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Química Ambiental

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Graduação – Química
Química do Meio Ambiente
Aluna: 
Matrícula: 
Legislação de Descarte de Resíduos e Produtos Químicos
Duque de Caxias – RJ
2012
Legislação de Descarte de Resíduos e Produtos Químicos:
O que é resíduo químico e tratamento de efluentes;
Lei para resíduos químicos;
O que a Legislação contempla sobre resíduos químicos.
Resíduos Perigosos:
“ São todos os resíduos sólidos,semissólidos e os líquidos não passiveis de tratamento convencional, resultantes das atividades industriais e do tratamento convencional de seus efluentes líquidos e gasosos que, por suas características, apresentam periculosidade efetiva e potencial a saúde humana, ao meio ambiente e ao patrimônio publico e privado, requerendo cuidados especiais quanto ao acondicionamento, coleta, transporte, armazenamento, tratamento e disposição”. Fonte: FEEMA/PRONOL DZ 1311.
Efluentes e seus tratamentos:
 Os acidentes ambientais envolvendo descarte de resíduos químicos ou de produtos químicos em vias públicas, disposição indevida sob o solo, bem como o armazenamento inadequado de produtos químicos em indústrias, galpões de armazenamento, massas falidas, terrenos baldios e instituições de ensino colocam em risco a saúde pública e ao meio ambiente.
 São inúmeros os casos atendidos por entidades públicas como Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e órgãos ambientais envolvendo o abandono de tambores, bombonas, sacos plásticos e outras embalagens em margens de rodovias e seus acessos marginais, contendo resíduos químicos perigosos. Essas ocorrências são em geral comunicadas pela população local, porém sem a identificação de seus responsáveis ou da placa dos veículos que realizou o transporte clandestino. Isso dificulta o trabalho das autoridades, na medida em que não há quem responsabilizar pelos danos acarretados e por sua remoção do local e recuperação da área impactada.
 Os resíduos químicos perigosos, tanto líquidos como sólidos ou produtos químicos descartados muitas vezes em função de roubo de carga, apresentam como principais riscos, a corrosividade, inflamabilidade, liberação de COV - compostos orgânicos voláteis, reatividade com água podendo provocar explosão, desprendimento de chamas ou de calor, formação de compostos, misturas, vapores ou gases perigosos.
 Esses resíduos, normalmente dispostos diretamente sobre o solo e em margens de córregos e represas, podem infiltrar-se no solo provocando a contaminação do meio incluindo em determinadas situações, o lençol freático. Essa situação torna-se mais grave quando os resíduos são enterrados em terrenos baldios em áreas periféricas dos grandes centros, e que somente são descobertos mediante denúncias da população ou quando são percebidos apenas os seus efeitos, como por exemplo, a redução da qualidade da água, os danos sofridos pela vegetação, ou em casos mais graves, o surgimento de doenças ou mesmo a contaminação em pessoas e animais.
 Dependendo da sua natureza química, os resíduos envolvidos causam a contaminação do ar provocando incômodos às populações circunvizinhas. Essa situação se agrava quando alguns resíduos são queimados, o que torna mais difícil a extinção do fogo por parte do corpo de bombeiros. Nesses casos há que se investigar o destino das águas utilizadas no combate ao incêndio.
 Os processos de tratamento a serem adotados, as suas formas construtivas e os materiais a serem empregados são considerados a partir dos seguintes fatores: a legislação ambiental regional; o clima; a cultura local; os custos de investimento; os custos operacionais; a quantidade e a qualidade do lodo gerado na estação de tratamento de efluentes industriais; a qualidade do efluente tratado; a segurança operacional relativa aos vazamentos de produtos químicos utilizados ou dos efluentes; explosões; geração de odor; a interação com a vizinhança; confiabilidade para atendimento à legislação ambiental; possibilidade de reuso dos efluentes tratados.
Lei Federal
Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus afins e mecanismos de formulação e aplicação e dá outras providências.
Lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 - Lei de Crimes Ambientais. Dispõe sobre as sansões penais, administrativas, derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências.
Lei Estadual
Lei nº 997, de 31 de maio de 1976 - Dispõe sobre o controle da poluição do Meio Ambiente.
Decreto Estadual
Decreto nº 8468, de 8 de setembro de 1976 - Aprova o regulamento da Lei n0 997, de 31 de maio de 1976, que dispõe sobre a prevenção e o controle da poluição do Meio Ambiente.
Leis para resíduos químicos
 Para tratar a questão dos resíduos industriais, o Brasil possui legislação e normas específicas. Pode-se citar a Constituição Brasileira em seu Artigo 225, que dispõe sobre a proteção ao meio ambiente; a Lei 6.938/81, que estabelece a Política Nacional de Meio Ambiente; a Lei 6.803/80, que dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial em áreas críticas de poluição; as resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA 257/263 e 258, que dispõem respectivamente sobre pilhas, baterias e pneumáticos e, além disso, a questão é amplamente tratada nos Capítulos 19, 20 e 21 da Agenda 21 (Rio-92). 
 Em síntese, o governo federal, através do Ministério do Meio Ambiente – MMA e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA está desenvolvendo projeto para caracterizar os resíduos industriais através de um inventário nacional, para traçar e desenvolver uma política de atuação, visando reduzir a produção e destinação inadequada de resíduos perigosos.
 Com a aprovação da Lei de Crimes Ambientais, no início de 1998, a qual estabelece pesadas sanções para os responsáveis pela disposição inadequada de resíduos, as empresas que prestam serviços na área de resíduos sentiram um certo aquecimento do mercado – houve empresa que teve aumento de 20% na demanda por serviços logo após a promulgação da lei – mas tal movimento foi de certa forma arrefecido com a emissão da Medida Provisória que ampliou o prazo para que as empresas se adeqüem à nova legislação.
 Comparando as legislações francesa e brasileira, não há grandes diferenças. Tanto a legislação brasileira quanto a européia têm os princípios da responsabilidade, que é do gerador de resíduos. Na França e no Brasil o gerador tem a responsabilidade, por exemplo, de escolher um centro de tratamento que seja adequado, legal e ambientalmente, ficando essa escolha sob a sua responsabilidade, e também de escolher um transportador que seja credenciado.
O que a Legislação contempla sobre resíduos químicos
 Todo processo industrial está caracterizado pelo uso de insumos (matérias-primas, água, energia, etc.) que, submetidos a uma transformação, dão lugar a produtos, subprodutos e resíduos.
Quando se fala em meio ambiente, no entanto, o empresário imediatamente pensa em custo adicional. Dessa maneira passam despercebidas as oportunidades de uma redução de custos. Sendo o meio ambiente um potencial de recursos ociosos ou mal aproveitados, sua inclusão no horizonte de negócios pode resultar em atividades que proporcionam lucro ou pelo menos se paguem com a poupança de energia ou de outros recursos naturais.
 Neste sentido, para proporcionar o bem-estar da população, as empresas necessitam empenhar-se na: manutenção de condições saudáveis de trabalho; segurança, treinamento e lazer para seus funcionários e familiares; contenção ou eliminação dos níveis de resíduos tóxicos, decorrentes de seu processo produtivo e do uso ou consumo de seus produtos, a não agredir o meio ambiente de forma geral; elaboração e entrega de produtos ou serviços, de acordo com as condições de qualidade e segurança desejadas pelos consumidores.
Portanto, a Contabilidade tem que estar atenta ao avanço das questões que se apresentam e incorporaras questões ecológicas e ambientais nos seus registros, nas contabilizações e nas divulgações aos usuários da informação contábil.
A Contabilidade Ambiental apresenta-se como o sistema de informações que tem como finalidade principal coletar, mensurar e evidenciar as transações ambientais, visando exercer o importante papel de veículo de comunicação entre a empresa e a sociedade.
DECRETO Nº 7.404, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010. 
Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010,
DECRETA:
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o Este Decreto estabelece normas para execução da Política Nacional de Resíduos Sólidos, de que trata a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010.
Art. 2o A Política Nacional de Resíduos Sólidos integra a Política Nacional do Meio Ambiente e articula-se com as diretrizes nacionais para o saneamento básico e com a Política Federal de Saneamento Básico, nos termos da Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, com a Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005, e com a Política Nacional de Educação Ambiental, regulada pela Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999. 
TÍTULO VII
DOS RESÍDUOS PERIGOSOS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 64. Consideram-se geradores ou operadores de resíduos perigosos empreendimentos ou atividades:
I - cujo processo produtivo gere resíduos perigosos;
II - cuja atividade envolva o comércio de produtos que possam gerar resíduos perigosos e cujo risco seja significativo a critério do órgão ambiental;
III - que prestam serviços que envolvam a operação com produtos que possam gerar resíduos perigosos e cujo risco seja significativo a critério do órgão ambiental; 
IV - que prestam serviços de coleta, transporte, transbordo, armazenamento, tratamento, destinação e disposição final de resíduos ou rejeitos perigosos; ou
V - que exercerem atividades classificadas em normas emitidas pelos órgãos do SISNAMA, SNVS ou SUASA como geradoras ou operadoras de resíduos perigosos.
Art. 65. As pessoas jurídicas que operam com resíduos perigosos, em qualquer fase do seu gerenciamento, são obrigadas a elaborar plano de gerenciamento de resíduos perigosos e submetê-lo ao órgão competente do SISNAMA e, quando couber, do SNVS e do SUASA, observadas as exigências previstas neste Decreto ou em normas técnicas específicas.
Parágrafo único. O plano de gerenciamento de resíduos perigosos poderá ser inserido no plano de gerenciamento de resíduos sólidos.
Art. 66. A instalação e o funcionamento de empreendimento ou atividade que gere ou opere com resíduos perigosos somente podem ser autorizados ou licenciados pelas autoridades competentes se o responsável comprovar, no mínimo, capacidade técnica e econômica, além de condições para prover os cuidados necessários ao gerenciamento desses resíduos. 
Parágrafo único. Para fins de comprovação de capacidade técnica e econômica prevista no caput, os referidos empreendimentos ou atividades deverão:
I - dispor de meios técnicos e operacionais adequados para o atendimento da respectiva etapa do processo de gerenciamento dos resíduos sob sua responsabilidade, observadas as normas e outros critérios estabelecidos pelo órgão ambiental competente; e
II - apresentar, quando da concessão ou renovação do licenciamento ambiental, as demonstrações financeiras do último exercício social, a certidão negativa de falência, bem como a estimativa de custos anuais para o gerenciamento dos resíduos perigosos, ficando resguardado o sigilo das informações apresentadas.
Art. 67. No licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades que operem com resíduos perigosos, o órgão licenciador do SISNAMA pode exigir a contratação de seguro de responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente ou à saúde pública, observados as regras sobre cobertura e os limites máximos de contratação estabelecidos pelo Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP. 
Parágrafo único. A aplicação do disposto no caput deverá considerar o porte e as características da empresa. 
Normas, manuais e Legislação
Normas ABNT:
NBR 10004/87 - Resíduos Sólidos.
NBR10005/87-Lixiviação de Resíduos - Procedimento.
NBR10006/87-Solubilização de Resíduos - Procedimento.
NBR10007/87-Amostragem de Resíduos - Procedimento.
NBR 10703/89 - Degradação do Solo - Terminologia.
NBR 12235/88 - Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos - Procedimento.
NBR13221/94-Transporte de Resíduos - Procedimento.
Normas CETESB:
Norma Cetesb L10.101 (1998) - Resíduos Sólidos Industriais: Método de Ensaio.
Norma Cetesb. L5.510 (1982) - Lixiviação de Resíduos Industriais: Método de Ensaio.
Norma Cetesb. 01.012 (1985) - Projeto e Operação de Aterros Industriais para Resíduos Perigosos - Procedimento.
Norma Cetesb. L6.350 - Solos: Determinação da Biodegradação de Resíduos - Método Respirométrico de Bartha - Método de Ensaio.
Norma Cetesb .L1.030- Membranas Impermeabilizantes e Resíduos - Determinação da Compatibilidade - Método de Ensaio.
Norma Cetesb. L1.022 - Utilização de Produtos Biotecnológicos para Tratamento de Efluentes Líquidos, Resíduos Sólidos e Recuperação de Locais Contaminados.
Norma Cetesb. E15.011 - Sistema de Incineração de Resíduos de Serviço de Saúde - Procedimento.
Norma Cetesb. P4.240 - Apresentação de Projetos de Aterros Sanitários.
Manuais CETESB:
Cetesb. P4.230 - Aplicação de Lodos de Sistemas de Tratamento Biológico em Áreas Agrícolas - Critérios para Projeto e Operação.
Cetesb. P4.233 - Lodos de Curtumes - Critérios para Uso em Áreas Agrícolas e Procedimentos para Apresentação de Projetos.
Conclusão
 Os resíduos químicos são substâncias que podem prejudicar os seres humanos e o meio ambiente. Todo produto químico torna-se um perigo se manuseado de maneira incorreta. O profissional inexperiente e que não siga corretamente as normas de segurança, coloca em risco seu local de trabalho e uma área que pode chegar a quilômetros de distância. 
 Explosões, vazamentos de óleo, poluição do ar, descarte de resíduos de maneira irregular, são o resultado da falta de conhecimento e a negligência que pessoas não preocupadas em respeitar a vida causam e, às vezes, tornam-se irreversíveis. Como exemplos, podemos citar o efeito estufa (Gases poluidores liberados ao ar livre) e os lençóis freáticos contaminados (Devido ao descarte de substancias radioativo, químico e contaminadas no solo ou em rios). Em alguns casos podemos até minimizar as lesões e agressões causadas ao meio ambiente, ou até mesmo recupera ló. Mas em outros, serão danos permanentes.
 A falta de conhecimento pode levar a conclusões precipitadas. Algumas irresponsabilidades no descarte de resíduos fazem com que pessoas não relacionadas a essas áreas e esses conhecimentos venham a culpar a química pelas contaminações, poluições e vazamentos de algumas indústrias. Esta ciência não é prejudicial, e sim, o método e maneira de quem usam e como usam que pode torna-la maléfica a saúde publica. É através desses estudos que transformamos a água em potável, fabricamos medicamentos, produtos de limpezas, alimentos, etc.

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