Teorias Psicológicas Sociais

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TEORIAS PSICOLÓGICAS SOCIAIS	
 Alfred ADLER, Karen HORNEY, Erich FROMM e Harry SULLIVAN
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 As Teorias Psicológicas Sociais: Alfred Adler, Karen Horney, Erick Fromm e Harry Sullivan
Os últimos anos do século XIX, a Sociologia e a Antropologia começaram a emergir como disciplinas independentes e seu crescimento durante o século XX foi muito rápido.
De acordo com essas novas ciências sociais, o indivíduo é principalmente, um produto da sociedade em que vive. 
Gradualmente essas doutrinas sociais e culturais começaram a penetrar na psicologia e psicanálise.
Vários seguidores de Freud insatisfeitos com sua miopia social em relação aos condicionantes sociais da personalidade, abandonaram sua fidelidade à psicanálise clássica.
A teoria psicanalítica começou a ser remodelada de acordo com as linhas ditadas pela nova orientação desenvolvida pelas ciências sociais.
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Alfred Adler, Karen Horney, Erick Fromm e Harry Stack Sullivan
Alfred Adler pode ser considerado como a primeira figura do “novo olhar psicológico social”.
Já em 1911 discordou de Freud em relação à questão da sexualidade.
Adler foi o primeiro psicanalista a enfatizar a natureza social fundamental dos seres humanos.
Mais tarde, Horney e Fromm, passaram a atacar a forte orientação instintiva da psicanálise e insistiram na importância das variáveis psicológicas sociais para a teoria da personalidade.
Finalmente Sullivan, em sua teoria das relações interpessoais, consolidou sua teoria da personalidade baseada em processos sociais.
Dos quatro teóricos, Sullivan foi o mais independente das doutrinas psicanalíticas predominantes. Foi muito influenciado pela antropologia e pela psicologia social.
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Alfred Adler e a Psicologia Individual (1870 – 1937)
Foi um dos fundadores da Sociedade Psicanalítica de Viena e mais tarde foi seu Presidente.
Começou a ter idéias discordantes de Freud e de outros na Sociedade de Viena e após receber veementes críticas , desligou-se da psicanálise Freudiana e passou a desenvolver sua própria abordagem da personalidade.
Formou ser próprio grupo conhecido como a Psicologia Individual com seguidores no mundo todo.
Sua história pessoal da luta para superar sentimentos de inferioridade, se tornou o tema central em sua teoria.
Quando criança, era frágil, desajeitado, sem atrativos e no início, um mau aluno.
Foi atropelado em várias ocasiões, teve raquitismo e pneumonia.
A pneumonia levou o médico a dizer ao pai de Adler: “seu garoto está perdido”.
Foi esse evento, segundo Adler, o responsável por sua decisão de ser médico.
Adler reconheceu que sua capacidade de compensar todas essas deficiências, serviu como modelo para sua teoria da personalidade.
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Adler supôs que os seres humanos são motivados primariamente por impulsos sociais.
Esta posição contrasta com a suposição central de Freud de que o comportamento humano é motivado por instintos inatos e também com Jung, de que a conduta humana é governada por arquétipos inatos.
Os humanos, segundo Adler, são seres inerentemente sociais.
Eles se relacionam com outras pessoas, envolvem-se em atividades sociais cooperativas, colocam o bem-estar social acima do interesse egoísta e adotam um estilo de vida de orientação predominantemente social.
Segundo Adler, o interesse social é inato, mas os tipos específicos de relacionamentos com pessoas e instituições sociais são determinados pela natureza da sociedade em que a pessoa nasce.
A ênfase nos determinantes sociais do comportamento, ignorada ou minimizada por Freud e Jung, é talvez a maior contribuição de Adler à teoria psicológica.
A importância das variáveis sociais, ajudou a desenvolver o campo da psicologia social em uma época em que a psicologia precisava de apoio e encorajamento.
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A Psicologia Individual – A teoria da Personalidade de Adler
Adler dirigia sua atenção para a singularidade de cada pessoa e negava a universalidade de motivos e metas biológicas de Freud.
Chamou sua teoria de Psicologia Individual – Cada pessoa é basicamente um ser social.
Nossa personalidade é moldada pelo nosso ambiente e interações sociais peculiares, e não pelos esforços para satisfazer nossas necessidades biológicas.
Adler minimizou o papel do sexo no seu sistema.
Para Adler, o consciente é o centro da personalidade
Dizia que estamos ativamente envolvidos na criação do nosso self e no direcionamento do nosso futuro, em vez de sermos impulsionados por forças que não podemos ver ou controlar. 
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Principais Conceitos de Adler
Inferioridade e Compensação / Busca pela Superioridade
Em cada indivíduo, certos órgãos são de alguma forma mais fracos que outros;
Isto torna a pessoa mais suscetível a doenças e enfermidades envolvendo estes órgãos mais frágeis;
Pessoas com fraquezas orgânicas graves tentarão, com frequência, compensá-las;
Um órgão antes fraco, pode tornar-se mais fortemente desenvolvido por meio de treino e exercícios, resultando em maior habilidade ou força do indivíduo;
Adler ampliou sua investigação sobre inferioridade orgânica para o estudo do sentimento do complexo de inferioridade.
Afirmava que todas as crianças são profundamente afetadas por um sentimento de inferioridade em consequência do tamanho da criança e de sua falta de poder;
Sentimentos de inferioridade mais moderados podem motivar os indivíduos para realizações construtivas. 
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Luta pela superioridade pessoal – quando predominam sentimentos de inferioridade ou quando o interesse social é subdesenvolvido; falta então confiança no indivíduo para trabalhar de forma construtiva com outras pessoas.
O conceito de superioridade pode decorrer da busca pelo auto-aperfeiçoamento para se tornar uma pessoa mais capaz de enfrentar os obstáculos do seu meio. 
Na luta pela superioridade, Adler enfatizou a importância da agressão e da luta pelo poder; referia-se a agressão como forte incentivo para superação de obstáculos.
Sustentava que as tendências agressivas humanas são cruciais para a sobrevivência individual e das espécies;
A agressão pode manifestar-se no indivíduo como vontade de poder, onde até a sexualidade é frequentemente utilizada para satisfazer a ânsia de poder.
Posteriormente, encarou a agressão e a vontade de poder como objetivo de superioridade ou perfeição, ou seja, a motivação para aperfeiçoarmos, para desenvolvermos nossas próprias capacidades e potencial.
Para Adler , a luta pela superioridade pessoal, é uma perversão neurótica, resultado de um forte sentimento de inferioridade e uma falta de interesse social. 
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Estilo de Vida
 
Adler enfatizou a necessidade de analisar cada indivíduo como um todo unificado.
O estilo de vida é o único caminho escolhido pelo indivíduo para buscar seu objetivo. É um estilo integrado de adaptação e integração com a vida em geral.
O estilo de vida inclui as idéias que o indivíduo tem sobre si mesmo e sobre o mundo e sua maneira única de lutar por seu objetivo pessoal nesse mundo.
Algumas pessoas adotam estilos de vida antissocial, trapaceando e procurando de forma agressiva sua própria satisfação; outras são cooperativas e trabalhadoras.
O Esquema de Apercepção 
Apercepção é um termo psicológico que se refere à percepção que envolve uma interpretação subjetiva do que é percebido.
Como parte do estilo de vida, cada indivíduo desenvolve uma concepção de si mesmo e do mundo.
Adler enfatizou que o conceito de mundo de uma pessoa é que determina o seu comportamento.
“Nossos sentidos não recebem fatos reais, mas apenas uma imagem subjetiva deles, um reflexo do mundo externo” (Adler, 1956, p. 182). 
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O Poder Criador do Self 
Segundo Adler, o processo de formação de um objetivo de vida, estilo de vida e esquema de apercepção é um ato criativo.
O self é o estilo de vida do indivíduo. É a personalidade considerada como um todo integrado.
É o podercriador da personalidade, ou do self, que guia e dirige a resposta individual ao meio ambiente.
Adler atribui ao indivíduo unicidade, consciência e controle sobre seu destino.
Ressaltava que moldamos nossa própria personalidade; não somos meros joguetes impotentes de forças externas .
“Todo indivíduo representa tanto a unidade da personalidade quanto a forma individual desta unidade. Assim, ele é tanto o quadro quanto o artista de sua própria personalidade” (Adler, 1956, p.177)
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Interesse Social 
Muitos críticos simplificaram muito as teorias de Adler, e enfatizaram a agressão e a luta pelo poder pessoal.
Porém, os escritos mais recentes de Adler estão centrados no conceito de interesse social = senso de sociabilidade.
Interesse social = senso de solidariedade humana, a relação de um homem com outro .... a mais ampla conotação de um “senso de fraternidade na comunidade humana”.
Todo o comportamento humano é social pois, crescemos num meio social e nossas personalidades são socialmente formadas. 
Interesse social inclui sentimento de afinidade para com toda a humanidade e fortes laços com a totalidade da vida; refere-se à preocupação com “a comunidade ideal de todo o gênero humano, o último estágio da evolução.
Adler acreditava que somente através da cooperação com outros, podemos superar nossas inferioridades reais ou nosso sentimento de inferioridade.
A falta de cooperação, por outro lado, e um consequente sentimento de inadequação e malogro, são as raízes de todo estilo neurótico ou inadaptado. Adler acreditava que “se uma pessoa cooperar, nunca se tornará neurótica”.
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