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Questiona´rio da semana 10: aulas 11 e 12. Questa˜o A) A1) Em R3, considere os vetores v1 = (1, 2, 2), v2 = (3, 2, 1), v3 = (11, 10, 7) e v4 = (7, 6, 4). Qual e´ a dimensa˜o do subespac¸o gerado por esses vetores? Soluc¸a˜o: Um vetor w = (x, y, z) de R3 esta´ no subespac¸o S, gerado por v1, v2, v3 e v4, se, e somente se, existem nu´meros reais a, b, c, d tais que: w = av1 + bv2 + cv3 + dv4 ⇐⇒ (x, y, z) = a(1, 2, 2) + b(3, 2, 1) + c(11, 10, 7) + d(7, 6, 4) ⇐⇒ (x, y, z) = (a+ 3b+ 11c+ 7d, 2a+ 2b+ 10c+ 6d, 2a+ b+ 7c+ 4d) ⇐⇒ a+ 3b+ 11c+ 7d = x 2a+ 2b+ 10c+ 6d = y 2a+ b+ 7c+ 4d = z Este e´ um sistema linear nas varia´veis a, b, c e d. Escalonando a sua matriz aumentada, obtemos: 1 3 11 7 | x2 2 10 6 | y 2 1 7 4 | z L2 ← L2 − 2L1 L3 ← L3 − 2L1 ∼ 1 3 11 7 | x0 −4 −12 −8 | −2x+ y 0 −5 −15 −10 | −2x+ z L2 ← L2 − L3 1 3 11 7 | x0 1 3 2 | y − z 0 −5 −15 −10 | −2x+ z L3 ← L3 + 5L2 ∼ 1 3 11 7 | x0 1 3 2 | y − z 0 0 0 0 | −2x+ 5y − 4z Nesta forma escalonada, olhando para a u´ltima linha podemos concluir que o sistema tem soluc¸a˜o se, e somente se −2x + 5y − 4z = 0. Portanto, o conjunto gerado e´ S = {(x, y, z) ∈ R3 ; −2x+ 5y − 4z = 0}. Este subespac¸o e´ um plano em R2, logo tem dimensa˜o 2. Observac¸a˜o: Se quisermos achar uma base para este subespac¸o basta procedermos como o exerc´ıcio C seguinte. Na aula 13 seguinte, e´ apresentado um me´todo mais pra´tico para determinar uma base, logo a dimensa˜o, a partir de um conjunto de geradores. A2) Em R3, considere os vetores v1 = (1,−2, 2), v2 = (−1, 2,−2), v3 = (2,−4, 4) e v4 = ( 1 2 ,−1, 1). Qual e´ a dimensa˜o do subespac¸o gerado por esses vetores? Soluc¸a˜o: Neste caso, e´ fa´cil perceber que todos os vetores sa˜o mu´ltiplos de v1, pois: v2 = (−1, 2,−2) = −(1,−2, 2) = −v1, v3 = (2,−4, 4) = 2(1,−2, 2) = 2v1 e v4 = ( 1 2 ,−1, 1) = 1 2 (1,−2, 2) = 1 2 v1. Enta˜o, um vetor w = (x, y, z) de R3 esta´ no subespac¸o S, gerado por v1, v2, v3 e v4, se, e somente se, existem nu´meros reais a, b, c, d tais que: w = av1 + bv2 + cv3 + dv4 ⇐⇒ w = av1 + b(−v1) + c(2v1) + d(1 2 v1) = (a− b+ 2c+ 1 2 d)v1. Ou seja, um vetor esta´ em S se, e somente se, for um mu´ltiplo de v1. Isto significa que o conjunto {v1} gera o subespac¸o S. Como qualquer conjunto com um u´nico vetor na˜o nulo e´ LI, o conjunto {v1} e´ uma base para S que, portanto, tem dimensa˜o 1. A3) Em R3, considere os vetores v1 = (1, 2, 3), v2 = (−1, 2, 4), v3 = (3,−4, 2) e v4 = (2,−1, 1). Qual e´ a dimensa˜o do subespac¸o gerado por esses vetores? Soluc¸a˜o: Um vetor w = (x, y, z) de R3 esta´ no subespac¸o S, gerado por v1, v2, v3 e v4, se, e somente se, existem nu´meros reais a, b, c, d tais que: w = av1 + bv2 + cv3 + dv4 ⇐⇒ (x, y, z) = a(1, 2, 3) + b(−1, 2, 4) + c(3,−4, 2) + d(2,−1, 1) ⇐⇒ (x, y, z) = (a− b+ 3c+ 2d, 2a+ 2b− 4c− d, 3a+ 4b+ 2c+ d) ⇐⇒ a− b+ 3c+ 2d = x 2a+ 2b− 4c− d = y 3a+ 4b+ 2c+ d = z Este e´ um sistema linear nas varia´veis a, b, c e d. Escalonando a sua matriz aumentada, obtemos: 1 −1 3 2 | x2 2 −4 −1 | y 3 4 2 1 | z L2 ← L2 − 2L1 L3 ← L3 − 3L1 ∼ 1 −1 3 2 | x0 4 −10 −5 | −2x+ y 0 7 −7 −5 | −3x+ z L2 ← 2L2 − L3 1 −1 3 2 | x0 1 −13 −5 | −x+ 2y − z 0 7 −7 −5 | −3x+ z L3 ← L3 − 7L2 ∼ 1 −1 3 2 | x0 1 −13 −5 | −x+ 2y − z 0 0 84 30 | 4x− 14y + 8z Nesta forma escalonada, sabemos que o sistema e´ poss´ıvel indeterminado, ou seja, tem infinitas soluc¸o˜es quaisquer que sejam os escalares x, y e z. Logo, qualquer vetor w = (x, y, z) de R3 pode ser escrito como combinac¸a˜o linear dos vetores v1, v2, v3 e v4. Portanto, o conjunto gerado e´ S = R3, que tem dimensa˜o 3. Questa˜o B) B1) Em P3(R), o espac¸o dos polinoˆmios de grau menor ou igual 3, considere os vetores v1 = t 3 + t2 − 2t+ 1, v2 = t2 + 1, v3 = t3 − 2t e v4 = 2t3 + 3t2 − 4t+ 3. Qual e´ a dimensa˜o do subespac¸o gerado por esses vetores? Soluc¸a˜o: Seja S o subespac¸o gerado pelos vetores v1, v2, v3 e v4. Um polinoˆmio p(t) = a3t 3 + a2t 2 + a1t+ a0 de P3(R) esta´ em S se, e somente se, existem nu´meros reais a, b, c e d tais que: p(t) = av1+bv2+cv3+dv4 ⇐⇒ p(t) = a(t3+t2−2t+1)+b(t2+1)+c(t3−2t)+d(2t3+3t2−4t+3) ⇐⇒ a3t3 + a2t2 + a1t+ a0 = (a+ c+ 2d)t3 + (a+ b+ 3d)t2 + (−2a− 2c− 4d)t+ (a+ b+ 3d) ⇐⇒ a+ c+ 2d = a3 a+ b+ 3d = a2 −2a− 2c− 4d = a1 a+ b+ 3d = a0 Este e´ um sistema linear nas varia´veis a, b, c e d. Escalonando a sua matriz aumentada, obtemos: 1 0 1 2 | a3 1 1 0 3 | a2 −2 0 −2 −4 | a1 1 1 0 3 | a0 ← L3 + 2L1 L4 ← L4 − L2 ∼ 1 0 1 2 | a3 1 1 0 3 | a2 0 0 0 0 | a1 + 2a3 0 0 0 0 | a0 − a2 L2 ← L2 − L1 1 0 1 2 | a3 0 1 −1 1 | a2 − a3 0 0 0 0 | a1 + 2a3 0 0 0 0 | a0 − a2 Nesta forma escalonada, olhando para as duas u´ltimas linhas podemos concluir que o sistema tem soluc¸a˜o se, e somente se { a1 + 2a3 = 0 a0 − a2 = 0 que e´ equivalente a { a1 = −2a3 a0 = a2 . Por- tanto, um polinoˆmio p(t) = a3t 3 + a2t 2 + a1t+ a0 de P3(R) esta´ em S se, e somente se, for da forma p(t) = a3t 3 + a2t 2 − 2a3t+ a2. Este polinoˆmio pode ser decomposto em: p(t) = a3t 3 + a2t 2 − 2a3t+ a2 = a3(t3 − 2t) + a2(t2 + 1) Isto mostra que qualquer polinoˆmio p(t) em S pode ser escrito como combinac¸a˜o linear dos polinoˆmios t3 − 2t e t2 + 1. Como estes polinoˆmios na˜o sa˜o mu´ltiplos, eles sa˜o L.I. e enta˜o o conjunto {t3 − 2t, t2 + 1} e´ uma base de S. Portanto, S tem dimensa˜o 2. B2) No espac¸o vetorial de todas as func¸o˜es reais, considere os vetores v1 = cos 2 t, v2 = sen 2t e v3 = cos 2t. Qual e´ a dimensa˜o do subespac¸o gerado por esses vetores? Soluc¸a˜o: Seja S o subespac¸o gerado pelos vetores v1, v2 e v3. Uma func¸a˜o f(t) esta´ em S se, e somente se, existem nu´meros reais a, b e c tais que: f(t) = av1 + bv2 + cv3 ⇐⇒ f(t) = a cos2 t+ b sen 2t+ c cos 2t Agora, da trigonometria, sabemos que cos 2t = cos(t+t) = cos t cos t− sen t sen t o que implica cos 2t = cos2 t− sen 2t. Substituindo n acombinac¸a˜o acima, obtemos: f(t) = a cos2 t+ b sen 2t+ c(cos2 t− sen 2t) = (a+ c) cos2 t+ (a− c) sen 2t Isto mostra que qualquer func¸a˜o f(t) em S pode ser escrito como combinac¸a˜o linear das func¸o˜es v1 = cos 2 t e v − 2 = sen 2t. Como estas func¸o˜es na˜o sa˜o mu´ltiplas, elas sa˜o L.I. e enta˜o o conjunto {v1, v2} e´ uma base de S. Portanto, S tem dimensa˜o 2. Questa˜o C) C1) Considere o subespac¸o de R3 definido por S = {(x, y, z) ∈ R3 ; y = x+ z}. Uma base para o subespac¸o S e´: a. {(1, 1, 0), (0, 1, 1)} b. {(1, 1, 0)} c. {(1, 1, 0), (0, 1, 1), (1, 2, 1)} d. {(1, 1, 0), (0, 1, 1), (1, 0, 1)} e. {(1, 1, 0), (−1,−1, 0)} Soluc¸a˜o: Pela definic¸a˜o do conjunto S, temos que (x, y, z) ∈ S se, e somente se, vale a equac¸a˜o y = x+ z. Logo: (x, y, z) ∈ S ⇐⇒ (x, y, z) = (x, x+ z, z) = (x, x, 0) + (0, z, z) = x(1, 1, 0) + z(0, 1, 1) Enta˜o, os vetores u1 = (1, 1, 0) e u2 = (0, 1, 1) geram o subespac¸o S. Agora, e´ fa´cil ver que estes vetores sa˜o L.I. De fato, dois vetores sa˜o L.D. se, e somente se, um e´ mu´ltiplo do outro, e e´ fa´cil ver que u1 e u2 na˜o sa˜o mu´ltiplos. Enta˜o, o conjunto {(1, 1, 0), (0, 1, 1)} e´ L.I. e gera S sendo, portanto, uma base de S. Tendo encontrado uma base com dois elementos, conclu´ımos que a dimensa˜o de S e´ dois. Logo, qualquer base de S deve ter dois elementos. Assim, os conjuntos dados nas alternativas b),c) e d) na˜o sa˜o bases de S. O conjunto dado na alternativa e) na˜o e´ base pois e´ L.D.; de fato, (−1,−1, 0) = −1(1, 1, 0). Portanto, a u´nica alternativa correta e´ a a). C2) Considere o subespac¸o de R3 definido por S = {(x, y, z) ∈ R3 ; y = x}. Uma base para o subespac¸o S e´: a. {(1, 1, 0), (0, 0, 1)} b. {(1, 1, 0)} c. {(1, 1, 0), (0, 0, 1), (2, 2, 1)} d. {(1, 1, 0), (0, 1, 1), (1, 0, 1)} e. {(1, 1, 0), (−1,−1, 0)} Soluc¸a˜o:Pela definic¸a˜o do conjunto S, temos que (x, y, z) ∈ S se, e somente se, vale a equac¸a˜o y = x. Logo: (x, y, z) ∈ S ⇐⇒ (x, y, z) = (x, x, z) = (x, x, 0) + (0, 0, z) = x(1, 1, 0) + z(0, 0, 1) Enta˜o, os vetores u1 = (1, 1, 0) e u2 = (0, 0, 1) geram o subespac¸o S. Agora, e´ fa´cil ver que estes vetores sa˜o L.I. De fato, dois vetores sa˜o L.D. se, e somente se, um e´ mu´ltiplo do outro, e e´ fa´cil ver que u1 e u2 na˜o sa˜o mu´ltiplos. Enta˜o, o conjunto {(1, 1, 0), (0, 0, 1)} e´ L.I. e gera S sendo, portanto, uma base de S. Tendo encontrado uma base com dois elementos, conclu´ımos que a dimensa˜o de S e´ dois. Logo, qualquer base de S deve ter dois elementos. Assim, os conjuntos dados nas alternativas b),c) e d) na˜o sa˜o bases de S. O conjunto dado na alternativa e) na˜o e´ base pois e´ L.D.; de fato, (−1,−1, 0) = −1(1, 1, 0). Portanto, a u´nica alternativa correta e´ a a). C3) Considere o subespac¸o de R3 definido por S = {(x, y, z) ∈ R3 ; 2x+ y− z = 0}. Uma base para o subespac¸o S e´: a. {(1, 0, 2), (0, 1, 1)} b. {(1, 0, 2), (−1, 0,−2)} c. {(0, 1, 1)} d. {(1, 0, 2), (0, 1, 1), (1, 1, 3)} e. {(1, 1, 0), (0, 1, 1), (1, 0, 1)} Soluc¸a˜o: Pela definic¸a˜o do conjunto S, temos que (x, y, z) ∈ S se, e somente se, vale a equac¸a˜o 2x+ y − z = 0 que e´ equivalente a z = 2x+ y. Logo: (x, y, z) ∈ S ⇐⇒ (x, y, z) = (x, y, 2x+ y) = (x, 0, 2x) + (0, y, y) = x(1, 0, 2) + y(0, 1, 1) Enta˜o, os vetores u1 = (1, 0, 2) e u2 = (0, 1, 1) geram o subespac¸o S. Como no exerc´ıcio anterior, e´ fa´cil ver que u1 e u2 na˜o sa˜o mu´ltiplos, logo sa˜o L.I. Enta˜o, o conjunto {(1, 0, 2), (0, 1, 1)} e´ L.I. e gera S sendo, portanto, uma base de S. Tendo encontrado uma base com dois elementos, conclu´ımos que a dimensa˜o de S e´ dois. Logo, qualquer base de S deve ter dois elementos. Assim, os conjuntos dados nas alternativas c),d) e e) na˜o sa˜o bases de S. O conjunto dado na alternativa b) na˜o e´ base pois e´ L.D.; de fato, (−1, 0,−2) = −1(1, 0, 2). Portanto, a u´nica alternativa correta e´ a a). Questa˜o D) D1) Em M3(R), o espac¸o das matrizes quadradas 3× 3, considere o subespac¸o S definido pelo conjunto das matrizes sime´tricas. Qual e´ a dimensa˜o do subespac¸o S? Soluc¸a˜o: Lembremos que uma matriz e´ sime´trica quando AT = A, ou seja, aji = aij (ver definic¸a˜o na pa´gina 18 da apostila). Isto implica que os elementos sime´tricos em relac¸a˜o a` diagonal principal sa˜o iguais. Logo, o subespac¸o das matrizes sime´tricas 3× 3 pode ser descrito por: S = a b cb d e c e f ; a, b, c, d, e, f ∈ R Agora, podemos escrever: a b cb d e c e f = a 0 00 0 0 0 0 0 + 0 b 0b 0 0 0 0 0 + 0 0 c0 0 0 c 0 0 + 0 0 00 d 0 0 0 0 + 0 0 00 0 e 0 e 0 + 0 0 00 0 0 0 0 f = = a 1 0 00 0 0 0 0 0 +b 0 1 01 0 0 0 0 0 +c 0 0 10 0 0 1 0 0 +d 0 0 00 1 0 0 0 0 +e 0 0 00 0 1 0 1 0 +f 0 0 00 0 0 0 0 1 Logo, as seis matrizes acima geram o subespac¸o S. Ale´m disso, qualquer combinac¸a˜o linear como acima e´ igual a` matriz nula somente se: a b cb d e c e f = 0 0 00 0 0 0 0 0 ⇐⇒ a = b = c = d = e = f = 0. Enta˜o, o conjunto 1 0 00 0 0 0 0 0 , 0 1 01 0 0 0 0 0 , 0 0 10 0 0 1 0 0 , 0 0 00 1 0 0 0 0 , 0 0 00 0 1 0 1 0 , 0 0 00 0 0 0 0 1 e´ L.I. Como e´ L.I. e gera S, este conjunto e´ uma base para S. Portanto, o subespac¸o das matrizes sime´tricas 3× 3 tem dimensa˜o 6. D2) Em M3(R), o espac¸o das matrizes quadradas 3× 3, considere o subespac¸o S definido pelo conjunto das matrizes diagonais. Qual e´ a dimensa˜o do subespac¸o S? Soluc¸a˜o: Lembremos que uma matriz e´ diagonal se os elementos fora da diagonal principal sa˜o iguais a zero. Logo, o subespac¸o das matrizes diagonais 3× 3 pode ser descrito por: S = a 0 00 b 0 0 0 c ; a, b, c ∈ R Agora, podemos escrever: a 0 00 b 0 0 0 c = a 0 00 0 0 0 0 0 + 0 0 00 b 0 0 0 0 + 0 0 00 0 0 0 0 c = = a 1 0 00 0 0 0 0 0 + b 0 0 00 1 0 0 0 0 + c 0 0 00 0 0 0 0 1 Logo, as treˆs matrizes acima geram o subespac¸o S. Ale´m disso, qualquer combinac¸a˜o linear como acima e´ igual a` matriz nula somente se: a 0 00 b 0 0 0 c = 0 0 00 0 0 0 0 0 ⇐⇒ a = b = c = 0. Enta˜o, o conjunto 1 0 00 0 0 0 0 0 , 0 0 00 1 0 0 0 0 , 0 0 00 0 0 0 0 1 e´ L.I. Como e´ L.I. e gera S, este conjunto e´ uma base para S. Portanto, o subespac¸o das matrizes diagonais 3 × 3 tem dimensa˜o 3. D3) Em M3(R), o espac¸o das matrizes quadradas 3× 3, considere o subespac¸o S definido pelo conjunto das matrizes anti-sime´tricas. Qual e´ a dimensa˜o do subespac¸o S? Soluc¸a˜o: Lembremos que uma matriz e´ anti-sime´trica quando AT = −A, ou seja, aji = −aij (ver definic¸a˜o na pa´gina 18 da apostila). Isto implica que os elementos da diagoanal principal sa˜o nulos e os elementos sime´tricos em relac¸a˜o a` diagonal principal sa˜o opostos. Logo, o subespac¸o das matrizes anti-sime´tricas 3× 3 pode ser descrito por: S = 0 a b−a 0 c −b −c 0 ; a, b, c ∈ R Agora, podemos escrever: 0 a b−a 0 c −b −c 0 = 0 a 0−a 0 0 0 0 0 + 0 0 b0 0 0 −b 0 0 + 0 0 00 0 c 0 −c 0 = = a 0 1 0−1 0 0 0 0 0 + b 0 0 10 0 0 −1 0 0 + c 0 0 00 0 1 0 −1 0 Logo, as treˆs matrizes acima geram o subespac¸o S. Ale´m disso, qualquer combinac¸a˜o linear como acima e´ igual a` matriz nula somente se: 0 a b−a 0 c −b −c 0 = 0 0 00 0 0 0 0 0 ⇐⇒ a = b = c = 0. Enta˜o, o conjunto 0 1 0−1 0 0 0 0 0 , 0 0 10 0 0 −1 0 0 , 0 0 00 0 1 0 −1 0 e´ L.I. Como e´ L.I. e gera S, este conjunto e´ uma base para S. Portanto, o subespac¸o das matrizes anti-sime´tricas 3× 3 tem dimensa˜o 3. D4) Em M3(R), o espac¸o das matrizes quadradas 3× 3, considere o subespac¸o S definido pelo conjunto das matrizes escalares. Qual e´ a dimensa˜o do subespac¸o S? Soluc¸a˜o: Lembremos que uma matriz escalar e´ uma matriz diagonal que possui todos os elementos da diagonal iguais (ver definic¸a˜o na pa´gina 12 da apostila). Logo, o subespac¸o das matrizes diagonais 3× 3 pode ser descrito por: S = a 0 00 a 0 0 0 a ; a ∈ R Agora, podemos escrever: a 0 00 a 0 0 0 a = a 1 0 00 1 0 0 0 1 = aI3. Ou seja, toda matriz escalar e´ um mu´ltiplo da matriz identidade. Logo, as o conjunto {I3} gera o subespac¸o S. Ale´m disso, como qualquer conjunto unita´rio com elemento na˜o nulo e´ LI, o conjunto {I3} e´ uma base para S. Portanto, o subespac¸o das matrizes escalares tem dimensa˜o 1. Questa˜o E) Considere as afirmac¸o˜es: 1. Os subespac¸os de R3 sa˜o o trivial {0}, o pro´prio R3 e as retas e planos que passam pela origem. 2. Se {v1, v2, v3} e´ uma base de um espac¸o vetorial V enta˜o, para qualquer escalar c 6= 0, {cv1, cv2, cv3} tambe´m e´ base de V . 3. Se o espac¸o vetorial V tem dimensa˜o finita n enta˜o todo conjunto com n + 1 vetores e´ L.D. 4. O espac¸o vetorial de todos os polinoˆmios P na˜o tem dimensa˜o finita. 5. Se {v1, v2, v3} e´ uma base de um espac¸o vetorial V enta˜o {v1+v2+v3, v2+v3, v3} tambe´m e´ base de V . 6. Se o espac¸o vetorial V tem dimensa˜o finita n enta˜o nenhum conjunto com menos que n vetores podem gerar V . Quais sa˜o falsas e quais sa˜o verdadeiras? Soluc¸a˜o: 1. Os subespac¸os de R3 sa˜o o trivial {0}, o pro´prio R3 e as retas e planos que passam pela origem. VERDADEIRA. Veja a sec¸a˜o: Os subespac¸os vetoriais de R3, na pa´gina 102 da apostila. 2. Se {v1, v2, v3} e´ uma base de um espac¸o vetorial V enta˜o, para qualquer escalar c6= 0, {cv1, cv2, cv3} tambe´m e´ base de V . VERDADEIRA. Dado v ∈ V , sendo {v1, v2, v3} uma base, existem escalares α, β, γ tais que v = αv1 + βv2 + γv3. Dado c 6= 0, esta combinac¸a˜o linear pode ser reescrita na forma: v = α c (cv1) + β c (cv2) + γ c (cv3). Logo, qualquer vetor de V e´ uma combinac¸a˜o linear dos vetores cv1, cv2, cv3 e da´ı, estes vetores geram V . Como V tem dimensa˜o 3, qualquer conjunto com treˆs vetores que gera V e´ uma base de V . 3. Se o espac¸o vetorial V tem dimensa˜o finita n enta˜o todo conjunto com n + 1 vetores e´ L.D. VERDADEIRA. Veja o teorema 3 da aula 12, pa´gina 127 da apostila. 4. O espac¸o vetorial de todos os polinoˆmios P na˜o tem dimensa˜o finita. VERDADEIRA. De fato, suponha que o espac¸o P tivesse dimensa˜o finita. Enta˜o existiria uma base B com um nu´mero finito de polinoˆmios. Assim, poder´ıamos considerar o grau ma´ximo k dentre os graus dos polinoˆmios de B. Enta˜o, qualquer combinac¸a˜o linear destes polinoˆmios tem grau no ma´ximo igual a k, sendo imposs´ıvel gerar um polinoˆmio com grau igual a k + 1 ou maior. Isto contradiz o fato de B ser uma base. Logo P na˜o pode ter dimensa˜o finita. Em verdade, uma base de P e´ o conjunto infinito {1, t, t2, t3, . . . , tn, . . . }. 5. Se {v1, v2, v3} e´ uma base de um espac¸o vetorial V enta˜o {v1+v2+v3, v2+v3, v3} tambe´m e´ base de V . VERDADEIRA. Dado v ∈ V , sendo {v1, v2, v3} uma base, existem escalares α, β, γ tais que v = αv1 + βv2 + γv3. Esta combinac¸a˜o linear pode ser rearranjada na forma: v = αv1 + βv2 + γv3 = αv1 + (αv2 + αv3 − αv2 − αv3) + βv2 + (βv3 − βv3) + γv3 = = α(v1 + v2 + v3) + (−α + β)(v2 + v3) + (−β + γ)v3. Logo, qualquer vetor de V e´ uma combinac¸a˜o linear dos vetores v1 + v2 + v3, v2 + v3, v3 e da´ı, estes vetores geram V . Como V tem dimensa˜o 3, qualquer conjunto com treˆs vetores que gera V e´ uma base de V . 6. Se o espac¸o vetorial V tem dimensa˜o finita n enta˜o nenhum conjunto com menos que n vetores podem gerar V . VERDADEIRA. Suponha que existisse um conjunto S com menos que n vetores que gerasse V . Enta˜o, pelo teorema 5 da aula 12, pa´gina 130 da apostila, existiria um subconjunto de S que seria base de V . Absurdo, pois ter´ıamos uma base de V com menos que n elementos.
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