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Economia Política

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Quem é Malthus?
Thomas Robert Malthus foi um filósofo e economista inglês do século XVIII.
Nascido em 1766, foi educado em casa. Quando alcançou a vida adulta, seguiu para a Universidade de Cambridge onde se pós-graduou em 1791. Quatorze anos depois, já tinha se tornado um destacado professor de história e economia política, profissão que manteve até falecer, em 1834.
Ao longo de sua vida, conquistou vários feitos: tornou-se membro de organizações de prestígio da sociedade inglesa, nos campos da economia, literatura e estatística.
Qual a principal obra de Thomas Malthus?
Malthus causou bastante polêmica na época.
Sua principal obra, “Ensaio sobre o Princípio da População” (1798), tratava de questões sobre o crescimento demográfico. De acordo com a sua teoria, que passou a ser chamada de Teoria Malthusiana:
A população crescia em ordem geométrica, dada a facilidade de reprodução;
Enquanto a produção de alimentos, por exigir tempo e trabalho, crescia em ordem aritmética; ou seja, em um ritmo muito mais lento.
Entre os seus estudos, ele desenvolveu uma fórmula para prever o crescimento populacional: a sociedade dobrava a cada 25 anos. Com esses dados, buscava mostrar um padrão não sustentável no longo prazo, visto que cada geração representava o dobro da geração anterior, que era responsável por suprir os recursos necessários para as gerações seguintes.
Para Malthus, a relação entre população e economia era bastante estreita: quando o número de trabalhadores crescia a taxas acima da produção de alimentos, a renda real caía em função do aumento do custo de vida.
Limitações para se criar uma família reduzia o número de filhos por lar (redução do crescimento populacional), até que essa alteração gerasse uma nova melhoria no padrão de vida.
Diante dessa hipótese, a demografia seria limitada apenas por guerras, fome ou doenças, sendo as duas últimas condições permanentes da humanidade. Assim, esse economista acreditava que a adoção de algumas medidas preventivas minimizava as oscilações entre os ciclos econômicos.
Entre 1798 e 1826, a sua obra mais conhecida foi atualizada várias vezes para acomodar novas evidências, embasadas estatisticamente, e rebater as críticas recebidas durante aquele período. A razão estava no próprio modo de pensar da época vitoriana. Nela, acreditava-se que a sociedade cresceria, se desenvolveria e efetivamente erradicaria a pobreza.
Qual era o raciocínio defendido por Malthus?
Um aumento na produção de alimentos melhorava o bem-estar da população apenas temporariamente, dado que promovia o crescimento populacional. Assim, a sociedade sempre retornava à sua condição inicial de restrição.
É isso que significa a “armadilha Malthusiana”: uma maior quantidade de recursos à disposição das pessoas, de um modo geral, causava um aumento da população ao invés de manter um melhor padrão de vida.
No limite, chegava-se ao que ele chamava de “catástrofe Malthusiana”, onde o crescimento populacional era freado pela fome e pelas epidemias que afligiam os mais pobres.
Desse modo, ele sugeria a existência de apenas duas formas, chamadas de “obstáculos”, para contornar a situação:
Aumento da mortalidade: fome, doenças e guerras;
Redução da natalidade: controle populacional, postergação do casamento e celibato. Malthus, sendo ainda um reverendo, acreditava que a demografia se beneficiava do estímulo à moral e aos bons costumes.
O que o economista não previu foi o enorme ganho de produtividade que a agricultura alcançaria mundialmente durante os séculos XIX e XX.
Apesar de nunca ter vingado, sua teoria mostrou a importância de se entender como as condições demográficas afetavam a econômica, tendo inclusive influenciado Charles Darwin no desenvolvimento de seus estudos sobre a seleção natural.
Suas ideias voltariam à cena no século XX, por meio do Keynesianismo.
Qual uma referência atual para as ideias de Malthus?
O vilão Thanos, do filme “Vingadores: Guerra Infinita”, apresenta uma visão Malthusiana para resolver o problema de falta de recursos na sua terra: matar indiscriminadamente metade da população para que a outra metade possa prosperar.
Não favorecendo nenhum grupo, ele parte do pressuposto de que o próprio desenvolvimento daquela sociedade eliminaria os indivíduos menos aptos, mantendo assim um sistema de controle demográfico próprio.

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