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PATOLOGIA DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS

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PATOLOGIA – AULA 8
DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS
HOMEOSTASE
A parte líquida do sangue deve ser mantida dentro do vaso. Para isso, a parede do vaso deve ser íntegra ou então o sangue irá extravasar. Outros fatores importantes são as pressões vasculares e osmóticas. 
A pressão hidrostática é o volume de líquido circulante. E esse volume está condicionado com uma certa concentração de soluto que vai fazer que ele seja dissolvido. Ela deve estar em equilíbrio com a pressão osmótica. Se houver desequilíbrio vai levar ao edema. 
O corpo é feito 70% de água que se distribui em diferentes locais. A maioria fica dentro da própria célula. Além disso, esse líquido também é importante no plasma sanguíneo e no espaço intersticial. 
Dentro do vaso sanguíneo, se a pressão hidrostática está elevada a pressão osmótica também deve estar. Isso manter a condição fisiológica para condução do sangue. 
O líquido do espaço instersticial é captado pelos vasos linfáticos. Eles recuperam esse líquido (linfa) que é o ultra filtrado do plasma. E ela retorna para a corrente sanguínea posteriormente.
EDEMA
Ocorre quando há acúmulo de líquido no espaço intersticial. Existem dois tipos de edema: de origem inflamatória (exudato) e o decorrente de uma alteração circulatória (transudato). A principal diferença é a presença ou não de proteína. No transudato não houve alteração na parede vascular. O líquido sai de dentro do vaso por causa da diferença de pressão. 
Ou eleva-se a pressão hidrostática ou diminui-se a pressão osmótica. Em qualquer uma dessas situações vai haver o edema. 
Numa situação de cirrose hepática, a triade portal é substituída por um tecido fibrosado. Esse comprometimento faz com que apareçam novas veias para dar conta do que a veia cava não está conseguindo fazer. Isso leva a um aumento da pressão hidrostática fazendo um edema na cavidade abdominal. (ascite)
O sangue acumulado em certas regiões aumenta a pressão hidrostática. Acontece na insulficiencia cardíaca. Levando a um edema.
As proteínas devem estar presentes dentros do vaso para manter a pressão osmótica. A albumina é a principal, mas também existem as globulinas. Numa situação que não haja proteína (proteinúria, obstrução dos vasos linfáticos, aumento da permeabilidade do vaso, queimaduras grandes ou deficiência na síntese) vai haver edema. 
AUMENTO DA PRESSÃO HIDROSTÁTICA
Pode ser decorrente principalmente da insuficiência cardíaca. O coração é incapaz de enviar o sangue de forma eficaz e distribuir o sangue para todo o corpo. Nessa situação vão haver complicações como o edema pulmonar ou edema sistêmico (anasarca) dependendo da área do músculo cardíaco afetada.
Mas também pode acontecer devido a uma obstrução venosa. Isso faz com que o músculo tenha que fazer mais força para bombear o sangue. O sangue irá se acumular na região, fazendo com que aumente a pressão hidrostática. O que acontece é um extravazamento do líquido para o interstício. 
Uma retenção excessiva de sódio e água acontece na insuficiência renal. Aumenta-se o volume circulante, que fica parado no interstício.
O excesso de mineralocorticóides são solutos no sangue (pode acontecer devido ao uso de medicamentos a base de corticóides). 
EDEMA PROVOCADO POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Pode levar a um edema sistêmico ou pulmonar. 
Se há deficiência uma das válvulas do lado direito uma das câmaras fica com menos sangue do que deveria ficar e a outra fica com excesso. Cada vez vai chegando mais sangue mas ele não consegue ir para a outra câmara. Isso vai aumentar a pressão hidrostática (congestiona a região). Como o sangue está vindo da circulação do corpo, vai gerar um acúmulo de sangue nessa área. Isso leva a um edema sistêmico (anasarca).
No lado esquerdo, o sangue vem dos pulmões. Se o ventrículo esquerdo não consegue bombear, ele sofre uma hipertrofia para bombear todo o sangue que está chegando. A medida que ele vai aumentando a sua parede, vai diminuindo a área de dentro do ventrículo. Isso faz com que aumente a pressão. No pulmão, a saída do sangue é dificultada fazendo com que a pressão aumente. Levando a um edema pulmonar. 
Numa situação normal, o organismo tem um mecanismo que permite a manutenção da pressão arterial. A medida que o músculo cardíaco vai sentindo que há uma diminuição do volume circulante (pressão arterial diminuindo), o sistema renal deve parar de filtrar líquido (diminui a taxa de perfusão renal – filtração dos glomérulos). Quando o rim começa a diminuir a taxa de filtração, automaticamente começa a ser produzida uma molécula chamada de renina. Ela é capaz de transformar angiotensinogênio em angiotensina-1. Ela vai ser produzida no fígado e distribuída em vários locais do organismo. E então será transformada em angiotensina-2, que é um potente vasoconstritor. Com isso, busca-se o aumento da pressão arterial. Ainda com o aumento da AGT-2, vai haver aumento da síntese de aldosterona pelas supra-renais, que leva o aumento na produção de mineralocorticóides. Vai haver maior reabsorção pelos túbulos distais e faz com que aumente o volume circulante. 
Além de fazer vasoconstrição, vai haver aumento de volume sanguíneo circulante. Tudo isso visando o aumento da pressão arterial. Esse é o mecanismo fisiológico.
Num indivíduo que tem problema cardíaco, vai ser sentida em algumas regiões falta de sangue cirulante. O que vai ser percebido pelo organismo é um défcit do bombeamento do músculo. Ele irá interpretar isso como uma queda de volume circulante. 
Vai ser represado sangue venoso em várias regiões do corpo. Com isso, a pressão venosa no local onde o sangue fica represado fica elevada. Se a pressão venosa está elevada, a pressão hidrostática fica elevada. Levando a transudação (saída de líquido no espaço instersticial). 
Ao mesmo tempo, o músculo cardíaco diminui o débito cardíaco. Isso é interpretado como uma queda de volume sanguíneo. Portando, há diminuição da filtração renal. Produz renina e leva a vasoconstrição pela angiotensina-2 e produção de mineralocorticóides. Levando ao volume de sangue aumentado que aumenta ainda mais a pressão arterial. 
Se não for corrigida a insuficiencia cardíaca vai aumentar ainda mais a pressão. 
O indivíduo não deve se alimentar de muito sal. Porque ele retém água. 
É utilizado diurético para eliminar o líquido retido em excesso. E inibidor de angiotensina-2 e aldosterona. 
DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO OSMÓTICA
Pode acontecer devido a eliminação de proteínas na urina ou um problema na síntese de proteínas pelo fígado (cirrose, hepatite, queimadura de alta extensão ou falta de ingesta de proteínas). 
Não há proteínas plasmáticas, isso leva a uma diminuição da pressão osmótica dentro do vaso. E por consequência vai extravasar o líquido para o interstício levando ao edema. Essa perda de líquido vai ser sentida como uma diminuição do volume plasmático. 
O sistema renina-angiotensina-aldosterona vai atuar novamente para que haja diminuição do volume excretado e vasoconstrição. 
Como não há proteína, esse volume que foi aumentado vai novamente sair do vaso, levando a mais edema. O mecanismo fisiológico contribui para a manutenção do quadro de edema até ser crônico. 
OBSTRUÇÃO LINFÁTICA
O edema é provocado pela presença de proteínas no tecido. Normalmente ocorre por um tumor ou metastáse em vasos linfáticos. Vai haver invasão de tecidos, levando a uma resposta inflamatória. 
A íngua é uma infecção nos linfonodos mais superficiais. Dependendo do grau, ela pode supurar e extravasar o líquido. O edema tem um alto teor proteíco. 
Também pode ser provocado por um cirurgia onde houve remoção dos linfonodos. (Retirada da mama – o braço fica inchado).
Quando não há passagem do vaso sanguíneo para o lado linfático, mais líquido vai sair do vaso sanguíneo para dissolver as proteínas que estão no meio intersticial. Provocando o edema.
FILARIOSE
Conhecido como “elefantiase”. A filária se aloja dentro dos vasos linfáticos. Então ela impede a absorção de líquido do interstício. 
HIPEREMIA
É o aumento do fluxo sanguíneodevido a demanda. Levando a sensação do rubor e do calor da inflamação aguda. 
CONGESTÃO
É o acúmulo do sangue em determinada região, congestionando a região. Ocorre quando prendemos o dedo com um elástico, podendo levar a uma necrose coagulativa. O edema é consequencia da congestão.
HEMORRAGIA
É a saída de sangue do espaço vascular (vaso ou coração) para outros espaços. Dependendo do foco e do tamanho, ela irá receber diferentes denominações. 
O aneurisma é a dilatação de uma artéria, onde se acumula o sangue.
HEMATOMA
É o extravazamento de sangue na superfície corporal (pele – endoderme). Ele pode ter características grandes ou pequenas dependendo da extensão da lesão. Pode ser pequeno (petequias), médio (púrpura) ou grande (equimose). 
Petequias são pequenos pontos avermelhados na pele. Acontece quando é feito um garrote no braço ou quando é picado por mosquitos. Está atrelado a fragilidade capilar. 
A púrpura é a liberação de sangue decorretente de alguma falha nas plaquetas. 
Acontece na purpuratrombocitopênica. Nessa doença as células que formam trombos (plaquetas) estão diminuídas. Qualquer batida as plaquetas não fazem o seu papel de tamponamento. Pode ser provocada por inflamação dos vasos. 
A equimose são subcutâneas e estão relacionadas ao processo inflamatório agudo. É caracterizada pela mudança de cores a medida que o tempo passa. Muda de cor devido a fagocitose das hemácias. 
Num primeiro momento vão haver manchas vermelhas que são derivadas da liberação da hemoglobina. Depois de alguns dias, os macrófagos teciduais começam a processar essa hemoglobina e produzindo a biliverdina (verde/azul) e depois bilirrubina (marrom/dourado). 
Púrpura e petequias não tem inflamação, equimose tem. 
A hemorragia pode ocorrer de duas formas:
REXE: Houve ruptura do vaso. O sangue irá extravazar, saindo em jatos. Acontece normalmente em traumatismos, vasculite, hipertensão associada com aneurisma. Acontece na remoção de um dente. 
DIAPEDESE: Não há ruptura de vaso. Esse sangramento decorre por falha nas células endoteliais. A membrana basal acaba sendo permeável a saída do sangue. Acontece em situações de hemofilia e anoxia(falta do oxigênio).