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As diferenças de luminosidade no desenvolvimento de germinação final

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Influência da diferença de luminosidade na germinação das sementes de Cucumis melo L.
Universidade do Estado do Amazonas
Licenciatura em Ciências Biológicas
Fisiologia Vegetal
Docente: Drª Maria Astrid Rocha Liberato
Discente: Pâmella Moraes
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1. Introdução
Fonte: HF Brasil
Figura 1. Melão amarelo (Cucumis melo L.)
O melão (Cucumis melo L.) é o fruto de uma olerícola / hortaliça pertencente à família Cucurbitaceae. 
Originário da região central da Ásia e da África.
O meloeiro é uma planta herbácea e rasteira, que pode crescer de 1 a 3 m de comprimento, de ciclo curto e monoica.
Alto valor comercial.
É exigente em clima, sendo que a faixa ótima se encontra entre 25 e 32 ºC
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2. Objetivos
2.1 Geral
Analisar a influência da luz no processo germinativo do melão amarelo (Cucumis melo L.)
2.2 Específicos 
Observar o tempo inicial e tempo médio da germinação de cada tratamento. 
O índice de velocidade de germinação em cada tratamento 
O percentual de sementes germinadas em cada tratamento.
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3. Material e Métodos 
Local: Zona Sul da Cidade de Manaus;
Material: 100 sementes da espécie Cucumis melo L.
Métodos: 
2 tratamentos (com luz e sem luz). Compostos por 2 repetições com 25 sementes cada;
Antes da semeadura, foi realizado a assepsia das sementes com hipoclorito de sódio, por 5 minutos;
Depois, plantadas com adubos em sementeiras.
Figura 2. Assepsia das sementes de melão
Figura 3. Sementeiras montadas
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4. Análise dos dados 
Experimento: Influência da luz e da sua ausência.
Data da semeadura: 02.11.2023.
Registro das observações: maioria feita de 3 em 3 dias.
	 
Data	Dias após a semeadura	 No sementes germinadas				 
Obs.
			Tratamento
Claro		Tratamento
Escuro		
			R1	R2	R1	R2	
	04.11.23	2	3	8	2	3	 Sementes começaram a germinar
	07.12.23	5	7	11	7	13	 
	10.01.23	8	13	12	10	15	
	13.11.23	11	15	14	14	16	Sementes param de germinar 
	16.11.23	14	16	14	16	16	Sementes param de germinar
	19.11.23	17	16	15	18	16	Sementes param de germinar
	22.11.23	20	16	15	18	16	
	25.11.23	23	17	15	18	16	 Sementes param de germinar
	28.11.23	26	17	15	18	16	 
	01.12.23	29	17	15	18	16	 
	02.12.23	30	17	15	18	16	 
Tabela 1. Tabela de Acompanhamento da Germinação 
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Cálculos
a – Índice de velocidade de germinação (IVG): 
b – Tempo médio ( t )
c- Porcentagem de germinação (G):
5. Resultados
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	Dias após a semeadura (r1)	No de plântulas na repetição	No de plântulas emergidas no dia	IVG
	2	3	3	3/2=1,5
	5	7	(7-3)= 4	4/5= 0,8
	8	13	(13-7)= 6	6/8= 0,75
	11	15	(15-13)=2	7/11= 0,6
	14	16	(16-15)=1	1/14=0,07
	17	16	(16-16)=0	0/17=0
	20	16	(16-16)=0	0/20=0
	23	17	(17-16)=-1	1/23=0,04
	26	17	(17-17)=0	0/26=0
	29	17	(17-17)=0	0/29=0
	30	17	(17-17)=0	0/30=0
(a) – Índice de velocidade de germinação (IVG) R1 e R2 (Luz).
(IVG = n1 /d1 + n2 / d2 ... + nn / dn)
	Dias após a semeadura (r2)	No de plântulas na repetição	No de plântulas emergidas no dia	IVG
	2	8	8	8/2= 4
	5	11	(11-8)=3	3/5= 0,6
	8	12	(12-11)= 2	2/8=0,25
	11	14	(14-12)=2	2/11=0,2
	14	14	(14-14)=0	0/14=0
	17	15	(15-14)=1	1/17=0,05
	20	15	 (15-15)=0	0/20=0
	23	15	 (15-15)=0	0/23=0
	26	15	 (15-15)=0	0/26=0
	29	15	 (15-15)=0	0/29=0
	30	15	 (15-15)=0	0/30=0
Total = 3,76
Total = 5,10
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	Dias após a semeadura (r1)	No de plântulas na repetição	No de plântulas emergidas no dia	IVG
	2	2	2	2/2=1
	5	7	(7-2)=5	5/5=1
	8	10	(10-7)= 3	3/8=0,4
	11	14	(14-10)=4	4/11=0,4
	14	16	(16-14)=2	2/14=0,1
	17	18	(18-16)=2	2/17=0
	20	18	(18-18)=0	0/20=0
	23	18	(18-18)=0	0/23=0
	26	18	(18-18)=0	0/26=0
	29	18	(18-18)=0	0/29=0
	30	18	(18-18)=0	0/30=0
8
(a) – Índice de velocidade de germinação (IVG) R1 e R2 (Escuro).
(IVG = n1 /d1 + n2 / d2 ... + nn / dn)
	Dias após a semeadura (r2)	No de plântulas na repetição	No de plântulas emergidas no dia	IVG
	2	3	3	3/2=1,5
	5	13	(13-3)=10	10/5= 2
	8	15	(15-13)= 2	2/8=0,25
	11	16	(16-15)=1	1/11=0,6
	14	16	(16-16)= 0	0/14=0
	17	16	(16-16)= 0	0/17=0
	20	16	(16-16)= 0	0/20=0
	23	16	(16-16)= 0	0/23=0
	26	16	(16-16)= 0	0/26=0
	29	16	(16-16)= 0	0/29=0
	30	16	(16-16)= 0	0/30= 0
Total = 2,9
Total = 4,43
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(b) – Tempo médio (t) – Somatória da R1 e R2 (Luz).
(t = ∑ni . ti / T)
	Dias após a semeadura (R1)
	3x2=6
	4x5=20
	6x8= 48
	2x11=22
	1x14=14
	0x17=0
	0x20=0
	1x23=23
	0x26=0
	0x29=0
	0x30=0
	SOMATÓRIA= 133
	(t)=133/30=4,5
	Dias após a semeadura(R2)
	8x2=16
	3x5=15
	2x8=16
	2x11=22
	0x14=0
	1x17=17
	0x20=0
	0x23=0
	0x26= 0
	0x29=0
	0x30=0
	SOMATÓRIA= 86
	(t)=86/30=2,9
O tempo médio do tratamento com luz é de 3,7 dias 
9
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(b) – Tempo médio (t) – Somatória da R1 e R2 (SEM Luz). 
(t = ∑ni . ti / T)
	Dias após a semeadura (R1)
	2x2=4
	5x5=25
	3x8=24
	4x11=44
	2x14=28
	2x17=34
	0x20=0
	0x23=0
	0x26=0
	0x29=0
	0x30=0
	SOMATÓRIA= 159
	(t)=159/30= 5,3
	Dias após a semeadura (R2)
	3x2=6
	10x5=50
	2x8=16
	1x11=11
	 0x14=0
	0x17=0
	0x20=0
	0x23=0
	0x26=0
	0x29=0
	 0x30=0
	SOMATÓRIA= 83
	(t)=83/30=2,8
O tempo médio do tratamento com luz é de 4 dias 
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(c) – Porcentagem de germinação (G): 
	Tratamento com Luz 
R1:
25 sementes semeadas	100
17 sementes germinadas	G
G= 17 x 100 / 25
G= 68 %
 
R2:
25 sementes semeadas	100
15 sementes germinadas	G
G= 15 x 100 / 25
G= 60%
	Tratamento sem Luz
R1:
25 sementes semeadas	100
25 sementes germinadas	G
G= 16 x 100 / 25
G= 64%
 
R2:
25 sementes semeadas	100
18 sementes germinadas	G
G= 18 x 100 / 25
G= 72%
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Tempo de germinação: 2º dia após a semeadura
Tipo de germinação: Epígea – Fanerocotiledonar
Figura 4. Início da germinação
Figura 5. meio da germinação
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5. Discussão
A luz é um fator ambiental que influencia a germinação de sementes de diversas espécies vegetais, podendo estimular, inibir ou não afetar esse processo. 
Um desses estudos foi realizado por Oliveira et al. (2009) que compararam o efeito da luz e do substrato na germinação de sementes de melão dos tipos amarelo, pele-de-sapo e rendilhado. Utilizaram três substratos (papel toalha, areia e vermiculita) e duas condições de luz (escuro contínuo e fotoperíodo de 12 horas). 
Verificaram que as sementes dos três tipos germinaram em todos os substratos e condições de luz testados, mas houve diferenças na porcentagem e na velocidade de germinação.
Os autores sugeriram que as sementes de melão são indiferentes à luz para germinar, mas que a luz pode favorecer o processo e tendo como base esse estudo, pode-se observar essa mesma indiferença no experimento realizado neste trabalho.
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6. Conclusão
Com base no experimento realizado, conclui-se que em ambos os tratamentos houve germinação. Tendo após os 30 dias de observações, a germinação de 32 plântulas nas repetições R1 (68%) e R2 (60%) – Luz e 34 plântulas R1 (64%) e R2 (72%) – Sem luz. 
O tempo médio de germinação nos tratamentos foi de 3,7 dias para as COM luz e 4 dias para as SEM luz.
Os IVG obtidos foi em R1: 3,76 e R2: 5,10 no tratamento de luz, e R1:2,9 e R2: 4,43 no tratamento sem luz. Demonstrando, assim, que em ambos os tratamentos ocorreu a germinação, porém com velocidades diferentes e sendo considerada mais rápida no tratamento com luz. 
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7. Considerações Finais
Com base na discussão feita e no experimento realizado com as sementes de Cucumis melo L. pode-se afirmar que a luz não é um fator essencial para a germinação de sementes de melão, mas que pode influenciar positivamente a porcentagem e a velocidade de germinação. 
Além de que para que elas se mantenham em condições favoráveis de crescimento é necessário a presença da luz. 
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8. Referências Bibliográficas 
BOAS, E.V.B.V.; CHITARRA, A.B.; MENEZES, J.B. Modificações dos componentes de parede celular do melão Orange Flesh submetido a tratamento pós-colheita com cálcio. Brazilian Archives of and Tecnology, v.41, n.4, p.467-74, 1998. 
 
BRANDÃO FILHO, J. U. T.; VASCONCELLOS, M. A. S. A cultura do meloeiro. GOTO, R.; TIVELLI, SW Produção de hortaliças em ambiente protegido: condições subtropicais. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, p. 161-194, 1998.
 
BRITO, E. S. Avaliação da capacidadeantioxidante de variedades de melão (Cucumis melo L.) comercializadas no Brasil e determinação do teor de glutationa reduzida (GSH). 2017. 130 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, 2017. 
 
DE OLIVEIRA CHARLO, Hamilton César et al. Desempenho de híbridos de melão-rendilhado cultivados em substrato. Científica, v. 37, n. 1, p. 16-21, 2009.
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