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caso 3

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Caso Concreto 3 Descrição APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E 
PRÁTICA Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e 
fundamentada, às questões formuladas: Caso concreto. 
ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo de um veículo 
automotor, procura seu amigo LAURO e o solicita que mantenha o carro 
guardado em sua casa por um tempo. LAURO aceita a incumbência e age 
conforme o combinado, unicamente com a intenção de ajudar ARNALDO. 
Contudo, a autoria do roubo é descoberta, pois a Polícia Civil consegue 
recuperar o veículo que ainda estava com LAURO. Dos fatos, ARNALDO e 
LAURO são denunciados em processo-crime pelo delito de roubo, sendo 
LAURO, considerado partícipe do delito. Ante o exposto, com base nos estudos 
realizados sobre os delitos contra o Patrimônio e Administração Pública, 
responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma 
objetiva e fundamentada. 
A capitulação da conduta de lauro está equivocada, pois ele não não participou 
do crime de roubou, ou seja, não induziu, tampouco instigou ou prestou auxilio. 
A sua conduta está corretamente tipificada no artigo 349 do Código Penal, 
crime nomeado como Favorecimento Real. Lauro, ao manter o carro guardado 
em casa, sabendo que este é fruto de roubo, prestou um auxílio destinado a 
tornar seguro o proveito do crime, conduta esta tipifica no referido dispositivo 
penal. 
 
b) O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a 
conduta de LAURO? 
O caso é controvertido, havendo grandes embates na doutrina para definir se 
aquele que prestou favorecimento real a crime cometido por menor de 18 anos, 
continuaria ou não sendo julgado por tal dispositivo. Tendo em vista que a 
literalidade do artigo diz “torna seguro o proveito de crime”, e por isso algumas 
doutrinas afirma que não há crime de favorecimento real, quando o favorecido 
comete ato infracionário, ao invés de crime, ou seja, quando é menor de 18 
anos. Entretanto, a doutrina dominante afirma que o autor continuará 
respondendo por favorecimento real, ainda que o favorecido tenha cometido 
ato infracionário, entende que isso não obsta a consumação do crime, pois o 
autor agiu com dolo. 
Questão objetiva. Xisto, Vereador de um determinado município do Estado de 
Sergipe, com o escopo de vingar-se do seu desafeto Tácito, também Vereador 
do mesmo município, faz uma denúncia escrita de crime eleitoral perante a 
Autoridade Policial contra Tácito, sabendo da inocência deste, apresentando-se 
como Moisés para não ser identificado. O Inquérito Policial é instaurado pela 
Autoridade Policial. Neste caso Xisto cometeu crime de a) denunciação 
caluniosa com pena de 2 a 8 anos, aumentada de um terço. b) comunicação 
falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, aumentada de 
um terço. c) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos e multa, 
aumentada da sexta parte. d) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 
meses de detenção e multa, sem qualquer majoração. e) denunciação 
caluniosa, com pena de 2 a 8 anos, sem qualquer majoração. 
 
R:C

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