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Resenha Bernard Rangé

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Psicoterapia cognitiva – Bernard Rangé 
Terapia Cognitiva é um sistema de psicoterapia que tem 
demonstrado grande êxito no tratamento dos mais variados transtornos e 
patologias clinicas.
 A terapia cognitiva tem como base a hipótese de "vulnerabilidade 
cognitiva". Tem como pressuposto básico a interpretação que um sujeito faz de 
uma determinada situação, sendo que esta pode ser interpretada das mais 
variadas maneiras por pessoas diferentes, e essas interpretações que vai 
definir a resposta emocional e comportamental do sujeito. As nossas 
interpretações são determinadas pelos nossos esquemas e crenças, funcionais 
ou disfuncionais. Essas crenças quando ativadas geram pensamentos 
automáticos (positivos ou negativos), que por fim interferem no nosso 
comportamento.
 Características que a distinguem de outras formas de psicoterapia 
são o tempo curto e limitado (sessões semanais de mais ou menos 50 
minutos por aproximadamente 6 meses, podendo este ser estendido de acordo 
com a necessidade e o ritmo de cada paciente) e a eficácia comprovada 
através de estudos empíricos, em várias áreas de transtornos emocionais 
como depressão, transtornos de ansiedade (fobias, pânico, hipocondria, 
transtorno obsessivo-compulsivo), dependência química, transtornos 
alimentares, problemas interpessoais, incluindo terapia familiar e de casal, etc., 
para adultos, crianças e adolescentes, nas modalidades individual e em grupo. 
Sua utilização no tratamento de psicoses apresenta resultados encorajadores. 
Terapia Cognitiva ainda é indicada como coadjuvante no tratamento de 
transtornos orgânicos, e em intervenções nas áreas de educação, 
organizações e esportes. 
Terapia Cognitiva é um sistema de psicoterapia que tem 
demonstrado grande êxito no tratamento dos mais variados transtornos e 
patologias clinicas.
 A terapia cognitiva tem como base a hipótese de "vulnerabilidade 
cognitiva". Tem como pressuposto básico a interpretação que um sujeito faz de 
uma determinada situação, sendo que esta pode ser interpretada das mais 
variadas maneiras por pessoas diferentes, e essas interpretações que vai 
definir a resposta emocional e comportamental do sujeito. As nossas 
interpretações são determinadas pelos nossos esquemas e crenças, funcionais 
ou disfuncionais. Essas crenças quando ativadas geram pensamentos 
automáticos (positivos ou negativos), que por fim interferem no nosso 
comportamento.
 Características que a distinguem de outras formas de psicoterapia 
são o tempo curto e limitado (sessões semanais de mais ou menos 50 
minutos por aproximadamente 6 meses, podendo este ser estendido de acordo 
com a necessidade e o ritmo de cada paciente) e a eficácia comprovada 
através de estudos empíricos, em várias áreas de transtornos emocionais 
como depressão, transtornos de ansiedade (fobias, pânico, hipocondria, 
transtorno obsessivo-compulsivo), dependência química, transtornos 
alimentares, problemas interpessoais, incluindo terapia familiar e de casal, etc., 
para adultos, crianças e adolescentes, nas modalidades individual e em grupo. 
Sua utilização no tratamento de psicoses apresenta resultados encorajadores. 
Terapia Cognitiva ainda é indicada como coadjuvante no tratamento de 
transtornos orgânicos, e em intervenções nas áreas de educação, 
organizações e esportes. 
Uma abordagem psicoterapêutica denominada Psicoterapia Cognitiva (TC), baseia- se no modelo cognitivo segundo o qual afeto e comportamento são determinados pelo modo como um indivíduo estrutura o mundo. Suas cognições (eventos verbais ou pictóricos do sistema consciente) mediam as relações entre os impulsos aferentes do mundo externo e as reações (sentimentos e comportamento). 
O indivíduo com sofrimento psicológico tem sua capacidade de percepção de si mesmo, do ambiente e de suas perspectivas futuras prejudicada pelas distorções de conteúdo de pensamento específicas de sua patologia, que acabam por determinar “vícios“ na forma como os fatos são interpretados. Nos estados depressivos, são essas distorções cognitivas que influenciam na visão negativa do indivíduo em relação a si mesmo, ao mundo e ao seu futuro. Nos estados ansiosos, levam a uma superestimativa de riscos tanto internos como externos, além de uma subestimativa dos próprios recursos pessoais e de seu ambiente para lidar com esses riscos. A terapia cognitiva de Beck evoluiu a partir da observação clinica e de testes experimentais dessa forma de pensar peculiarmente negativa dos pacientes com transtornos depressivos.
Todas as terapias cognitivo comportamentais derivam do modelo cognitivo e compartilham alguns pressupostos básicos:
a atividade cognitiva influencia o comportamento;
a atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada;
mudanças na cognição determinam mudanças no comportamento.
A psicanálise e da psiquiatria biológica na medida em que estes entendem que a ação de um indivíduo está baseada em um determinismo fora do seu controle, enquanto a terapia cognitiva (TC) supõe que a origem da ação encontra-se na consciência. Certas características no processamento cognitivo de seus pacientes deprimidos e a relação destas como sintomas por eles apresentados. Pouco a pouco foi desenvolvendo um modelo teórico e uma prática correspondente, e submetendo-os a verificações experimentais que as validaram. Na mesma época, as terapias comportamentais também começaram a valorizar progressivamente os aspectos cognitivos com o conseqüente desenvolvimento de uma abordagem cognitivo-comportamental.
 Há uma forte tendência desta abordagem se estabelecer como a principal vertente terapêutica tendo em vista o fato de que a terapia cognitiva também utiliza procedimentos comportamentais, o que faz com que a efetividade destes procedimentos aumente ainda mais e ganhe disseminação crescente.
Esquemas são espécies de “fórmulas” que uma
pessoa tem a seu dispor para lidar com situações regulares de maneira a evitar todo o complexo processamento que existe quando uma situação é nova. Orientam e ajudam a uma pessoa a selecionar os detalhes relevantes do ambiente e a evocar dados arquivados na memória também relevantes para sua interpretação. Os esquemas podem se organizar em compostos mais complexos chamados constelações cognitivas que se manifestam por meio de prontidões (sets) cognitivas, entendidas como estados de ativação cognitiva, que preparam um indivíduo para um certo tipo de atividade cognitiva específica (detecção de perigo, apreciação estética etc.). Todos estes fatores determinam a espécie e a amplitude das reações emocionais e comportamentais. Em condições normais, um estado de prontidão cognitiva varia de acordo com mudanças na estimulação. Se houver uma persistência dele por meio de diversas situações, o sei está evidenciando uma tendenciosidade que denuncia a ativação de um modo. 
“Em resumo, a teoria da aprendizagem social (Bandura, 1977; Rotter, 1982) parte do pressuposto de que o ambiente, as características temperamentais e o comportamento situacional de uma pessoa determinam-se reciprocamente e que o comportamento é um fenômeno dinâmico, em evolução. Os contextos influenciam comportamento, e este, por sua vez, molda os contextos.
Para tanto, fora preciso desenvolver um modelo cognitivo-comportamental, já que a princípio as duas práticas eram independentes (Terapia Cognitiva e Análise do Comportamento). Foram unidas a partir dos esforços de Aaron T. Beck (1963-1964) aplicando intervenções cognitivas e comportamentais a transtornos emocionais, e ganhando corpo com a adesão da teoria dos constructos pessoais de kelly (1955) e da terapia racional-emotiva de Hawton e cols. Afirmam que “na abordagem cognitivo-comportamental dá-se ênfase considerável à expressão de conceitos em termos operacionais e à comprovação empíricado tratamento”. Já Rangé (2001, p.35) por sua vez cita que a TCC “é uma modalidade terapêutica desenvolvida a partir dos princípios de aprendizagem e, posteriormente da ciência cognitiva, conforme estabelecida pela ciência experimental”.Segundo Cordioli (1998, p. 210) na terapia cognitiva os principais elementos são os esquemas, crenças adjacentes, pensamentos automáticos e distorções cognitivas.
Uma situação (evento) desencadeia pensamentos (avaliação cognitiva), que por sua vez trás consigo uma reação (emoção e comportamento). Para Beck (1997, p.29) esse modelo levanta a hipótese de que as emoções e comportamentos das pessoas são influenciados por sua percepção de eventos. A psicoterapia cognitiva baseia-se no modelo cognitivo - afeto e comportamento são influenciados pelo modo como o sujeito estrutura o mundo (RANGÉ, 2001).
Para a ciência cognitiva nossas deduções sobre nossas experiências, a ocorrência e controle, sugere uma relação com o fenômeno das relações entre os eventos. Popper (apud Beck, 2000, p.24-25) descreve um sistema rigoroso, elaborado e bem construído segundo seu enfoque, que chama de “sistema axiomatizado” os quais podemos definir: Esquemas, Atribuição de Significado, Influência, Especificidade do Conteúdo Cognitivo, Distorções Cognitivas, Vulnerabilidade Cognitiva, Tríade Cognitiva (Self + Ambiente + Objetivos), Significados públicos, pessoais ou privado, Três níveis de Cognição (Pré-Consciente, Consciente e Nível Metacognitivo), Estruturas Teleonômicas.
Na percepção dos acontecimentos que acometem o cliente da TCC, levamos sempre em consideração esses dez itens, ou como citam Friedberg e McClure (2004, p. 16) “a terapia cognitiva fornece um modelo útil através de um entendimento da hipótese da especificidade do conteúdo, a qual postula que diferentes estados emocionais são caracterizados por diferentes cognições”.
Segundo (Gonçalves, 1994, p. 108) O construtivismo compreende os seres humanos como continuadamente engajados na ordenação de suas próprias experiências em uma teoria global e personificada de vida. Ao fazê-lo , organiza-se os sentidos pessoais , pois a “experiência humana não é uma busca pela verdade, mas, ao invés disso, uma infinita construção de significado”. O homem constrói, pela sua história, um conhecimento pessoal sobre si mesmo e sobre o mundo. Assim toda concepção, todo conhecimento e toda compreensão de realidade serão sempre construções e interpretações feitas a partir do sujeito que as vivencia, considerando-se sempre sua história passada de interações que que se tornam, inevitavelmente, sua representação maior ou seu “mapa interno de mundo”. Somos, assim, um laboratório vivo das experiências que deram ou não deram em nossa vida. Por isso, é infrutífero pedir a uma pessoa que se torne afetiva para com o mundo se ela não consegue recordar-se de um dia haver recebido afeto.

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