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PRÓTESE FIXA I EXAME DO PACIENTE O sucesso dos trabalhos de prótese fixa está diretamente associado a um correto e criterioso planejamento, que deve ser executado de modo a atender ás necessidades de cada paciente. Exame Extraoral Este exame se inicia durante a anamnese. Enquanto o paciente relata a sua história, observando- se o seu aspecto facial, procurando verificar características, tais como: - Dimensão Vertical - Suporte De Lábio - Linha De Sorriso É importante e comum descobrir que o paciente apresente algum tipo de hábito parafuncional, como: - morder lábio ou a bochecha - fazer movimento contínuo dos lábios para umedecê- los. A DV pode estar diminuída como resultado de atrição acentuada ou perda de contenção posterior e pode estar aumentada como consequência de um inadequado tratamento restaurador. Nos casos de diminuição da DV, pode-se encontrar um aspecto facial típico, com: - redução do terço inferior da face - projeção do mento - intrusão dos lábios - aprofundamento dos sulcos nasogenianos Essas características acima chamamos de colapso facial! - acúmulo de saliva nas comissuras labiais - queilite angular - sintomatologia articular nos casos mais graves - sensibilidade dentária devido á atrição - dificuldades fonéticas. Nos casos em que há um aumento da DV, pode-se encontrar: - face demasiadamente alongada - sintomatologia muscular decorrente de estiramento das fibras musculares e dos ligamentos - sensibilidade dentária decorrente de forças traumáticas geradas por contração reflexa - dificuldade de deglutição - dificuldade de mastigação - alteração de fala PREPARO PARA DENTES COM FINALIDADE PROTETICA O sucesso do tratamento com prótese parcial fixa é determinado por três critérios: longevidade da prótese, saúde pulpar e gengival dos dentes envolvidos e satisfação do paciente. Princípios fundamentais de um preparo correto: mecânicos, biológicos e estéticos. PRINCÍPIOS MECÂNICOS Retenção O preparo deve apresentar certas características que impeçam o deslocamento axial da restauração quando submetida às forças de tração. Por definição, retenção é a qualidade que uma prótese apresenta de atuar contra as forças de deslocamento ao longo da sua via de inserção. A retenção depende basicamente do contato existente entre as superfícies internas da restauração e as superfícies externas do dente preparado, o que é denominado retenção friccional. Quanto mais paralelas forem as paredes axiais do dente preparado, maior será a retenção friccional da restauração. O aumento exagerado da retenção friccional dificulta a cimentação da restauração pela resistência ao escoamento do cimento, impedindo o seu assentamento final e, causando o desajuste oclusal e cervical da restauração. Quanto maior for a coroa clínica de um dente preparado, maior será a superfície de contato e a retenção final. Dessa forma, no caso de dentes longos, como ocorre após tratamento periodontal, pode-se aumentar a inclinação das paredes para um maior ângulo de convergência oclusal sem prejuízo da retenção. Por sua vez, coroas curtas devem apresentar paredes com inclinação próxima ao paralelismo e receber meios adicionais de retenção, como a confecção de sulcos nas paredes axiais, para possibilitar um aumento nas superfícies de contato. A determinação de um plano de inserção único dos dentes pilares de uma PPF é essencial para sua retenção. Para isso, a posição e a inclinação dos dentes no arco devem ser inicialmente analisadas em modelo de estudo, a fim de que o profissional possa controlar melhor a quantidade de desgaste das faces dentárias com o objetivo de preservar a saúde pulpar sem, porém, perder as características de retenção e estética. Após o preparo dos dentes, faz-se uma moldagem com alginato e avalia-se o paralelismo entre os dentes preparados no modelo de gesso, delimitando com grafite a junção das paredes axiais com a parede gengival de todos os dentes preparados. O operador deve visualizar toda a marca de grafite em todos os dentes preparados com apenas um dos olhos e a uma distância aproximada de 30 cm. Se isso não ocorrer, existem áreas re- tentivas no preparo. A área de preparo e sua textura superficial também são aspectos importantes na retenção: quanto maior a área preparada, maior será a retenção. Em dentes cariados ou restaurados, as caixas provenientes da remoção do tecido cariado e da restauração também conferem capacidade retentiva ao preparo. Assim, meios adicionais de retenção - caixas, canaletas, pinos, orifícios, etc. - são importantes para compensar qualquer tipo de deficiência existente no dente a ser preparado. Como a maioria dos materiais de moldagem apresenta boa qualidade de reprodução de detalhes, o acabamento superficial do dente preparado deve ser realizado com o objetivo de torná-lo mais nítido e com uma textura superficial regularizada. Não há Camila Bronstrup Eckert necessidade de a superfície estar muito polida para a obtenção de uma prótese bem adaptada e com retenção adequada. Aliás, o polimento pode até contribuir para a diminuição da capacidade de retenção da prótese se o cimento apresentar somente características de união por imbricação mecânica. Resistência ou estabilidade A forma de resistência ou estabilidade conferida ao preparo previne o deslocamento da prótese quando esta é submetida a forças oblíquas, que podem provocar sua rotação. Quando há incidência de uma força lateral, como ocorre durante o ciclo mastigatório, ou quando há parafunção, a coroa tende a girar em torno de um fulcro cujo raio forma um arco tangente nas paredes opostas do preparo, deixando o cimento sujeito às forças de cisalhamento, que podem causar sua ruptura e, consequentemente, iniciar o processo de deslocamento da prótese. A área do preparo envolvida por essa linha tangente é denominada área de resistência ao deslocamento. Existem vários fatores diretamente relacionados com a forma de resistência do preparo: ■ Magnitude e direção da força: forças de grande intensidade e direcionadas lateralmente, como ocorre nos pacientes que apresentam bruxis- mo, podem causar o deslocamento da prótese. ■ Relação altura/largura do preparo: quanto maior a altura das paredes, maior a área de resistência do preparo para impedir o deslocamento da prótese quando submetida a forças laterais. Contudo, se a largura for maior que a altura, maior será o raio de rotação e, portanto, as paredes do preparo não oferecerão uma forma de resistência adequada. Assim, é importante que a altura do preparo seja pelo menos igual à sua largura. Quando isso não for possível, como nos casos de dentes com coroas curtas, devem-se confeccionar sulcos, canaletas ou caixas para criar novas áreas de resistência ao deslocamento. Portanto, nos casos de coroas curtas, a forma de resistência pode ser melhorada pela diminuição da inclinação das paredes axiais e/ou pela confecção de canaletas axiais. Tais canaletas serão mais efetivas se estiverem posicionadas nas paredes proximais dos dentes preparados, por se antagonizarem à direção predominante das forças funcionais e parafuncionais. Do mesmo modo, nos dentes cariados ou restaurados, as próprias caixas das faces oclusal ou proximais podem atuar como elementos de estabilização, contrapondo-se à ação das forças laterais (Figs. 3.3D a F). ■ Integridade do dente preparado: a porção coronal íntegra, seja em estruturadentária, em núcleo metálico ou em resina, resiste melhor à ação das forças laterais do que aquelas parcialmente restauradas ou destruídas. (A) A forma de resistência do preparo deve impedir a movimentação da coroa quando esta é submetida à ação de forças laterais (seta) que tendem a movimentá- la em torno do fulcro. A ação do cimento interposto entre as superfícies do dente e a coroa do lado oposto, auxiliada pelo paralelismo das paredes no terço mediocervical, evitará a movimentação da coroa. (B) (C) Para impedir o deslocamento da coroa, a largura do dente preparado tem que ser no mínimo igual à sua altura. Estas figuras mostram o dente preparado com altura menor que o da primeira imagem (A). Entretanto, como a largura é semelhante à altura, e a inclinação das paredes oferece forma de resistência, a coroa é impedida de se movimentar (C). (D) (E) Dente preparado com coroa curta e inclinação acentuada das paredes. A ausência da área de resistência não impedirá a rotação da coroa quando for submetida às forças laterais. (F) Nesses casos, a presença de canaletas compensará as deficiências do preparo, minimizando a tendência de rotação da coroa. Rigidez estrutural O preparo deve ser executado de tal forma que a restauração apresente espessura suficiente para que o metal (para as coroas metálicas), o metal e a cerâmica (para as coroas metalocerâmicas) e a cerâmica (para as coroas cerâmicas) resistam às forças mastigatórias e não comprometam a estética e o tecido periodontal. Para isso, o desgaste deverá ser feito seletivamente de acordo com as necessidades estética e funcional da restauração. - quantidade de redução tecidual - forma geométrica do preparo - tipo de término cervical Integridade Marginal O objetivo básico de toda restauração cimentada é estar bem adaptada e com uma linha mínima de cimento, para que a prótese possa permanecer em função o maior tempo possível em um ambiente biológico desfavorável, que é a boca. Mesmo com as melhores técnicas e materiais usados na confecção de uma prótese, sempre haverá algum desajuste entre as margens da restauração e o término cervical do dente preparado. Esse desajuste será preenchido com cimentos que apresentam diferentes graus de degradação marginal. Com o passar do tempo, cria-se um espaço entre o dente e a restauração que vai permitir, cada vez mais, retenção de placa, instalação de doença periodontal, recidiva de cárie e, consequentemente, perda do trabalho. O CD deve lembrar que a maior porcentagem de fracassos das PPF deve-se à presença da cárie, que só se instala na presença da placa bacteriana. O desajuste marginal desempenha um papel fundamental neste processo, bem como na instalação da doença periodontal. Margens inadequadas facilitam a instalação do processo patológico do tecido gengival, que, por sua vez, impedirá a obtenção de próteses bem adaptadas. Assim, o controle da linha de cimento exposta ao meio bucal e a qualidade da higiene são fatores que aumentam a longevidade da prótese. PRINCIPIOS BIOLÓGICOS Preservação do órgão pulpar A literatura tem mostrado que os elementos dentários restaurados com coroas totais podem sofrer danos pulpares, pois aproximadamente 1 a 2 milhões de túbulos dentinários (30.000 a 40.000 túbulos por mm2 de dentina) são expostos quando um dente é preparado. O potencial de irritação pulpar com esse tipo de preparo depende de vários fatores: calor gerado durante a técnica de preparo, qualidade das pontas diaman- tadas e da caneta de alta rotação, quantidade de dentina remanescente, permeabilidade dentiná- ria, reação exotérmica dos materiais empregados (principalmente as resinas, quando utilizadas na confecção das coroas provisórias), e grau de infiltração marginal. Preservação da Saúde Periodontal Um dos objetivos principais de qualquer tratamento com PPF é a preservação da saúde periodontal. Vários são os fatores diretamente relacionados a esse objetivo, tais como higiene oral, forma, contorno e localização da margem cervical do preparo. A extensão cervical dos dentes preparados pode variar de 2 mm aquém da gengiva marginal livre até 1 mm no interior do sulco, embora existam autores que recomendem extensões diferentes dessas. Do ponto de vista periodontal, o término cervical deveria localizar-se 2 mm distante do nível gengival, pois o tecido gengival estaria em permanente contato com o próprio dente, sem a alteração de contorno que ocorre mesmo com uma prótese com forma e contorno corretos, preservando assim sua saúde. As razões mais frequentes para a colocação intrassulcular do término gengival são: Razões estéticas, com o objetivo de mascarar a cinta metálica de coroas metalocerâmicas ou metaloplásticas ou da interface cerâmica/ cimento/dente para as coroas em cerâmica. Restaurações de amálgama ou resina composta em cavidades cujas paredes gengivais já se encontram no nível intrassulcular. Presença de cáries que se estendam para dentro do sulco gengival. Presença de fraturas que terminem subgengivalmente. Razões mecânicas, aplicadas geralmente aos dentes curtos, para a obtenção de maior área de dente preparado e, consequentemente, maior retenção e estabilidade, evitando a necessidade de procedimento cirúrgico periodontal de aumento da coroa clínica. Colocação do término cervical em área de relativa imunidade à cárie, como se acredita ser a região correspondente ao sulco gengival. Assim, ao indicar o término cervical no interior do sulco gengival, o profissional deve estar consciente de que, quanto mais profunda for sua localização, mais difíceis serão os procedimentos de moldagem, adaptação, higienização, etc., facilitando a instalação de processo inflamatório nessá área. Se a extensão subgengival for excessiva, provocará danos mais sérios por causa do desrespeito às distâncias biológicas do periodonto. O preparo subgengival dentro dos níveis convencionais de 0,5 a 1 mm não traz problemas para o tecido gengival, desde que a adaptação, a forma, o contorno e o polimento da restauração estejam satisfatórios e o paciente consiga higienizar corretamente essa área. ESTÉTICA A estética depende da saúde gengival e da qualidade da prótese. Desse modo, é importante preservar o estado de saúde do periodonto e confeccionar restaurações com forma, contorno e cor corretos, fatores esses que estão diretamente relacionados à quantidade de desgaste da estrutura dentária. Se o desgaste for insuficiente para uma coroa metalocerâmica ou cerâmica, o revestimento apresentará espessura insuficiente, o que pode levar o técnico de laboratório a compensar essa deficiência aumentando o contorno da restauração. Outro aspecto importante é a relação de contato do pôntico com a gengiva. A falta de tecido decorrente da reabsorção óssea nos sentidos vertical e anteroposterior gera um contato incorreto do pôntico com a gengiva, causando transtorno estético e desconforto ao paciente pelo aprisionamento de alimento nessa área, pois o contato da região gengival da face vestibular do pôntico fica localizado anteriormente ao rebordo. PREPARO PARA COROAS METALOCERÂMICAS *Dentes Anteriores *Dentes Posteriores DENTES ANTERIORES Material e instrumental - tríade - material e instrumental para a anestesia - algodão em rolo e/ou gaze - sugador - protetor gengival - matriz e porta-matriz metálico - machado para esmalte - broca diamantada esférica n° 1014 (1,4mm) - brocas diamantadascilíndricas com extremidade ogival n°2215 (haste curta) e/ou n° 3216 (haste longa) (1,2mm) - broca diamantada em forma de chama n°3118 - broca diamantada cilíndrica com extremidade plana n°3097 (1,0mm) - broca multilaminada cilíndrica com extremidade ogival n° H284 (1,2mm) - broca multilaminada em forma de chama n°H46 - grafite 0,5mm - cunhas de madeira Delimitação cervical do preparo A função básica de iniciar o preparo pela confecção desse sulco é estabelecer, já no início do processo, o término cervical em chanfrado. Esse procedimento tem a finalidade de guiar a quantidade de desgaste e a forma do término do preparo. - demarcar com grafite 1,0mm acima da margem gengival, na maior extensão possível do perímetro do dente, seguindo a curva parabólica descrita pela gengiva. - executar um sulco segundo a marca do grafite vestibular e terço proximal 1,2mm de profundidade; 2/3 proximais e lingual 0,6mm. - broca 1014 num ângulo de 45° com o dente - execução de sulcos de orientação nas superfícies axial e incisal. Superfície Vestibular -3 sulcos em 2 planos. No terço cervical e nos 2/3 incisais, seguindo os planos anatômicos dos dentes, profundidade de 1,2 mm. - brocas 2215 ou 3216. Borda Incisal - 3 sulcos seguindo a inclinação vestibulolingual da superfície, profundidade de 2,0 mm. - broca 2215 ou 3216. Área de cíngulo - 3 sulcos equidistantes e paralelos com o terço cervical vestibular, profundidade 0,6 mm. - broca 2215 ou 3216. Remoção da Área de Contato Proximal - Proteger o dente adjacente com uma matriz metálica. - Remover área de contato proximal e criar espaço para posterior acesso da broca cilíndrica diamantada. - broca 3203. União dos Sulcos de Orientação - remover estrutura dentária entre os sulcos, inicialmente na metade do dente, avaliar desgaste, desgastar restante. - vestibular: em 2 planos, com 1,2 mm de profundidade. - área do cíngulo - 1 só plano, com 0,6 mm de profundidade. - borda incisal - seguindo a mesma orientação de inclinação da borda incisal, de vestibular para lingual, com 2,0 mm de profundidade. - área proximal - unindo os desgastes vestibulares e linguais. - a redução proximal obedece a profundidade de acordo com sua localização: 1,2 mm no 1/3 vestibular; 0,6 mm nos 2/3 linguais. Concavidade Palatina - executar sulco no centro da cavidade palatina, desde a junção com a área do cíngulo até a junção com a borda incisal, com 1,2 mm de profundidade. - broca 1014. - completar redução da metade da concavidade com broca em forma de chama nº 3118. - 2 planos bem definidos após o preparo, área de cíngulo e concavidade palatina. Extensão Intra-Sulcular - razões estéticas. - limita-se face vestibular e terços proximais. - outras áreas em: dentes curtos, cárie, restaurações ou próteses antigas. - interpor protetor gengival entre a margem gengival e o dente. - estender preparo 0,5 mm intrassulcular. - terminação em forma de chanfro (Broca 4138). - terminação em forma de ombro (Broca 3097). Acabamento do Preparo Objetivos: - arredondar todos os ângulos vivos; - obter uma superfície lisa em toda extensão do preparo; - obter uma linha de terminação lisa e definida; - corrigir eventuais distorções, presença de áreas retentivas e definir o grau de convergência das superfícies axiais. - broca multilaminada H 284 ou similar. - broca multilaminada H 46 ou similar. - machado para esmalte. Características do Preparo Concluído - redução uniforme das paredes axiais, com 1,2mm de profundidade; - redução da borda incisa com 2 mm de profundidade; - convergência média de 6º; - terminação cervical em chanfro ou em ombro com ângulo interno arredondado na vestibular e terços proximais, com 1,2 mm de profundidade; - terminação cervical em chanfro na lingual ou palatina e 2/3 das proximais, com 0,6 mm de profundidade; - ausência de ângulos vivos; - superfícies lisas e ausência de áreas retentivas; - linha de terminação cervical lisa e definida. DENTES POSTERIORES Material e instrumental - tríade - material e instrumental para anestesia - algodão em rolo ou em flocos e/ou gaze - sugador - protetor gengival, Matriz e porta-matriz metálicos - machado para esmalte - broca diamantada esférica nº 1014 (1,4 mm) - brocas diamantadas cilíndricas com extremidade ogival nº 2215 (haste curta) e/ou nº 3216 (haste longa) - (1,2 mm), Broca cílindrica com extremidade ogival nº 2215 ou 3216 (1,2 mm) - broca diamantina troncocônica com extremidade arredondada nº 4138 - broca diamantina troncocônica com extremidade afilada nº 3203 - broca diamantina cilíndrica com extremidade plana nº 3097 (1,0 mm) - broca multilaminada cilíndrica com extremidade ogival nº H284 (1,2 mm) - grafite 0,5 mm - cunhas de madeira. Delimitação Cervical do Preparo - procedimento idêntico em profundidade, orientação e localização, tanto para dentes superiores quanto para dentes inferiores. - demarcar com grafite, 1,0 mm acima da margem gengival, na maior extensão possível do perímetro do dente, seguindo a curva parabólica descrita pela gengiva. - executar um sulco segundo a marca do grafite. Vestibular e terço proximal 1,2 mm de profundidade; 2/3 proximais e lingual 0,6 mm. - broca 1014 num ângulo de 45º com o dente. Execução de Sulcos de Orientação nas Superfícies Axiais e Oclusal Superfície vestibular - 3 sulcos (1 no centro e 2 nas aproximais), em 2 planos, 2/3 cervicais e 1/3 oclusal, seguindo plano anatômico da superfície. - 2/3 cervicais, 1,2 mm. - 1/3 oclusal, 1,5 mm, incorporando o biselamento das cúspides funcionais dos dentes inferiores. - Em dentes superiores, profundidade do sulco de 1,2 mm em um só plano, seguindo anatomia da superfície. - broca diamantada 2215 ou 3216. *Superfície lingual - 3 sulcos, num só plano com profundidade de 0,6mm. - nos dentes superiores, assemelha-se ao preparo na face vestibular dos dentes inferiores (0,6mm nos 2/3 cervicais e 1,2 mm na junção com o 1/3 oclusal e 1,5 mm no 1/3 oclusal). - sulco oclusal (1,5 mm) engloba biselamento da cúspide funcional. - broca diamantada 2215 ou 3216. Superfície Oclusal - um sulco no sentido proximoproximal, no sulco central do dente, na união das cúspides vestibulares e linguais. - 3 sulcos, acompanhando plano inclinado das cúspides. - mesma localização e orientação dos sulcos das superfícies livres. - 1,2 mm de profundidade. - mesmo procedimento dentes superiores e inferiores. - broca 2215 ou 3216. Remoção do Ponto de Contato Proximal - proteção do dente adjacente com matriz metálica. - criar espaço de acesso para uso posterior da broca 2215. - broca 3203. União dos Sulcos de Orientação - executar primeiro metade do dente. - seguir orientação e profundidade dos sulcos. - vestibular inferior - 2 planos, 1,2 mm 2/3 cervicais e 1,5 mm no 1/3 oclusal. - vestibular superior - 1, 2 mm, num só plano. - lingual inferior - um só plano, 1,2 mm. - lingual superior - 2 plano; 1,2 mm nos 2/3 cervicais e 1,5 mm no 1/3 oclusal. - oclusal - seguir os planos inclinados das cúspides. União dos Preparos Vestibular e Lingual - obedecer a profundidade de acordo com a localização. - 1,2 mm 1/3 vestibular. - 0,6 mm 2/3 linguais. - idêntico para dentes superiores e inferiores. - broca 2215 ou 3216. Extensão Intra-Sulcular: Razõesestéticas. - limita-se face vestibular e terços proximais. - outras áreas em: dentes curtos, cárie, restaurações ou próteses antigas. - interpor protetor gengival entre a margem gengival e o dente. - estender preparo 0,5 mm intramuscular. Acabamento do Preparo Objetivos: - arredondar todos os ângulos vivos; - obter uma superfície lisa em toda extensão do preparo; - obter uma linha de terminação lisa e definida; - corrigir eventuais distorções, presença de áreas retentivas e definir o grau de convergência das superfícies axiais. - broca multilaminada H 284 ou similar. - broca multilaminada H 46 ou similar. - machado para esmalte. Características do Preparo Concluído - redução de 1,2 mm de profundidade das superfícies axiais e oclusal; - redução de 1,5 mm de profundidade das cúspides funcionais; - convergência das paredes axiais em torno de 6º; - todos os ângulos arredondados; - superfícies lisas e sem áreas retentivas; - linha de término cervical lisa, definida, em forma de chanfro ou ombro, com ângulo interno arredondado em vestibuloproximais, com 1,2mm de profundidade; - 0,6 mm de profundidade em linguoproximais. RETENTORES INTRARRADICULARES - Metálicos fundidos (indicado para casos de 0 ferula e sem possibilidade de aumento de coroa clinica) - Fibra de vidro - Fibra de vidro anatomizado - Pinos fresados Os núcleos intrarradiculares ou de preenchimento são indicados para dentes com coroas total ou parcialmente destruídas e que necessitam de tratamento com prótese. Desse modo, as características da coroa clínica preparada são recuperadas, conferindo ao dente condições biomecânicas para manter a prótese em função por um longo período de tempo. Promovem retenções entre a peça protética e a raiz do elemento dental. O CD muitas vezes se depara com situações clínicas relacionadas á quantidade de perda de estrutura coronal que causam dúvidas sobre a visibilidade de se restaurar o dente sem a necessidade de realizar tratamento endodôntico. Nesses casos, deve-se analisar a quantidade de estrutura coronal remanescente após o preparo do dente para o tipo de restauração planejada (p. ex: coroa metalocerâmica total metálica ou total cerâmica), diferindo inclusive o nível do término cervical. Uma regra básica é que, existindo aproximadamente a metade da estrutura coronal, de preferencia envolvendo todo o terço cervical do dente, pois essa região responsável pela retenção friccional da coroa e que auxiliará na neutralização de parte da força que incidirá sobre a coroa, minimizando o efeito das tensões geradas na interface coroa/cimento/dente, o restante da coroa pode ser restaurado com material de preenchimento, usando meios adicionais de retenção fornecidos por pinos rosqueáveis em dentina. Do ponto de vista mecânico, a estrutura dentária remanescente e o material de preenchimento são interdependentes em relação á resistência final do dente preparado, ou seja, um contribui para aumentar a resistência estrutural do outro. Os materiais que melhor desempenham a função de repor a estrutura dentária perdida na porção coronal de um dente preparado são as resinas compostas. Dentes Despolpados Dentes com tratamento endodônticos tem sua resistência diminuída e estão mais propensos a sofrer fraturas em virtude da perda de estrutura dentária causada pelo acesso aos condutos durante o preparo, somado á perda de estrutura coronal, especialmente das cristas marginais. Quando dentes com tratamento endodôntico, com perda parcial ou total de estrutura dentária, estão indicados como pilares de PPF, o CD pode ficar em dúvida sobre qual é o melhor tipo de pino intrarradicular para essa finalidade, se fundido ou pré- fabricado, metálico ou de fibra de vidro. A escolha deve recair sobre um determinado tipo de pino, que associado ao cimento, proporcione ao conjunto raiz/cimento/pino uma estrutura semelhante á de um monobloco ou uma única unidade. Para isso, o cimento deve ter a capacidade de aderir ao pino e á dentina, e os módulos de elasticidade dessas três estruturas (pino, cimento e dentina) devem ser iguais ou semelhantes. (PROVA) *A análise do remanescente coronal após seu preparo é muito importante, pois pesquisas tem demonstrado que um remanescente coronal de 1,5 a 2mm de altura envolvendo todas as faces da coroa propicia um efeito tipo férula extremamente importante ao sucesso da prótese a longo prazo. Isso ocorre porque o remanescente melhora a forma de retenção e de resistência ao preparo e diminui as tensões que se formam na interface dente/cimento/pino, pois atua como um absorvedor de tensões provenientes das forças que atuam sobre a coroa, diminuída, portanto, a possibilidade de descimentação do pino. NÚCLEOS FUNDIDOS - Preparo do Remanescente Coronal Como remanescente coronal, primeiro remove-se o cimento temporário contido na câmara pulpar até a embocadura do conduto. É muito importante que se preserve o máximo de estrutura dentária, para a existência do dente é aumentar a retenção da prótese. Após a eliminação das retenções da câmara pulpar, as paredes da coroa preparada devem apresentar uma base de sustentação para o núcleo com espessura mínima de 1mm. É através dessa base que as forças são dirigidas para a raiz do dente, minimizando as tensões que se formam na interface pino metálico/cimento/raiz, principalmente na região apical do núcleo. Quando não existe estrutura coronal suficiente para propiciar essa base de sustentação, deve-se preparar uma pequena caixa no interior da raiz com aproximadamente 2mm de profundidade para criar uma base de sustentação para o núcleo e assim direcionar as forças predominantemente no sentido vertical, diminuindo as tensões nas paredes laterais da raiz. OBS: essas pequenas caixas não devem enfraquecer a raiz nessa região e só podem ser confeccionadas quando a raiz apresentar estrutura suficiente. Elas vão atuar também como elementos antirrotacionais. - Preparo dos condutos e remoção do material obturador Existem quatro fatores que devem ser analisados com o objetivo de propiciar retenção e resistência adequados ao núcleo intrarradicular: comprimento, diâmetro, inclinação das paredes e características superficial. - Comprimento O comprimento deve ser igual ou maior que a coroa clínica, dois terços do comprimento da raiz, três quartos, etc. (PROVA). Como regra geral, o comprimento do pino intrarradicular deve atingir dois terços do comprimento total do remanescente dentário, embora o meio mais seguro, principalmente naqueles dentes que tenham sofrido perda óssea, é que o pino tenha um comprimento equivalente á metade do suporte ósseo da raiz envolvida. Um comprimento correto do núcleo no interior da raiz é sinônimo de longevidade da prótese. (IMPORTANTE) O comprimento do pino deve ser analisado e determinado por uma radiografia periapical após o preparo da porção coronal, deixando a quantidade mínima de 4mm de material obturador na região apical do conduto radicular, para garantir uma vedação efetiva nessa região (PROVA). - Diâmetro do Pino O diâmetro da porção intrarradicular do núcleo metálico é importante para a retenção da restauração e para sua habilidade para resistir aos esforços transmitidos durante a função mastigatória. Evidentemente, quanto maior o diâmetro do pino, maior será a sua retenção e resistência, porém deve ser considerado também o possível enfraquecimentoda raiz remanescente. Em vista disso, tem sugerido que o diâmetro total da raiz e que a espessura da dentina deve ser maior na face vestibular dos dentes anteriossuperiores, já que a força é maior neste sentido. OBS: para que o metal utilizado apresente resistência satisfatória, é indispensável que tenha pelo menos 1mm de diâmetro em sua extremidade apical. - Inclinação das Paredes do Conduto Durante o preparo do conduto, especial atenção deve ser dada á inclinação das paredes. Busca-se seguir a própria inclinação do conduto, que foi alargada pelo tratamento endodôntico e terá seu desgaste aumentado principalmente na porção apical para a colocação do núcleo intrarradicular, até que se tenha comprimento e diâmetro adequado. Em casos extremos de destruições, quando o conduto está muito alargado e as paredes da raiz estão muito finas, mas o dente é estrategicamente importante no planejamento da prótese, podem-se utilizar núcleos estofados para proteger a raiz. Esse tipo de núcleo busca a retenção intrarradicular e, ao mesmo tempo, protege as paredes delgados do remanescente radicular por meio do biselamento das paredes da raiz. Assim, essas paredes são protegidas com o próprio metal com o qual é confeccionada o núcleo. A porção coronal deve prover espaço adequado para o tipo de coroa indicado, sendo que a adaptação desta ocorrerá na região cervical do núcleo. - Característica Superficial do Pino Para aumentar a retenção de núcleo fundidos que apresentam superfícies lisas, podem-se utilizar jatos com óxidos de alumínios para torna-los irregulares ou rigorosas antes da cimentação. A remoção do material obturador deve ser iniciada com pontas Rhein aquecidos até atingir o comprimento preestabelecido. Como nem sempre é possível retirar a quantidade desejada do material obturador com esse instrumento, são utilizadas para esse fim as brocas de Peeso, Largo ou Gates, de diâmetro apropriado ao conduto, acoplados a um guia de penetração. É importante o conhecimento da anatomia dos condutos para evitar desgastes desnecessários e/ou perfurações na raiz. Também é indispensável a manutenção de um campo seco por meio de isolamento relativo, para evitar ou minimizar a possibilidade de contaminação bacteriana intraconduto pela saliva e o posterior desenvolvimento de lesão periapical. *O material obturador deve ser removido, sempre considerado que um mínimo de 4mm deve ser deixado no ápice do conduto para garantir uma vedação efetiva da região. É extremamente importante que nessa fase se evite a contaminação do conduto pela saliva, o que pode causar migração de bactérias para o ápice da raiz. Dentes como os pré-molares superiores, que podem apresentar divergência de raízes, devem ter seu conduto mais volumoso preparado na extensão convencional (dois terços) e o outro preparado parcialmente, apenas com o objetivo de conferir estabilidade, funcionando como dispositivo antirrotacional. Em dentes multirradiculares superiores com condutos divergentes e que apresentam remanescente coronal, prepara-se o conduto palatino até 2/3 da sai extensão e um dos condutos vestibulares até sua metade (o mais volumoso deles); o outro terá apenas parte de sua embocadura preparada. Essa metade do núcleo será colocada na porção palatina por meio de sistemas de encaixe, como será mostrado posteriormente. Somente na ausência total do remanescente coronal devem-se preparar os três condutos divergentes. Consequentemente, o núcleo resultante deverá ser confeccionado em três partes distintas. Confecção do Núcleo Para a confecção do núcleo, podem ser empregados duas técnicas: a direta, na qual o conduto é moldado e a parte coronal esculpida diretamente na boca, e a indireta, que exige moldagem dos condutos e das porções coronais remanescentes com elastômeros, obtendo-se um modelo sobre o qual os núcleos são esculpidos no laboratório. Esta técnica é indicado quando há necessidade de confecção núcleos para vários dentes, para dentes mal posicionados que precisam ter as paredes das coroas preparados com forma de paralelismo em relação aos demais dentes pilares ou para dentes com raízes divergentes. Técnica Direta- Dente Unirradicular - Preparar um bastão de resina acrílica ou selecionar um pino pré-fabricado de plástico que se adapta ao diâmetro e ao comprimento do conduto preparado e que se estenda a 1cm além da coroa remanescente. É indispensável que o bastão atinja a porção apical do conduto preparado e que exista espaço entre ele e as paredes axiais, para facilitar a moldagem do conduto com resina Duralay. - Lubrificar o conduto e a porção coronal com isolante hidrossolúvel por meio de um instrumento endodôntico ou da própria broca, envolvida com algodão. - Moldar o conduto introduzindo a resina preparada com sonda pincel ou seringa tipo Centrix no seu interior e envolvendo o bastão que é inserido no conduto, verificando se atingiu toda sua extensão. O material em excesso é acomodado no bastão para confeccionar a porção coronal do núcleo. Para dentes com dois condutos paralelos, faz- se a moldagem individual dos condutos que, após a polimerização da resina, são unidos na região da câmera pulpar. Após a polimerização da resina, verifica-se a fidelidade do pino moldado. Corta-se o bastão no nível oclusal ou incisal e procede-se ao preparo da porção coronal, utilizando pontas diamantadas e discos de lixa e seguindo os princípios de preparo descritos anteriormente. - A liga metálico a ser utilizada na fundição deve apresentar resistência suficiente para não se deformar sob ação das forças mastigatórias. As ligas de metais não nobres são as mais utilizadas, em especial aquelas a base de cobre alumínio, em razões de seu baixo custo. - A adaptação do núcleo no interior do conduto deve ser passiva. A simulação da cimentação com uma silicona fluida também auxiliar na detecção dos pontos de contatos internos que podem impedir o assentamento e/ou dificultar a cimentação. Esses pontos devem ser desgastados e, após a adaptação do núcleo sua porção radicular deve ser jateada com óxido de alumínio. - Antes da cimentação, o conduto deve ser limpo com solução descontaminante, lavado com água e seco completamente. Tal como ocorre a cimentação de coroas totais, conforme descrito no capitulo 12, deve- se lavar com pincel uma pequena quantidade de cimento em volta do núcleo para reduzir a pressão hidrostática. A cimentação pode ser realizada com cimentos de ionômero de vidro ou fosfato de zinco ou com cimentos resinosos. Técnica Direta - Dente Multirradicular O possível também confeccionar núcleos em dentes com raízes divergentes pela técnica direta, seja moldando os condutos com resina ou empregando sistemas pré-fabricados. Para o encaixe das duas partes do núcleo, vários sistemas podem utilizados, tais como sulcos, caixas ou encaixes. Uma vez fundida, a primeira parte do núcleo é adaptada no modelo de trabalho, e faz-se o acabamento da face que entrará em contato com a outra parte do núcleo. Em seguida, confecciona-se a segundo parte, que, após fundido, e adaptada ao modelo, é ajustada no dente. A cimentação é realizada inicialmente com a introdução da primeira parte do núcleo, portadora da porção femea do encaixe de semiprecisão, seguida da parte com a porção macho. Uma outra maneira de obter núcleos pela técnica direta em dentes com condutos divergentes é confeccionar inicialmente o pino do canal de maior volume que irá transpassara porção coronal do núcleo. *A técnica direta também pode ser empregada com pinos pré-fabricados em metal e em plástico, com paredes paralelos e serrilhadas, em vários diâmetros e com suas respectivas brocas. Técnica Indireta Essa técnica, pela qual os núcleos são feitos em um modelo de trabalho, está indicada quando é necessário confeccionar núcleos em vários dentes, unirradiculares ou multirradiculares. As vantagens: são a redução do tempo clínico e a facilidade para obter paralelismo entre os dentes pilares. Visando a obtenção de um molde preciso e fiel, adapta-se em cada conduto um fio ortodôntico ou clipe de papel com comprimento um pouco maior que o do conduto e uma ligeira folga maior que o do conduto e uma ligeira folga em toda a sua volta. Os fios devem apresentar em sua extremidade voltada para a face oclusal ou incisal um sistema de retenção que pode ser confeccionada com godiva de baixa fusão, e aplica-se o adesivo próprio em toda a extensão do fio. - O material de moldagem deve ser levado ao conduto utilizando-se uma broca lentulo 40 de forma manual ou acoplada em contra-ângulo, girando o motor em baixa rotação. Os fios metálicos são envolvidos também com o material e colocados nos seus respectivos condutos. - A seguir, com uma seringa apropriada, faz-se a moldagem da parte coronal, envolvendo totalmente os fios metálicos que estão em posição. *Para a confecção do modelo de trabalho, vaza-se o molde com gesso tipo IV. Os modelos devem ser montados em um articulador para permitir que a porção coronal do núcleo seja esculpida mantendo as seguintes relações corretas com os dentes antagonistas: forma de inclinação das paredes, espaço oclusal/incisal e relação de paralelismo com os demais dentes pilares (IMPORTANTE) Núcleos pré-fabricados Existem várias marcas e tipos de pinos, e a escolha deve ser determinada de acordo com a relação diâmetro do conduto/comprimento do pino. É importante que o diâmetro do pino seja compatível com o do conduto, ou seja, a espessura de dentina remanescente não deve ter diminuída a ponto de comprometer a resistência da própria luz do conduto, por meio de radiografia. A presença de uma espessura de 2mm na porção remanescente da raiz aumenta significativamente sua resistência a fraturas. O conduto é preparado usando as brocas que normalmente acompanham os pinos e deve se estender até aproximadamente dois terços do comprimento do dente, de sua porção coronal preparado até o ápice. Quando o dente apresentar perda óssea, o comprimento do pino deve ser equivalente á metade do suporte ósseo da raiz envolvida. (PROVA) Quando um dente posterior tiver duas ou mais raízes, deve-se ponderar se esse dente vai como receber uma coroa isolada ou se será usado como dente pilar de uma PPF. Para elementos isolados e mesmo para PPF de três elementos, considerando que o dente ainda apresenta remanescente coronal, não há necessidade de que todas as raízes recebam pinos metálicos; opta-se apenas pela raiz de maior diâmetro. Para os dentes pilares de PPF extensa, é conveniente o emprego de no mínimo dois pinos, em razão da sobrecarga que incidirá nesses dentes: um no conduto de maior diâmetro e comprimento correspondente a dois terços do remanescente e um em outra raiz com extensão equivalente á metade do remanescente. A remoção do material obturador deve ser realizada inicialmente com pontas Rhein aquecidas até atingir o comprimento preestabelecido. A seguir, o conduto deve ser alargado com as brocas que acompanham os pinos metálicos, ou então com as brocas de Largo, Peeso ou Gates, com diâmetros compatível com o do conduto e o do pino selecionado. Embora apresentem grande capacidade retentiva, os pinos pré-fabricados metálicos rosqueados devem ser usados com muito cuidado, pois geram mais tensões nas paredes do canal radicular do que os cimentados. Para diminuir essas tensões, o pino deve ser desrosqueado um quarto de volta após sua introdução final no conduto. Parcialmente, os pinos pré-fabricados devem ser justapostos no canal radicular de forma passiva e cimentados. Quando o conduto apresenta-se muito alargado ou ovalado, especialmente nos terços médio e cervical, as superfícies do pino não se adaptam as suas paredes. Para evitar espessuras exageradas de cimento em algumas áreas e o consequente aumento de contração volumérica de polimerização, do estresse na interface cimento/dentina e da presença de bolhas com diminuição da resistência do cimento, faz-se o reembasamento do pino com resina composta no conduto. Preparo do pino metálico fundido Resumo - parede interna tem término de 90º para as forças dissiparem - o pino deve ter no mínimo 2/3 da raiz - remanescente de guta-percha 4mm - o pino deve estar no mínimo metade da crista óssea até o ápice do dente - desobstruir o canal com broca largo (da menor pra maior) SISTEMAS CERÂMICOS Histórico: - Criada na china 100 a.C - Porcelana: branca/brilhosa, é mais estética. Criada no séc. 10 a.C - Em 1717, chega na Europa - Em 1774, Alexis Duchateu utiliza na odontologia Composição: Vitrias: - estética - excelentes propriedades ópticas - grande porção vítria (quando + vidro + estética - resistência) - frágil (se tivesse mais cristal seria mais resistente) - Ex: FELSPÁTICA Reforçadas: Encorporação de cristais na cerâmica feldspática para melhorar as propriedades mecânicas - Leucita - Dissilicato de Lítio Leucita: resistência flexural (+/- 120 Mpa); Altamente estética; IPS empress. Dissilicato de Lítio: resistência flexural (350 a 450 Mpa); altamente estético; IPS E-Max (cerom, press e CAD). Policristalina: - apresenta entre 99% a 100% de porção cristalina - não apresenta porção vítria - excelentes propriedades mecânicas - são mais opacas - Ex: ZIRCONÊA Tipo de condicionamento: Ácido sensível - Ác. fluorídrico 5 a 10% - Porção cristalina + matriz vítrea É na matriz vítrea que o ác. atua, decompõe a matéria vítrea e expõe as cristas formando microembricamento mecânico. As principais cerâmicas sensíveis são: feldspatica ( 10% por 1 min + silano); leucita (5-10% 1 min + silano); dissilicato (5% 20 s + silano). O silano gera a união da matriz vítrea com o cimento resinoso, ele não é utilizado em policristalinas. Acído resistentes- Não utiliza acido por não possuir matriz vítrea: Porção cristalina - Jateamento de óxido de alumínio (cria irregularidades - Jateamento de óxido de alumínio + óxido de sílica (vidro), onde a sílica é depositada nas irregularidades permitindo o uso do silano (sistema COJET). Não possui adesão micromecânica: Zircônia (Y-TZP). Técnica de confecção Condensação sobre troquel refratário - o modelo refratário não sofre alterações no forno - cerâmica (pó) com líquido aglutinador - forno de sinterização - difícil * coloca uma camada e sinteriza.. cada cor da uma característica diferente. Injetadas - enceramento - revestimento refratário - cara perdida (derete, evapora a 900º) - injeção da cerâmica - diminui a porosidade - melhor distribuição dos cristais - melhor propriedades mecânicas CAD/CAM - modelo convencional ou escaneamento intra oral -projeto de prótese no software - fresagem do bloco - melhores propriedades mecânicas - menos estética por ser geralmente um bloco de uma cor - cut back, melhora a estética removendo a incisal e aplicando cerâmica a mão. OBS: sempre que possívelrestringir o preparo em esmalte, por causa da adesão. Sucesso - seleção do sistema cerâmico - remanescente dental - correto preparo - moldagem adequada - análise criterioso do caso - protocolo adesivo (cimentação) RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS - Função, estética e reabilitação. - Fase mais importante, onde muitas vezes vamos determinar a eficácia do planejamento. - Primeiro fator a ser analisado é o funcional - Limitações: financeiro, psicológico.. PPF Planejamento Preparos com finalidade protética Núcleos Provisório Moldagens e modelos de trabalho Registro e montagem do asa Infra-estrutura Prova de retentores, soldagem e remontagem Mapeamento de cores Aplicação de cerâmica Ajuste funcional estético Cimentação Devemos fazer transformação através de conhecimento e assim orientar o procedimento, o procedimento so sera correto se tiver um bom planejamento e boa reabilitação provisória Restaurações provisórias Proteção pulpar e prevenção da sensibilidade Proteção do dente contra carie (adaptação do provisório) Prover conforto e função (nessa fase vemos se é necessário mudar a mordida, a DVO, a estética – adaptação). Avaliar paralelismo dos preparos (realizar moldeira parcial vazada para analizar, corrigir as falhas). Reposição imediata de dente falante Prevenir migrações dentárias Melhora estética Permitir a fixação de brackets e pequenos movimentos ortodônticos Desenvolver e avaliar um esquema oclusal adequado, previamente ao tratamento definitivo Avaliar DVO, fonética e função mastigatória. Estabelecer um prognóstico para dentes duvidosos durante tratamento reabilitador protético (teste) - o provisório de acrílico tem reação exotérmica, e não vai ser só a vaselina que vai proteger a polpa, precisa de irrigação. - a maioria dos cimentos são solúveis em água e saliva, favorecendo a infiltração de bactérias (estreptococos mutans) Valores - casos clínicos Técnica da faceta (prova) - dente 21 não favorável, com pino metalico - vaselina, pincel, acrílico, dapen - ver a cor, selecionar o dente - marcar o dente com lapiseita - desgastar o dente na palatina e cervical - adaptar o dente - vaselinar o dente, gengiva, pino, antagonistas - acrescentar resina acrílica na peça - posiciona a peça e preenche com resina acrílica - quando na fase plástica tira e coloca - remove a peça e realiza o acabamento/desgaste - não deixar com gap, sobrecontorno, supracontorno.. - preenche o pino/dente de acrílico, bem vaselinado - coloca a peça, posicionando para extravasar, para copiar a cervical e desgastar o que for necessário - polimento - cimentação - prótese com sobrecontorno, causa retração gengival - prepara o dente com a prótese, refinado - molda com alginato ou silicone - realiza a anatomia no molde com acrílico -coloca o dente na posição - refina e faz o provisório Provisório prensado: é com enceramento MODELO DE ESTUDO E ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO - molda com alginato - vaza o gesso - coloca o modelo em RC no articulador - faz o enceramento com resina acrílica de como você quer que fique em boca - molda o modelo encerado ( no laboratório) - vaza, e desgasta o modelo e coloca rezina acrílica para simular ele em boca - desgasta o dente e encaixa - ou molda o paciente, vaza o gesso e molda o modelo com silicone e coloca resina acrílica abisca direto no modelo de silicone e coloca no dente Oclusão em reabilitação oral: Estabilidade oclusal Posição condilar de conforto (RC para montagem do ASA, mas devemos respeitar a mordida fisiológica) Guia lateral Guia anterior Direcionamento axial de forças DVO Estética Através da oclusão: Definir a posição terapêutica (MIH, RC..) Temporarização da posição terapêutica (feita com o provisório, se o paciente sentir dor, conforto..) Técnicas de registro oclusal (RC, apertar do dois lados na área atrás do tuber irá aliviar ) Considerar limitações do ASA CONDICIONAMENTO TECIDUAL (sem dente, apenas gengiva) -mais estético -pode se fazer uma concavidade na gengiva - fazer a epetelização -molda e simula no gesso a cavidade - marca o que vai remover de gengiva, remove - anatomiza com acrílico, deve ser bem polido - ter um apoio dos elementos do lado MOLDAGENS, MODELOS E TROQUÉIS Capitulo 7 - exame clinico, anamnese, complementares, planejamento, passagem do orçamento e tipo do material utilizado Cópin: 0,2 - 0,4 mm, é assentada no dente, onde será adaptada a cerâmica. Ex: metal, Monolítica: uma peça inteira Moldagem Conjunto de procedimentos clínicos usados para a reprodução negativa dos preparos dentários e das regiões adjacentes por meio de materiais e técnicas adequadas. Após a polimerização do material e a remoção da moldeira da boca, tem-se o molde, que é casamento do gesso para a obtenção do modelo de trabalho. Requisitos básicos para uma boa moldagem: Material de moldagem utilizado (validade, qualidade, acondicionamento, manipulação, temperatura ambiente - pode alterar as propriedades, influenciam na qualidade da moldagem) Extensão do preparo dentro do sulco gengival (espaço biológico, fundo de sulco, tempo e quantidade de fio) Nitidez do término cervical (liso, polido, definido, da espessura correta, profundidade correta, deve estar exposto pq ele determina os degraus - negativo, positivo, gap e também o sucesso do preparo – quanto menor melhor Saúde do tecido gengival ( não deve ter alterações, se o hemostático não conseguir segurar o sangramento não deve moldar Afastamento gengival para a moldagem afastamento lateral do tecido (mecânico quimico exposição da região cervical do preparo (profunfidade,) criar espaço para o material de moldagem - Fio 000 próximo ao fundo de sulco, sem romper o epitélio juncional. Fio fino: afastamento em profundidade. Fio calibroso: afastamento lateral Métodos de afastamento gengival Meios mecânicos - guta-percha - anéis de couro e cobre - grampos para diques de borracha - coroas provisórias com excessos - fios de algodão (usamos, menor trauma) - casquetes em resina acrílica (usamos, menor trauma) Químico: -objetivo de eliminar a iatrogênia causada pelos fios - Cloreto de zinco 2 a 40% - Alúmen - Acido sulfúrico diluído - são tão ou mais traumáticos que os mecânicos Químico-mecânicos: Fio de algodão impregnados com vasoconstritores: epinefrina (8% equivale a 8 tubetes de anestésico, pode deixar por 8 min) sulfato d e alumínio (não pode ser usado com silicone) cloreto de alumínio (5 a 10 min) sulfato férrico (não pode ser usado com silicone) - para escolher entre os dois vai depender do paciente Meio cirúrgico: -eletrocirurgia ou curetagem gengival com ponta diamantada - pode causar sequeças como necrose óssea e recessão gengival acentuada. Materiais de moldagem Femagel (hidrocoloide reversível) é hidrofílico, pode ter contato com a umidade Polissulfeto; Silicone de condensação: moldagem previa Alginato (hidrocoloide irreversível, não faz moldagem direta, só contra molde, modelo de estudo e captura de casquete) Silicone de adição Impregno (poliéter) Características de material de moldagem Atóxico, evitando reação à mucosa Ter coloração que identifique facilmente detalhes do molde Permitir tempo de trabalhosatisfatório Ter consistência adequada e ser suficientemente preciso para reproduzir detalhes de até 25um Ser hidrofílico (hidrocoloide reversível e impregno, os outros demais são hidrofóbicos) Não deforma quando removido da boca (hidrocoloide reversível) Apresentar estabilidade dimensional diante de variações de umidade e temperatura Não ter cheiro e gosto exagerados Boa adesão à moldeira Compatível com os materiais de modelos de gesso, revestimentos para modelos, resinas epóxicas, etc Não apresentar distorção diante do vazamento do molde Ser passível de desinfecção antes do vazamento sem que suas propriedades sejam alteradas. Hidrocoloide irreversível - ex: alginato - não faz moldagem direta - contramolde - modelo de estudo - captura de casquetes Hidrocoloide reversível -hidrofilico - aparelho (condicionador de hidrocolóide) para passar fase gel para a fase sol - sofrem sinerse, por isso vazar imediatamento Polissulfeto - mercaptanas - propriedades tixotrópicas - pasta base x pasta catalizadora + adesivo - consistência encontrada: leve, pesada e regular - odor desagradável, mancha, memória elástica deficiente - vazamento em 1 h Poliéter - bisnagas. Pasta base x pasta catalisadora + adesivo - excelente estabilidade dimensional (0,15% - 0,3 a 0,4 , 24 hs) - estabilidade até 7dias (tempo de vazamento) - hidrofílico - trabalhar em ambiente não muito úmido, rasgam fácil, gosto desagradável, tempo de trabalho reduzido, difícil desinfectar. - vazar imediatamente (silicone de condensação ou alginato) - caro - ex: impregno Silicone de condensação -pasta densa e pesada. Base e catalizador - distorção e baixa resistência a rasgamento - vazamento imediato Silicone de adição - pasta densa e fluida. Base e catalizador - grande estabilidade dimensional (0,05 a 0,16 %) - resistência ao rasgamento, bom tempo de trabalho e recuperação elástica - vazar após 1 h até 48 h Moldagem sem fio afastador: - em prótese fixa, não precisa moldar o palato, apenas os flancos -molda o pesado, colocando um plástico para ter espaço para a moldagem com o fluido depois Moldagem com fio afastador: - deve afastar no mínimo 0,2mm - isolamento relativo - coloca dois fios, molda o pesado, tira o fio mais calibroso (afastamento lateral) e molda o fluido - para a remoção, colocar agua para não trazer o coagulo junto com o fio - coloca o fluido no dente, seca e molda Tecnica de moldagen - reembasamento ou dupla impressão (com fio) - dupla mistura ou de único tempo (com fio afastador): pesado e fluido ao mesmo tempo, achar a posição certa antes de colocar em boca - técnica de casquetes (sem fio afastados) Reembasamento ou dupla impressão - silicone de condensação (optasil ou zetaplus) - silicone de adição (3M, Elite,) Técnica: coloca fio mais fino, dai o mais calibroso, molda com o pesado, remove o calibroso, coloca o fluido no dente e no molde e coloca em boca. Dupla mistura ou de único tempo - silicone de condensação - silicone de adição (hidrofóbico) - hidrocolóide reversível (imediato, é hidrofílico – absorve água) Técnica: 2 fios (000 e 0) remover o 0 antes da moldagem, com jato de ar-agua e também se tira o 000 em alguns casos, dai deve secar bem. Técnica dos casquetes Casquetes de resina acrílica com alivio interno e reembasamento na região cervical, promovendo afastamento gengival por ação mecânica, dispensa o fio. - confecciodados sobre modelos de gesso. (alivia com cera e coloca acrílico) - por meio de coroas provisórias (remove a coroa, coloca alginato no dappen, preenche a coroa com alginado e introduz no material, após presa remove a coroa e preenche o molde com acrílico - moldeira de estoque - moldeira individual - polissulfeto e poliéter Rembasamento - em resina duralay vermelha colocada na região do sulco - introduz o casquete - remoção dos excessos depois de polimerizado Desinfecção dos moldes - lavar em agua corrente para limpeza prévia do sangue e saliva - colocar o desinfectante em uma cuba - deixar o molde imerso na solução por 10 min - lavar o molde e secar - glutaraldeído a 2% e o hipoclorito de sódio a 0,5 ou a 1,0% O glutaraldeído pode ser empregado para a desinfecção de moldes de polissulfeto e silicona; já o hipoclorito de sódio é indicado para alginato, polissulfeto, silicona, poliéter, hidrocoloide reversível e godiva. Para o alginato e o poliéter, recomenda-se que o hipoclorito de sódio seja aspergido na superfície do molde, que é então coberto com papel-toalha umedecido com o mesmo desinfetante e mantido em saco plástico por 10 minutos. A seguir, o molde é lavado em água corrente, seco e vazado MODELO DE TRABALHO Uma cópia fiel dos dentes preparados e dos tecidos vizinhos, deverá facilitar ao técnico de laboratório o acesso à área cervical dos preparos. Troqueilização: individualização do modelo Características dos troqueis no modelo de trabalho - ser feito com material duro, resistente e estável - permitir uma reprodução precisa dos preparos, incluindo todas as suas margens - deve ser facilmente removido e inserido no modelo de trabalho - permitir que as margens do preparo sejam cortadas -permitir que as margens sejam demarcadas com grafite Obtenção dos troquéis - Com pinos metálicos - com moldeiras para a troquelização - com sistema pindex - traquelador a laser OBTENÇAO DE TROQUEIS COM SISTEMA PINDEX Após a obtenção do modelo, faz-se a remoção de toda região correspondente ao palato ou língua, deixando o modelo com forma de ferradura e com altura mínima de 15 mm. O plano oclusal deve ficar paralelo à base do aparelho, na qual serão feitos os orifícios para a fixação dos pinos metálicos. ■ Posiciona-se a coroa que será troquelizada na direção do feixe de luz emitido na haste superior do aparelho e que corresponde à localização da broca no centro da base. Pressiona-se o modelo contra a base do aparelho, o que aciona automaticamente a broca. Durante esse movimento, a luz se apaga e a broca realiza uma perfuração com uma profundidade preestabelecida. No caso de troquelização de vários dentes, esse sistema retenções em sua base. Modelo removido da moldeira. possibilita que os orifícios fiquem paralelos ■ Os orifícios devem ser limpos com jatos de ar, e os pinos são fixados nos orifícios com cola à base de cianocrilato. Todas as superfícies do gesso e dos pinos devem ser isoladas. As partes expostas dos pinos podem também ser recobertas com capas plásticas, denominadas separadoras, que ficarão presas à segunda camada de gesso que envolverá os pinos. Antes de vazar o gesso, as pontas dos pinos podem ser cobertas com uma lâmina de cera para facilitar sua visualização durante o seccionamento dos troquéis ■ O vazamento da segunda camada de gesso é feito colocando o modelo em uma matriz pré-fabricada de plástico ou envolvendo o modelo com cera. O gesso deve cobrir toda a base do modelo e ter uma espessura aproximada de 10 mm Após a presa do gesso, o modelo é removido da matriz, e faz-se a individualização dos troquéis com disco ou serra. Para cada troquei são realizados dois cortes, um na face mesial e outro na distai, paralelos ou ligeiramente convergentes em direção à ponta do pino, para facilitar sua remoção (Fig. 7.34). Deve-se tomar cuidado durante o uso do disco ou da serra para que as margens do preparo não sejam danificadas.OBTENÇÃO DOS TROQUÉIS COM PINOS METÁLICOS OBTENÇÃO DOS TROQUÉIS COM MOLDEIRAS PARA TROQUELIZAÇÃO Vaza-se o molde com gesso especial. ■ O modelo é recortado em forma de “ferradura”, correspondente ao formato interno da moldeira (Fig. 7.31 A). ■ Criam-se retenções na base do modelo. ■ Coloca-se gesso especial dentro da moldeira até o nível dos braços de travamento ■ Posiciona-se o modelo sobre o gesso vazado na moldeira, alinhando-o o máximo possível ■ Após a presa do gesso, removem-se os. braços de travamento da moldeira■ Inverte-se a base da moldeira e faz-se pressão no seu centro, de forma a ejetar o modelo de gesso. As saliências do lado oposto da base servem para empurrar o modelo, separando-o da moldeira ■ Os troquéis são serrados e individualizados. A presença de retenção em suas laterais permite que voltem para a moldeira na mesma posição, sendo fixados com os braços de travamento. Em seguida, a moldeira com o modelo é montado no ASA Exposição das margens -demarcar as margens do preparo - desgastar com uma fresa maxicut ou broca esférica nº 8 o máximo de camada de gesso que está em volta do preparo - expor as margens do preparo, desgastando o gesso com fresa ou cinzel reto - delimitar a margem do preparo com grafite fino ou cera colorida. Dar atenção a presença de substância hemostática no fio retrator, se ela conter enxofre, sulfato de alumínio ou férrico e isso irá inibir a polimerização do silicone. Prejudicando a moldagem. Deve se dar atenção a umidade também, deve ser hidrofílico. - Silicone de adição é o melhor material
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