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Rota 66 A história da polícia que mata Caco Barcellos • Currículo do autor • Histórico e carreira • Prêmios Prêmio Vladimir Herzog, 2003 e 2008 Prêmio Jabuti, 1993 e 2003 • Obras Nicarágua – A Revolução das crianças, 1982 O Abusado, 2003 Principais reportagens • Massacre do Carandiru, 1992 • Desaparecidos políticos, 1995 • Acidente da Tam, 1996 • Máfia dos fiscais, 1997 • Escândalo do TRT, 1999 • Atentados em Madri, 2003 • Morte de João Paulo II, 2005 • O Projeto Profissão Repórter Rota 66 – o livro "Caco Barcelos é um jornalista que tem lado, um lado que continua o mesmo desde o começo da carreira no Rio Grande do Sul, o lado dos mais fracos, o das vítimas" Narciso Kalili. • Principais características • Apresentação O que houve na madrugada de 23 de abril de 1975? “A perseguição da Rota 66 mostra que, na concepção de policiais mal orientados, prioridade máxima pode ser estabelecida através de uma simples desconfiança. Ao disparar a metralhadora contra o Fusca azul, eles nada sabem a respeito da vida dos três rapazes. [...] Pancho abre a porta e sai rápido, gritando em desespero. No lado oposto, Noronha abandona o volante, deixa o motor funcionando. Ao sair do Fusca, ergue os braços, põe a mão sobre a cabeça. Augusto continua no carro, rosto grudado no vidro, sangrando. - Não atirem! [...] Apontam na mesma direção do fecho de luz que provoca cegueira e pavor nos rapazes. Eles usam as mãos para proteger os olhos da iluminação, tentar enxergar alguma coisa. O máximo que eles podem ver, na posição que estão agora, são os cinco pontos de armas de fogos que começam a disparar contra eles.” Foto: Acervo Estadão Roteiro do livro • Parte 1 “Rota 66” – 9 capítulos • Parte 2 “Os matadores” – 7 capítulos • Parte 3 “Os inocentes” – 7 capítulos • Perfil dos capítulos Apuração • Banco de dados • Policiais • Perfil das vítimas • Situações • Procedimentos Conclusões do banco de dados • Total de vítimas entre 1970 e 1992: 3.532 • Vítimas com registros criminais: 1.496 (apenas dez tinham cometido estupros) • Vítimas inocentes: 2.027 A confissão Texto do livro • Narrativa literária; • Fragmentos de narrativa literária; • Texto autoral, riqueza nos detalhes, leitor em cena; Humanização dos personagens “Sob a cama, Amélia não está sozinha. Dulcilene, 6 anos, Denise, 3, Oseas Júnior, 2, e Edmilson, 1 ano e meio, estão agarrados ao corpo da mãe [grávida]. Há duas horas a família inteira chora e treme desesperada. A todo instante o pai pede calma, silêncio, força para resistir. – Se ouvirem nosso choro, eles invadem a casa e matam todos nós. Força, precisamos de força.” “Mais tarde, na delegacia, Amélia chorava enquanto era ofendida pelos policiais. Alguns PMs pressionavam as crianças para dizer que o pai era bandido. A mãe ouvia as ofensas calada. [...] – Agora não adianta chorar. Está morto, acabou. Olha bem para mim: fui eu que matei. – afirmou o Capitão Conte Lopes, orgulhoso da sua ação.” A polícia que ainda mata Caso Luana: foi espancada por três policiais em Ribeirão Preto. Morreu 5 dias depois de ser levada ao hospital Chacina de Osasco e Barueri: 18 mortos e 7 feridos – 3 policiais militares e 1 GCM são acusados pelos crimes. Dados de mortes por policiais militares de 2001 a 2017 2015: 449 mortes 2016: 403 mortes 2017: 459 mortes 2001: 274 mortes 2002: 366 mortes 2003: 487 mortes Fonte: G1 Considerações finais “É muito complexo contar bem uma história. O mais complicado e trabalhoso é provar que ela é verdadeira. Porque, mesmo acreditando em uma fonte, temos o dever de desconfiar.” Caco Barcellos – Rota 66
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