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Prótese Fixa I: Exame e Preparo do Paciente

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PRÓTESE FIXA I 
 
 EXAME DO PACIENTE 
 
O sucesso dos trabalhos de prótese fixa está 
diretamente associado a um correto e criterioso 
planejamento, que deve ser executado de modo a 
atender ás necessidades de cada paciente. 
 
Exame Extraoral 
Este exame se inicia durante a anamnese. 
Enquanto o paciente relata a sua história, observando-
se o seu aspecto facial, procurando verificar 
características, tais como: 
- Dimensão Vertical 
- Suporte De Lábio 
- Linha De Sorriso 
É importante e comum descobrir que o 
paciente apresente algum tipo de hábito parafuncional, 
como: 
- morder lábio ou a bochecha 
- fazer movimento contínuo dos lábios para umedecê-
los. 
A DV pode estar diminuída como resultado de 
atrição acentuada ou perda de contenção posterior e 
pode estar aumentada como consequência de um 
inadequado tratamento restaurador. 
 Nos casos de diminuição da DV, pode-se 
encontrar um aspecto facial típico, com: 
- redução do terço inferior da face 
- projeção do mento 
- intrusão dos lábios 
- aprofundamento dos sulcos nasogenianos 
Essas características acima chamamos de colapso 
facial! 
- acúmulo de saliva nas comissuras labiais 
- queilite angular 
- sintomatologia articular nos casos mais graves 
- sensibilidade dentária devido á atrição 
- dificuldades fonéticas. 
Nos casos em que há um aumento da DV, pode-se 
encontrar: 
- face demasiadamente alongada 
- sintomatologia muscular decorrente de estiramento 
das fibras musculares e dos ligamentos 
- sensibilidade dentária decorrente de forças 
traumáticas geradas por contração reflexa 
- dificuldade de deglutição 
- dificuldade de mastigação 
- alteração de fala 
 
 PREPARO PARA DENTES COM 
FINALIDADE PROTETICA 
O sucesso do tratamento com prótese parcial fixa é 
determinado por três critérios: longevidade da prótese, 
saúde pulpar e gengival dos dentes envolvidos e 
satisfação do paciente. Princípios fundamentais de um 
preparo correto: mecânicos, biológicos e estéticos. 
PRINCÍPIOS MECÂNICOS 
Retenção 
O preparo deve apresentar certas características 
que impeçam o deslocamento axial da restauração 
quando submetida às forças de tração. Por definição, 
retenção é a qualidade que uma prótese apresenta de 
atuar contra as forças de deslocamento ao longo da sua 
via de inserção. 
 A retenção depende basicamente do contato 
existente entre as superfícies internas da restauração e 
as superfícies externas do dente preparado, o que é 
denominado retenção friccional. Quanto mais paralelas 
forem as paredes axiais do dente preparado, maior será 
a retenção friccional da restauração. O aumento 
exagerado da retenção friccional dificulta a cimentação 
da restauração pela resistência ao escoamento do 
cimento, impedindo o seu assentamento final e, 
causando o desajuste oclusal e cervical da restauração. 
Quanto maior for a coroa clínica de um dente 
preparado, maior será a superfície de contato e a 
retenção final. Dessa forma, no caso de dentes longos, 
como ocorre após tratamento periodontal, pode-se 
aumentar a inclinação das paredes para um maior 
ângulo de convergência oclusal sem prejuízo da 
retenção. Por sua vez, coroas curtas devem apresentar 
paredes com inclinação próxima ao paralelismo e 
receber meios adicionais de retenção, como a 
confecção de sulcos nas paredes axiais, para 
possibilitar um aumento nas superfícies de contato.
 A determinação de um plano de inserção único 
dos dentes pilares de uma PPF é essencial para sua 
retenção. Para isso, a posição e a inclinação dos dentes 
no arco devem ser inicialmente analisadas em modelo 
de estudo, a fim de que o profissional possa controlar 
melhor a quantidade de desgaste das faces dentárias 
com o objetivo de preservar a saúde pulpar sem, 
porém, perder as características de retenção e estética. 
Após o preparo dos dentes, faz-se uma moldagem com 
alginato e avalia-se o paralelismo entre os dentes 
preparados no modelo de gesso, delimitando com 
grafite a junção das paredes axiais com a parede 
gengival de todos os dentes preparados. O operador 
deve visualizar toda a marca de grafite em todos os 
dentes preparados com apenas um dos olhos e a uma 
distância aproximada de 30 cm. Se isso não ocorrer, 
existem áreas re- tentivas no preparo. 
 A área de preparo e sua textura superficial 
também são aspectos importantes na retenção: quanto 
maior a área preparada, maior será a retenção. Em 
dentes cariados ou restaurados, as caixas provenientes 
da remoção do tecido cariado e da restauração também 
conferem capacidade retentiva ao preparo. Assim, 
meios adicionais de retenção - caixas, canaletas, pinos, 
orifícios, etc. - são importantes para compensar 
qualquer tipo de deficiência existente no dente a ser 
preparado. 
 Como a maioria dos materiais de moldagem 
apresenta boa qualidade de reprodução de detalhes, o 
acabamento superficial do dente preparado deve ser 
realizado com o objetivo de torná-lo mais nítido e com 
uma textura superficial regularizada. Não há 
Camila Bronstrup Eckert 
 
necessidade de a superfície estar muito polida para a 
obtenção de uma prótese bem adaptada e com retenção 
adequada. Aliás, o polimento pode até contribuir para a 
diminuição da capacidade de retenção da prótese se o 
cimento apresentar somente características de união 
por imbricação mecânica. 
 Resistência ou estabilidade 
A forma de resistência ou estabilidade conferida ao 
preparo previne o deslocamento da prótese quando esta 
é submetida a forças oblíquas, que podem provocar sua 
rotação. Quando há incidência de uma força lateral, 
como ocorre durante o ciclo mastigatório, ou quando 
há parafunção, a coroa tende a girar em torno de um 
fulcro cujo raio forma um arco tangente nas paredes 
opostas do preparo, deixando o cimento sujeito às 
forças de cisalhamento, que podem causar sua ruptura 
e, consequentemente, iniciar o processo de 
deslocamento da prótese. A área do preparo envolvida 
por essa linha tangente é denominada área de 
resistência ao deslocamento. 
Existem vários fatores diretamente relacionados 
com a forma de resistência do preparo: 
■ Magnitude e direção da força: forças de grande 
intensidade e direcionadas lateralmente, como ocorre 
nos pacientes que apresentam bruxis- mo, podem 
causar o deslocamento da prótese. 
■ Relação altura/largura do preparo: quanto maior a 
altura das paredes, maior a área de resistência do 
preparo para impedir o deslocamento da prótese 
quando submetida a forças laterais. Contudo, se a 
largura for maior que a altura, maior será o raio de 
rotação e, portanto, as paredes do preparo não 
oferecerão uma forma de resistência adequada. Assim, 
é importante que a altura do preparo seja pelo menos 
igual à sua largura. Quando isso não for possível, 
como nos casos de dentes com coroas curtas, devem-se 
confeccionar sulcos, canaletas ou caixas para criar 
novas áreas de resistência ao deslocamento. Portanto, 
nos casos de coroas curtas, a forma de resistência pode 
ser melhorada pela diminuição da inclinação das 
paredes axiais e/ou pela confecção de canaletas axiais. 
Tais canaletas serão mais efetivas se estiverem 
posicionadas nas paredes proximais dos dentes 
preparados, por se antagonizarem à direção 
predominante das forças funcionais e parafuncionais. 
Do mesmo modo, nos dentes cariados ou restaurados, 
as próprias caixas das faces oclusal ou proximais 
podem atuar como elementos de estabilização, 
contrapondo-se à ação das forças laterais (Figs. 3.3D a 
F). 
■ Integridade do dente preparado: a porção coronal 
íntegra, seja em estruturadentária, em núcleo metálico 
ou em resina, resiste melhor à ação das forças laterais 
do que aquelas parcialmente restauradas ou destruídas. 
 
(A) A forma de resistência do preparo deve impedir a 
movimentação da coroa quando esta é submetida à 
ação de forças laterais (seta) que tendem a movimentá-
la em torno do fulcro. A ação do cimento interposto 
entre as superfícies do dente e a coroa do lado oposto, 
auxiliada pelo paralelismo das paredes no terço 
mediocervical, evitará a movimentação da coroa. (B) 
(C) Para impedir o deslocamento da coroa, a largura do 
dente preparado tem que ser no mínimo igual à sua 
altura. Estas figuras mostram o dente preparado com 
altura menor que o da primeira imagem (A). 
Entretanto, como a largura é semelhante à altura, e a 
inclinação das paredes oferece forma de resistência, a 
coroa é impedida de se movimentar (C). (D) (E) Dente 
preparado com coroa curta e inclinação acentuada das 
paredes. A ausência da área de resistência não 
impedirá a rotação da coroa quando for submetida às 
forças laterais. (F) Nesses casos, a presença de 
canaletas compensará as deficiências do preparo, 
minimizando a tendência de rotação da coroa. 
Rigidez estrutural 
 O preparo deve ser executado de tal forma que 
a restauração apresente espessura suficiente para que o 
metal (para as coroas metálicas), o metal e a cerâmica 
(para as coroas metalocerâmicas) e a cerâmica (para as 
coroas cerâmicas) resistam às forças mastigatórias e 
não comprometam a estética e o tecido periodontal. 
Para isso, o desgaste deverá ser feito seletivamente de 
acordo com as necessidades estética e funcional da 
restauração. 
- quantidade de redução tecidual 
- forma geométrica do preparo 
- tipo de término cervical 
Integridade Marginal 
 O objetivo básico de toda restauração cimentada é 
estar bem adaptada e com uma linha mínima de 
cimento, para que a prótese possa permanecer em 
função o maior tempo possível em um ambiente 
biológico desfavorável, que é a boca. 
Mesmo com as melhores técnicas e materiais 
usados na confecção de uma prótese, sempre haverá 
algum desajuste entre as margens da restauração e o 
término cervical do dente preparado. Esse desajuste 
será preenchido com cimentos que apresentam 
diferentes graus de degradação marginal. Com o passar 
do tempo, cria-se um espaço entre o dente e a 
restauração que vai permitir, cada vez mais, retenção 
de placa, instalação de doença periodontal, recidiva de 
cárie e, consequentemente, perda do trabalho. O CD 
deve lembrar que a maior porcentagem de fracassos 
das PPF deve-se à presença da cárie, que só se instala 
na presença da placa bacteriana. O desajuste marginal 
desempenha um papel fundamental neste processo, 
bem como na instalação da doença periodontal. 
Margens inadequadas facilitam a instalação do 
processo patológico do tecido gengival, que, por sua 
vez, impedirá a obtenção de próteses bem adaptadas. 
Assim, o controle da linha de cimento exposta ao meio 
bucal e a qualidade da higiene são fatores que 
aumentam a longevidade da prótese. 
PRINCIPIOS BIOLÓGICOS 
Preservação do órgão pulpar 
A literatura tem mostrado que os elementos 
dentários restaurados com coroas totais podem sofrer 
danos pulpares, pois aproximadamente 1 a 2 milhões 
de túbulos dentinários (30.000 a 40.000 túbulos por 
mm2 de dentina) são expostos quando um dente é 
preparado. O potencial de irritação pulpar com esse 
tipo de preparo depende de vários fatores: calor gerado 
durante a técnica de preparo, qualidade das pontas 
diaman- tadas e da caneta de alta rotação, quantidade 
de dentina remanescente, permeabilidade dentiná- ria, 
reação exotérmica dos materiais empregados 
(principalmente as resinas, quando utilizadas na 
confecção das coroas provisórias), e grau de infiltração 
marginal. 
Preservação da Saúde Periodontal 
Um dos objetivos principais de qualquer 
tratamento com PPF é a preservação da saúde 
periodontal. Vários são os fatores diretamente 
relacionados a esse objetivo, tais como higiene oral, 
forma, contorno e localização da margem cervical do 
preparo. 
A extensão cervical dos dentes preparados 
pode variar de 2 mm aquém da gengiva marginal livre 
até 1 mm no interior do sulco, embora existam autores 
que recomendem extensões diferentes dessas. Do 
ponto de vista periodontal, o término cervical deveria 
localizar-se 2 mm distante do nível gengival, pois o 
tecido gengival estaria em permanente contato com o 
próprio dente, sem a alteração de contorno que ocorre 
mesmo com uma prótese com forma e contorno 
corretos, preservando assim sua saúde. 
As razões mais frequentes para a colocação 
intrassulcular do término gengival são: 
 Razões estéticas, com o objetivo de mascarar a 
cinta metálica de coroas metalocerâmicas ou 
metaloplásticas ou da interface cerâmica/ 
cimento/dente para as coroas em cerâmica. 
 Restaurações de amálgama ou resina composta em 
cavidades cujas paredes gengivais já se encontram 
no nível intrassulcular. 
 Presença de cáries que se estendam para dentro do 
sulco gengival. 
 Presença de fraturas que terminem 
subgengivalmente. 
 Razões mecânicas, aplicadas geralmente aos 
dentes curtos, para a obtenção de maior área de 
dente preparado e, consequentemente, maior 
retenção e estabilidade, evitando a necessidade de 
procedimento cirúrgico periodontal de aumento da 
coroa clínica. 
 Colocação do término cervical em área de relativa 
imunidade à cárie, como se acredita ser a região 
correspondente ao sulco gengival. 
Assim, ao indicar o término cervical no interior do 
sulco gengival, o profissional deve estar consciente de 
que, quanto mais profunda for sua localização, mais 
difíceis serão os procedimentos de moldagem, 
adaptação, higienização, etc., facilitando a instalação 
de processo inflamatório nessá área. Se a extensão 
subgengival for excessiva, provocará danos mais sérios 
por causa do desrespeito às distâncias biológicas do 
periodonto. O preparo subgengival dentro dos níveis 
convencionais de 0,5 a 1 mm não traz problemas para 
o tecido gengival, desde que a adaptação, a forma, o 
contorno e o polimento da restauração estejam 
satisfatórios e o paciente consiga higienizar 
corretamente essa área. 
ESTÉTICA 
A estética depende da saúde gengival e da 
qualidade da prótese. Desse modo, é importante 
preservar o estado de saúde do periodonto e 
confeccionar restaurações com forma, contorno e cor 
corretos, fatores esses que estão diretamente 
relacionados à quantidade de desgaste da estrutura 
dentária. Se o desgaste for insuficiente para uma coroa 
metalocerâmica ou cerâmica, o revestimento 
apresentará espessura insuficiente, o que pode levar o 
técnico de laboratório a compensar essa deficiência 
aumentando o contorno da restauração. Outro aspecto 
importante é a relação de contato do pôntico com a 
gengiva. A falta de tecido decorrente da reabsorção 
óssea nos sentidos vertical e anteroposterior gera um 
contato incorreto do pôntico com a gengiva, causando 
transtorno estético e desconforto ao paciente pelo 
aprisionamento de alimento nessa área, pois o contato 
da região gengival da face vestibular do pôntico fica 
localizado anteriormente ao rebordo. 
PREPARO PARA COROAS 
METALOCERÂMICAS 
*Dentes Anteriores 
*Dentes Posteriores 
 
DENTES ANTERIORES 
Material e instrumental 
- tríade 
- material e instrumental para a anestesia 
- algodão em rolo e/ou gaze 
- sugador 
- protetor gengival 
- matriz e porta-matriz metálico 
- machado para esmalte 
- broca diamantada esférica n° 1014 (1,4mm) 
- brocas diamantadascilíndricas com extremidade 
ogival n°2215 (haste curta) e/ou n° 3216 (haste longa) 
(1,2mm) 
- broca diamantada em forma de chama n°3118 
- broca diamantada cilíndrica com extremidade plana 
n°3097 (1,0mm) 
- broca multilaminada cilíndrica com extremidade 
ogival n° H284 (1,2mm) 
- broca multilaminada em forma de chama n°H46 
- grafite 0,5mm 
- cunhas de madeira 
 
Delimitação cervical do preparo 
A função básica de iniciar o preparo pela 
confecção desse sulco é estabelecer, já no início do 
processo, o término cervical em chanfrado. Esse 
procedimento tem a finalidade de guiar a quantidade 
de desgaste e a forma do término do preparo. 
- demarcar com grafite 1,0mm acima da margem 
gengival, na maior extensão possível do perímetro do 
dente, seguindo a curva parabólica descrita pela 
gengiva. 
- executar um sulco segundo a marca do grafite 
vestibular e terço proximal 1,2mm de profundidade; 
2/3 proximais e lingual 0,6mm. 
- broca 1014 num ângulo de 45° com o dente 
- execução de sulcos de orientação nas superfícies 
axial e incisal. 
 
Superfície Vestibular 
-3 sulcos em 2 planos. No terço cervical e nos 2/3 
incisais, seguindo os planos anatômicos dos dentes, 
profundidade de 1,2 mm. 
- brocas 2215 ou 3216. 
 
Borda Incisal 
- 3 sulcos seguindo a inclinação vestibulolingual da 
superfície, profundidade de 2,0 mm. 
- broca 2215 ou 3216. 
 
Área de cíngulo 
- 3 sulcos equidistantes e paralelos com o terço 
cervical vestibular, profundidade 0,6 mm. 
- broca 2215 ou 3216. 
 
Remoção da Área de Contato Proximal 
- Proteger o dente adjacente com uma matriz metálica. 
- Remover área de contato proximal e criar espaço para 
posterior acesso da broca cilíndrica diamantada. 
- broca 3203. 
 
União dos Sulcos de Orientação 
- remover estrutura dentária entre os sulcos, 
inicialmente na metade do dente, avaliar desgaste, 
desgastar restante. 
- vestibular: em 2 planos, com 1,2 mm de 
profundidade. 
- área do cíngulo - 1 só plano, com 0,6 mm de 
profundidade. 
- borda incisal - seguindo a mesma orientação de 
inclinação da borda incisal, de vestibular para lingual, 
com 2,0 mm de profundidade. 
- área proximal - unindo os desgastes vestibulares e 
linguais. 
- a redução proximal obedece a profundidade de 
acordo com sua localização: 1,2 mm no 1/3 vestibular; 
0,6 mm nos 2/3 linguais. 
 
 Concavidade Palatina 
- executar sulco no centro da cavidade palatina, desde 
a junção com a área do cíngulo até a junção com a 
borda incisal, com 1,2 mm de profundidade. 
- broca 1014. 
- completar redução da metade da concavidade com 
broca em forma de chama nº 3118. 
- 2 planos bem definidos após o preparo, área de 
cíngulo e concavidade palatina. 
 
Extensão Intra-Sulcular 
- razões estéticas. 
- limita-se face vestibular e terços proximais. 
- outras áreas em: dentes curtos, cárie, restaurações ou 
próteses antigas. 
- interpor protetor gengival entre a margem gengival e 
o dente. 
- estender preparo 0,5 mm intrassulcular. 
- terminação em forma de chanfro (Broca 4138). 
- terminação em forma de ombro (Broca 3097). 
 
Acabamento do Preparo 
Objetivos: 
- arredondar todos os ângulos vivos; 
- obter uma superfície lisa em toda extensão do 
preparo; 
- obter uma linha de terminação lisa e definida; 
- corrigir eventuais distorções, presença de áreas 
retentivas e definir o grau de convergência das 
superfícies axiais. 
- broca multilaminada H 284 ou similar. 
- broca multilaminada H 46 ou similar. 
- machado para esmalte. 
 
Características do Preparo Concluído 
- redução uniforme das paredes axiais, com 1,2mm de 
profundidade; 
- redução da borda incisa com 2 mm de profundidade; 
- convergência média de 6º; 
- terminação cervical em chanfro ou em ombro com 
ângulo interno arredondado na vestibular e terços 
proximais, com 1,2 mm de profundidade; 
- terminação cervical em chanfro na lingual ou palatina 
e 2/3 das proximais, com 0,6 mm de profundidade; 
- ausência de ângulos vivos; 
- superfícies lisas e ausência de áreas retentivas; 
- linha de terminação cervical lisa e definida. 
 
DENTES POSTERIORES 
Material e instrumental 
- tríade 
- material e instrumental para anestesia 
- algodão em rolo ou em flocos e/ou gaze 
- sugador 
- protetor gengival, Matriz e porta-matriz metálicos 
- machado para esmalte 
- broca diamantada esférica nº 1014 (1,4 mm) 
- brocas diamantadas cilíndricas com extremidade 
ogival nº 2215 (haste curta) e/ou nº 3216 (haste longa) 
- (1,2 mm), Broca cílindrica com extremidade ogival 
nº 2215 ou 3216 (1,2 mm) 
- broca diamantina troncocônica com extremidade 
arredondada nº 4138 
- broca diamantina troncocônica com extremidade 
afilada nº 3203 
- broca diamantina cilíndrica com extremidade plana nº 
3097 (1,0 mm) 
- broca multilaminada cilíndrica com extremidade 
ogival nº H284 (1,2 mm) 
- grafite 0,5 mm 
- cunhas de madeira. 
 
Delimitação Cervical do Preparo 
- procedimento idêntico em profundidade, orientação e 
localização, tanto para dentes superiores quanto para 
dentes inferiores. 
- demarcar com grafite, 1,0 mm acima da margem 
gengival, na maior extensão possível do perímetro do 
dente, seguindo a curva parabólica descrita pela 
gengiva. 
- executar um sulco segundo a marca do grafite. 
Vestibular e terço proximal 1,2 mm de profundidade; 
2/3 proximais e lingual 0,6 mm. 
- broca 1014 num ângulo de 45º com o dente. 
 
Execução de Sulcos de Orientação nas Superfícies 
Axiais e Oclusal 
Superfície vestibular 
- 3 sulcos (1 no centro e 2 nas aproximais), em 2 
planos, 2/3 cervicais e 1/3 oclusal, seguindo plano 
anatômico da superfície. 
- 2/3 cervicais, 1,2 mm. 
- 1/3 oclusal, 1,5 mm, incorporando o biselamento das 
cúspides funcionais dos dentes 
inferiores. 
- Em dentes superiores, profundidade do sulco de 1,2 
mm em um só plano, seguindo anatomia da superfície. 
- broca diamantada 2215 ou 3216. 
 
*Superfície lingual 
- 3 sulcos, num só plano com profundidade de 0,6mm. 
- nos dentes superiores, assemelha-se ao preparo na 
face vestibular dos dentes inferiores (0,6mm nos 2/3 
cervicais e 1,2 mm na junção com o 1/3 oclusal e 1,5 
mm no 1/3 oclusal). 
- sulco oclusal (1,5 mm) engloba biselamento da 
cúspide funcional. 
- broca diamantada 2215 ou 3216. 
 
Superfície Oclusal 
- um sulco no sentido proximoproximal, no sulco 
central do dente, na união das cúspides vestibulares e 
linguais. 
- 3 sulcos, acompanhando plano inclinado das 
cúspides. 
- mesma localização e orientação dos sulcos das 
superfícies livres. 
- 1,2 mm de profundidade. 
- mesmo procedimento dentes superiores e inferiores. 
- broca 2215 ou 3216. 
 
 Remoção do Ponto de Contato Proximal 
- proteção do dente adjacente com matriz metálica. 
- criar espaço de acesso para uso posterior da broca 
2215. 
- broca 3203. 
 
União dos Sulcos de Orientação 
- executar primeiro metade do dente. 
- seguir orientação e profundidade dos sulcos. 
- vestibular inferior - 2 planos, 1,2 mm 2/3 cervicais e 
1,5 mm no 1/3 oclusal. 
- vestibular superior - 1, 2 mm, num só plano. 
- lingual inferior - um só plano, 1,2 mm. 
- lingual superior - 2 plano; 1,2 mm nos 2/3 cervicais e 
1,5 mm no 1/3 oclusal. 
- oclusal - seguir os planos inclinados das cúspides. 
 
União dos Preparos Vestibular e Lingual 
- obedecer a profundidade de acordo com a 
localização. 
- 1,2 mm 1/3 vestibular. 
- 0,6 mm 2/3 linguais. 
- idêntico para dentes superiores e inferiores. 
- broca 2215 ou 3216. 
 
Extensão Intra-Sulcular: Razõesestéticas. 
- limita-se face vestibular e terços proximais. 
- outras áreas em: dentes curtos, cárie, restaurações ou 
próteses antigas. 
- interpor protetor gengival entre a margem gengival e 
o dente. 
- estender preparo 0,5 mm intramuscular. 
 
Acabamento do Preparo 
Objetivos: 
- arredondar todos os ângulos vivos; 
- obter uma superfície lisa em toda extensão do 
preparo; 
- obter uma linha de terminação lisa e definida; 
- corrigir eventuais distorções, presença de áreas 
retentivas e definir o grau de convergência das 
superfícies axiais. 
- broca multilaminada H 284 ou similar. 
- broca multilaminada H 46 ou similar. 
- machado para esmalte. 
 
Características do Preparo Concluído 
- redução de 1,2 mm de profundidade das superfícies 
axiais e oclusal; 
- redução de 1,5 mm de profundidade das cúspides 
funcionais; 
- convergência das paredes axiais em torno de 6º; 
- todos os ângulos arredondados; 
- superfícies lisas e sem áreas retentivas; 
- linha de término cervical lisa, definida, em forma de 
chanfro ou ombro, com ângulo interno arredondado em 
vestibuloproximais, com 1,2mm de profundidade; 
- 0,6 mm de profundidade em linguoproximais. 
 
 RETENTORES INTRARRADICULARES 
 
- Metálicos fundidos (indicado para casos de 0 ferula e 
sem possibilidade de aumento de coroa clinica) 
- Fibra de vidro 
- Fibra de vidro anatomizado 
- Pinos fresados 
Os núcleos intrarradiculares ou de 
preenchimento são indicados para dentes com coroas 
total ou parcialmente destruídas e que necessitam de 
tratamento com prótese. Desse modo, as características 
da coroa clínica preparada são recuperadas, conferindo 
ao dente condições biomecânicas para manter a prótese 
em função por um longo período de tempo. 
Promovem retenções entre a peça protética e a 
raiz do elemento dental. O CD muitas vezes se depara 
com situações clínicas relacionadas á quantidade de 
perda de estrutura coronal que causam dúvidas sobre a 
visibilidade de se restaurar o dente sem a necessidade 
de realizar tratamento endodôntico. Nesses casos, 
deve-se analisar a quantidade de estrutura coronal 
remanescente após o preparo do dente para o tipo de 
restauração planejada (p. ex: coroa metalocerâmica 
total metálica ou total cerâmica), diferindo inclusive o 
nível do término cervical. 
Uma regra básica é que, existindo 
aproximadamente a metade da estrutura coronal, de 
preferencia envolvendo todo o terço cervical do dente, 
pois essa região responsável pela retenção friccional da 
coroa e que auxiliará na neutralização de parte da força 
que incidirá sobre a coroa, minimizando o efeito das 
tensões geradas na interface coroa/cimento/dente, o 
restante da coroa pode ser restaurado com material de 
preenchimento, usando meios adicionais de retenção 
fornecidos por pinos rosqueáveis em dentina. 
Do ponto de vista mecânico, a estrutura 
dentária remanescente e o material de preenchimento 
são interdependentes em relação á resistência final do 
dente preparado, ou seja, um contribui para aumentar a 
resistência estrutural do outro. 
Os materiais que melhor desempenham a 
função de repor a estrutura dentária perdida na porção 
coronal de um dente preparado são as resinas 
compostas. 
 
Dentes Despolpados 
 Dentes com tratamento endodônticos tem sua 
resistência diminuída e estão mais propensos a sofrer 
fraturas em virtude da perda de estrutura dentária 
causada pelo acesso aos condutos durante o preparo, 
somado á perda de estrutura coronal, especialmente 
das cristas marginais. 
 Quando dentes com tratamento endodôntico, 
com perda parcial ou total de estrutura dentária, estão 
indicados como pilares de PPF, o CD pode ficar em 
dúvida sobre qual é o melhor tipo de pino 
intrarradicular para essa finalidade, se fundido ou pré-
fabricado, metálico ou de fibra de vidro. A escolha 
deve recair sobre um determinado tipo de pino, que 
associado ao cimento, proporcione ao conjunto 
raiz/cimento/pino uma estrutura semelhante á de um 
monobloco ou uma única unidade. Para isso, o cimento 
deve ter a capacidade de aderir ao pino e á dentina, e 
os módulos de elasticidade dessas três estruturas (pino, 
cimento e dentina) devem ser iguais ou semelhantes. 
(PROVA) 
*A análise do remanescente coronal após seu preparo é 
muito importante, pois pesquisas tem demonstrado que 
um remanescente coronal de 1,5 a 2mm de altura 
envolvendo todas as faces da coroa propicia um efeito 
tipo férula extremamente importante ao sucesso da 
prótese a longo prazo. Isso ocorre porque o 
remanescente melhora a forma de retenção e de 
resistência ao preparo e diminui as tensões que se 
formam na interface dente/cimento/pino, pois atua 
como um absorvedor de tensões provenientes das 
forças que atuam sobre a coroa, diminuída, portanto, a 
possibilidade de descimentação do pino. 
 
NÚCLEOS FUNDIDOS 
- Preparo do Remanescente Coronal 
Como remanescente coronal, primeiro remove-se o 
cimento temporário contido na câmara pulpar até a 
embocadura do conduto. É muito importante que se 
preserve o máximo de estrutura dentária, para a 
existência do dente é aumentar a retenção da prótese. 
Após a eliminação das retenções da câmara pulpar, as 
paredes da coroa preparada devem apresentar uma 
base de sustentação para o núcleo com espessura 
mínima de 1mm. É através dessa base que as forças 
são dirigidas para a raiz do dente, minimizando as 
tensões que se formam na interface pino 
metálico/cimento/raiz, principalmente na região apical 
do núcleo. 
Quando não existe estrutura coronal suficiente para 
propiciar essa base de sustentação, deve-se preparar 
uma pequena caixa no interior da raiz com 
aproximadamente 2mm de profundidade para criar 
uma base de sustentação para o núcleo e assim 
direcionar as forças predominantemente no sentido 
vertical, diminuindo as tensões nas paredes laterais da 
raiz. 
 
OBS: essas pequenas caixas não devem enfraquecer a 
raiz nessa região e só podem ser confeccionadas 
quando a raiz apresentar estrutura suficiente. Elas vão 
atuar também como elementos antirrotacionais. 
- Preparo dos condutos e remoção do material 
obturador 
Existem quatro fatores que devem ser 
analisados com o objetivo de propiciar retenção e 
resistência adequados ao núcleo intrarradicular: 
comprimento, diâmetro, inclinação das paredes e 
características superficial. 
- Comprimento 
O comprimento deve ser igual ou maior que a 
coroa clínica, dois terços do comprimento da raiz, três 
quartos, etc. (PROVA). 
Como regra geral, o comprimento do pino 
intrarradicular deve atingir dois terços do comprimento 
total do remanescente dentário, embora o meio mais 
seguro, principalmente naqueles dentes que tenham 
sofrido perda óssea, é que o pino tenha um 
comprimento equivalente á metade do suporte ósseo da 
raiz envolvida. 
Um comprimento correto do núcleo no interior da 
raiz é sinônimo de longevidade da prótese. 
(IMPORTANTE) 
O comprimento do pino deve ser analisado e 
determinado por uma radiografia periapical após o 
preparo da porção coronal, deixando a quantidade 
mínima de 4mm de material obturador na região apical 
do conduto radicular, para garantir uma vedação 
efetiva nessa região (PROVA). 
 
- Diâmetro do Pino 
O diâmetro da porção intrarradicular do núcleo 
metálico é importante para a retenção da restauração e 
para sua habilidade para resistir aos esforços 
transmitidos durante a função mastigatória. 
Evidentemente, quanto maior o diâmetro do pino, 
maior será a sua retenção e resistência, porém deve ser 
considerado também o possível enfraquecimentoda 
raiz remanescente. Em vista disso, tem sugerido que o 
diâmetro total da raiz e que a espessura da dentina 
deve ser maior na face vestibular dos dentes 
anteriossuperiores, já que a força é maior neste sentido. 
OBS: para que o metal utilizado apresente 
resistência satisfatória, é indispensável que tenha pelo 
menos 1mm de diâmetro em sua extremidade apical. 
- Inclinação das Paredes do Conduto 
Durante o preparo do conduto, especial atenção 
deve ser dada á inclinação das paredes. Busca-se 
seguir a própria inclinação do conduto, que foi 
alargada pelo tratamento endodôntico e terá seu 
desgaste aumentado principalmente na porção apical 
para a colocação do núcleo intrarradicular, até que se 
tenha comprimento e diâmetro adequado. 
Em casos extremos de destruições, quando o 
conduto está muito alargado e as paredes da raiz estão 
muito finas, mas o dente é estrategicamente importante 
no planejamento da prótese, podem-se utilizar núcleos 
estofados para proteger a raiz. Esse tipo de núcleo 
busca a retenção intrarradicular e, ao mesmo tempo, 
protege as paredes delgados do remanescente radicular 
por meio do biselamento das paredes da raiz. Assim, 
essas paredes são protegidas com o próprio metal com 
o qual é confeccionada o núcleo. A porção coronal 
deve prover espaço adequado para o tipo de coroa 
indicado, sendo que a adaptação desta ocorrerá na 
região cervical do núcleo. 
- Característica Superficial do Pino 
 Para aumentar a retenção de núcleo fundidos 
que apresentam superfícies lisas, podem-se utilizar 
jatos com óxidos de alumínios para torna-los 
irregulares ou rigorosas antes da cimentação. 
 A remoção do material obturador deve ser 
iniciada com pontas Rhein aquecidos até atingir o 
comprimento preestabelecido. Como nem sempre é 
possível retirar a quantidade desejada do material 
obturador com esse instrumento, são utilizadas para 
esse fim as brocas de Peeso, Largo ou Gates, de 
diâmetro apropriado ao conduto, acoplados a um guia 
de penetração. 
 É importante o conhecimento da anatomia dos 
condutos para evitar desgastes desnecessários e/ou 
perfurações na raiz. Também é indispensável a 
manutenção de um campo seco por meio de isolamento 
relativo, para evitar ou minimizar a possibilidade de 
contaminação bacteriana intraconduto pela saliva e o 
posterior desenvolvimento de lesão periapical. 
*O material obturador deve ser removido, sempre 
considerado que um mínimo de 4mm deve ser deixado 
no ápice do conduto para garantir uma vedação efetiva 
da região. É extremamente importante que nessa fase 
se evite a contaminação do conduto pela saliva, o que 
pode causar migração de bactérias para o ápice da raiz. 
Dentes como os pré-molares superiores, que 
podem apresentar divergência de raízes, devem ter seu 
conduto mais volumoso preparado na extensão 
convencional (dois terços) e o outro preparado 
parcialmente, apenas com o objetivo de conferir 
estabilidade, funcionando como dispositivo 
antirrotacional. 
Em dentes multirradiculares superiores com 
condutos divergentes e que apresentam remanescente 
coronal, prepara-se o conduto palatino até 2/3 da sai 
extensão e um dos condutos vestibulares até sua 
metade (o mais volumoso deles); o outro terá apenas 
parte de sua embocadura preparada. Essa metade do 
núcleo será colocada na porção palatina por meio de 
sistemas de encaixe, como será mostrado 
posteriormente. Somente na ausência total do 
remanescente coronal devem-se preparar os três 
condutos divergentes. Consequentemente, o núcleo 
resultante deverá ser confeccionado em três partes 
distintas. 
Confecção do Núcleo 
Para a confecção do núcleo, podem ser 
empregados duas técnicas: a direta, na qual o conduto 
é moldado e a parte coronal esculpida diretamente na 
boca, e a indireta, que exige moldagem dos condutos e 
das porções coronais remanescentes com elastômeros, 
obtendo-se um modelo sobre o qual os núcleos são 
esculpidos no laboratório. Esta técnica é indicado 
quando há necessidade de confecção núcleos para 
vários dentes, para dentes mal posicionados que 
precisam ter as paredes das coroas preparados com 
forma de paralelismo em relação aos demais dentes 
pilares ou para dentes com raízes divergentes. 
Técnica Direta- Dente Unirradicular 
- Preparar um bastão de resina acrílica ou 
selecionar um pino pré-fabricado de plástico que se 
adapta ao diâmetro e ao comprimento do conduto 
preparado e que se estenda a 1cm além da coroa 
remanescente. É indispensável que o bastão atinja a 
porção apical do conduto preparado e que exista 
espaço entre ele e as paredes axiais, para facilitar a 
moldagem do conduto com resina Duralay. 
- Lubrificar o conduto e a porção coronal com 
isolante hidrossolúvel por meio de um instrumento 
endodôntico ou da própria broca, envolvida com 
algodão. 
- Moldar o conduto introduzindo a resina 
preparada com sonda pincel ou seringa tipo Centrix no 
seu interior e envolvendo o bastão que é inserido no 
conduto, verificando se atingiu toda sua extensão. O 
material em excesso é acomodado no bastão para 
confeccionar a porção coronal do núcleo. 
 Para dentes com dois condutos paralelos, faz-
se a moldagem individual dos condutos que, após a 
polimerização da resina, são unidos na região da 
câmera pulpar. Após a polimerização da resina, 
verifica-se a fidelidade do pino moldado. Corta-se o 
bastão no nível oclusal ou incisal e procede-se ao 
preparo da porção coronal, utilizando pontas 
diamantadas e discos de lixa e seguindo os princípios 
de preparo descritos anteriormente. 
- A liga metálico a ser utilizada na fundição deve 
apresentar resistência suficiente para não se deformar 
sob ação das forças mastigatórias. As ligas de metais 
não nobres são as mais utilizadas, em especial aquelas 
a base de cobre alumínio, em razões de seu baixo 
custo. 
- A adaptação do núcleo no interior do conduto 
deve ser passiva. A simulação da cimentação com uma 
silicona fluida também auxiliar na detecção dos pontos 
de contatos internos que podem impedir o 
assentamento e/ou dificultar a cimentação. Esses 
pontos devem ser desgastados e, após a adaptação do 
núcleo sua porção radicular deve ser jateada com óxido 
de alumínio. 
- Antes da cimentação, o conduto deve ser limpo 
com solução descontaminante, lavado com água e seco 
completamente. Tal como ocorre a cimentação de 
coroas totais, conforme descrito no capitulo 12, deve-
se lavar com pincel uma pequena quantidade de 
cimento em volta do núcleo para reduzir a pressão 
hidrostática. A cimentação pode ser realizada com 
cimentos de ionômero de vidro ou fosfato de zinco ou 
com cimentos resinosos. 
Técnica Direta - Dente Multirradicular 
O possível também confeccionar núcleos em 
dentes com raízes divergentes pela técnica direta, seja 
moldando os condutos com resina ou empregando 
sistemas pré-fabricados. 
Para o encaixe das duas partes do núcleo, vários 
sistemas podem utilizados, tais como sulcos, caixas ou 
encaixes. Uma vez fundida, a primeira parte do núcleo 
é adaptada no modelo de trabalho, e faz-se o 
acabamento da face que entrará em contato com a 
outra parte do núcleo. 
Em seguida, confecciona-se a segundo parte, que, 
após fundido, e adaptada ao modelo, é ajustada no 
dente. 
A cimentação é realizada inicialmente com a 
introdução da primeira parte do núcleo, portadora da 
porção femea do encaixe de semiprecisão, seguida da 
parte com a porção macho. 
Uma outra maneira de obter núcleos pela técnica 
direta em dentes com condutos divergentes é 
confeccionar inicialmente o pino do canal de maior 
volume que irá transpassara porção coronal do núcleo. 
*A técnica direta também pode ser empregada com 
pinos pré-fabricados em metal e em plástico, com 
paredes paralelos e serrilhadas, em vários diâmetros e 
com suas respectivas brocas. 
Técnica Indireta 
Essa técnica, pela qual os núcleos são feitos em um 
modelo de trabalho, está indicada quando é necessário 
confeccionar núcleos em vários dentes, unirradiculares 
ou multirradiculares. As vantagens: são a redução do 
tempo clínico e a facilidade para obter paralelismo 
entre os dentes pilares. 
Visando a obtenção de um molde preciso e fiel, 
adapta-se em cada conduto um fio ortodôntico ou clipe 
de papel com comprimento um pouco maior que o do 
conduto e uma ligeira folga maior que o do conduto e 
uma ligeira folga em toda a sua volta. 
Os fios devem apresentar em sua extremidade 
voltada para a face oclusal ou incisal um sistema de 
retenção que pode ser confeccionada com godiva de 
baixa fusão, e aplica-se o adesivo próprio em toda a 
extensão do fio. 
- O material de moldagem deve ser levado ao 
conduto utilizando-se uma broca lentulo 40 de forma 
manual ou acoplada em contra-ângulo, girando o 
motor em baixa rotação. Os fios metálicos são 
envolvidos também com o material e colocados nos 
seus respectivos condutos. 
- A seguir, com uma seringa apropriada, faz-se a 
moldagem da parte coronal, envolvendo totalmente os 
fios metálicos que estão em posição. 
*Para a confecção do modelo de trabalho, vaza-se 
o molde com gesso tipo IV. Os modelos devem ser 
montados em um articulador para permitir que a 
porção coronal do núcleo seja esculpida mantendo as 
seguintes relações corretas com os dentes antagonistas: 
forma de inclinação das paredes, espaço oclusal/incisal 
e relação de paralelismo com os demais dentes pilares 
(IMPORTANTE) 
Núcleos pré-fabricados 
 Existem várias marcas e tipos de pinos, e a 
escolha deve ser determinada de acordo com a relação 
diâmetro do conduto/comprimento do pino. É 
importante que o diâmetro do pino seja compatível 
com o do conduto, ou seja, a espessura de dentina 
remanescente não deve ter diminuída a ponto de 
comprometer a resistência da própria luz do conduto, 
por meio de radiografia. A presença de uma espessura 
de 2mm na porção remanescente da raiz aumenta 
significativamente sua resistência a fraturas. 
O conduto é preparado usando as brocas que 
normalmente acompanham os pinos e deve se estender 
até aproximadamente dois terços do comprimento do 
dente, de sua porção coronal preparado até o ápice. 
Quando o dente apresentar perda óssea, o comprimento 
do pino deve ser equivalente á metade do suporte 
ósseo da raiz envolvida. (PROVA) 
Quando um dente posterior tiver duas ou mais 
raízes, deve-se ponderar se esse dente vai como 
receber uma coroa isolada ou se será usado como dente 
pilar de uma PPF. Para elementos isolados e mesmo 
para PPF de três elementos, considerando que o dente 
ainda apresenta remanescente coronal, não há 
necessidade de que todas as raízes recebam pinos 
metálicos; opta-se apenas pela raiz de maior diâmetro. 
Para os dentes pilares de PPF extensa, é conveniente o 
emprego de no mínimo dois pinos, em razão da 
sobrecarga que incidirá nesses dentes: um no conduto 
de maior diâmetro e comprimento correspondente a 
dois terços do remanescente e um em outra raiz com 
extensão equivalente á metade do remanescente. 
A remoção do material obturador deve ser 
realizada inicialmente com pontas Rhein aquecidas até 
atingir o comprimento preestabelecido. A seguir, o 
conduto deve ser alargado com as brocas que 
acompanham os pinos metálicos, ou então com as 
brocas de Largo, Peeso ou Gates, com diâmetros 
compatível com o do conduto e o do pino selecionado. 
Embora apresentem grande capacidade retentiva, 
os pinos pré-fabricados metálicos rosqueados devem 
ser usados com muito cuidado, pois geram mais 
tensões nas paredes do canal radicular do que os 
cimentados. Para diminuir essas tensões, o pino deve 
ser desrosqueado um quarto de volta após sua 
introdução final no conduto. Parcialmente, os pinos 
pré-fabricados devem ser justapostos no canal 
radicular de forma passiva e cimentados. 
Quando o conduto apresenta-se muito alargado ou 
ovalado, especialmente nos terços médio e cervical, as 
superfícies do pino não se adaptam as suas paredes. 
Para evitar espessuras exageradas de cimento em 
algumas áreas e o consequente aumento de contração 
volumérica de polimerização, do estresse na interface 
cimento/dentina e da presença de bolhas com 
diminuição da resistência do cimento, faz-se o 
reembasamento do pino com resina composta no 
conduto. 
Preparo do pino metálico fundido 
Resumo 
- parede interna tem término de 90º para as forças 
dissiparem 
- o pino deve ter no mínimo 2/3 da raiz 
- remanescente de guta-percha 4mm 
- o pino deve estar no mínimo metade da crista óssea 
até o ápice do dente 
- desobstruir o canal com broca largo (da menor pra 
maior) 
 SISTEMAS CERÂMICOS 
Histórico: 
- Criada na china 100 a.C 
- Porcelana: branca/brilhosa, é mais estética. Criada no 
séc. 10 a.C 
- Em 1717, chega na Europa 
- Em 1774, Alexis Duchateu utiliza na odontologia 
Composição: 
 Vitrias: 
- estética 
- excelentes propriedades ópticas 
- grande porção vítria (quando + vidro + estética - 
resistência) 
- frágil (se tivesse mais cristal seria mais resistente) 
- Ex: FELSPÁTICA 
Reforçadas: 
Encorporação de cristais na cerâmica feldspática 
para melhorar as propriedades mecânicas 
- Leucita 
- Dissilicato de Lítio 
Leucita: resistência flexural (+/- 120 Mpa); Altamente 
estética; IPS empress. 
Dissilicato de Lítio: resistência flexural (350 a 450 
Mpa); altamente estético; IPS E-Max (cerom, press e 
CAD). 
 Policristalina: 
- apresenta entre 99% a 100% de porção cristalina 
- não apresenta porção vítria 
- excelentes propriedades mecânicas 
- são mais opacas 
- Ex: ZIRCONÊA 
Tipo de condicionamento: 
Ácido sensível 
- Ác. fluorídrico 5 a 10% 
- Porção cristalina + matriz vítrea 
É na matriz vítrea que o ác. atua, decompõe a 
matéria vítrea e expõe as cristas formando 
microembricamento mecânico. 
 As principais cerâmicas sensíveis são: 
feldspatica ( 10% por 1 min + silano); leucita (5-10% 1 
min + silano); dissilicato (5% 20 s + silano). 
O silano gera a união da matriz vítrea com o 
cimento resinoso, ele não é utilizado em 
policristalinas. 
Acído resistentes- Não utiliza acido por não 
possuir matriz vítrea: Porção cristalina 
- Jateamento de óxido de alumínio (cria irregularidades 
- Jateamento de óxido de alumínio + óxido de sílica 
(vidro), onde a sílica é depositada nas irregularidades 
permitindo o uso do silano (sistema COJET). 
Não possui adesão micromecânica: Zircônia (Y-TZP). 
Técnica de confecção 
Condensação sobre troquel refratário 
- o modelo refratário não sofre alterações no forno 
- cerâmica (pó) com líquido aglutinador 
- forno de sinterização 
- difícil 
* coloca uma camada e sinteriza.. cada cor da uma 
característica diferente. 
 Injetadas 
- enceramento 
- revestimento refratário 
- cara perdida (derete, evapora a 900º) 
- injeção da cerâmica 
- diminui a porosidade 
- melhor distribuição dos cristais 
- melhor propriedades mecânicas 
 CAD/CAM 
- modelo convencional ou escaneamento intra oral 
-projeto de prótese no software 
- fresagem do bloco 
- melhores propriedades mecânicas 
- menos estética por ser geralmente um bloco de uma 
cor 
- cut back, melhora a estética removendo a incisal e 
aplicando cerâmica a mão. 
OBS: sempre que possívelrestringir o preparo em 
esmalte, por causa da adesão. 
Sucesso 
- seleção do sistema cerâmico 
- remanescente dental 
- correto preparo 
- moldagem adequada 
- análise criterioso do caso 
- protocolo adesivo (cimentação) 
 RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS 
- Função, estética e reabilitação. 
- Fase mais importante, onde muitas vezes vamos 
determinar a eficácia do planejamento. 
- Primeiro fator a ser analisado é o funcional 
- Limitações: financeiro, psicológico.. 
PPF 
 Planejamento 
 Preparos com finalidade protética 
 Núcleos 
 Provisório 
 Moldagens e modelos de trabalho 
 Registro e montagem do asa 
 Infra-estrutura 
 Prova de retentores, soldagem e remontagem 
 Mapeamento de cores 
 Aplicação de cerâmica 
 Ajuste funcional estético 
 Cimentação 
Devemos fazer transformação através de conhecimento 
e assim orientar o procedimento, o procedimento so 
sera correto se tiver um bom planejamento e boa 
reabilitação provisória 
Restaurações provisórias 
 Proteção pulpar e prevenção da sensibilidade 
 Proteção do dente contra carie (adaptação do 
provisório) 
 Prover conforto e função (nessa fase vemos se 
é necessário mudar a mordida, a DVO, a 
estética – adaptação). 
 Avaliar paralelismo dos preparos (realizar 
moldeira parcial vazada para analizar, corrigir 
as falhas). 
 Reposição imediata de dente falante 
 Prevenir migrações dentárias 
 Melhora estética 
 Permitir a fixação de brackets e pequenos 
movimentos ortodônticos 
 Desenvolver e avaliar um esquema oclusal 
adequado, previamente ao tratamento 
definitivo 
 Avaliar DVO, fonética e função mastigatória. 
 Estabelecer um prognóstico para dentes 
duvidosos durante tratamento reabilitador 
protético (teste) 
- o provisório de acrílico tem reação exotérmica, e não 
vai ser só a vaselina que vai proteger a polpa, precisa 
de irrigação. 
- a maioria dos cimentos são solúveis em água e saliva, 
favorecendo a infiltração de bactérias (estreptococos 
mutans) 
Valores 
- casos clínicos 
Técnica da faceta (prova) 
- dente 21 não favorável, com pino metalico 
- vaselina, pincel, acrílico, dapen 
- ver a cor, selecionar o dente 
- marcar o dente com lapiseita 
- desgastar o dente na palatina e cervical 
- adaptar o dente 
- vaselinar o dente, gengiva, pino, antagonistas 
- acrescentar resina acrílica na peça 
- posiciona a peça e preenche com resina acrílica 
- quando na fase plástica tira e coloca 
- remove a peça e realiza o acabamento/desgaste 
- não deixar com gap, sobrecontorno, supracontorno.. 
- preenche o pino/dente de acrílico, bem vaselinado 
- coloca a peça, posicionando para extravasar, para 
copiar a cervical e desgastar o que for necessário 
- polimento 
- cimentação 
- prótese com sobrecontorno, causa retração gengival 
- prepara o dente com a prótese, refinado 
- molda com alginato ou silicone 
- realiza a anatomia no molde com acrílico 
-coloca o dente na posição 
- refina e faz o provisório 
Provisório prensado: é com enceramento 
 MODELO DE ESTUDO E 
ENCERAMENTO DIAGNÓSTICO 
- molda com alginato 
- vaza o gesso 
- coloca o modelo em RC no articulador 
- faz o enceramento com resina acrílica de como você 
quer que fique em boca 
- molda o modelo encerado ( no laboratório) 
- vaza, e desgasta o modelo e coloca rezina acrílica 
para simular ele em boca 
- desgasta o dente e encaixa 
- ou molda o paciente, vaza o gesso e molda o modelo 
com silicone e coloca resina acrílica abisca direto no 
modelo de silicone e coloca no dente 
Oclusão em reabilitação oral: 
 Estabilidade oclusal 
 Posição condilar de conforto (RC para 
montagem do ASA, mas devemos respeitar a 
mordida fisiológica) 
 Guia lateral 
 Guia anterior 
 Direcionamento axial de forças 
 DVO 
 Estética 
Através da oclusão: 
 Definir a posição terapêutica (MIH, RC..) 
 Temporarização da posição terapêutica (feita 
com o provisório, se o paciente sentir dor, 
conforto..) 
 Técnicas de registro oclusal (RC, apertar do 
dois lados na área atrás do tuber irá aliviar ) 
 Considerar limitações do ASA 
CONDICIONAMENTO TECIDUAL (sem dente, 
apenas gengiva) 
-mais estético 
-pode se fazer uma concavidade na gengiva 
- fazer a epetelização 
-molda e simula no gesso a cavidade 
- marca o que vai remover de gengiva, remove 
- anatomiza com acrílico, deve ser bem polido 
- ter um apoio dos elementos do lado 
 MOLDAGENS, MODELOS E TROQUÉIS 
Capitulo 7 
- exame clinico, anamnese, complementares, 
planejamento, passagem do orçamento e tipo do 
material utilizado 
Cópin: 0,2 - 0,4 mm, é assentada no dente, onde será 
adaptada a cerâmica. Ex: metal, 
Monolítica: uma peça inteira 
Moldagem 
Conjunto de procedimentos clínicos usados 
para a reprodução negativa dos preparos dentários e 
das regiões adjacentes por meio de materiais e técnicas 
adequadas. Após a polimerização do material e a 
remoção da moldeira da boca, tem-se o molde, que é 
casamento do gesso para a obtenção do modelo de 
trabalho. 
Requisitos básicos para uma boa moldagem: 
 Material de moldagem utilizado (validade, 
qualidade, acondicionamento, manipulação, 
temperatura ambiente - pode alterar as 
propriedades, influenciam na qualidade da 
moldagem) 
 Extensão do preparo dentro do sulco 
gengival (espaço biológico, fundo de sulco, 
tempo e quantidade de fio) 
 Nitidez do término cervical (liso, polido, 
definido, da espessura correta, profundidade 
correta, deve estar exposto pq ele determina os 
degraus - negativo, positivo, gap e também o 
sucesso do preparo – quanto menor melhor 
 Saúde do tecido gengival ( não deve ter 
alterações, se o hemostático não conseguir 
segurar o sangramento não deve moldar 
Afastamento gengival para a moldagem 
 afastamento lateral do tecido (mecânico 
quimico 
 exposição da região cervical do preparo 
(profunfidade,) 
 criar espaço para o material de moldagem 
- Fio 000 próximo ao fundo de sulco, sem romper o 
epitélio juncional. 
Fio fino: afastamento em profundidade. 
Fio calibroso: afastamento lateral 
Métodos de afastamento gengival 
 Meios mecânicos 
- guta-percha 
- anéis de couro e cobre 
- grampos para diques de borracha 
- coroas provisórias com excessos 
- fios de algodão (usamos, menor trauma) 
- casquetes em resina acrílica (usamos, menor trauma) 
Químico: 
-objetivo de eliminar a iatrogênia causada pelos fios 
- Cloreto de zinco 2 a 40% 
- Alúmen 
- Acido sulfúrico diluído 
- são tão ou mais traumáticos que os mecânicos 
Químico-mecânicos: 
Fio de algodão impregnados com vasoconstritores: 
 epinefrina (8% equivale a 8 tubetes de 
anestésico, pode deixar por 8 min) 
 sulfato d e alumínio (não pode ser usado com 
silicone) 
 cloreto de alumínio (5 a 10 min) 
 sulfato férrico (não pode ser usado com 
silicone) 
- para escolher entre os dois vai depender do paciente 
Meio cirúrgico: 
-eletrocirurgia ou curetagem gengival com ponta 
diamantada 
- pode causar sequeças como necrose óssea e recessão 
gengival acentuada. 
Materiais de moldagem 
 Femagel (hidrocoloide reversível) é 
hidrofílico, pode ter contato com a umidade 
 Polissulfeto; 
 Silicone de condensação: moldagem previa 
 Alginato (hidrocoloide irreversível, não faz 
moldagem direta, só contra molde, modelo de 
estudo e captura de casquete) 
 Silicone de adição 
 Impregno (poliéter) 
Características de material de moldagem 
 Atóxico, evitando reação à mucosa 
 Ter coloração que identifique facilmente 
detalhes do molde 
 Permitir tempo de trabalhosatisfatório 
 Ter consistência adequada e ser 
suficientemente preciso para reproduzir 
detalhes de até 25um 
 Ser hidrofílico (hidrocoloide reversível e 
impregno, os outros demais são hidrofóbicos) 
 Não deforma quando removido da boca 
(hidrocoloide reversível) 
 Apresentar estabilidade dimensional diante de 
variações de umidade e temperatura 
 Não ter cheiro e gosto exagerados 
 Boa adesão à moldeira 
 Compatível com os materiais de modelos de 
gesso, revestimentos para modelos, resinas 
epóxicas, etc 
 Não apresentar distorção diante do vazamento 
do molde 
 Ser passível de desinfecção antes do 
vazamento sem que suas propriedades sejam 
alteradas. 
Hidrocoloide irreversível 
- ex: alginato 
- não faz moldagem direta 
- contramolde 
- modelo de estudo 
- captura de casquetes 
Hidrocoloide reversível 
-hidrofilico 
- aparelho (condicionador de hidrocolóide) para passar 
fase gel para a fase sol 
- sofrem sinerse, por isso vazar imediatamento 
Polissulfeto 
- mercaptanas 
- propriedades tixotrópicas 
- pasta base x pasta catalizadora + adesivo 
- consistência encontrada: leve, pesada e regular 
- odor desagradável, mancha, memória elástica 
deficiente 
- vazamento em 1 h 
Poliéter 
- bisnagas. Pasta base x pasta catalisadora + adesivo 
- excelente estabilidade dimensional (0,15% - 0,3 a 0,4 
, 24 hs) 
- estabilidade até 7dias (tempo de vazamento) 
- hidrofílico 
- trabalhar em ambiente não muito úmido, rasgam 
fácil, gosto desagradável, tempo de trabalho reduzido, 
difícil desinfectar. 
- vazar imediatamente (silicone de condensação ou 
alginato) 
- caro 
- ex: impregno 
Silicone de condensação 
-pasta densa e pesada. Base e catalizador 
- distorção e baixa resistência a rasgamento 
- vazamento imediato 
Silicone de adição 
- pasta densa e fluida. Base e catalizador 
- grande estabilidade dimensional (0,05 a 0,16 %) 
- resistência ao rasgamento, bom tempo de trabalho e 
recuperação elástica 
- vazar após 1 h até 48 h 
Moldagem sem fio afastador: 
- em prótese fixa, não precisa moldar o palato, apenas 
os flancos 
-molda o pesado, colocando um plástico para ter 
espaço para a moldagem com o fluido depois 
Moldagem com fio afastador: 
- deve afastar no mínimo 0,2mm 
- isolamento relativo 
- coloca dois fios, molda o pesado, tira o fio mais 
calibroso (afastamento lateral) e molda o fluido 
- para a remoção, colocar agua para não trazer o 
coagulo junto com o fio 
- coloca o fluido no dente, seca e molda 
Tecnica de moldagen 
- reembasamento ou dupla impressão (com fio) 
- dupla mistura ou de único tempo (com fio afastador): 
pesado e fluido ao mesmo tempo, achar a posição certa 
antes de colocar em boca 
- técnica de casquetes (sem fio afastados) 
Reembasamento ou dupla impressão 
- silicone de condensação (optasil ou zetaplus) 
- silicone de adição (3M, Elite,) 
Técnica: coloca fio mais fino, dai o mais calibroso, 
molda com o pesado, remove o calibroso, coloca o 
fluido no dente e no molde e coloca em boca. 
Dupla mistura ou de único tempo 
- silicone de condensação 
- silicone de adição (hidrofóbico) 
- hidrocolóide reversível (imediato, é hidrofílico – 
absorve água) 
Técnica: 2 fios (000 e 0) remover o 0 antes da 
moldagem, com jato de ar-agua e também se tira o 
000 em alguns casos, dai deve secar bem. 
 
Técnica dos casquetes 
Casquetes de resina acrílica com alivio interno e 
reembasamento na região cervical, promovendo 
afastamento gengival por ação mecânica, dispensa o 
fio. 
- confecciodados sobre modelos de gesso. (alivia com 
cera e coloca acrílico) 
- por meio de coroas provisórias (remove a coroa, 
coloca alginato no dappen, preenche a coroa com 
alginado e introduz no material, após presa remove a 
coroa e preenche o molde com acrílico 
- moldeira de estoque 
- moldeira individual 
- polissulfeto e poliéter 
Rembasamento 
- em resina duralay vermelha colocada na região do 
sulco 
- introduz o casquete 
- remoção dos excessos depois de polimerizado 
Desinfecção dos moldes 
- lavar em agua corrente para limpeza prévia do sangue 
e saliva 
- colocar o desinfectante em uma cuba 
- deixar o molde imerso na solução por 10 min 
- lavar o molde e secar 
- glutaraldeído a 2% e o hipoclorito de sódio a 0,5 ou a 
1,0% 
O glutaraldeído pode ser empregado para a 
desinfecção de moldes de polissulfeto e silicona; já o 
hipoclorito de sódio é indicado para alginato, 
polissulfeto, silicona, poliéter, hidrocoloide reversível 
e godiva. Para o alginato e o poliéter, recomenda-se 
que o hipoclorito de sódio seja aspergido na superfície 
do molde, que é então coberto com papel-toalha 
umedecido com o mesmo desinfetante e mantido em 
saco plástico por 10 minutos. A seguir, o molde é 
lavado em água corrente, seco e vazado 
 MODELO DE TRABALHO 
Uma cópia fiel dos dentes preparados e dos tecidos 
vizinhos, deverá facilitar ao técnico de laboratório o 
acesso à área cervical dos preparos. 
Troqueilização: individualização do modelo 
Características dos troqueis no modelo de trabalho 
- ser feito com material duro, resistente e estável 
- permitir uma reprodução precisa dos preparos, 
incluindo todas as suas margens 
- deve ser facilmente removido e inserido no modelo 
de trabalho 
- permitir que as margens do preparo sejam cortadas 
-permitir que as margens sejam demarcadas com 
grafite 
Obtenção dos troquéis 
- Com pinos metálicos 
- com moldeiras para a troquelização 
- com sistema pindex 
- traquelador a laser 
OBTENÇAO DE TROQUEIS COM SISTEMA 
PINDEX 
Após a obtenção do modelo, faz-se a remoção de toda 
região correspondente ao palato ou língua, deixando o 
modelo com forma de ferradura e com altura mínima 
de 15 mm. O plano oclusal deve ficar paralelo à base 
do aparelho, na qual serão feitos os orifícios para a 
fixação dos pinos metálicos. 
 ■ Posiciona-se a coroa que será troquelizada na 
direção do feixe de luz emitido na haste superior do 
aparelho e que corresponde à localização da broca no 
centro da base. Pressiona-se o modelo contra a base do 
aparelho, o que aciona automaticamente a broca. 
Durante esse movimento, a luz se apaga e a broca 
realiza uma perfuração com uma profundidade 
preestabelecida. No caso de troquelização de vários 
dentes, esse sistema retenções em sua base. Modelo 
removido da moldeira. possibilita que os orifícios 
fiquem paralelos 
 ■ Os orifícios devem ser limpos com jatos de ar, e os 
pinos são fixados nos orifícios com cola à base de 
cianocrilato. Todas as superfícies do gesso e dos pinos 
devem ser isoladas. As partes expostas dos pinos 
podem também ser recobertas com capas plásticas, 
denominadas separadoras, que ficarão presas à 
segunda camada de gesso que envolverá os pinos. 
Antes de vazar o gesso, as pontas dos pinos podem ser 
cobertas com uma lâmina de cera para facilitar sua 
visualização durante o seccionamento dos troquéis 
■ O vazamento da segunda camada de gesso é feito 
colocando o modelo em uma matriz pré-fabricada de 
plástico ou envolvendo o modelo com cera. O gesso 
deve cobrir toda a base do modelo e ter uma espessura 
aproximada de 10 mm 
Após a presa do gesso, o modelo é removido da matriz, 
e faz-se a individualização dos troquéis com disco ou 
serra. Para cada troquei são realizados dois cortes, um 
na face mesial e outro na distai, paralelos ou 
ligeiramente convergentes em direção à ponta do pino, 
para facilitar sua remoção (Fig. 7.34). Deve-se tomar 
cuidado durante o uso do disco ou da serra para que as 
margens do preparo não sejam danificadas.OBTENÇÃO DOS TROQUÉIS COM PINOS 
METÁLICOS 
OBTENÇÃO DOS TROQUÉIS COM MOLDEIRAS 
PARA TROQUELIZAÇÃO 
Vaza-se o molde com gesso especial. 
■ O modelo é recortado em forma de “ferradura”, 
correspondente ao formato interno da moldeira (Fig. 
7.31 A). 
■ Criam-se retenções na base do modelo. 
■ Coloca-se gesso especial dentro da moldeira até o 
nível dos braços de travamento 
■ Posiciona-se o modelo sobre o gesso vazado na 
moldeira, alinhando-o o máximo possível 
 ■ Após a presa do gesso, removem-se os. braços de 
travamento da moldeira■ Inverte-se a base da moldeira 
e faz-se pressão no seu centro, de forma a ejetar o 
modelo de gesso. As saliências do lado oposto da base 
servem para empurrar o modelo, separando-o da 
moldeira 
■ Os troquéis são serrados e individualizados. A 
presença de retenção em suas laterais permite que 
voltem para a moldeira na mesma posição, sendo 
fixados com os braços de travamento. Em seguida, a 
moldeira com o modelo é montado no ASA 
Exposição das margens 
-demarcar as margens do preparo 
- desgastar com uma fresa maxicut ou broca esférica nº 
8 o máximo de camada de gesso que está em volta do 
preparo 
 - expor as margens do preparo, desgastando o gesso 
com fresa ou cinzel reto 
- delimitar a margem do preparo com grafite fino ou 
cera colorida. 
Dar atenção a presença de substância hemostática no 
fio retrator, se ela conter enxofre, sulfato de alumínio 
ou férrico e isso irá inibir a polimerização do silicone. 
Prejudicando a moldagem. Deve se dar atenção a 
umidade também, deve ser hidrofílico. 
- Silicone de adição é o melhor material

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