superior do terço incisal (SIMÕES, 2003) Caso de Distoclusão, divisão 1 antes da Mudança de Postura Terapêutica – MTP (SIMÕES, 2003) 6 Caso de Distoclusão, divisão 1 em D.A Mudança de Postura Terapêutica – MTP na tentativa de contato em D.A, com avanço de 1cm no setor posterior a nível de molares, sugerindo a necessidade da Mudança de Postura Terapêutica – MTP em duas etapas (SIMÕES, 2003) Caso de Distoclusão, divisão 1 depois da Mudança de Postura Terapêutica – MTP adequada, onde se deve, em uma primeira etapa, avançar até 7mm, no máximo, considerando o setor posterior na altura dos molares. Depois de conseguir algum resultado que possa definir a Mudança de Postura Terapêutica – MTP até D.A, realiza-se a segunda etapa. Nestes casos a resposta ao tratamento é sempre mais lenta. (SIMÕES, 2003) Característica Básica de Ortopedia Funcional 1º Característica: Suporte Dentário “Os aparelhos ortopédicos funcionais são de ancoragem bimaxilares e não dependem exclusivamente de suporte dentário, podendo ser soltos completamente dentro da cavidade oral”. 2º Característica: Tratamento Precoce. “Os aparelhos ortopédicos funcionais também atuam em períodos de desenvolvimento. 3º Característica: Porcentagem de Extrações Os aparelhos ortopédicos funcionais diminuem a porcentagem de extrações. SIMÕES 2003 4º Conclusões: Os aparelhos ortopédicos funcionais são escolhidos, construídos e utilizados, obedecendo, em cada passo, aos três Princípios Fundamentais: • Excitação Neural; • Mudança de Postura; • Mudança de Postura Terapêutica. (W.A.Simões, 1974 - 1983) 7 BIONATOR DE BALTERS 8 Bionator de Balters Introdução O Bionator é um aparelho monobloco, unido pelo arco lingual, e fica ajustado folgadamente na boca, e sua função é estabelecer a boa coordenação funcional e permitir o crescimento normal. O Bionator foi desenvolvido por Wilhelm Balters em 1950. Balters foi médico, dentista pesquisador, professor e clínico; entre os primeiros, reconheceu a importância as Ortopedia Funcional estabelecida no inicio do século XX. Então ele diz “que a boca é um dos órgão de sentido altamente complexo com a capacidade de ajustar a postura de lábio, língua e mandíbula, sendo que o tratamento exige métodos específicos”. O método requer consciência dos inter-relacionamentos psicossomáticos, e conhecimento da psicologia de crescimento (psicologia da criança em crescimento). O entretenimento e orientação com o paciente durante o tratamento, trarão ótimos resultados entre o paciente e ortodontista. Então o ortodontista deverá estar preparado para adotar conceitos terapêuticos para dar suporte e apoio parao seu paciente. Principio Terapêutico Bionator de Balters “ o equilíbrio entre a língua e os músculos periorais, que são responsável pelo formato dos arcos e das intercuspidações. O espaço funcional para a língua é essencial ao desenvolvimento normal do sistema orofacial”, e um dos fatores mais importante do Bionator é a liberdade de movimento dentro da cavidade oral. Pois bem, o que ele queria dizer é que a língua deveria estar harmoniosamente na cavidade oral, na zona neutra de estabilidade bucal sem causa anomalias nos músculos, na língua, assim como nos arcos dentários. O tratamento com Bionator não é o de ativar a musculatura, mas sim de remodelar os músculos. Balters afirmava que o fator essencial para o desenvolvimento do sistema estomatognático é o equilíbrio deste entre a língua e os lábios quanto a altura, largura e profundidade, bem como um posicionamento nos limites ideais para se ter um espaço funcional adequado. (FALTIM 1997) Balters preconizava que a língua é um músculo muito forte, que em situações inadequadas pode causar maloclusão. 9 10 O Aparelho Bionator de Balters realiza movimentos sagitais, que seria a manipulação da mandíbula para frente em relação topo a topo na mordida construtiva e movimentos verticais que seria o espaço interdental tomado pela mordida construtiva na dentição. Duração do Tratamento Em média o tratamento leva 3 anos para sua conclusão. O aparelho é usado o dia todo é removido nas principais refeições, podendo se utilizado também em dentição mista e permanente. Os pontos essenciais para tratamentos de Balters são: a) selamento labial e dorso da língua em contato com o palato mole; b) Aumento de perímetro bucal; c) Trazer os incisivos topo a topo; d) Aumento de mandíbula, que por sua vez melhorará o espaço oral para a posição da língua; e) Obter na maxila o resultado da língua, dentição , e os tecidos moles que os rodeiam. Língua Como já foi dito, a língua é um músculo muito forte, que Balters preconizava no espaço bucal, e considerada uns dos fatores mais importantes para a dentição, pois recebe como centro de atividades todo o reflexo da cavidade oral, e sua disfunção leva ao crescimento anormal e a uma deformação. 11 Língua – situação inadequada De acordo com Balters nas maloclusões de classe II, a posição da língua é para trás (posterior) , causando uma atresia da língua e da abóbada palatina. Com isso, a função respiratória fica inadequada a região da faringe fica bloqueada, resultando numa falha de deglutição levando a um respirador bucal. Ele explica que as mal oclusões de classe II são responsáveis pela falta de crescimento transversal da dentição, devido à debilidade da língua (língua inadequada) comparada ao músculo bucinador. E nas maloclusões de classe III, Balters procurava colocar a língua em uma posição mais para trás e mais alta. MORDIDA CONTRUTIVA Bionator de Balters Modelos em classe II divisão 1 Em Ortopedia Funcional dos Maxilares, utilizamos como terapia, uma posição forçada da mandíbula para frente sagital, anterior. Nos caso de Classe II divisão 1, a mordida construtiva é tomada em relação sagital correta de canino. A mandíbula é posicionada para frente promovendo um avanço de 3 a 4 mm. É importante observar quando posicionar a mandíbula para frente (Sagital) para que não ocorra nenhum cruzamento de elemento dentário. Sendo assim, a ponta do canino superior fica oposta ao canino e primeiro pré- molar inferior. Em caso de overjet excessivo, se não foi possível na primeira etapa a tomada da mordida construtiva, que o profissional deseja, deverá ser feita uma outra mordida, e quantas forem necessárias para se chegar à mordida correta. Em uma distoclusão exagerada, deve-se reduzir paulatinamente a tomada da mordida construtiva para evitar a fadiga das estruturas musculares e ligamentos. A ausência da assimetria dental quando se toma a mordida construtiva a linha mediana superior e inferior deve coincidir em relação topo a topo. Os aparelhos ortopédicos, por sua vez, devem ser confeccionados de acordo com a mordida construtiva, com o objetivo de serem instalados na mandíbula para estimular o crescimento corrigindo assim as maloclusões de Classe II divisão 1. Os avanços mandibulares serão feitos através de ativações do aparelho. Mordida Construtiva versos Paciente A mordida construtiva dependerá de cada paciente O paciente terá que praticar a colocação da mandíbula em relação topo a topo com ajuda do dentista. pois a tomada da mordida construtiva é importante e ela quem dará o sucesso do aparelho. 12 Recobrimento Oclusal O recobrimento oclusal posterior de pré-molares e molares de ambos os lados se faz necessário para ocasionar a força(estimular os músculos e ossos) e exercer a oclusão. Se ocorrer algum caso de recobrimento em dente que estiver erupcionado, liberar rapidamente para não bloquear o ciclo normal da erupção. Tipos de Aparelhos de Bionator de Balters. Existem 3 tipos de Bionator para correção das maloclusões. Básico ou Padrão: classe I com retrusão de mandíbula Protetor: para mordida aberta anterior Inversor: para classe III Bionator básico ou Padrão classe I: A aparelho básico ou stander é usado para tratamento de classe II divisão 1, para corrigir a posição da língua para trás e suas consequências, e para tratamento de arcos dentais estreitos na classe I. O aparelho estimula a função da língua com exercícios seguido que aumentam o volume da massa da língua obtendo-se assim o fechamento dos lábios. Aparelho Básico ou Padrão - Classe I E um aparelho que consiste em um corpo de acrílico delgado, e ajustado nas faces linguais do arco mandibular e parte da maxila. 13 Na mandíbula (faces linguais) o acrílico estende-se da distal do 1º molar permanente até o outro lado oposto. Na maxila só cobre os pré-molares e molares, e na porção anterior de canino a canino é aberta. A porção de resina superior e inferior unidas é determinada pela mordida construtiva, tomada topo a topo geralmente. A camada de acrílica deve ser fina para não interferir na função da língua. O espaço interoclusal é preenchido com resina e estende-se sobre metade das superfícies oclusais dos dentes para estabilização do aparelho. O Bionator é montado em articulador de Bimler e confeccionado em mordida construtiva na posição tomada topa a topo. É um aparelho monobloco, pois está unido pelas partes de resina acrílica e por um arco lingual e o mesmo fica ajustado folgadamente em boca. Sua função é de estabelecer a boa coordenação funcional e permitir o crescimento normal. 14 BIONATOR BÁSICO OU PADRÃO CLASSE I Arco Labial: Sua função é de inibir os lábios, para haver um selamento labial através de estímulos no orbicular labial, mantem os incisivos vestibularizados o fio toca no 1/3 médio dos incisivos anteriores superiores. O Bionator é composto de: * Arco Vestibular fio 1.0mm e dividido em duas partes: Arco Labial Alça Bucinadora *Alça Bucinadora: sua função é impedir que o músculo bucinador e o tecido mole da bochecha interfiram no espaço interoclusal e na intercuspidação do arco dentário mantendo a musculatura afastada. Arco Palatino ou mais conhecido por Arco Lingual, confeccionado com fio 1.2mm – não poderá ser ativado. 15 Ciclo do Tratamento do Arco Palatino ou Lingual Sua função é fornecer estímulos ao músculo da língua, induzindo o contato na parte distal da língua contra oarco palatino. A língua é direcionada para cima dentro da abóbada palatina contra as superfícies linguais dos dentes da maxila, permitindo a expansão transversal, por isso que a curvatura do arco e mantida para distal. Além do acrílico, o Bionator impede a interposição da língua entre os dentes anteriores inferiores. O fato é que a língua está sujeita a exercícios constantes ao colocar o Bionator na bocar; a língua fará o trabalho de encaixar o aparelho no espaço bucal, que cai quando a boca está aberta durante as atividades funcionais e quando a mandíbula esta em repouso. A recolocação é acompanhada pela ação da língua contra o arco palatino, fazendo o ciclo do tratamento. Indicação do Bionator Básico ou Padrão Classe II divisão 1 • Dentes relativamente apinhados; • Discrepância esquelética suavemente moderada; • Vestibularização dos incisivos superiores. Contra – Indicação • Prognatismo maxilar; • Vestibularização excessiva dos incisivos superiores. Bionator Mordida Aberta ou Protetor. O princípio do aparelho é de fechar o espaço vertical anterior ou mordida aberta. Na maioria dos casos, é a língua que está causando a infra oclusão dos incisivos superiores e inferiores, há pouca liberação interoclusal devido a língua estar em função anormal. 16 Será necessário impedir que a língua toque na abertura. Então parte do acrílico na maxila é ligado anteriormente com o acrílico inferior . Aparelho de Mordida Aberta ou Protetor – classe II: O Bionator Protetor é indicado para fechar a abertura vertical nas áreas de dentição anterior ou lateral, e em caso de disfunção de ATM. Componentes do Bionator Protetor Os arcos vestibulares e palatinos são idênticos aqueles do BIONATOR BASE, a porção acrílica é diferenciada, pois o acrílico é estendido para cima, atrás dos incisivos maxilares a nível dos dentes posteriores. O propósito é impedir que a língua leve os dentes para frente. A porção acrílica maxilar fica modificada, porém com acrílico estendido para cima, atrás dos incisivos maxilares sem toca-los, para não indeferir nas modificações de crescimento. O arco labial é utilizado para inibir os lábios; um selamento labial. No Bionator protetor, a maxila e a mandíbula são ligadas por pequenos blocos de mordida oclusal. O objetivo deste aparelho protetor de Balters é de impedir a erupção os dentes posteriores, enquanto os anteriores erupcionam. Isto deve restaurar a liberação interoclusal e uma dimensão vertical postural harmônica com a dimensão vertical de oclusão. O aparelho é semelhante ao Bionator Básico, a diferença fica na mordida construtiva, não tendo a necessidade de mover a mandíbula para frente. 17 Indicações de Bionator Mordida Aberta ou Protetor Mordida aberta anterior causada por hábitos e funções anormais da língua. Contra – Indicação Mordida aberta anterior com etiologia (estudo da origem das doenças) esquelética. Bionator Inversor – classe III É indicado para maloclusão de classe III de Angel, com prognatismo mandibular, abóbada palatina plana e língua baixa anterior, ficando a arcada inferior larga. O Bionator classe III é igual ao Bionator Básico, com uma placa mandibular e duas partes maxilares laterais, estendendo-se de primeiro pré-molar ao primeiro molar permanente. Aparelho Inversor – classe III: é usado para tratamento de prognatismo mandibular para compensar a posição da língua para frente, e estimula o crescimento da maxila. O propósito e de ensinar a língua por estímulos proprioceptivos ficar no seu espaço mais retraído e funcionalmente correto. 18 Componentes do Bionator Inversor Arco Vestibular: No tipo classe III, o diâmetro do fio é 1,0mm e colocado à frente dos incisivos inferiores e emerge do acrílico da mesma forma do Bionator Básico. Arco Labial: está nas proximidades dos incisivos inferiores a distância da espessura de uma folha de papel para contato com os lábios, o fio corre 1/3 dos incisivos inferiores a frente, partindo das alças bucinadoras. ARCO PALATINO CURVADO É confeccionado de forma idêntica ao Bionator básico, porém posicionado de forma invertida, reposicionando a língua para cima. 19 ARCO PALATINO CURVADO ALÇA BUCILADORA Alça Buciladora (idêntica ao Bionator Básico) DICA Em determinados casos onde encontramos maxila atrésica, alguns clínicos fazem uso pela adaptação de um expansor bilateral na placa superior, o qual poderá ser usado também no Bionator Classe I e Protetor. Indicação do Bionator Inversor classe III Pseudo classe III, onde os incisivos inferiores estão com inclinação lingual, causando deslocamento mandibular anterior. ContaIndicação Classe III esquelética. RESUMO DO BIONATOR Classe I e classe II divisão 1- dentes relativamente alinhados Classe II - mordida aberta anterior causada por hábitos Classe III – Pseudo classe III – incisivos inferiores inclinados para lingual, causando deslocamento da mandíbula para anterior. Rearranjo Dos Músculos * Quando temos uma maloclusão dentária, ocorrerá um desarranjo dos músculos; instalado o aparelho ortopédico conseguimos rearranjar todos os músculos comprometidos nesta área. A mandíbula em uma mordida errada suas articulações. (Sistema Estomatognático). estão posicionadas para trás e para cima, desta forma os ffffffffff músculos envolvidos na mastigação não executam o trabalho corretamente. Já com o aparelho, a mandíbula fica reposicionada para baixo e para frente, promovendo o contato dos dentes superiores e inferiores produzindo estímulos que redirecionam as contrações musculares; assim, aos poucos toda a estrutura óssea é remodelada levando os dentes em posição correta. ERRADO CORRETO MUSCULO DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO KLAMMT - TÉCNICAS DE GEORGE KLAMMT KLAMMT ATIVADOR ABERTO ELÁSTICO (AAE) Definição: É um aparelho funcional que fica totalmente solto na cavidade oral, apoiando-se em dentes apenas nas faces linguais dos caninos superiores e inferiores. O Aparelho não tem estabilização o que torna com bastante mobilidade vertical. Aparelho Ativador Aberto Elástico, desenhado pelo Doutor Georg Klammt, na Alemanha Oriental que considerava mais um dos ativadores “diurnos”. O Ativador de Klammt foi desenvolvido baseado no monobloco de Pierre Robin, e no ativador de Andresen e no aparelho de Bimler. Indicado o aparelho de Klammt para correção das bases máxilo-mandibular. Klammt era um discípulo de Bimler, mas achava seu aparelho muito frágil, então tentou modificar alguns de seus elementos. Estas modificações foram muito úteis, pois favorece a fala, as funções orais e a postura ideal máxilo-mandibular. Com isso, reduziu o tamanho, ajudando o aparelho a ficar mais tempo possível na boca. O aparelho foi desenvolvido e ficou semelhante ao Bionator de Balters e o aparelho de Bimler, e tem amplas indicações. Tipos de AAE Klammt - Padrão – Classe II divisão 1 - Classe II divisão 2 – Deckbiss - Classe III - Mordida aberta O AAE a primeira vista parece com o Bionator, mas sem acrílico anterior, só que com muito mais fio. O Bionator, sendo livre na cavidade oral (boca), é estabilizado pela superfície de resina oclusais posterior ou incisivos inferiores conforme as exigências. Já o AAE, a sua estabilidade é quase nula e sua mobilidade vertical na boca é fácil. Componente do Ativador Aberto Elástico - AAE - Mola de coffam - Arcos vestibulares - Guias palatinas ou linguais Tipos de ativadores Abertos Elásticos Existem dois tipos: Um sem acrílico nos espaços interproximais, e apresentaum superfície plana em contato a superfície lingual dos dentes. 22 E o outro tipo com acrílico nos espaços interproximais ás faces linguais de todos os dentes. Ambos os tipos, o acrílico se estende sobre um pequena parte da gengiva. A mobilidade sagital é maior no primeiro tipo. Durante o tratamento, a superfície acrílica pode ser alterada com desgastes ou reembasamentos. DICA O ATIVADOR ABERTO ELÁSTICO (AAE) PADRÃO É UTILIZADO PARA A MAIORIA DAS MALOCLUSOES DE CLASSE I E CLASSE II DIVISÃO 1 Ativador Aberto Elástico AAE Modo de Ação Sua ação é obtida pela alteração da posição mandibular, pela atividade da língua que atua como estimulador para corrigir a deglutição e a fala. 23 O aparelho atua solto na boca e não executa nenhum tipo de força mecânica. Não existe força mecânica advinda de molas ou qualquer outro tipo de dispositivo. Possui único elemento ativo que é a língua. O ajuste da alça palatina tem como objetivo acompanhar o crescimento dos maxilares e do estimulo funcional através exercícios constantes da língua contra o palato. A mordida funcional modifica a posição da mandíbula e da língua. A ATM assim como a musculatura da cavidade oral, permanece na nova posição, devendo por isso o ativador ser usado à noite. Além de atuar como exercitador da língua, ajuda a corrigir o padrão anômalo da deglutição, estimula o crescimento transversal das arcadas pela pressão da língua contra o palato e as faces linguais dos dentes posteriores, serve para dar resistência, durabilidade e estabilidade do aparelho na boca. KLAMMT, 1994 Uso do AAE Klammt Após um curto período de adaptação, o uso do aparelho não deve interferir na fala, mas a sua mobilidade solicita a presença da língua sempre. Desta forma, um grande número de estímulos são transmitidos aos dentes, servindo de base para modificações transformadoras. Ativação do AAE O ajuste da mola ou alça palatina tem como objetivo o crescimento dos maxilares. Ativador Aberto Elástico AAE - Padrão Possui duas partes acrílicas bilaterais e um arco labial superior e inferior ( arco vestibular), um arco palatino e fios guias para os incisivos superiores e inferiores (apoios frontais) e corpo de acrílico. 24 Corpo de Resina O corpo de acrílico vai do canino até o ponto posterior do primeiro molar ou segundo molar permanente, se este estiver presente. Sempre deixe o acrílico fino para não interferir na língua e obter maior espaço oral. Sua estabilização é conseguida pelo contato com as superfícies linguais dos caninos superiores e inferiores. Arcos Labiais – (arco vestibular) Superior e Inferior Confeccionado com fio 0.9 mm de aço inox, emerge do acrílico em canino e primeiro pré-molar. Sua construção não pode impedir a expansão transversal ou crescimento vertical ou a erupção de qualquer dente. Este arco seguem para distal do segundo pré-molares forma uma alça curva e volta a porção anterior, toca nos incisivos e segue do outro lado de forma idêntica. 25 Arco Palatino ou Mola de Coffin Feito com fio 0,9 de aço inox (podendo ser ativado para expansão) ,o arco emerge do acrílico a altura do primeiro pré-molar superior, é dobrado em angulo reto para formar a curva, chegando próximo o distal dos primeiros molares permanente (igual ao Bionator). Para Klammt, o arco palatino fica o mais próximo do palato, deixando uma distância apenas para não ferir a mucosa. E o seu objetivo é de acompanhar o crescimento dos maxilares, através de ativações feitas nos aparelhos. O aparelho de Klammt tem muitas semelhanças com o aparelho de Bimler e também nas suas funções. Arco palatino ou alça palatina 26 Alça Palatina Mordida Construtiva AAE de Klammt A mordida construtiva é tomada da mesma forma que para o Bionator, com posição topo-a-topo dos incisivos. Fios de Orientação, Guias ou Apoios Frontais. Feito com fio 0,8 mm de aço inox, são instalados próximos aos incisivos superiores e inferiores, as faces linguais, e permitem ajustes necessários. Apoio Frontal Superior Apoio Frontal Inferior Ativador Aberto Elástico – AAE Aletas de acrílico Um dos propósitos das aletas de acrílico é prevenir a interposição lateral da língua entre os dentes posteriores durante a deglutição, impedindo a erupção dentária, contribuindo para o desenvolvimento de uma sobremordida. A posição crônica da língua sobre os dentes posteriores durante as funções não deglutivas, é também considerada como fator contribuinte a um desenvolvimento vertical deficiente. As aletas separam a língua desses fatores. Apoios Dentários O ativador aberto é apoiado sobre as faces linguais dos caninos superiores e inferiores. Na ausência dos caninos, para não ferir a mucosa, pode-se colocar acrílico sobre as faces oclusais dos dentes posteriores. Ativador Aberto Elástico - AAE - para tratamento de Mordida Aberta É usado no tratamento de mordida aberta por causa de hábitos periorais anormais; o aparelho é confeccionado com o acrílico nos espaços interdentais, próximo aos dentes. Quanto aos apoios frontais estes confeccionados verticalmente. Os apoios frontais têm a sua origem na parte maxilar do acrílico e é bilateral para não diminuir a elasticidade do aparelho, é utilizado como um impedidor de língua, e mantem a língua afastada dos incisivos. Não se usa topo de mordida, permitindo toque dos molares. 27 Modo de Ativação do Aparelho Aberto Elástico – AAE • A ativação é feita através de fios e reembase, como sempre levando de Classe II para Classe I. • A ativação dos arcos vestibulares tornando-se passivo ou ativo. • Apoios frontais direcionado conforme cada caso. • Grade para impedir a interposição da língua. • Acrílico nos espaços interdentais. Indicação • Distoclusão com ou sem protrusão dos dentes anteriores. • Expansão transversal • Criança de 5 a 11 anos. O Klammt mais indicado é o Padrão Modificado e para mordida aberta. O Aparelho é indicado para casos de maloclusão de Classe II divisão 2 – Deckbiss, onde haja a necessidade de inclinação labial dos incisivos centrais superiores ou com a possibilidade de todos. As faces oclusais dos dentes posteriores ficam livres do acrílico. 28 Contraindicações • Não é indicado para adultos. Ativador Aberto Elástico – AAE Classe II Divisão 2 Descrições: • O arco labial superior será seccionado (variando de caso para caso) e abraça os incisivos laterais por mesial. • Superfície guia superior para permitir apenas o crescimento alveolar inferior. • Escudos labiais inferiores. Ativador Aberto Elástico Classe II divisão 2 – Deckbiss No arco labial inferior, são confeccionados pelotas labiais ou escudo em acrílico, afastadas 1 mm da gengiva, sem necessidade de raspar o gesso na área a ser aplicada a resina, pois as impressões irão ser de uso essencial. As pelotas ou escudo são usadas para atuar contra a pressão do lábio hipertônico inferior e crescimento mandibular (estímulos fisioterapêuticos). 29 Ativador Aberto Elástico – AAE Classe III No tratamento de maloclusão de Classe III e mordida cruzada anterior, o acrílico fica próximo aos espaços interdentais. O arco palatino é aberto para distal como o Bionator para tratamento de Classe III. O arco labial agora no superior nos traz as pelotas de lábio igual ao aparelho de Frankel. Os apoios frontais linguais na mandíbula são próximos a uma pequena distancia dos incisivos , sem dobras, pois não serão ativados por ser uma classe III. Os apoios frontais na maxila atingem os incisivos por palatina. Arco palatinoinvertido ou não. 30 Ativador Aberto Elástico – AAE Classe III - Progênia. Descrições: • Ativador com fio guia • Escudos labiais na maxila • Arco labial inferior • Arco palatino invertido Dicas do AAE A descrição do AAE foi mantido a um mínimo para não haver repetições, pois os princípios são muito semelhantes aqueles descritos para o Bionator. Será aconselhável para um profissional primeiro ganhar certa experiência no uso do Bionator antes de recorrer ao uso do AAE. PLANAS TÉCNICAS DE PEDRO PLANAS 31 Reabilitação Neuro Oclusal (RNO) Dr. Pedro Planas Para os leigos, a Reabilitação Neuro Oclusal (RNO) é uma medicina preventiva dos problemas odontológicos, com o objetivo de conduzir a boca desde a erupção dos primeiros dentes a uma situação de equilíbrio, mediante estímulos das forças naturais. Definição e Objetivo da Reabilitação Neuro Oclusal (RNO) “é a parte da medicina estomatológica que estuda a etiologia (origem das doenças) e gênese (formação do seres) dos transtornos funcionais e morfológicos (formada que a matéria pode assumir) dos sistema estomatognático. E tem por objetivo investigar as causas que os produzem, elimina-las tanta quanto possível e, se necessário, desde o nascimento”. Pela definição descrita, a cada idade, desde o recém-nascido, da criança em dentição decídua ou mista, do adolescente, do adulto até o idoso, a RNO tem uma aplicação com um diagnostico diferenciado e terapêuticas adequadas a cada idade e patologias. A Reabilitação Neuro Oclusal (RNO) surgiu da experiência profissional de mais de 60 anos do médico o odontólogo Dr. Pedro Planas e esta fisiologia está descrita em seu livro intitulado “Reabilitação Neuro Oclusal”. Tipos de Planas (AOF) Pista Indiretas Planas Ou Placas Planas • Classe I – Normoclusão • Classe II – Distoclusão • Classe III – Mesoclusão Pistas Indiretas Planas Compostas ou Placas Planas Conjugadas: • Arcos dorsais de ambos os lados e com ou sem Equiplan de Planas. • Equilibrador de Planas Placas Planas - Modo e Ação As placas Planas atuam principalmente na aplicação da terapia da RNO. Parecida com placas normais usadas em ortopedia funcional dos maxilares, não atuam sob pressão, força ou retenção mas sim sobre “presença” que é a base fundamental. A “ação da presença” seria o leve movimento dentário e da liberação linguo vestibular devido à colocação da placa de acrílico por palatina, ou lingual dos dentes. 32 33 Exemplo: Moldamos um amigo ou irmão, confeccionamos a placa e damos o acabamento necessário. Instalamos a placa na boca do nosso amigo pela primeira vez com uma certa pressão feita no fundo do palato e com uma dificuldade para retirá-la, após alguns dias sairá sozinha. Isso nos indica que alguma coisa ocorreu, ou cedeu ou moveu. Na lógica, a placa não apresenta nenhuma contração, então foram os dentes que se moveram sem trauma. Se fizermos moldagens e confecções constantes do palato teremos uma dilatação da arcada superior e inferior e inclusive diastemas entre os dentes. O dente possui mobilidade lingo vestibular dentro do alvéolo que permite elasticidade do ligamento alvéolo dentário que determina parte de sua vitalidade. Com a placa instalada, ela impede a sua movimentação lingual, e o dente é afastado da placa o suficiente para continuar a se mover normalmente dentro do seu alvéolo. Quanto aos espansores que são colocados na placa, sua utilização não é para pressionar, forçar ou traumatizar o alvéolo mas para manter a presença ao ser ativado com esta ¼ de volta a cada 4 ou 8 dias. Para que está presença seja produzida e o paciente não pressione a placa com o dedo tanto superior como inferior, são instaladas as pistas de rodagem, cuja função principal é de obrigar a placa inferior a contatar a superior e vice-versa. PISTA DE RODAGEM Com este contato será produzida uma contração dos músculos temporais e masseteres sem que haja interferências dentárias. Objetivo do Tratamento das Pistas • Facilita movimentos de lateralidade funcional, eliminando as interferências oclusas. • Boa relações máxilo-mandibulares em harmonias com o sistema estomatognático. • Oclusão equilibrada. Função da Pistas • Obriga a placa inferior a contatar com a superior sem interferência. • Facilita a lateralidade. • Orienta a posição do plano oclusal, reequilibrando. • Reabilita a ATM. • Corrigi a distoclusão. • Freia a mesoclusão. • Em classe I leva a mandíbula para postura onde encontre o toque incisivo (D.A – determinação de área). • Transpõe a mordida cruzada As placas Planas atuam alternadamente, e permanece na boca dia e noite é removido nas principais refeições. As placas planas nunca tiveram retenção, como grampos de Adams, circunferências ou ganchos etc., pois ficaria fora da filosofia da RNO. Se precisar ou houver necessidade de colocar alça ou mola para algum movimento individual ou em grupo será feito com o fio 0,7 ou 0,8 mm de aço, para que quando for ativado, atue com “presença” e não como mola. A placa superior contra a inferior através das pistas produz sua retenção recíproca. Com as placas na mandíbula ela se moverá livremente para ambos os lado. 34 35 É importante que a boca esteja preparada e se houve necessidade será feito através de desgaste seletivo. O desgaste seletivo não deve ser feito empiricamente, mais sim pensando no desgaste de material a ser eliminado fisiologicamente, para que chegue a idade adulta com o AFMP (Ângulo Funcional Mastigatório de Planas) no valor “0”. Correções das posições da Mandíbula. Inclinações de Pista A outra finalidade das pistas, além de abrigar a presença das placas pelo contato superior contra a inferior, é facilitar os movimentos mandibulares de lateralidade e a da correção das posições distais (classe II) e mesiais (classe III) da mandíbula. As pistas devem ter uma inclinação correspondente para que se cumpra a “lei da mínima dimensão vertical”, a mandíbula espontaneamente posicionada em neutro oclusão. As pistas variam de acordo com a sua inclinação: Classe I – pistas retas Classe II - as pistas são posicionadas para cima no sentido póstero-anterior Classe III - as pistas são posicionadas para cima no sentido anteroposterior. Inclinações de pista para Classe II Construímos então as pistas para cima no sentido póstero-anterior. O paciente fecha a boca em sua posição distal habitual, mas, ao colocar as pistas, ficam sem condições de atingir a oclusão patológica (distal), porque as pistas contatam prematuramente sendo produzido um aumento de dimensão vertical. ( O paciente irá buscar uma dimensão vertical menor, colocando a mandíbula em neutroclusão, pelo que foi programado durante a construção do aparelho). Inclinações de pista para Classe II A B C Inclinações de pista para Classe III Nos casos de Classe III ou progênias, construiremos as pistas ao contrário, ou seja, para cima, no sentido anteroposterior onde receberá o estimulo do retrocesso e seja alcançado uma dimensão vertical mais baixa para trás do que para frente, desta maneira, não conseguimos retroceder a mandíbula, mas impedimos que avance mais para frente. 37 Em resumo, as placas atuam por “presença” ativada pelas pistas, que por sua vez faz facilitar a liberdade de movimentos de lateralidade, de acordo com a inclinação das pistas que obrigam a protruir a mandíbula. Não são fixadas nos dentes, mas mantem o contato superior do inferior através das pistas que equilibram,estabelecendo os contatos simultâneos em trabalho e balanceio, atuando em períodos intermitentes, além de facilitar a busca do reequilíbrio fisiológico do plano oclusal. Posições das Pista Indiretas de Planas 38 Inclinações das Pistas de Rodagens As pistas devem ter inclinação contrária aquela assumida pela mandíbula em seu estado de postura patológica. Em casos de classe I, leva a mandíbula para uma postura onde encontre toque incisivo. A orientação das pistas será diferente de acordo com cada caso. Neutroclusão:- paralela ao Plano de Camper (pista neutra). Indicado:- nos casos de classe I, com apinhamento anterior, superior e inferior e nos casos de mordida profunda. Tratamento:- aparelho com pistas planas paralelas ao Plano de Camper. Planas Classe I Distoclusão:- pistas com inclinação para anterior da mandíbula (pista disto). Indicado:- para caso de classe II, com mordida profunda e apinhamento. Tratamento:- aparelho com pistas inclinadas para anterior. Paciente tende a levar a mandíbula para trás. Com a inclinação da pista iremos colocar em mordida construtiva (D.A – determinação de área) com intuito de levar ao toque incisal. 39 Planas classe II Mesoclusão:- pistas com inclinação posterior (pista meso) Indicado:- para caso de classe III, mordida cruzada anterior. Tratamento:- aparelho com pistas inclinadas para posterior. Paciente tende a levar a mandíbula para frente. Com a inclinação das pistas para posterior iremos colocar a mandíbula para trás. Planas classe III Placas Planas Simples ou Composta são aparelhos que mais sugerem liberdade de movimentos mandibulares. Pista de Rodagem (Placas Planas) Feitas em acrílico para absorver energia de contato entre elas, liberando os movimentos mandibulares no sentido esperado. As pistas devem determinar o aumento de dimensão vertical, aproximadamente igual nos dentes anteriores e posteriores, numa altura que não permita interferência ou bloqueio de movimento látero-protrusivo. Simões, 2003 40 Classificação das Pistas Indiretas Pistas Indiretas Planas:- pistas artificiais, construídas ambas ao lado dos arcos dentários que indiretamente induzem os movimento mandibulares. São aparelho com ação bi maxilar; apesar de terem duas partes separadas, inferior e superior funcionam como um todo, a mandíbula se movimenta contra o maxilar, tendo as pistas como controle dinâmico e resposta do desenvolvimento e correção dos maxilares. Classificação das Pistas Diretas Pistas Diretas Planas:- pistas artificiais, construídas diretamente sobre os dentes decíduos (só decíduos), com os mesmos objetivos, induzir movimentos mandibulares. Não é aconselhável em adultos, pois poderá causar uma anquilose, porém, poderá ser utilizado em curtos períodos. Definição das Pistas de Planas As pistas indiretas, diretas ou de rodagem, induzem movimentos mandibulares e deve ter inclinação contraria assumida pela mandíbula em seu estado de postura patológica, finalização dos casos pela facilidade de estabelecer ou recuperar o equilíbrio dinâmico oclusal. Mudança de Postura Terapêutica, MPT para os guias de pistas: - D. A. = determinação de área. Com os modelos em posição de máxima intercuspidação, marca-se os dentes anteriores inferiores por vestibular ou sobre passe dos incisivos superiores, de acordo com seus bordos incisais. Em seguida, muda-se a posição do modelo inferior para a área de contato em Determinada Área – DA. 41 A distancia cúspide-fossa, entre molares superiores e inferiores, deve ser igual ou 1 mm menor do que a altura levantada dos incisivos. As pistas determinam o aumento da dimensão vertical, igualmente nos dentes anteriores e posteriores, considerando a distância cúspide-fossa do último molar erupcionado. Tanto a distância como o encontro das pistas com os dentes posteriores devem estar a uma altura que não permita haver interferência ou bloqueio dos movimentos látero-protrusivos. Separam-se os modelos e colocam-se as pistas inferiores acima das fossas oclusais dos dentes posteriores. A altura da pista inferior é um pouco maior de que a metade da distância entre os molares, ou seja, do que o aumento da dimensão vertical. Com os modelos e as pistas em posição e articulado, com um lápis é traçada uma marcação externa sobre os modelo para e determinar o comprimento das pistas: de mesial do primeiro pré-molar inferior, ou primeiro molar decíduo, até distal do segundo pré-molar superior ou segundo molar decíduo. A pista superior é instalada sobre a inferior em perfeita justaposição. Colocação das pistas inferiores Na acrílização parcial inferior, as pistas ficam acima das fossas oclusais dos dentes posteriores inferiores, em função do maior ou menor levante devido ao plano oclusal (com inclinação). Deve ser muito suave no sentido que é exigido. 42 Fixa os pontos de acrílico e termina a acrílização na parte mais larga dos pré- molares ou molares decíduos; as pistas não devem interferir nos movimentos da língua na cavidade oral. Colocação da Pistas superiores –Comprimento com largura Coloca-se a pista superior sobre o inferior com os modelos articulados na Mudança de Postura Terapêutica. Fixamos alguns pontos e acrilizamos. O acesso é todo realizado pela parte posterior. Com os modelo de MPT e com as pistas fixadas, desenha-se sobre a face vestibular dos dentes, os traçados correspondentes às pistas, sendo que devem estar na região entre os pré-molares superiores e inferiores ou molares decíduos. Separam-se os modelos para a transferência do traçado da marcação externa dos modelos para determinar o comprimento das pista. 43 Determinado o comprimento das pistas, eliminamos o excesso com auxilio de brocas. As guias superiores são maiores que as pistas, para ficar mais fácil o controle da inclinação desejada. Pista Planas Simples- Observe o tamanho das pistas obedecendo o traçado sobre o modelo. Mudança de Postura Terapêutica Mordida Construtiva. Classificação dos Autores Vilma Simões – (1983) - A face palatina superior terço incisal e a face vestibular inferior no terço-médio, devendo alcançar o maior número possível de incisivos (Planas). Planas – Mordida Construtiva em Determinação de Área. Bionator de Balters – (1955) - Mordida Construtiva em Topo-a-topo dos incisivos. Klammt – (1955) – Ativador Aberto Elástico - Mordida Construtiva em Topo-a-topo dos incisivos. Frankel – (1966) -Mordida Construtiva em Topo-a-topo dos incisivos. Bimler – Neutro oclusal – Mandíbula é trazida para frente em relação de Molar em Classe I De Angle (classe I de Angle). Na Extensão da Mudança de Postura Terapêutica, o limite não deve ferir as condições da ATM, sendo no sentido póstero-anterior (distoclusão) ou anteroposterior (mesoclusão) – pelo toque do incisivos superiores e inferiores. Sempre buscar levar a mandíbula a esse contato incisivo, mas, quando for maior que 7 mm o espaço no setor posterior a nível de molares, devemos fazer em duas etapas, então o tempo de tratamento será mais longo. Deve ser feito dentro do principio fisiológico individual; esse traz resultados efetivamente satisfatório se for possível contato de incisivo em D. A . (face palatina superior a face vestibular inferior no terço-médio (Planas)). 44 Caso não se corrija o transpasse o limite de contato será topo a topo. Para o ortotécnico é muito importante que o clínico envie para o laboratório a relação da Mudança de Postura Terapêutica, para a construção e confecção do aparelho ortopédicofuncional. Mas é recomendado ao Técnico em Prótese Dentária (Ortotécnico), não proceder à Mudança de Postura Terapêutica, pois é de conhecimento este trabalho ser realizado pelo clinico, conhecendo o paciente e agilizando o trabalho na boca do paciente, pois quando executamos este trabalho corremos o risco de errar por não estarmos vendo o paciente. Modo de ação Liberdade nos movimentos látero-protrusivos, pela Lei da Mínima Dimensão Vertical de Planas, a mandíbula desliza para o lado de maior aproximação entre os maxilares (lado que mastiga – trabalho). Componentes do Aparelho de Placas Planas 1 – Expansores 2 – Arco de Hawley/ Vestibular/ Escheler 3 – Apoios Oclusais ( fio1/2 cana) 4 – Estabilizadores 5 – Pistas Finalidade dos Componentes 1 – Expansores: é um acessório passivo em AOFs (Aparelhos Ortopédicos Funcionais), não estimula o desenvolvimento transversal, apenas permite o seu acompanhamento. Sua posição deve ser correta para não interferir na Mudança de Postura Terapêutica e não atrapalhar o controle de ação e não atrapalha o controle da ação. 45 2 – Arco de Hawley: pode vir a ser utilizado ou não pelo profissional. Seu objetivo é manter o alinhamento os dentes superior e inferior conforme a movimentação do aparelho na boca por estímulos funcionais. 46 3 – Apoios Oclusais: usado na placa inferior apoiado no segundo molar decíduo, na ausência destes, nos primeiros molares permanentes. Considerando que estes apoios bloqueiam o crescimento vertical é utilizado com a finalidade de prevenir lesões que a placa inferior produziria ao ser instalada na mandíbula, pressionada pela placa superior através das pistas. 4 – Estabilizadores: feitos com fio 0,7 ou 0,8mm para caninos e pré-molares e fio 0,9mm para molares. Sua parte retentiva fica na lingual, e geralmente são colocados em lateral e canino no inferior, em algumas vezes em canino e primeiro pré-molar, outros em primeiro e segundo pré-molar. Os estabilizadores não impedem o crescimento vertical dos dentes e nem para reter a placa, sua utilização e somente estabilizar. 5 – Pistas: são feitas de acrílico, pois sua resiliência gera absorção de energia de contato de uma para a outra. As guias de pistas idealizadas pelo Dr. Enio Heiras auxiliam muito na confecção das pistas e possuem três tamanhos, pequeno, médio e grande. Confecção. Essas matrizes são encontradas no mercado; são confeccionadas com suas medidas exatas, o material utilizado para a acrílização seria a resina de auto polimerização. Os apoios são feitos com fio l/2 cana apesar de sua dureza apresentar alguma dificuldade na sua confecção; leva dois apoios um da direita e outra na esquerda simétrico, mas sem ser idêntico. Pontos e Planos Os pontos de referencia na face do paciente: - são o Trágus e o Subnasal, visto que nos fornecem a posição do Plano de Camper que é fundamental para o nosso trabalho. •Ófrio:- no Plano Sagital Médio, encontra-se na testa entre a linha superior das sobrancelhas. •Subnasal:- no Plano Sagital Médio, encontra-se na junção da borda inferior do nariz com o lábio superior. •Gnátio:- no Plano Sagital Médio, encontra-se entre o ponto mais inferior e mais anterior do queixo (Spiro J. Chaconas – 1980). •Gônio:- são pontos localizados através da palpitação, parte mais saliente do ângulo da mandíbula e está no cruzamento da borda posterior do ramo com a borda inferior do corpo da mandíbula sendo um dos pontos de menor importância para os nossos estudos. •Trágus:- pequena proeminência de cartilagem coberta pela pele que protege sobre o meato auditivo externo. Traçamos uma perpendicular entre esses pontos, uma linha imaginária sobre a inserção da orelha, encontraremos o ponto Trágus. •Plano de Camper:- determinado pelo ponto de Trágus a Trágus e Subnasal, encontramos o Plano de Camper. Ófrio Subnasal Gnátio Trágus Gônio Gnátio 6 – Arco de Escheler: em classe III é usado na terapia de uma placa superior com Arco de Escheler e uma placa inferior com apoios oclusais e estabilizadores entre caninos e laterais; as pistas são inclinadas para anterior. Tipos diferentes dos Aparelhos de Planas Outros aparelhos merecem também uma descrição separada, embora derivados das Placas Planas, têm importância e um uso frequente na terapia da RNO. São placas com arcos dorsais e tubos telescópicos que são chamados de retentores ou estabilizadores de equilíbrio sendo mais importante o Equiplan. Arcos Dorsais Telescópicos Partem das laterais do aparelho superior a nível do último molar superior. O tamanho do Arco Dorsal deve ocupar desde as curvas posteriores na entrada dos tubos, até a dobra na altura de canino. É necessário sentir as extremidades dos Arcos Dorsais tocarem a frente na altura da dobra quando estivem dentro dos tubos. O comprimento tem que ser exato para manter a mandíbula em Mudança de Postura Terapêutica com o toque do incisivos e Determinada Área. Não podem ser curtos pois não manteriam a Mudança de Postura Terapêutica e nem longos, embora há como ajusta-los. 48 Arcos Dorsais para Planas Composto Arcos Dorsais - Triângulo morto O Curva Posterior do Arco Dorsal permite acesso ao palato. A altura suficiente para a retenção do Arco Dorsal no maxilar sem tocar nele. A retenção é instalada com outras peças sem formar um triângulo para que não invada o espaço oral funcional, que é formado por dentes superiores e inferiores, palato e Arcos Dorsais. Posição dos Arcos Dorsais sem o Foi chamado de triângulo motor por não ter finalidade, mas interfere no espaço lingual podendo machucar.. O triângulo morto impede a ação correta do aparelho, provoca fratura no arco porque o paciente constantemente acomoda a língua. A altura de Curva Posterior e do Arco Dorsal depende de cada caso. Em geral, quando as Curvas Posteriores estão altas, o Arco Dorsal, dentes e mucosa palatina formam o triângulo morto (errado): posição correta do arco sem formar triângulo morto (certo). Função do Arco Dorsal O arco dorsal terá como função de manter o que foi corrigido ou irá corrigir (distoclusão) e deixar livre os movimentos de lateralidade. Este aparelho também é utilizado para término de tratamento, o que permite uma mobilidade lateral da mandíbula, não impede o crescimento vertical de nenhum dente e mantêm a neutroclusão e a dimensão vertical desejada para que seja equilibrada a oclusão. Tubo Telescópico Cortam dois pedaços de tubo telescópico de 1 mm para Arco Dorsais em fio 0,9mm. A extensão dos tubos será de mesial de canino até a distal do ultimo o dente erupcionado. O tubo deverá ser colocado na altura do colo dos dentes por lingual, procurando deixar desde a face mesial de canino até o ultimo molar reto sem 49 50 sem dobras ou curvas. Ambos os tubos devem permanecer simétricos entre si no lado direito e lado esquerdo. As curvas posteriores dos Arcos Dorsais entram distal a esses dentes. Deixamos um excesso posterior de tubo para facilitar a fixação com cera . Fechamos as extremidades do tubo de ambos os lados com cera para que não entre resina no momento da acrílização. À distância entre os tubos e a mandíbula por lingual deve ser mínimo, o suficiente para uma resina acrílica suave e delgada, atenção todos ou quaisquer tipo de mola que for instalado no inferior deverão ficar abaixo do tubo. Os acessórios e tubos são fixados com uma pequena quantidade de cera nas extremidades. Equiplan É um suporte de aço usado para ancorar um descruzamento mandibularou dentário, atua através dos dentes anteriores inferiores, nivelando o plano oclusal nas hemi mandibulares e no setor dos incisivos superiores, o que aumentará a distância interoclusal posterior para reposicionar a mandíbula, permitindo a erupção e movimentos eruptivos, favorecendo o aumento da dimensão vertical. O Equiplan é utilizado em: Sobre mordida profunda, em que há perda de dimensão vertical de por perda permanente; para nivelamento de plano oclusal; para manutenção da dimensão vertical quando há perda múltipla de decíduo e demora na erupção de permanente, e em mesioclusão, para descruzamento no setor dos dentes anteriores. (Wilma Simões, 2003) Ele é quase sempre o grande recurso pra tratamento de distoclusão, divisão 2 liberando interferências cuspídicas, entre peças e, ou entre elas e dentes permitindo movimentos mandibulares látero-protrusivo. Estes aumentam a excitação neural, dos receptores no setor incisivo cuja notável concentração facilita a transmissão da energia produzida de dente-a dente complexo craniofacial. (Wilma Simões, 2003). 51 52 Equiplan - idealizado por Planas, A - suas perfurações, recurso para retenção, ficam para lingual dos incisivos inferiores. B - 1,5mm é o degrau, ideal para o trespasse vertical. Instalação do Equiplan Caso de distoclusão com sobremordida profunda. Após a Mudança de Postura Terapêutica, fixamos com cera na região anterior inferior, distribuída por igual, adaptamos o Equiplan. Sua posição devera ficar na horizontal, tocando a incisal dos incisivos inferiores e obedecendo a sua posição vertical. Se algum incisivo estiver um pouco mais erupcionado o Equiplan tocará somente neste dente, mantendo a sobremordida vertical. Equilibrador de Planas A principal característica do Equilibrador de Planas é um acessório de fio de aço que sai da placa superior e se apoia contra o Equiplan para reforçar a ação das curvas posteriores dos arcos dorsais e o acrílico da placa inferior. É estritamente necessário para sustentar o Equiplan. 53 O aparelho Equilibrador de Planas Idealizado pelo Prof. Pedro Planas - fica completamente livre na boca e é só preso pelos incisivos inferiores, alcançando a correção da distoclusão através dos arcos dorsais. EQUILIBRADOR DE PLANAS Componentes Equilibrador de Planas • Estabilizadores superiores • Tubo telescópico na altura do colo lingual • Equiplan • Arcos dorsais • Corpo de resina Planas Composto com Arco Dorsal sem e com Equiplan Pista Indiretas Compostas , com Arcos Dorsais, sem Equiplan. São aparelhos com ação bimaxilares que atuam sobre pistas indiretas e sustentadas por arcos dorsais unindo a parte superior à inferior, que funciona como um reforço para manutenção de postura, sendo empregado também em finalização de tratamento. 54 O aparelho é constituído de Pista Indiretas Planas Compostas de Arcos Dorsais. O Planas Composto pode ter Equiplam como pista metálica, sobre os dentes anteriores inferiores que é um elemento auxiliar quando há grande Mudança de Postura Terapêutica. O Equiplan e o expansor são instalados e depois corta-se o Equiplan, usa-se o expansor para acompanhar os movimentos transversais. Planas composto com Equiplan Partido e molas cruzadas para incisivos. No aparelho de Planas Composto os arcos dorsais, partem do superior e entram no inferior através de 2 tubos telescópicos. 55 Vista do planas composto com pistas indiretas e Equiplan partido Componentes do aparelho Expansores Arcos dorsais Pistas indiretas Equiplan Tubo Telescópico Estabilizadores (se houver necessidade) Arco de Bimler ou Hawley (ou a critério do profissional) SN SIMÕES NETWORK Simões Network, SNs é uma conexão importante na cadeia de Aparelhos Ortopédicos Funcionais empregadas no tratamento de oclusopatias, especialmente em alguns períodos de crescimento ontogenéticos e pós- ontogenéticos. Oclusopatias: Constituem anomalias do crescimento e desenvolvimento dos músculos e ossos maxilares no período da infância e adolescência, que podem produzir alterações tanto no ponto de vista estético nos dentes e ou faces, quanto no ponto de vista funcional da oclusão, mastigação e fonação. (Simões, 1978). Ontogenéticos: formação e desenvolvimento de um individuo desde a fecundação do óvulo até a morte do individuo. Atualmente já existem mais de 15 modelos de SNs, mas os que são mais elaborados são: • SNs1, SN3. Simões Network –SN1- Modelo Suave Deslizante O Sns1 é usado em casos de neutro e distoclusão, mas nunca em mesoclusão. 57 SN - Simões Network O SN1 é indicado para: • Para manutenção do contato incisivo em determinada área (D. A.); • Modificação do espaço oral funcional • Liberação e ajuste dos movimentos látero-protrusivo; • Ancoragem da postura mandibular com liberdade parcial de movimentos; • Distoclusões; • Neutroclusões; • Mudança de postura terapêutica em duas etapas. A Mudança de Postura Terapêutica – MPT deve ser , se possível, até Determinada Área – D.A de contato entre os dentes anteriores: Terço incisal superior e inferior respectivamente. Mais exatamente: superior – face palatina região central – do terço incisal; inferior – face vestibular – parte superior do terço incisal (SIMÕES, 2003). 58 Componentes do aparelhos SN-1 • Tubo telescópico 1mm • Arco dorsais fio 0,9mm • Arco de Vestibular de Bimler ou de Hawley fio 0,9mm • Expansor superior e inferior ou Mola coffin • Apoio frontal no superior fio 0,8mm • Não apresenta pistas indiretas • Ocupa pouco espaço na cavidade oral Considerações do SN-1 Em menores de 15 anos, o SN1 é indicado porque reforça a manutenção da postura, respeitando o espaço oral funcional mais amplo, pela ação modificada da postura lingual e mandibular. SN1 com Equiplan permite maior espaço oral funcional que as pistas indiretas planas compostas, pipc sendo uma boa alternativa nas etapas precoces de desenvolvimento. 59 SN1 com parafuso inferior e mola coffin superior deve ser considerado para ancoragem e estímulo transversal inferior. Não necessita de apoio oclusal, uma vez que é um aparelho bimaxilar e mantém a D.A.; ao mesmo tempo que o tubo telescópico mantém a lateralidade direita e esquerda. O que não ocorre nos apoios oclusais das pista indiretas de planas que podem causar obstáculos para a erupção dos molares. Perda simultânea de vários dentes decíduos, o SN1 mantém a dimensão vertical e a postura mandibular, permitindo a erupção dos dentes permanentes. 60 EQUIPLAN Equiplan é um suporte de aço auxiliar atuante na captura de energia, através dos dentes anteriores para o nivelamento do plano oclusal; ele aumenta a distância interoclusal posterior para reposicionar a mandíbula e permitindo a erupção, favorecendo o aumento e manutenção da dimensão vertical. SIMÕES NETWORK 3 – SN 3 Modelos de Pequenas Aletas Inferiores O SN3 é usado em casos com plano oclusal divergente; mordida aberta, mordida cruzada, mesoclusão, tendência a progênie, topo-a-topo, biprotrusão e distoclusão. A B O SN3 é indicado para: • Obtenção e manutenção do contato com incisivo de Determinada Área D.A • Ancora a mandíbula na sagital • Estimula o desenvolvimento maior da mandíbula • Amplia os movimento látero-protrusivo • Mudança de Postura Terapêutica em duas etapas • Aumenta o espaço oral funcional 61 Expansor superior Arco dorsal Aleta inferior Componentes do SN-3: • Arco Vestibular de Bimler ou de Eschler(para classe III). • Barra onduladasuperior e inferior - sua presença tem a função de educar a língua e conduzi-la ao posicionamento correto. Dados Importantes Barra Ondulada (BO) A posição da Barra Ondulada superior e inferior não pode encostar nos dentes dependendo da maloclusão. A Barra Ondulada superior e inferior devem ter inclinações diferentes para permitir o posicionamento correta da língua. A Barra Ondulada ultrapassa a incisal quando a mordida aberta for muito grande. Ação do SN3 estimula suave rotação da mandíbula para anterior que induz a postura lingual. FRANKEL III TÉCNICAS DE ROLF FRANKEL 62 Regulador de Função de Frankel Foi desenvolvido na Alemanha por Rolf Frankel. Baseia-se a exercícios musculares que levem à maturação (amadurecer), ao treinamento e reprogramação do sistema neuro muscular. Este principio básico foi desenvolvido por Rolf Frankel (1895), e aplicado clinicamente na prática ortopédica funcional. Tipos e Indicações: Fr1 – utilizado para correção de classe I e classe II divisão l Fr2 – utilizado para correção de classe II divisão 1 e classe II divisão 2 Fr3 – utilizado para correção de classe III Fr4 – utilizado para correção de mordida aberta anterior e problemas de protrusão bi maxilar. O objetivo deste aparelho é de corrigir os desequilíbrios e as alterações funcionais associadas às más formações esqueléticas faciais. O RF é um aparelho concebido como um dispositivo de exercício ortopédico, usado para restabelecer as condições fisiológica de complexo orofacial. Atua nas disfunções musculares, estimula a atividade postural de todos os músculos que ajudam a estabelecer o selamento completamente dos lábios. O regulador De Função Frankel, exercita a musculatura buco facial, modificando o padrão postural dos músculos através de escudos de acrílicos disposto nos vestíbulo bucal e labial. Os escudos causam um estiramento dos tecidos moles na região do fundo de sulco, adequando aposição óssea na área de base apical. Bases Fisiológicas O normalizador funcional de Frankel é uma filosofia influenciada pela matriz funcional, pelo bucinador e pelo complexo do orbicular dos lábios. A função perioral anormal cria barreiras dinâmica no crescimento nas 3 dimensões de espaço, que são elas: • Transversal - expansão • Horizontal – mesio distal • Vertical – altura facial Ação do Regulador de Função Frankel O regulador de Função de Frankel não é um aparelho para movimentar dentes, e nem o seu modo de ação é igual aos ativadores convencionais do grupo de aparelhos funcionais. 63 Principio de trabalho dos escudo vestibulares O aparelho estabelece padrões funcionais normais, eliminando pressões adversas das estruturas dento alveolares, resultando em significativa expansão bi maxilar. As adaptações esqueléticas e dento alveolares ocorrem de acordo com a remoção gradativa das funções musculares desenvolvidas. O resultado dentário é consequência da boa função muscular. Mecanismo de ação do escudo lateral - Eliminando a pressão - E aplicando a tensão Frankel Classe III Frankel III – RF 3 É usado para tratamento de maloclusões de classe III que se caracteriza por retrognatismo maxilar e/ou prognatismo mandibular, sendo que o principal objetivo é de estimular o desenvolvimento da maxila e restringir o desenvolvimento mandibular. Com esse propósito os escudos vestibulares laterais. Como podem ver, os escudos de acrílicos são partes essenciais e que qualificam o RF como um aparelho de exercícios ortopédicos, produzindo assim efeitos fisioterápicos e permite um treinamento forçado. 64 Pelotas Labiais Almofadas – escudo labial É utilizado para Classe III só que as pelotas labiais ficam no sulco vestibular labial superior. Possui e escudos laterais , alça palatina e arco de protrusão palatina superior. 65 Utilização das Pelotas Labiais As pelotas labiais são utilizadas para afastar a mucosa e o osso alveolar no fundo do sulco vestibular labial, com o objetivo de eliminar pressão do lábio superior na maxila subdesenvolvida, exercer tensão no tecido e nas inserções na profundidade labial para poder estimular osso a crescer, transmitindo a força do lábio superior para a mandíbula através do arco labial inferior para estimulo retrusivo. O fio da pelota labial e conformado no arco maxilar. A inserção do freio labial é mais espessa na maxila, e o fio central “V” deve evitar ferir o mesmo. Estes fios devem ficar suficientemente afastados da cera de alivio para permitir que o acrílico os encaixes penetre completamente depois bem polidos. Arco Labial Inferior O arco repousa contra os dentes mandibulares. Há um estreito contato com os incisivos e caninos inferiores, bem como, os escudos laterais apoiados nos segmentos posteriores. Isto é muito importante para restringir o crescimento anterior da mandíbula e para minimizar o mesmo evitando a inclinação dos incisivos inferiores. È importante que o Arco labial passe na altura das papilas gengivais. 66 Um sulco leve é entalhado na superfície da face vestibular dos incisivos inferiores para se ter a certeza de que existe uma leve tensão no fio, quando o aparelho estiver assentado na boca. 67 Para a confecção do Arco Labial, é feita uma curva de 90 graus realizada para baixo da borda distal do canino inferior; outra dobra horizontal é feita abaixo da margem gengival a 5 mm aproximadamente; a extremidade arco é encaixada no escudo lateral e fica paralela a superfície oclusal. Arco de Protrusão Palatino Superior Confeccionado com fio 0,7 mm, o Arco de Protrusão Palatino Superior é um elemento de movimentação dentária usado para a protrusão dos incisivos superiores se necessário. Ao confeccionar este arco, devemos ter o cuidado para que este não toque o cíngulo dos incisivos que poderá inibir sua erupção e impedir o estabelecimento de uma sobre mordida normal. Por palatina próximo à mucosa forma-se uma alça que contata a superfície dos incisivos, acima do cíngulo e aproximadamente de 2 mm a 3 mm abaixo da margem gengival (alças). Os fios do Arco de Protrusão terminam e cruzam o espaço interoclusal entre canino e primeiro molar decíduo ou primeiro pré-molar permanente, mas sem tocar nos dentes e emerge nos escudos laterais. 68 Arco Palatino O arco tem inicio nos escudos laterais, e estabiliza o aparelho contra as forças construtivas dos músculos peribucais. O Arco Palatino deve passar distalmente ao último molar, ficando livre, dando liberdade aos molares para erupcionarem e se moverem mesialmente. No Arco Palatino a alça é invertida, feita com uma mola de Coffin, e, se for necessário, poderá ser ajustada rapidamente para uma expansão. O aparelho não é ancorado na maxila pelos fios de cruzamento que vem do Arco Palatino e do Arco de Protrusão Superior, mas sim pela aderência perfeita da adaptação dos Escudos Laterais e o Arco Labial Inferior ao osso basal mandibular, os incisivos inferiores que permitem a aderência firme às estruturas dentoalveolares mandibulares. (obs.* mandíbula fica como bloqueada a se movimentar para frente). O Arco Palatino não contata as superfícies distais do ultimo molar, mas os apoios oclusais ficam na fossa central. 69 Escudos Laterais Os Escudos Laterais são afastados das estruturas dentoalveolares superior expandindo a cápsula peribucal em direção lateral, porem não mais que 2.5mm dos alvéolos e 3 mm da dentição. A dimensão lateral do espaço funcional bucal é aumentada de modo a permitir desenvolvimento transversal das estruturasdento-alveolar superior. A parte inferior dos Escudos Laterais é apoia da nas faces vestibulares do processo dento-alveolar, a fim de restringir qualquer desenvolvimento mandibular na direção lateral. Escudos Laterais Vista palatina do FR III, observamos como os escudos laterais ficam afastados dos dentes e com isso afastam as bochechas. Dica Os escudos laterais e labiais, são escudos de sustentação oral Facial Apoios Oclusais Confeccionados com fio 0,9 mm; tem origem no escudo lateral e é encaixado de maneira a ficar bem justo na fossa oclusal do último molar inferior. Suas extremidades livres devem ficar longe da mucosa para serem inseridas no acrílico. 70 Mordida Construtiva /Mudança de Postura Terapêutica. A tomada da mordida construtiva é iniciado retro posicionando a mandíbula tanto quanto for possível com o côndilo na posição mais posterior da fossa. A mordida é aberta o suficiente para permitir a movimentação dos incisivos superiores mover-se para o vestibular, passando os incisivos inferiores mandibulares. A abertura vertical é mantida a um mínimo para permiti o selamento labial com uma pressão suportável. A posição retro posicionada varia de paciente para paciente e da mal oclusão de classe III. Posição dos incisivos é topo-a-topo. 71 Regulador de Frankel: Realiza avanço passo a passo. Procedimento para o Vazamento de Modelo de Trabalho e Desbaste Fr III Uma boa moldagem deve ser realizada, para que fique registrada e marcadas todas as inserções musculares da boca. Vazar com gesso pedra com uma base adequada para permitir entalhe do modelo maxilar. A tuberosidade devidamente reproduzida para a extensão do arco palatino para dentro do escudo lateral. O modelo maxilar deve ser entalhado para as pelotas labiais. O desbaste é feito extensivamente depois de uma cuidadosa inspeção de estruturas anatômicas do paciente da área em questão. O tecido mole do lábio superior geralmente alcança um aprofundamento do sulco aproximadamente 5 mm, o desbaste correto irá posicionar a margem inferior das pelotas labiais a uma distância de 7mm a 8 mm da margem gengival. As pelotas labiais têm formato mais de gota devido a inserção muscular da linha mediana. O entalhe dos escudos laterais esta limitado ao modelo superior. Deve-se tomar cuidado para impedir a invasão do tecido mole por baixo dos escudos no fundo do sulco. O entalhe certo e alívio de cera impedirá esta ocorrência. 72 O desbaste do modelo inferior para os escudos laterais não é necessário, mas também devemos tomar cuidado para delinear as inserções musculares a fim de impedir a irritação causada pela aproximação acentuada entre o acrílico e a resina. Alívio de Cera Após delinear o modelo com lápis às faces labiais dos dentes maxilares e processo alveolar, os modelos são recobertos novamente com cera; a espessura e o volume de cera embaixo dos escudos e pelotas é de 3 mm; não se aplica cera na arco mandibular nem nós dentes. Confecção do Acrílico no Fr III O Acrílico contata a margem gengival dos dentes no arco dental inferior; deve ser desbastado para evitar irritação. As pelotas labiais na maxila devem estar paralela em declive do osso alveolar. Quanto confeccionadas corretamente, as pelotas labiais têm formato em gota para não produzirem abrasão na mucosa, quando o paciente abrir a boca e o aparelho abaixar com a mandíbula. Lembre-se, o aparelho não está ancorado na maxila. Esquema do FR III Pelotas labiais no maxilar são mantidas à distancia de aproximadamente 3 mm do processo alveolar. A pressão do lábio superior esticado é transmitida pelas pelotas labiais nos escudos laterais para a dentição mandibular, que é segura pelo aparelho. Nenhuma parte acrílica, nem os fios impedem o desenvolvimento espontâneo da dentição maxilar e processo alveolar. Greaber Neumann 1987 73 74 Materiais colhido dos Autores. •Vilma Alexandre Simões; Ortopedia Funcional dos Maxilares Através da Reabilitação Neiro-Oclusal – Volume 1 e 2 3º Edição / 2003. •Graber Neumann Aparelhos Ortodônticos Removíveis 2º Edição / 1987 *Reabilitação Neuroclusal Pedro Planas 2º Edição / 1997 *R. Frankel CH. Frankel Ortopedia Orofacial Com o Regulador de Função 1º Edição / 1990 Técnicas Laboratoriais em Ortodontia & Ortopedia Funcional dos Maxilares Passo a passo de A a Z 1º Edição / 2005 Bibliografia