PLANEJAMENTO EDUCACIONAL aula 3

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*28/04/2011
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PLANEJAMENTO EDUCACIONAL
PEDAGOGIA – DALTA MOTTA
AULA 03
Rio de Janeiro, 2011 
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PLANEJAMENTO
Um Passo a Mais 
Para Gandin (1994), antes de planejarmos algo é necessário termos um ideal, pois ao fixar uma meta, torna-se mais acessível planejar ou encontrar caminhos a serem seguidos. 
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Planeja-se de todos os jeitos porque planejar é inerente ao pensar humano. Mas a utilização de conceitos, modelos, técnicas e instrumentos cientificamente fundamentados e adaptados ao que vai se planejar tem trazido resultados evidentes e compensadores.
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– Japão – qualidade nos processos. Este modelo cria, incorpora e fundamenta as idéias de missão e participação (colaboração), porém, se limita ao cumprimento da missão e acaba por ser operacional e não inclui proposta social ou pedagógica. 
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Gandin (1994), aponta três grandes linhas no Planejamento:
A ) Gerenciamento da Qualidade Total
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B ) Planejamento Estratégico 
Enfatiza a mobilização de recursos para alcance dos objetivos, tendo como referência:
Conhecer a natureza do próprio negócio e as potencialidades dos mercados e da empresa; 
Procurar visualizar o futuro e se preparar para enfrentá-lo.
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Para o nosso teórico as propostas de participação no planejamento estratégico não são claras.
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Aproveitando esse conceito no âmbito escolar, é possível dizer que, o planejamento estratégico poderia envolver a definição das diretrizes gerais, dos princípios básicos norteadores da ação, da definição dos objetivos gerais e da programação geral, tendo sempre presente a realidade na qual estão inseridos os sujeitos a quem se destina.
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 Também pode servir para o estabelecimento de estratégias no sentido de contribuir para reduzir as incertezas, superar as dificuldades, minimizar os pontos fracos constatados no diagnóstico.
São estratégias ou procedimentos estratégicos concebidos, portanto, na perspectiva de superar os obstáculos e vencer os desafios que se colocam para a viabilização das propostas de trabalho.
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C ) Planejamento Participativo 
- Desde a década de 1990 começaram a surgir movimentos de participação da sociedade civil na Gestão Pública. Diante desses movimentos, muitos canais de participação foram criados como Fóruns, Conselhos e outros, representando assim, um passo importante no exercício da cidadania; desde então se iniciam os movimentos de participação, inclusive na escola.
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Planejamento Participativo é o instrumental teórico-prático capaz de realizar o refletir e o agir da instituição, podendo ser considerado como um instrumento pedagógico e político de mudança, onde se pode propor e implementar intervenções coletivas sobre o social, de forma refletida e consciente.
Os sujeitos são considerados seres em construção, pois fazem parte do cotidiano da instituição, convivem e assimilam a todo momento, os valores do seu contexto social.
Um conceito:
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Partindo do princípio de que cada instituição possui uma realidade específica, o que se propõe é a discussão de um processo de planejamento que incorpore os diferentes “olhares” presentes no seu dia-a-dia, através da efetiva participação de seus atores, que no caso da escola seriam os pais, alunos, funcionários, especialistas.
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Quando não existe participação, pode ocorrer um processo de fragmentação dos “olhares”, ou seja, no caso da escola, a que é vista pelo pai, não necessariamente corresponde aquela analisada e vivenciada pelo professor, que pode não corresponder a do diretor, que por sua vez, também pode pouco ter a ver com aquela ditada pela política educacional, elaborada pelos órgãos centrais do sistema educacional.
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Por sua vez, planejar na escola pode ser uma oportunidade para superar a fragmentação e a justaposição das práticas ali vividas, valorizando a integração entre elas, bem como potencializar os esforços, os tempos e os recursos necessários à sua concretização.
A participação de todos os envolvidos garante a produção de um planejamento em que estejam contempladas todas as diferentes maneiras de ver a realidade institucional, favorecendo a execução de ações que contemplem os compromissos assumidos.
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Entender o planejamento participativo como princípio, implica estimular a convivência, a troca de experiências, o intercâmbio entre dirigentes, especialistas, professores, alunos, suas famílias e outros segmentos da comunidade, que discutem, decidem, executam e avaliam todos os aspectos e elementos que compõem o planejamento - desde os pressupostos básicos norteadores das ações, passando por objetivos, conteúdos, programações, modos e estratégias. Tudo isso para implementar as ações, recursos e também os mecanismos de acompanhamento e avaliação
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Cuidados:
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- É indispensável a interligação entre os fins e meios, para que se possa definir onde se deseja ir e de que maneira, isto é, ação-reflexão;
- É necessário que antes do planejamento ser participativo, que seja científico, sendo a elaboração e definição de um referencial teórico, condições primordiais;
- Percebemos que o “novo” é sempre um mistério a ser desvendado na vida das pessoas, assim também é o planejamento como possibilidade de participação, pode provocar também, a manipulação das pessoas;
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 A utilização de metodologia inadequada pode acarretar desgaste da idéia e levar a falta de compreensão do que seja a participação;
 A hierarquia e as desigualdades estabelecem poder e confiança nos mais fortes, mais sábios ou mais ricos, o que inviabiliza a verdadeira construção em conjunto.
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Planejar significa operar transformações decisivas na realidade existente, baseadas em um ideal previamente determinado. As metas propostas serão fundamentadas neste mesmo ideal e a partir daí será estabelecido um projeto cuja administração tratará de cumprir, a fim de realizar o sonho ou aproximar-se dele o mais possível.
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O Planejamento Participativo parte de uma leitura de mundo na qual é fundamental a idéia de que nossa realidade é injusta e de que essa injustiça se deve a falta de participação em todos os níveis e aspectos da atividade humana. A instauração da justiça social passa pela participação de todos no poder. Isto quer dizer que a construção de uma sociedade nova, a superação da crise, passa pela participação de todos. 
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Esta preparação não significa apenas, contribuir com uma proposta preparada pos algumas pessoas e sim com a representação de uma construção conjunta, incluindo também, a participação no poder que é o domínio de recursos para realizar a sua própria vida, não apenas individualmente, mas grupalmente.
 ( GANDIN, 2010).
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Cabe sublinhar que o planejamento de caráter participativo se aplica a todos os âmbitos e níveis de decisão, elaboração e realização, abrindo espaços para todos os envolvidos – desde o planejamento educacional mais amplo até o planejamento do processo de ensino-aprendizagem, mais especificamente , consequentemente, exigindo que todos esses sujeitos e atores assumam suas responsabilidades individuais e coletivas, bem como os seus compromissos decorrentes dos planos e dos projetos que eles mesmos formularam e definiram.
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A implantação desses mecanismos é muito mais uma tarefa dos membros da direção e da coordenação da escola, embora, a qualquer momento, eles possam solicitar o apoio de outros integrantesda sua equipe.
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