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APELAÇÃO- CASO 1

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EXCELENTISSIMO SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 45° VARA CÍVEL DA COMARCA DE TERESINA, ESTADO PIAUÍ.
PROCESSO Nº
PETER PARKER, pessoa física de direito privado, inscrita no CPF nº ________, estabelecida na rua ________, nº ________, bairro ________, CEP ________, cidade ________, representada por __________________________, nacionalidade ________, estado civil ________, profissão representante comercial, por seu advogado e procurador que esta subscreve, não conformado com a r. sentença de fls. Nº. ________, proferida nos autos da AÇÃO DE CONHECIMENTO movida em face de SANITAS SERVIÇOS MÉDICOS E HOSPITALARES LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº _________, estabelecida na rua ________, nº ________, bairro ________, CEP ________, cidade ________, representada por Nome ________, nacionalidade ________, estado civil ________, profissão ________, na função de administrador(a) e acionista controlador(a) da sociedade ré,  interpor recurso de
APELAÇÃO
Com base nos artigos 1.009 e 1.014 do CPC, e comprovada à tempestividade do presente nos termos dos artigos 218 e 223 do CPC, e requerendo seja o interessado intimado para, em querendo, apresentar contrarrazões ao presente recurso e, após, seja remetido o presente ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, não sendo a autora beneficiária da assistência judiciária gratuita verifica-se, neste ato, o correto recolhimento das custas de porte e remessa conforme previsão no artigo 1.007 do CPC.
Nestes termos,
P. Deferimento
TERESINA-PI, dia/mês/ano
Advogado (a): Ana Paula David Dias 
OAB/SP nº __________________________
EXCELENTISSIMO. SRS. DESEMBARGADORES DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE TERESINA 
Origem: 45° Vara Cível de Teresina-PI
Processo nº ________________________
Apelante: PETER PARKER
Apelado: SANITAS SERVIÇOS MÉDICOS E HOSPITALARES LTDA.,
RAZÕES DA APELAÇÃO
DOS FATOS
A apelante propôs Ação de Conhecimento sob o rito ordinário em face da apelada, tendo por objeto a discussão contraiu infecção hospitalar, que o deixou internado por dois meses
Os pedidos da apelante, na ação de primeira instância, recaíram sobre ação pelo rito comum contra a sociedade mantenedora, postulando indenização por danos morais e materiais, estes consistentes em lucros cessantes pelo óbice do exercício de sua atividade profissional (representante comercial) durante o tempo de internação. 
DA DECISÃO JUDICIAL
A ação de conhecimento foi julgada improcedente pelo juízo de primeira instância, sob o fundamento de que Peter Parker não havia comprovado a culpa dos profissionais que o atenderam, como exige o artigo 14, § 4º , do Código de Defesa do Consumidor, instituído pela Lei n. 8.078/90.
DO MÉRITO
A r. decisão do juízo ‘a quo’ que julgou improcedente os danos morais e materiais, sobre o fundamento de não ser a pessoa jurídica dotada dos direitos inerentes a personalidade, bem como, de não ter a apelante comprovado que deixou de receber dinheiro em razão dos meses internado, é totalmente descabida, devendo a sentença ser reformada in totum.
A Constituição Federal prevê no inciso X do artigo 5º, que é assegurado como garantia fundamental ao indivíduo, indenização por danos materiais e morais, em decorrência de violação à sua honra e imagem, o que é, sem a menor sombra de dúvidas, o caso do apelante.
DO CABIMENTO DE DANOS MORAIS
O dano moral, por se tratar de algo imaterial, tem uma forma distinta em sua comprovação. No caso da pessoa jurídica, conforme descrito pelo doutrinador Silvio de Salvo Venosa, o dano atinge o nome e tradição de mercado, tendo uma repercussão econômica, mesmo que de forma indireta.
Na presente demanda, é possível observar a existência do dano a partir do momento em que o hospital deixa de dar os cuidados necessários para o pós-operatório do apelante.
DO CABIMENTO DE DANOS MATERIAIS
Apesar de não comprovada explicitamente, o patrimônio da apelante foi diretamente lesado pela conduta praticada pela apelada, o que caracteriza por si só o dano material, conforme previsão do inciso V, artigo 5º da Constituição Federal.
O dano material se subdivide em duas naturezas, quais sejam: o dano emergente e o lucro cessante. No presente caso, apesar da ausência de demonstração efetiva do dano, é possível assegurar a existência de dano ao lucro cessante, uma vez que, este corresponde ao prejuízo imediato e mensurável do indivíduo, ou seja, a perda efetivamente sofrida por ele.
Todavia, em que pese a cirurgia a que se submeteu ter sido bem-sucedida, Peter Parker contraiu infecção hospitalar, que o deixou internado por dois meses. Acredita- se que por descuido ou negligencia por parte dos profissionais que compõem a equipe medica do hospital.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer seja o presente recurso conhecido e a ele atribuído total provimento para reformar a sentença do juízo ‘a quo’, julgando procedentes os pedidos de condenação de danos morais, danos materiais e lucros cessantes.
Por fim, requer a inversão do ônus da sucumbência, por não ter sido a apelante quem deu causa a presente ação.
Termo em que,
P. Deferimento.
Teresina- PI, dia / mês / ano

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