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Ciência Forense

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Ciência Forense: Impressões Digitais
Introdução 
Desde os tempos remotos historicamente se tem várias evidências do interesse humano em impressões digitais. Há registro de desenho que mostra uma mão com uma digital em espiral que datam da pré-história. 
Os métodos de identificação humana foram evoluindo ao longo do tempo. Alguns povos por exemplo usavam os padrões de impressões digitais visando a determinação de propriedades sobre animais, escravos, documentos e objetos pessoais, os primeiros processos preocupavam-se muito mais com a identificação civil do que com a criminal e só posteriormente é que o homem sentiu necessidade de identificar pessoas nocivas à sociedade.
Nos dias de hoje existem vários métodos de identificação humana e o mais comum entre eles é a impressão digital. 
Ciência Forense
A ciência forense é uma área que integra várias disciplinas como química, biologia, física e várias outras ciências. O objetivo dessa área é dar suporte às investigações Criminais. Pois é através dela que muitos crimes são solucionados e consequentemente muitas sentenças definidas.
Mas diferente da ficção, na vida real, em investigações criminais, o foco principal dos profissionais forense é confirmar a autoria ou descartar o envolvimento do(s) suspeito(s). E a ciência forense faz uso de técnicas analíticas para identificar a possível autoria de um crime. As técnicas empregadas permitem que seja possível identificar, com relativa precisão, se uma pessoa, por exemplo, esteve ou não na cena do crime através da revelação das impressões digitais, da identificação do sangue, da saliva, de resquícios de pele ou do fio de cabelo encontrado no local do crime nas roupas da vítima ou do suspeito.
Essa área é composta por vários métodos que auxiliam os peritos na resolução dos crimes. Dentre alguns métodos se tem a Datiloscopia Criminal que faz uso de técnicas analíticas para a detecção de Impressões Digitais, como a Técnica do Pó, Técnica do nitrato de prata, técnica do Vapor de iodo e técnica da Ninidrina. 
Impressões digitais
Dermatoglifia
A dermatoglifia é o nome dado ao estudo científico das impressões digitais, em quanto a Datiloscopia é o processo de identificação através das impressões digitais.
O método dermatoglífico permite obter informações a respeito do potencial genético do indivíduo através de análise de impressões digitais (ID), dos desenhos existentes nas pontas dos dedos, nas palmas, nos dedos do pé, e nas plantas dos pés.
Estudo da dermatoglifia é realizado com três tipos de desenhos encontrados nas digitais dos dez dedos do indivíduo: arco, presilha interna, presilha externa e verticilo.
Datiloscopia
Através da técnica de Datiloscopia é possível definir quem esteve na cena do crime e o possível autor do mesmo, isso porque, fazendo um exame datiloscópico é possível afirmar quem teve contato com o objeto do crime e através dessa afirmação, confirmar ou negar a participação de um suspeito .
A datiloscopia se baseia em alguns princípios fundamentais, os quais estão relacionados com a identificação humana. O princípio da perenidade, descoberto em 1883 pelo anatomista holandês Arthur Kollman, diz que os desenhos datiloscópicos em cada ser humano já estão definitivamente formados ainda dentro da barriga da mãe, a partir do sexto mês de gestação.
 O princípio da imutabilidade, por sua vez, diz que este desenho formado não se altera ao longo dos anos, salvo algumas alterações que podem ocorrer devido a agentes externos, como queimaduras, cortes ou doenças de pele, como a lepra. 
Já o princípio da variabilidade garante que os desenhos das digitais são diferentes, tanto entre pessoas como entre os dedos do mesmo indivíduo, sendo que jamais serão encontrados dois dedos com desenhos idênticos. 
Também há o princípio da classificabilidade, o qual indica o potencial de uso dos desenhos das digitais na identificação humana. Como é praticamente impossível existir duas pessoas com a mesma digital, e também pelo fato da existência de um reduzido número de tipos fundamentais de desenhos, é possível, via de regra, classificar uma impressão digital. 
Emiliano Chemello também destaca o princípio da praticidade, pois obter impressões digitais é um procedimento relativamente simples, rápido e de baixo custo quando comparado aos outros métodos. 
Técnicas para revelação de digitais 
Os responsáveis por colher as impressões digitais são os datiloscopistas, exigido deles muita calma, experiência e cuidado. A perícia, quando entra na cena de um crime, observa vários aspectos. No que diz respeito ao assunto do artigo, a observação de objetos deslocados da sua posição original pode revelar vestígios papilares nos objetos que apresentam superfície lisa ou polida. A estes vestígios se dá o nome de Impressões Papilares Latentes, doravante IPL, que podem confirmar ou descartar a dúvida de quem estava na cena do crime.
 Há basicamente dois tipos de IPL: as visíveis e as ocultas. As visíveis podem ser observadas se a mão que as formou estava suja de tinta ou sangue. Já as ocultas são resultantes de vestígios de suor que o dedo deixou em um determinado local. Aliado ao fato de que, quando a pessoa está fazendo um ato ilícito, via de regra, a transpiração aumenta, transformar estas IPL ocultas em visíveis acaba sendo um processo de grande importância nas investigações. 
O quadro 1 traz as substâncias inorgânicas e orgânicas presentes no suor e nas glândulas excretadas pelo ser humano. 
Para a visualização das IPL ocultas existem várias técnicas utilizadas, sendo as mais comuns a Técnica do Pó, do Vapor de Iodo, do Nitrato de Prata e da Ninidrina. (CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2010 p. 14) 
Técnica do Pó
Sendo a mais utilizada entre os peritos, a técnica do pó nasceu juntamente com a observação das impressões digitais, é usada quando as impressões localizam-se em superfícies que possibilitam o decalque da impressão, ou seja, superfícies lisas, não rugosas e não adsorventes. Quando a impressão digital é recente, a água é o principal composto no qual as partículas de pó aderem. À medida que o tempo passa, os compostos oleosos, gordurosos ou sebáceos são os mais importantes. Esta interação entre os compostos da impressão e o pó é de caráter elétrico, tipicamente forças de van der Waals e ligações de hidrogênio.
Técnica do Iodo
O iodo tem como característica a sublimação, ou seja, passagem do estado sólido diretamente para o estado vapor. Para esta mudança de estado, o iodo precisa absorver calor. Este calor pode ser, por exemplo, o do ar que expiramos ou até mesmo o calor de nossas mãos direcionado sobre os cristais. Seu vapor tem coloração acastanhada e, quando em contato com a impressão, forma um produto de coloração marrom amarelada. O vapor interage com a impressão através de uma adsorção física, não havendo reação química. Uma vantagem que esta técnica tem em relação às demais, como a do pó, é que ela pode ser utilizada antes de outras.
Ao trabalhar com o iodo é necessário seguir algumas recomendações: usar luvas, roupas limpas que cubram todo o corpo e óculos de proteção como forma de proteger a sua pele e seus olhos, e tomar cuidado quanto à inalação, pois o vapor de iodo é bastante irritante.
Técnica do nitrato de prata
O Nitrato de Prata reage com cloretos de secreções da pele, com um resultado da revelação de cor acinzentada quando exposto à luz. Após a revelação, a impressão deve ser fotografada imediatamente, pois muito frequentemente a reação acaba preenchendo a região vazia entre as cristas papilares, e assim forma-se um borrão. Indicada para superfícies porosas, plásticos e madeira não envernizada. Se utilizada com outros reagentes devem ser empregada após aplicação do iodo e da Ninidrina. Seu resultado também é inócuo em artigos que tiverem sido expostos à água.
Técnica da Ninidrina
A Ninidrina reage com aminoácidos para produzir um produto de reação com coloração roxa. Indicado para superfícies porosas, o tempo de revelação médio é de 10 dias,podendo ser acelerado com aplicação de calor e umidade. Se utilizada em conjunto com outras substâncias químicas, deve ser empregada depois do iodo e antes do nitrato de prata. Muito utilizada pelas polícias técnico-científicas, seu resultado é inócuo em artigos que tiverem sido expostos à água.
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Caso de resolução de crimes com uso as imprensão digital

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