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História da Microbiologia Primeiros microrganismos foram observados em 1673. Antes da invenção do microscópio, os microrganismos eram desconhecidos dos cientistas. Centenas de pessoas morriam e as causas desconhecidas Comidas estragadas provocavam a morte de famílias inteiras 1665 Robert Hooke registrou que as coisas vivas eram compostas de pequenas caixas ou células. 1858 Rudolf Virchow disse que as células se originavam de células pré- existentes Teoria Celular: Todos os seres vivos são compostos de células e se originam de células pré-existentes 1673-1723 Antoni van Leeuwenhoek descreveu microrganismos vivos em material de dentes, água da chuva. Ampliação: 300X A hipótese de que organismos vivos se originam de matéria não viva, foi a base da geração espontânea. De acordo com a geração espontânea, uma força vital formava a vida. A hipótese alternativa, de que organismos vivos crescem a partir de uma vida pré existente, é chamada Biogênese. Experimento de Redi Quando a carne fica exposta em um frasco aberto, as moscas colocam os ovos sobre ela e os ovos se transformam em larvas. Num frasco fechado, no entanto, nenhuma larva aparece. Se o frasco é coberto com gaze, as larvas eclodem dos ovos depositados sobre a gaze, mas ainda assim nenhuma larva aparece na carne. Pasteur e o fim da Teoria da Abiogênese Frasco em forma de S de Pasteur mantinha o meio sem contato com os microrganismos (refutou a teoria da geração espontânea). A Idade de Ouro da Microbiologia 1857-1914: rápidos avanços liderados por Pasteur e Koch levaram a considerar a MICROBIOLOGIA, como ciência. Começando com o trabalho de Pasteur, descobertas incluindo a relação entre microrganismos e doenças, imunidade e drogas antimicrobianas. Pasteur demonstrou que a contaminação bacteriana poderia ser eliminada pelo calor, não evaporando o álcool do vinho. A aplicação de altas temperaturas por um curto período de tempo é chamada de pasteurização. Pesquisas de Pasteur demonstram que: 1. Microrganismos podem estar presentes em matérias não vivas, sobre sólidos, dentro de líquidos e no ar. 2. Pasteurdemonstrouqueosmicrorganismossãoresponsáveis pelafermentação 3. Vida microbiana pode ser destruída pelo calor 1859: descartou teoria da geração espontânea, lançando a idéia de que organismos vivos (micróbios) são a causa de doença. 1881: vacina contra antrax 1885: vacina contra raiva A teoria do Germe da Doença Teoria do germe: conceito difícil para pessoas aceitarem, por que (durante séculos) se acreditava que a doença era uma punição para crimes ou pecados individuais. Habitantes de uma vila inteira ficavam doentes, o culpado era os odores fétidos dos detritos ou os vapores venenosos dos pântanos. 1876: Robert Koch demonstrou que bactéria causava a doença antrax através de etapas experimentais. Postulados de Koch foram utilizados para provar que um microrganismo específico pode causar uma doença específica. •1860s: Joseph Lister utilizou um desinfetante químico para prevenir infecções cirúrgicas depois de observar o trabalho de Pasteur que mostrava que os microrganismos estavam no ar, podendo deteriorar alimentos e causar doenças nos animais. ROBERT KOCH (1843-1910) 1876 Isolou, em Berlim, o bacilo que causa antrax 1882 Descobriu Mycobacterium. tuberculosis (bacilo de Koch) 1883 Descobriu Vibrio cholerae 1890 Postulados de Koch Nascimento da Quimioterapia Após ter sido estabelecida a relação entre os microrganismos e as doenças, médicos focalizaram suas pesquisas para as substâncias que poderiam destruir os microrganismos patogênicos. Agentes quimioterápicos são utilizados para tratar doenças infecciosas: drogas sintéticas ou antibióticos. Antibióticos são químicos produzidos por bactérias e fungos que inibem ou matam outros microrganismos. 1928:Alexander Fleming descobriu o primeiro antibiótico Ele observou que o fungo Penicillium produzia uma substância que inibiu o crescimento do Staphylococcus aureu. 1940s: Penicilina foi testada clinicamente e produzida em massa Bactérias foram uma vez classificadas como plantas, e desde então se utiliza o termo flora para estes microrganismos. Este termo tem sido substituído por Microbiota. Microbiota normal Microrganismos normalmente presentes no corpo humano Residente Microrganismos que são encontrados com determinada regularidade em determinada idade e área, quando perturbada, recompõem-se com facilidade. Transiente Consiste em microrganismos não patogênicos ou potencialmente patogênicos que permanecem na pele ou mucosa por horas, dias ou semanas provenientes do meio externo, não se estabelecendo permanentemente. Previne o crescimento de patógenos. Produz fatores de crescimento como o ácido fólico e a vitamina K. Resistência é a habilidade do corpo em reagir contra as táticas ofensivas de um dado microrganismo. Fatores de resistência incluem a barreira da pele, membranas mucosas, ácido estomacal, químicos antimicrobianos (lisoenzima e interferon). Benefícios Desvantagens (Do ponto de vista de doença humana) Sintetiza e excreta substâncias que são absorvidas pelo hospedeiro (ex: Vitamina K, Vitamina B12, e ácido lático) Muitos microrganismos que compõem a microbiota normal são oportunísticos. Compete com patógenos por nutrientes ou sítios de adesão Podem causar infecções, principalmente em pacientes debilitados! Antagonismo com patógenos pela produção de bacteriostáticos/bactericidas (ácidos graxos, peroxidases) Estímulo do desenvolvimento de certos tecidos Estimula a produção de anticorpos Pele Região Principais Espécies Observações Pele Propionibacterium acnes, Staphylococcus epidermidis, S. aureus, Corynebacterium xerosis, Pityrosporum spp. e Candida spp. (fungos) Ação das glândulas sudoríparas e sebáceas impede a colonização Olhos (conjuntiva) S. epidermidis, S. aureus, difteróides Obs.: vários são agentes oportunistas Cavidade Oral Região Principais Espécies Observações Boca Várias espécies de Streptococcus, Lactobacillus, Actinomyces, Bacterioides, Fusobacterium, Treponema, Corynebacterium, Candida Umidade, temperatura e alimentos favorecem o crescimento dos microrganismos. Trato Respiratório Região Principais Espécies Observações Nariz e Garganta S. aureus, S. apidermidise difteróides aeróbios no nariz; Streptococcus pneumoniae, Haemophiluse Neisseriana garganta. A patogenicidade de alguns membros é controlada por fatores do hospedeiro Trato Geniturinário Região Principais Espécies Observações Trato Urogenital S. epidermidis, micrococos aeróbios, Enterococos, Lactobacillus, difteróides aeróbios, Pseudomonas, Klebsiella, proteus (na uretra); Lactobacillus, difteróides aeróbios, Streptococcus, Staphylococcus, Clostridium, Candida(na vagina) A uretra inferior é normalmente colonizada Intestino Grosso Região Principais Espécies Observações Intestino Grosso Bacterioides, Fusobacterium, Lactobacillus, Enterococcus, Bifidobacterium, Escherichia coli, Enterobacter, Citrobacter, Proteus, Klebsiella, Shigella, Candida Maior número de bactérias no corpo (1014/g fezes)
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