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Educação Inclusiva: Formação do Educador e Participação da Família

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COMPREENDER A NECESSIDADE DA INSTRUÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA FORMAÇÃO DO EDUCADOR
	O sistema educacional brasileiro até o inicio do século 21, abrigava dois tipos de serviços: A Escola regular e a Escola Especial, ou o aluno frequentava uma ou a outra.
Na última década, nosso sistema escolar modificou-se com a proposta inclusiva e um único tipo de escola foi adotado: a Regular, que deve acolher todos os alunos, apresentar meios e recursos adequados e oferecer apoio àqueles que encontram barreiras para a aprendizagem.
A implantação da educação inclusiva tem encontrado limites e dificuldades, em virtude da falta de formação dos professores das classes regulares para atender às necessidades educacionais especiais, além da precariedade da infraestrutura e de condições materiais para o trabalho pedagógico junto a crianças com deficiência. O que se tem colocado em discussão, principalmente, é a ausência de formação dos educadores para trabalhar com essa clientela, e isso certamente se constitui em um sério problema na implantação de políticas desse tipo.
Atualmente, também encontramos muitos professores que temem receber em suas salas de aula alunos com necessidades educacionais especiais, eles dizem não estar preparados para atuar em salas tão heterogêneas. Espera-se que é fundamental que eles tenham uma atitude mais ativa com relação às situações que vivenciam no contexto escolar, especialmente quando são responsáveis por atuar junto a crianças que apresentam necessidades especiais. Sabemos que a boa vontade dos professores e sua preparação são condições necessárias, mas não suficientes para garantir uma escola inclusiva.
Rodrigues (2003) afirma que a formação deficiente dos professores traz sérias consequências à efetivação do princípio inclusivo, pois este pressupõe custos e rearranjos posteriores que poderiam ser evitados. Vale destacar, porém, que a formação docente não pode restringir-se à participação em cursos eventuais, mas sim, precisa abranger necessariamente programas de capacitação, supervisão e avaliação que sejam realizados de forma integrada e permanente. A formação implica um processo contínuo, o qual precisa ir além da presença de professores em cursos que visem mudar sua ação no processo ensino aprendizagem. O professor precisa ser ajudado a refletir sobre a sua prática, para que compreenda suas crenças em relação ao processo e se torne um pesquisador de sua ação, buscando aprimorar o ensino oferecido em sala de aula.
Verifica-se a necessidade da formação permanente do professor, assim como do trabalho em equipe nas escolas, onde os professores possam juntos, desenvolverem recursos compartilhados que implicarão na melhoria do processo de ensino-aprendizagem de todos os alunos. Para se ter uma educação verdadeiramente inclusiva, que atenda a necessidades de todos os alunos com qualidade, o professor deve estar habilitado para trabalhar e entender as especificidades de cada aluno, pois só assim poderão atuar de forma competente junto aos alunos, fazendo com que o processo de ensino aprendizagem ocorra de forma significativa. 
Pensar em uma prática pedagógica inclusiva, dentro da escola regular implica em ensinar crianças com deficiência juntamente com as demais crianças das classes comuns. Esse é um dos grandes desafios da inclusão: o tratamento igualitário de direitos à educação, valorizando a diversidade e incentivando a participação de cada indivíduo de acordo com suas especificidades. 
REFERENCIAS 
________. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9394/96.
1996. 
________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: SEESP, 1994.
RODRIGUES, D. (2003) “Educação Inclusiva: as boas e as más notícias”, in:
David Rodrigues (Org.) “Perspectivas sobre a Inclusão; da Educação à”.
“Sociedade”, Porto Editora, Porto. 
ESTIMULAR A PARTICIPAÇÃO DA FAMILIA E DA COMUNIDADE
Historicamente sabe-se, que a família tem se encontrado, numa posição de dependência de profissionais em diferentes áreas do conhecimento, no sentido de receberem orientações de como proceder em relação às necessidades especiais de seus filhos. É muito comum ver famílias se movimentando, em busca de atendimento ou mesmo frequentando serviços diferentes, sem ter noção do que é que estão fazendo. 
 É importante que a família construa conhecimentos sobre as necessidades especiais de seus filhos, bem como desenvolva competências de gerenciamento do conjunto dessas necessidades e potencialidades, aceitar qual limitação o seu filho tem só assim poderá colaborar no desenvolvimento educacional do seu filho.
A família precisa construir padrões cooperativos e coletivos de enfrentamento dos sentimentos, de análise das necessidades de cada membro e do grupo como um todo, de tomada de decisões, de busca dos recursos e serviços que entende necessários para seu bem estar e uma vida de boa qualidade.
Para Emilio Figueira é importante à participação dos pais no acompanhamento do tratamento e no processo educacional de seu filho, ele ainda acentua: “A integração entre pais e profissionais é fundamental porque ninguém, além deles, conhece melhor o seu filho”. São os pais que convivem 24 horas por dia e aglomeram informações valiosas para o aperfeiçoamento do processo. Esta colaboração traduz-se num incentivo muito grande aos profissionais, estimulando-os a lidar com estas crianças. Este entrosamento é primordial para que ambas as partes (pais e profissionais) encontrem a melhor maneira de tratamento para a educação criança. Esta por sua vez observando a união entre eles vai sentir melhor e terá maior confiança naqueles profissionais que a assistem.
A participação da comunidade nas ações da escola torna-se algo de pertinente relevância, pois a escola reflete várias dimensões a cerca do que ocorre fora de seus muros, dessa forma não há como não haver uma relação entre as instituições educacionais e a comunidade onde as mesmas estão inseridas. Diferentemente do passado, onde a escola se fazia autônoma no que diz respeito aos processos educacionais, hoje em dia fica difícil conduzir as práticas pedagógicas sem o apoio e a participação de todos que formam um meio social específico.
É importante que a comunidade tenha a noção da importância de seu papel na educação. É preciso deixar de lado as velhas convicções de que os processos educativos são dever somente da escola e que esta deve desempenhá-los sozinha e sem uma participação mais ampla.
Concluindo, para que o processo de inclusão escolar de uma criança com deficiência realmente dê certo, será fundamental a participação plena da família junto aos professores e toda a comunidade escolar. A Escola Inclusiva envolve a participação da família e da comunidade, as quais podem contribuir para fortalecer e multiplicar as ações inclusivas. Isto prova mais uma vez que professores e diretores não podem promover a inclusão de uma criança com necessidades educacionais especiais sozinhos. Para esse sucesso, é de fundamental importância o envolvimento de todos.
REFERENCIAS 
Educação inclusiva: v. 4: a família / coordenação geral SEESP/MEC; organização Maria Salete Fábio Aranha. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2004.17 p.
Professor Emilio – Disponível em: www.livrariaemiliofigueira.com
Acesso em: 16/09/2016
Professor Emilio – Disponível em: www.emiliofigueira.com.br
Acesso em: 16/09/2016

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