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Avaliando o Aprendizado - Constitucional I

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1a Questão 
	Pontos: 0,1  / 0,1  
	Parlamentar brasileiro, em viagem oficial, visita o Tribunal Constitucional Federal da Alemanha, recebendo numerosas informações acerca do seu funcionamento e de sua área de atuação. Uma, todavia, chamou especialmente sua atenção: a referida Corte Constitucional reconhecia a possibilidade de alteração da Constituição material - ou seja, de suas normas - sem qualquer mudança no texto formal. Surpreendido com essa possibilidade, procura sua assessoria jurídica a fim de saber se o Supremo Tribunal Federal fazia uso de técnica semelhante no âmbito da ordem jurídica brasileira. A partir da hipótese apresentada, assinale a opção que apresenta a informação dada pela assessoria jurídica.
		
	 
	Sim. O Supremo Tribunal Federal, reconhecendo o fenômeno da mutação constitucional, pode atribuir ao texto inalterado uma nova interpretação, que expressa, assim, uma nova norma.
	
	Sim. O sistema jurídico-constitucional brasileiro, seguindo linhas interpretativas contemporâneas, admite, como regra, a interpretação da Constituição independentemente de limites semânticos concedidos pelo texto.
	
	Não. O surgimento de novas normas constitucionais somente pode ser admitido por intermédio das vias formais de alteração, todas expressamente previstas no próprio texto da Constituição.
	
	Não. O Supremo Tribunal Federal somente pode reconhecer nova norma no sistema jurídico constitucional a partir de emenda à constituição produzida pelo poder constituinte derivado reformador.
	
	Não. O Supremo Tribunal Federal, não reconhecendo o fenômeno da mutação constitucional.
	
	
	
	2a Questão (
	Pontos: 0,1  / 0,1  
	Assinale dentre as afirmativas expostas, a sentença verdadeira em relação dos direitos e deveres individuais e coletivos:
		
	
	é garantido a todos o acesso à informação, sendo sempre sua fonte pública a todos, uma vez que no art. 5° é vedado o anonimato.
	
	o Estado não pode em hipótese alguma relacionar-se com a comunidade internacional com base no Direito Internacional.
	 
	é livre a locomoção em tempo de paz, no território nacional, permitindo a todos entrarem, saírem ou permanecerem nele com seus bens.
	
	o exercício de qualquer trabalho ou profissão, deverá ser estabelecido por lei a cada cidadão, independentemente da qualificação profissional que possuir.
	
	é plena a liberdade de associações para fins lícitos e paramilitares
	Respondido em 05/10/2019 18:30:34
	
	
	3a Questão 
	Pontos: 0,0  / 0,1  
	O Recurso Extraordinário nº 161243/DF, julgado pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, considerou inconstitucional a discriminação entre empregados, da mesma empresa de aviação, com base exclusiva na nacionalidade, considerando, para tanto, que os efeitos irradiadores dos direitos e garantias fundamentais também deverão ser estendidos às todas as relações jurídicas. Nesse sentido, transcreve-se a ementa do julgado: CONSTITUCIONAL. TRABALHO. PRINCÍPIO DA IGUALDADE. TRABALHADOR BRASILEIRO EMPREGADO DE EMPRESA ESTRANGEIRA: ESTATUTOS DO PESSOAL DESTA: APLICABILIDADE AO TRABALHADOR ESTRANGEIRO E AO TRABALHADOR BRASILEIRO. C.F., 1967, art. 153, § 1º; C.F., 1988, art. 5º, caput. I. - Ao recorrente, por não ser francês, não obstante trabalhar para a empresa francesa, no Brasil, não foi aplicado o Estatuto do Pessoal da Empresa, que concede vantagens aos empregados, cuja aplicabilidade seria restrita ao empregado de nacionalidade francesa. Ofensa ao princípio da igualdade: C.F., 1967, art. 153, § 1º; C.F., 1988, art. 5º, caput). II. - A discriminação que se baseia em atributo, qualidade, nota intrínseca ou extrínseca do indivíduo, como o sexo, a raça, a nacionalidade, o credo religioso, etc., é inconstitucional. Precedente do STF: Ag 110.846 (AgRg) -PR, Célio Borja, RTJ 119/465. III. - Fatores que autorizariam a desigualização não ocorrentes no caso. IV. - R.E. conhecido e provido (RE 161243/DF. Relator (a): Min. Carlos Velloso. Julgamento: 29/10/1996. Órgão Julgador: Segunda Turma). Com base no texto acima discriminado, verifica-se que o Estado Brasileiro adotou:
	
	A Teoria da Ineficácia dos Direitos Fundamentais.
	 
	A Teoria da Eficácia Vertical dos Direitos Fundamentais.
	 
	A Teoria da Eficácia Horizontal Direta, também adotada na Itália, Portugal e Espanha, já que os direitos e garantias fundamentais serão aplicados diretamente nas relações jurídicas operacionalizadas entre os particulares, independente de regulação infraconstitucional da matéria.
	
	A Teoria Eclética dos Direitos Fundamentais.
	
	A Teoria da Eficácia Horizontal Indireta, sendo necessário a intermediação de legislação infraconstitucional para a aplicação dos direitos e garantias fundamentais nas relações jurídicas entre particulares.
	
	
	4a Questão 
	Pontos: 0,1  / 0,1  
	A Constituição da República Federativa do Brasil é:
		
	
	Flexível, porque admite alteração através de emenda de uma maneira facilitada, exigindo apenas uma maioria relativa dos presentes nas casas congressuais.
	
	Semirrígida, porque só pode ser alterado mediante proposta de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, Presidente da República ou de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa dos seus membros;
	
	Ortodoxa, pois possui muitas ideologias políticas dentro do seu texto constitucional, permitindo assim uma estabilidade política, independente do partido político que está no poder.
	
	Democrática, porque a proposta de emenda que implique abolir o voto direto, secreto, universal e periódico depende de plebiscito, além de aprovação por três quintos dos votos dos membros de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
	 
	Rígida, porque a sua alteração depende de processo qualificado, diverso do adotado para a reforma de lei ordinária, permitindo que os direitos fundamentais fiquem mais protegidos;
	
	
	5a Questão 
	Pontos: 0,1  / 0,1  
	Considere a notícia do Informativo 798 do STF: PLENÁRIO Sistema carcerário: estado de coisas inconstitucional e violação a direito fundamental - 6 O Plenário concluiu o julgamento de medida cautelar em arguição de descumprimento de preceito fundamental em que discutida a configuração do chamado ¿estado de coisas inconstitucional¿ relativamente ao sistema penitenciário brasileiro. Nessa mesma ação também se debate a adoção de providências estruturais com objetivo de sanar as lesões a preceitos fundamentais sofridas pelos presos em decorrência de ações e omissões dos Poderes da União, dos Estados-Membros e do Distrito Federal. No caso, alegava-se estar configurado o denominado, pela Corte Constitucional da Colômbia, ¿estado de coisas inconstitucional¿, diante da seguinte situação: violação generalizada e sistêmica de direitos fundamentais; inércia ou incapacidade reiterada e persistente das autoridades públicas em modificar a conjuntura; transgressões a exigir a atuação não apenas de um órgão, mas sim de uma pluralidade de autoridades. Postulava-se o deferimento de liminar para que fosse determinado aos juízes e tribunais: a) que lançassem, em casos de decretação ou manutenção de prisão provisória, a motivação expressa pela qual não se aplicam medidas cautelares alternativas à privação de liberdade, estabelecidas no art. 319 do CPP; b) que, observados os artigos 9.3 do Pacto dos Direitos Civis e Políticos e 7.5 da Convenção Interamericana de Direitos Humanos, realizassem, em até 90 dias, audiências de custódia, viabilizando o comparecimento do preso perante a autoridade judiciária no prazo máximo de 24 horas, contadas do momento da prisão; c) que considerassem, fundamentadamente, o quadro dramático do sistema penitenciário brasileiro no momento de implemento de cautelares penais, na aplicação da pena e durante o processo de execução penal; d) que estabelecessem, quando possível, penas alternativasà prisão, ante a circunstância de a reclusão ser sistematicamente cumprida em condições muito mais severas do que as admitidas pelo arcabouço normativo; e) que viessem a abrandar os requisitos temporais para a fruição de benefícios e direitos dos presos, como a progressão de regime, o livramento condicional e a suspensão condicional da pena, quando reveladas as condições de cumprimento da pena mais severas do que as previstas na ordem jurídica em razão do quadro do sistema carcerário, preservando-se, assim, a proporcionalidade da sanção; e f) que se abatesse da pena o tempo de prisão, se constatado que as condições de efetivo cumprimento são significativamente mais severas do que as previstas na ordem jurídica, de forma a compensar o ilícito estatal. Requeria-se, finalmente, que fosse determinado: g) ao CNJ que coordenasse mutirão carcerário a fim de revisar todos os processos de execução penal, em curso no País, que envolvessem a aplicação de pena privativa de liberdade, visando a adequá-los às medidas pleiteadas nas alíneas ¿e¿ e ¿f¿; e h) à União que liberasse as verbas do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), abstendo-se de realizar novos contingenciamentos ¿ v. Informativos 796 e 797. ADPF 347 MC/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 9.9.2015. (ADPF-347) Diante do exposto, assinale o método hermenêutico aplicado pelo Supremo Tribunal Federal
	
 
	
	Método tópico-problemático
	
	Método clássico de interpretação do tipo literal
	
	Método hermenêutico-concretizador
	
	Método Científico espiritual
	 
	Método de comparação constitucional

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