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O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO NA EUROPA OCIDENTAL

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O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO NA EUROPA OCIDENTAL
O processo de industrialização ganhou grande impulso nos séculos XVIII e XIX na Europa, de onde se espalhou para o resto do mundo. Além desse continente, apenas os Estados Unidos e mais tarde, o Japão conseguiram alcançar o mesmo nível de desenvolvimento industrial. Desde então, a atividade fabril progrediu muito, levando vários países, sobretudo aqueles localizados na parte ocidental do continente, como a Inglaterra, Alemanha, França e Itália, a se tornarem os mais industrializados do mundo.
De maneira geral, os países da Europa desenvolvida apresentam, hoje, um setor secundário extremamente diversificado e evoluído. Por isso, o parque industrial existente na maioria desses países caracteriza-se pela presença de indústrias de base (siderurgias, metalurgias e petroquímicas), de indústrias tradicionais (têxteis, alimentícias e moveleiras) e também daquelas que empregam alta tecnologia (informática, eletrônica e aeroespacial).
Entre as indústrias europeias destacam- se as transnacionais, que atuam em diversos países, inclusive no Brasil, e dominam uma parcela da produção mundial.
Alguns países da Europa desenvolvida, como Portugal Espanha e Grécia, tiveram industrialização relativamente tardia, o que explica o fato de apresentarem um setor secundário de menor peso, comparadas as demais nações desenvolvidas do continente.
- Final do século XVIII: a energia utilizada para movimentar as máquinas era obtida a partir da queima de carvão. Por isso algumas regiões mais industrializadas de países como Alemanha, Inglaterra, França e Bélgica localizam- se ao redor das grandes bacias carboníferas do continente europeu.
- Século XIX: o carvão e o petróleo em larga escala não foi suficiente para suprir a demanda do aumento do consumo energético, levando os países a investir em usinas hidrelétricas e nucleares (Alemanha, França e na Inglaterra).
A importância do mar do Norte
O petróleo é a fonte de energia mais utilizada nos países da Europa desenvolvida, porém o consumo é o dobro do que é consumido internamente, obrigando esses países a importar grandes quantidades de petróleo, sobretudo do Oriente Médio. Descobertas de jazidas no mar do Norte (região de maior produção de petróleo) foi importante para diminuir a dependência externa.
Principais jazidas exploradas no mar do Norte localizam-se na plataforma continental de alguns países, como Reino Unido, Dinamarca, Noruega e Holanda.
- Século XIX até início do século XX: quase toda a Europa passou por um intenso êxodo rural- dificuldades vividas pelos trabalhadores- emigração para a América do Norte e do Sul. Hoje o processo de urbanização se estagnou (80% da população vive nas cidades).
Portugal e Grécia apresentam taxa de urbanização inferior, devido ao baixo índice de industrialização e modernização no campo (cerca de 60% da população vive nas cidades). Nesse sentido, observa-se a relação direta entre o processo de industrialização e de urbanização mundial, assim como, a relação com o grau desenvolvimento dos países.
Os critérios utilizados para regionalizar a Europa são baseados na economia, ou seja, considerando o desenvolvimento industrial das nações europeias e seu padrão de vida. Já os critérios usados até o final da década de 1980 estavam ligados às diferenças geopolíticas da região: de um lado os países capitalista; de outros países socialistas.
As maiores densidades demográficas na Europa desenvolvida localizam-se, em geral, nas grandes aglomerações urbano-industriais, isto é nas áreas economicamente mais desenvolvidas do continente, como o Vale do Rio Reno, na Alemanha, e do rio Pó, na Itália, e as metrópoles de Londres, na Inglaterra, e Paris, na França. As menores densidades demográficas encontram-se nas regiões frias e montanhosas dos Alpes e no norte da península Escandinava, áreas de florestas de coníferas e de vegetação tundra.
A baixa taxa de natalidade registrada na Europa deve-se à entrada em massa das mulheres no mercado de trabalho (século XX), e aos altos custos de educação e vestuário.
Devido ao aumento da população de idosos na Europa a comunidade europeia deverá elevar a idade limite para a aposentadoria, como forma de onerar menos o tesouro desse bloco econômico.
Os fatores que explicam a elevada proporção de idosos em países europeus, como a Itália, estão relacionados às baixas taxas de natalidade e o aumento da expectativa de vida.
Inglaterra
A Inglaterra foi o berço da atividade industrial no mundo. Por volta de meados do século XVIII, o Reino Unido (Estado formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) reunia os fatores necessários para a eclosão da Primeira Revolução Industrial.
Entre esses fatores está o grande acúmulo de riquezas obtidas pelos burgueses ingleses durante a fase do capitalismo comercial, que durou do século XVI a meados do século XVIII, aproximadamente. Naquele período, a Inglaterra acumulou grandes quantias de capitais, fruto da exploração colonial e do comércio realizado com outras nações europeias. Essas reservas de riquezas foram aos poucos sendo investidas na construção de infraestrutura ligada à rede de transportes, na melhoria dos portos já existentes e na ampliação da produção que era feita nas manufaturas, dando origem às primeiras fábricas modernas. Além desses fatores, cita-se o fato de que o Reino Unido dispunha de importantes reservas de minério de ferro e carvão mineral, o que possibilitou rapidamente o desenvolvimento e a disseminação das máquinas a vapor. Entre os ramos industriais que primeiro se desenvolveram, o destaque maior é dado às indústrias têxteis, siderúrgicas e navais.
Convém destacar que a região metropolitana de Londres continua a concentrar a maior parte das indústrias britânicas. No entanto, as chamadas indústrias tradicionais, que são aquelas típicas da Primeira e Segunda Revolução Industrial, têm dado lugar a outros ramos industriais próprios da Terceira Revolução Industrial, como as indústrias de eletrônicos, aeronáutica, biotecnologia, telecomunicações etc. Próximo à capital inglesa, na cidade de Cambridge, há um importante tecnopolo que se desenvolveu apoiado na conceituada Universidade de Cambridge, uma das mais antigas do mundo.
Apesar de ter sido pioneira no desenvolvimento da indústria e a maior potência capitalista até o início do século XX, hoje a economia industrial inglesa é considerada a terceira mais importante do continente, atrás de França e Alemanha.
Itália
Dentre as quatro potências europeias destacadas neste texto, a Itália foi o país que se industrializou mais tardiamente, já no final do século XIX, após a unificação de seu território na península Itálica. Diferentemente também das outras potências industriais do continente, o território italiano é bastante pobre em recursos naturais, o que contribuiu para o atraso de sua industrialização. 
As primeiras indústrias italianas se desenvolveram no norte, próximas às principais cidades comerciais do país, como Gênova, Milão e Turim. Além da importância comercial dessa região, ressalta-se a presença de uma essencial malha hidrográfica, com destaque para o rio Pó, que abriga inúmeras hidrelétricas que fornecem energia para a atividade industrial. Nos anos 1940, descobriu-se uma pequena reserva de gás natural na bacia do rio Pó, o que contribuiu para essa concentração industrial no norte do país, mas, mesmo assim, a Itália necessita importar uma grande quantidade de combustíveis fósseis, que são comprados do Oriente Médio e do norte da África.
Entre as principais indústrias italianas estão a Fábrica Italiana de Automóveis de Turim (FIAT), a Parmalat (setor de alimentos), a Olivetti (produtos eletrônicos) e a Pirelli (atua nos setores de beneficiamento de borracha, imobiliário e telefonia).
A região centro-sul da Itália, denominada Mezzodiorno (meio-dia) em referência ao clima mais quente, é pouco desenvolvida industrialmente. Ainda assim, no sul existem importantes indústriasde base que foram criadas por iniciativa do Estado italiano para tentar promover um desenvolvimento maior da região. Entre elas estão algumas siderúrgicas e petroquímicas que beneficiam o petróleo bruto proveniente da África ou do Oriente Médio e exportam seus derivados. A Itália é considerada a quarta maior potência econômico-industrial da Europa e a oitava do mundo.
França
A França foi o segundo país no mundo a se industrializar. A partir de 1789, quando ocorreu a Revolução Francesa e a burguesia se consolidou no poder, aquela nação já reunia as condições favoráveis para investimentos no setor fabril.
As primeiras indústrias, notadamente as têxteis e as siderúrgicas, se concentravam no norte e nordeste do país, junto às jazidas de carvão mineral. As jazidas de carvão mineral francesas, outrora ricas nesse mineral, encontram-se praticamente esgotadas, o que obriga o país a importar considerável percentual de combustíveis fósseis, inclusive o petróleo, já que suas reservas são pouco significativas, apesar de a França abrigar importantes refinarias desse combustível.
Em função da escassez de recursos minerais energéticos e da limitação do potencial hidrelétrico em seu território, a França investiu pesadamente em usinas nucleares nas últimas décadas, constituindo-se hoje no país com o maior potencial nuclear instalado na Europa para o fornecimento de energia voltada à atividade industrial. O parque industrial francês é bastante moderno e diversificado, além de estar bem distribuído ao longo do território. No país existem praticamente todos os ramos industriais, desde os mais tradicionais, como os siderúrgicos e têxteis, até os mais modernos, típicos da Terceira Revolução Industrial, como o aeronáutico e o de informática.
A região industrial da França que mais se destaca é a da capital Paris. No local, a existência de excelente infraestrutura de transportes, grande mercado consumidor, disponibilidade de mão de obra, além de importantes centros universitários para pesquisas e desenvolvimento tecnológico, contribuiu para que se tornasse a maior concentração industrial do país. Entre as marcas francesas que se destacam no mundo, pode-se citar a Airbus, maior fabricante mundial de aviões, e as fabricantes de automóveis Peugeot e Renault. 
De fato, a França tem a segunda mais importante atividade industrial do continente e é a quinta maior potência econômica do mundo, com um Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 2,5 trilhões de dólares, de acordo com dados de 2012.
Alemanha
A Alemanha é o país mais rico da Europa e a quarta maior potência econômico-industrial no mundo. Contudo, se comparado ao processo de industrialização do Reino Unido e da França, o da Alemanha ocorreu tardiamente, já na metade final do século XIX. Isso se deu em função do lento processo histórico da unificação política de seu território, que só se consolidou em 1871.
As primeiras indústrias do país foram instaladas nos vales dos rios Ruhr e Reno. Nessas regiões, além de importantes jazidas de carvão mineral e ferro, há aas vias de transportes. Os rios, principalmente o Reno, são navegáveis, o que facilita o escoamento da produção industrial para exportação. O rio Reno liga a Alemanha ao porto de Roterdã (Holanda), banhado pelo Mar do Norte e visto como o maior porto europeu em movimentação de cargas. Nesse local, que engloba cidades alemãs importantes como Colônia, Dortmund e Frankfurt, está concentrada até hoje a maior parte das indústrias alemãs, sendo considerada também a mais importante concentração urbano-industrial da Europa.
Outra região industrial alemã que merece destaque é a sua porção leste nos arredores de Berlim. Apesar de ser uma área bastante industrializada, grande parte das indústrias são obsoletas (tecnologias ultrapassadas), fruto do período em que a área esteve sob domínio soviético. Desde os anos 1990, após a reunificação das duas Alemanhas, a região vem recebendo investimentos públicos e privados para uma completa modernização de seu parque industrial, objetivando a criação de um tecnopolo apoiado em importantes centros de pesquisa, com destaque para a Universidade de Berlim.
Dentre os grandes grupos industriais alemães pode-se citar a Volkswagen, a Mercedes-Benz e a BMW, no setor automotivo; a Adidas e a Puma, na área de vestuário esportivo; e a Bayer, uma das maiores do mundo, ligada aos ramos farmacêutico e químico.

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