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Tribunais de Contas e Endividamento Público

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Tribunal de contas 
ENDIVIDAMENTO PÚBLICO 
TRIBUNAL DE CONTAS.
Conceito e função. 
Controle e fiscalização. 
Estrutura e organização. 
Lei de responsabilidade fiscal. Histórico. Natureza jurídica.
Principais regras.
Endividamento Público
Trata-se do montante dos compromissos de dívidas em todas as esferas administrativas, podendo ser em moeda nacional ou int´l. 
Fato de Dívida Pública: Externa e Interna. 
Quais as principais consequências da Dívida Pública? 
os recursos gastos com financiamento da dívida daria para resolver  os principais problemas sociais brasileiro; 
na administração das dívidas, certos grupos financeiros são beneficiados,  o que provoca um concentração de  riqueza nas mãos de uma minoria;
na rolagem e administração das  dívidas públicas, o Governo torna-se um grande  tomador de recursos monetários  e o dinheiro que deveria ser gasto com  vistas a  produção  de bens e serviços , é de certa forma gasto com especulação .
Déficit e Superávit 
Superávit: "sobrou“ com o significado de "excedente é um termo econômico com aplicações em diversas ciências e áreas. Significa que as exportações de um país foram em maior valor que as importações. Mostra que entrou mais dinheiro no país do que a quantia que saiu por meio das exportações. Na Adm Pública corresponde á conta de lucro do exercício dos balanços empresarias. Em orçamento – superavitário. 
Déficit: que representa um saldo negativo, um prejuízo onde se gasta mais do que se ganha. Na balança comercial, o déficit acontece quando o valor das importações é maior que o das exportações. Sendo assim, o déficit é o resultado de quando o país acaba gastando mais do que produz, comprando mais do que vendendo.
TC - Histórico
O surgimento do controle das contas públicas no nos remete ao Período Colonial, 1680, quando criadas as: 
Juntas das Fazendas das Capitanias e;
 Junta da Fazenda do Rio de Janeiro, condicionadas à jurisdição portuguesa.
A partir de 1808 D. João VI instalou- o Erário Régio e criou-se o Conselho da Fazenda, cuja atribuição era acompanhar a execução das despesas públicas.
Com o advento da Independência em 1822, o Erário Régio fora transformado em Tesouro por determinação da Constituição monárquica de 1824, surgindo daí, os primeiros orçamentos relacionados aos gastos públicos e os balanços gerais. 
Em 1826, surgiu a ideia de criação de um Tribunal de Contas por iniciativa de Felisberto Caldeira Brandt, o Visconde de Barbacena, e de José Inácio Borges, que apresentaram ao Senado do Império o projeto de lei.
Histórico...... 
As Cortes de Contas surgiram nos países de tradição latina, tendo influência do código napoleônico - modelo marcado pela presença de um órgão colegiado, cujos membros com prerrogativas e impedimentos dos membros do Poder Judiciário, a quem compete observar a legalidade dos atos administrativos.
Já no sistema common law, segue o modelo inglês do Auditor Geral.
No Brasil adota-se o primeiro modelo, obedecendo aos critérios de: planejamento, orçamento, execução e controle.
 PORTANTO, os governantes devem utilizar ações para o controle efetivo das contas públicas, mantendo-as sob fiscalização 
TRIBUNAIS DE CONTAS Art 70 e ss CF
Tribunal de Contas da União (TCU) é um tribunal administrativo, com competência administrativa-judicante, prevista no art. 71 da Constituição brasileira.
Os Tribunais de Contas tem como função essencial realizar a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos entes federativos, da Administração Pública direta e indireta. As empresas públicas e sociedades de economia mista também estão sujeitas à fiscalização dos Tribunais de Contas.
A competência fiscalizadora dos Tribunais de Contas se refere à realização de auditorias e inspeções em entidades e órgãos da Administração Pública. 
Vedação na CF de novos Tribunais
A Constituição veda a criação de Tribunais, Conselhos e órgãos de contas municipais (art. 31 § 4º da CRFB/88). 
Porém, os municípios que já possuíam tais instituições anteriormente à CRFB/88 poderão mantê-las. 
Os demais municípios terão o controle externo da Câmara Municipal realizado com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados e Ministério Público.
Composição dos Tribunais de Contas
 O TCU é composto por nove ministros que possuem as mesmas garantias, prerrogativas, vencimentos e impedimentos dos ministros do STJ.
Os TCE´s são estruturados de acordo com o disposto nas Constituições Estaduais, respeitado o disposto na CRFB/88. É integrado por sete conselheiros, sendo quatro escolhidos pela Assembleia Legislativa e três pelo Governador do Estado (súmula 653 do STF).
TC´s – conceitos. 
Designa-se Tribunais de Contas: as "Cortes" especializadas em análise das contas públicas dos diversos órgãos da Administração Pública em todos os níveis. O Brasil apresenta, do ponto de vista da estrutura administrativa, especificações e redistribuição orgânica entre os tribunais desta natureza, assim, atua neste cenário:
 (TCU)
Tribunais de Contas dos Estados (TCE's), 
Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) 
Tribunais de Contas dos Municípios (TCM's). 
Entretanto, em alguns estados da federação há, apenas, o Tribunal de Contas do Estado
OBS: Distrito Federal o Tribunal de Contas cuida, tão somente, das contas do Distrito Federal, não abarcando sob sua jurisdição nenhuma conta de  municípios.
TC – função 
A compreensão das ações do Tribunal de Contas da União e demais órgãos correlatos, deixa claro sua importância para a administração pública – senão erário seria instrumento de jogos de interesses pessoais. 
Tribunal de Contas: guarda e proteção dos bens patrimoniais da nação, impondo limites ao uso dos bens públicos e estipula sanções contra aqueles que fazem uso arbitrário do patrimônio usando obrigando-os, se comprovadas violações legais, ao ressarcimento aos cofres públicos e outras sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis;
COMO ATUA: por pareceres técnicos oficiais e auditorias, o que permite transparência em relação às transações em orçamentos, licitações e outras ações de órgãos do governo, a fim de prestação de contas à sociedade brasileira, proprietária legítima deste patrimônio. 
As ações do TCU impõem seriedade ao cumprimento das obrigações dos servidores e agentes do Estado, na medida em que rastreia, investiga e avalia as tomadas de decisões com a finalidade única de salvaguardar as divisas do país.
FUNÇÃO......
Realizar a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos da Administração Pública direta e indireta, estando sujeitas a esta fiscalização as empresas públicas e sociedades de economia mista onde cada qual atuará dentro da sua competência e funções, de acordo com que orienta a legislação:
"[...] O Tribunal não é preposto do Legislativo. A função, que exerce, recebe-a diretamente da Constituição, que lhe define as atribuições" (STF - Pleno - j. 29.6.84, in RDA 158/196).
FUNÇÃO FISCALIZADORA
Aquela que compreende a realização das auditorias e inspeções, por iniciativa própria, por requerimento do Congresso Nacional, ou em programas do governo, para apreciação da legalidade de atos de concessão de aposentadorias, reformas, pensões, admissão de pessoal no serviço público federal, fiscalização de renúncia de receitas, além de atos e contratos administrativos gerais. 
A fiscalização atua sobre alocação de recursos humanos e materiais, cujo objetivo é avaliar o gerenciamento dos recursos públicos. Tal inspeção ou exame surge por iniciativa do próprio órgão fiscalizador ou em decorrência de uma solicitação pelo Congresso Nacional.
5 instrumentos para fins de fiscalização
LEVANTAMENTO: é o instrumento com o qual o TCU utiliza para compreender o funcionamento do órgão ou entidade pública, descobrindo os meandros da sua organização;
AUDITORIA: é o instrumento que permite a verificação no local, da legalidade e legitimidade dos atos de gestão, seu aspecto contábil, características financeiras,orçamentárias e patrimoniais;
INSPEÇÃO: obtenção de informações não disponíveis no Tribunal para esclarecer dúvidas acerca dos procedimentos, apura fatos trazidos por representações ou denúncias;
ACOMPANHAMENTO 
MONITORAMENTO: é o instrumento utilizado para aferir o cumprimento das deliberações proferidas pelo Tribunal e seus resultados.
FUNÇÃO CONSULTIVA
Exercida por meio da elaboração de pareceres técnicos prévios e específicos, sobre prestação anuais de contas emitidas pelos chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como, pelo chefe do Ministério Público da União.
Tem por finalidade subsidiar o julgamento pelo Congresso Nacional, também engloba o exame, "em tese", das consultas realizadas pelas autoridades competentes para formulá-las, sobre dúvidas quanto à aplicação de dispositivos legais e regulamentares a respeito das matérias da alçada do Tribunal.
FUNÇÃO INFORMATIVA 
Exercida quando da prestação de informações reclamadas pelo Congresso Nacional, por suas Casas ou pelas Comissões, sobre a fiscalização do Tribunal, ou ainda sobre resultados de inspeções e auditorias pelo TCU, compreende ainda a representação ao poder competente sobre irregularidades ou apuração de abusos, assim como, o encaminhamento de relatório das atividades do Tribunal ao Congresso Nacional.
FUNÇÃO JUDICANTE
Ocorre quando do Tribunal de Contas da União julga as contas dos administradores públicos e outros responsáveis por dinheiro, bens, valores públicos da administração direta e indireta, assim como as contas dos que causaram prejuízos, extravios ou quaisquer outras irregularidades que venham a prejudicar o erário nacional. 
Através dos processos são organizados no Tribunal, as prestações de contas, fiscalizações e demais assuntos submetidos à deliberação do Tribunal. 
Portanto, cabe aos ministros ou auditores do Tribunal relatar esses processos, votar e submetê-los aos pares proposta de acórdão, logo após a análise e instrução preliminar realizada por órgãos técnicos da Secretaria do Tribunal. A esta função ficam os Tribunais de Contas autorizados a realizar o julgamento das contas anuais dos administradores e responsáveis pelo erário na Administração Pública
FUNÇÃO SANCIONADORA – art 71, VIII a XI 
APLICAÇÃO AOS RESPONSÁVEIS DAS SANÇÕES PREVISTAS NA LEI ORGÂNICA DO TRIBUNAL, LEI Nº 8.443/92, 
 Estabelece a aplicação de penalidades aos responsáveis por despesas ilegais ou por irregularidade das contas. Estas sanções estão claramente explicitadas na Lei nº 8.443/1992 
Poderá ainda o TCU, conforme artigo 71, incisos IX e X, fixar um prazo para que o órgão adote providências cabíveis ao cumprimento da lei, em caso de ilegalidade ou sustação do ato impugnado, caso descumprimento, o Tribunal comunica ao Congresso Nacional, a quem caberá adotar o ato de sustação;
FUNÇÃO CORRETIVA - FUNÇÃO NORMATIVA 
CORRETIVA: caso ocorra ilegalidade ou irregularidade nos atos de gestão de quaisquer órgãos ou entidade pública, caberá ao Tribunal de Contas fixar o prazo para cumprimento da lei. Quando não atendido o ato administrativo, o Tribunal deverá determinar a sustação do ato impugnado, assim o Tribunal de Contas exerce sua função corretiva;
. NORMATIVA: decorre do poder regulamentar de competência do Tribunal atribuído pela Lei Orgânica, que lhe autoriza a expedição de instruções e atos normativos, sob pena de responsabilidade do infrator , sobre matéria de sua competência e sobre a organização dos processos que lhe serão submetidos.
FUNÇÃO DE OUVIDORIA 
É responsabilidade do Tribunal de Contas em receber denúncias e representações relativas a irregularidade ou ilegalidade 
TC na CRFB/88 – art 71 e ss 
O Tribunal de Contas é o órgão responsável pela análise dos gastos públicos, cuja ação fiscalizadora denomina-se "Controle Externo". 
Cabe ao LEGISLATIVO exercerem este controle frente aos representantes do EXECUTIVO e JUDICIÁRIO (STF , STJ TRF‘, os TE's e os TJ's). 
 AUTONOMIA DO TRIBUNAL DE CONTAS, quanto ao auxílio que presta ao Poder Legislativo no sentido de exercer o controle externo fiscalizador dos gastos dos órgãos dos Poderes Executivo, Judiciário e do próprio poder Legislativo. 
Ademais, além do controle externo, CADA PODER tem obrigação da manutenção de um "sistema de controle interno
Embora seja um tribunal, o Tribunal de Contas não encontra-se circunscrito, nem faz parte do Poder Judiciário, pois seu caráter é de natureza, eminentemente, administrativa (contábil), conquanto, trabalham em regime de parceria e não de subordinação ao Judiciário. Importa saber que, segundo o Art. 71, Caput, da CRFB/1988, o controle externo das contas do país está a cargo do Congresso Nacional, cujo exercício fica sobre controle do Tribunal de Contras da União 
COMPETÊNCIAS DOS TC´s na CF/88
artigos 71, 72, 73, 74 e no artigo 161, conforme descrições abaixo:
Apreciar as contas anuais do presidente da República, (Artºs 71, incico I e 49, inciso IX,;
Julgar as contas dos administradores e responsáveis pelo dinheiro, bens e valores públicos (Artº 71, inciso II, C; Lei nº 4.320/1964; DL nº 200/1967, Lei 6.223/1975; Lei 8.443/1992 - Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União);
Apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadorias, reformas e pensões civis e militares (Artº 71, inciso III,);
Realizar inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos três poderes, por iniciativa própria ou por solicitação do Congresso Nacional. 
Fiscalizar as contas nacionais de empresas supranacionais de cujo capital social a União tenha participação direta ou indireta (Artº 71, inciso V, );
Fiscalizar a aplicação de recursos da União repassados a estados, ao Distrito Federal e a municípios mediante convênios, acordos ou outros instrumentos congêneres artº 71, inciso VI,;
Prestar informações e atendimento ao Congresso Nacional, às suas Casas ou a quaisquer de suas Comissões sobre as fiscalizações contábeis, financeiras, orçamentárias, 
 competências dos TC´s – continuação......
aplicar sanções e determinar a correção de ilegalidades e irregularidades em atos e contratos,: art 38 e 103 da Lei nº 8.443/1992 chamada Lei Orgânica do Tribunal e nos artigos 231 a 233 do Regimento Interno do TCU;
Sustar a execução do ato impugnado se não atendido, comunicando à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, verificada irregularidade nas contas. Se tal decisão resulte em débito ou cominação de multa, tal valor torna-se dívida líquida e certa, com valor de título executivo, formaliza-se o processo de cobrança executiva, encaminhada ao Ministério Público e ao Tribunal para que a Advocacia-Geral da União;
 Emitir pronunciamento conclusivo sobre despesas realizadas sem autorização, por solicitação da Comissão Mista Permanente do Senado e da Câmara dos Deputados;
Apurar denúncias apresentadas por qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato sobre irregularidades ou ilegalidades na aplicação de recursos federais.
Vedação de novos TC´s 
O TCU, sendo um tribunal administrativo, julga as contas dos administradores públicos e demais responsáveis pela receita (dinheiro), patrimônio (bens) e valores públicos federais, além das contas de qualquer ente ou pessoa vinculada a este, cujas ações possam causar perdas, extravio ou irregularidades que tragam prejuízos ao patrimônio nacional, atribuição prevista no art. 71 da CRFB/1988
Importante: art. 31, § 4º,  veda a criação de Tribunais e órgãos de contas municipais, no entanto, os municípios que já possuem poderão mantê-las e os demais municípios sofrerão o controle externo da Câmara Municipal realizado mediante auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados e Ministério Público.
CONTROLE DA EXECUÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
DO CONTROLE
Lei 4.320/64,  O controle da execução orçamentária compreenderá:
Art. 75. 
I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinçãode direitos e obrigações;
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços.
    A Lei 4.320/1964 determina a coexistência de dois sistemas de controle da execução orçamentária: interno e externo. 
O controle interno é aquele realizado pelo órgão no âmbito da própria Administração, dentro de sua estrutura. 
O controle externo é aquele realizado por uma instituição independente e autônoma.
Da mesma forma, a CF/1988 também trata dos dois sistemas de controle:
CF, art. 70 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da união e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo congresso nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a união responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Do Controle Interno
Lei 4.320/64, art. 76. O poder executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o artigo 75, sem prejuízo das atribuições do tribunal de contas ou órgão equivalente.
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia, concomitante e subseqüente.
Art. 78. Além da prestação ou tomada de contas anual, quando instituída em lei, ou por fim de gestão, poderá haver, a qualquer tempo, levantamento, prestação ou tomada de contas de todos os responsáveis por bens ou valores públicos.
Art. 79. Ao órgão incumbido da elaboração da proposta orçamentária ou a outro indicado na legislação, caberá o controle estabelecido no inciso III do artigo 75.
Parágrafo único. Esse controle far-se-á, quando for o caso, em termos de unidades de medida, previamente estabelecidos para cada atividade.
Art. 80. Compete aos serviços de contabilidade ou órgãos equivalentes verificar a exata observância dos limites das cotas trimestrais atribuídas a cada unidade orçamentária, dentro do sistema que for instituído para esse fim.
 CF, art. 74. Os poderes legislativo, executivo e judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
 ......................................
Do Controle Externo
Lei 4.320/64, Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cumprimento da Lei de Orçamento.
Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo estabelecido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
§1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer prévio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
§2º Quando, no Município não houver Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a Câmara de Vereadores poderá designar peritos contadores para verificarem as contas do prefeito e sobre elas emitirem parecer.
CF, Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
Destinatários da LRF LC 101/00 
 
Empresa Controlada: soc empresária cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indireta// ao ente público.
Emp Estatal Dependente: empresa controlada que recebe do ente púb controlador verba para despesas.
LRF 
Órgãos institucionais MP, TCU, TCE... 
Adm Indireta 
Poderes Exec, Legisl, Judiciário 
União, estados/DF e municípios 
Princ da Resp Fiscal: além do L.I.M.P.E. 37 CF: 
LC 101/00 – LRF, ao estabelecer regras de gestão fiscal, assenta-se, nos seguintes princípios:
Planejamento: instrumento indispensável para racionalizar a ação do Estado, prioriza os objetivos almejados. Na LRF: inovações na lei de diretrizes orçamentárias e leis orçamentárias anuais (arts. 4º e 5º) e programação financeira (art. 8º). 
Equilíbrio (ou controle)das contas públicas: equilíbrio entre receitas e despesas e metas de superávit primário (art. 4º, I, a); regras pertinentes a renúncias de receitas (art. 14, I), a aumento de despesas (arts. 16 e 17) e aos sistemas previdenciários dos entes da Federação (art. 69). 
Fiscalização do TCU e TCE´s. 
CONTINUAÇÃO DE PRINCÍPIOS....
Controle – a Lei estabelece novas atribuições ao Legislativo e, em especial, às Cortes de Contas, como: mecanismo de emissão de alerta, verificação dos limites de gastos com pessoal, atingimento das metas fiscais, limites e condições para realização de operações de crédito (art. 59). 
Responsabilidade – submete os atos de gestão e o próprio gestor público a sanções, caso infrinja a LRF (arts. 1º, 15, 16, 17, 21, 34, 35, 37, 39, 40 e 42).
Responsividade : o princípio da responsividade vem complementar o princípio da responsabilidade e ampliar-lhe os efeitos (...) é princípio instrumental da democracia que se destina a salvaguardar a legitimidade, a conciliar a expressão da vontade popular com a racionalidade pública
PR DA TRANSPARÊNCIA
o legislador, pela LRF, inovou ao estabelecer, além do princípio da publicidade, o da transparência, ao inserir “Da Transparência da Gestão Fiscal”, que exige:
o incentivo à participação popular e a realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos planos, leis de diretrizes orçamentárias e orçamentos (art. 48); 
o ‘franqueamento’ das contas apresentadas pelo Chefe do Executivo para consulta e apreciação pela sociedade (art. 49); 
PR DA TRANSPARÊNCIA..CONTINUAÇÃO...
a ampla divulgação da apreciação das contas públicas (art. 56, § 3º) e a manutenção de sistema de custos, que permita a avaliação e acompanhamento da gestão (art. 50, § 3º )
Cada Governante terá que fazer: 
RGF: Relatório de Gestão Fiscal
RREO: Relatório Resumido de Execução Orçamentária.
À cada 04 meses, o Executivo avalia suas metas fiscais, por Audiências Públicas. 
O GLOBO. DOMINGO, 20/08/2017 1ª página 
Previdência perde R$ 56 bi por ano com fraude e erros. Um em cada dez benefícios é pago de forma indevida
Com base em dados do Ministério Público Federal, da PF e de ministérios, o TCU estima que um em cada dez benefícios da Previdência, incluindo aposentadorias, pensões e auxílios assistenciais, é fraudulento ou pago com erros, revela GABRIELA VALENTE. A despesa irregular pode chegar a R$ 56 bilhões por ano. Investigação da PF já encontrou uma criança de 8 anos recebendo auxílio-maternidade, um “viúvo” que inventou os casamentos e a morte de três esposas, além de uma cidade de Goiás com 1.200 certidões de nascimento tardias e fictícias.
Caso concreto. 
O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, no ano de 2014, aplicou multas no valor total de R$278.000,00 a 69 prefeituras por descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Estas prefeituras deixaram de encaminhar no prazo legal àquele Tribunal o Relatório de Gestão Fiscal, o Relatório Resumido de Gestão Orçamentária e o Comparativo das Metas Bimestrais de arrecadação. Neste sentido, considerando a natureza do Tribunal de Contas e as regras da Lei de Responsabilidade fiscal, responda:
A aplicação de multas do Tribunal de Contas é ato regular? 
Estas multas podem ser questionadas perante o Poder Judiciário, ou já se encontram alcançadas pela coisa julgada? 
Independente da solução aplicada pelo Tribunal de Contas, qual é o princípio contido na Lei de Responsabilidade Fiscal relacionado com os relatórios exigidos? 
Sugestão de gabarito 
 A aplicação de multas pelo Tribunal de Contas é conduta prevista no art. 71 da Constituição.
Estas multas aplicadas pelo Tribunal de Contas resultam em documento que terá eficácia de título executivo, naforma do art. 71 §3º da Constituição. Uma vez que o Tribunal de Contas não exerce jurisdição função do Estado com atributo de definitividade podem suas manifestações ser objeto de questionamento judicial.
O caso concreto decorre de aplicação do princípio
 da transparência insculpido no art. 48 e seguintes da Lei
 de Responsabilidade Fiscal. 
OBJETIVA D

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