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eSOCIAL Treinamento prático Documentação Técnica Fazem parte da Documentação Técnica do eSocial os seguintes documentos: 1. Manual de Orientação do eSocial (MOS) 2. Anexo I – Leiautes do eSocial 3. Anexo II – Regras de Validação 4. Anexo III – Tabelas do eSocial Conteúdo dos documentos técnicos do eSocial: 1. Manual do eSocial Traz as regras básicas sobre a utilização e envio de cada “Evento” do eSocial. 2. Anexo I - Leiautes do eSocial * Traz a estrutura dos arquivos do eSocial. * Detalhes dos campos que serão de preenchimento obrigatório e não obrigatório. Leitura é obrigatória e necessária para descobrir o que o empregador deverá enviar ao eSocial. 3. Regras de Validação Há uma tabela com mais de 100 (cem) regras, até o momento – que deverão ser observadas por programadores e empregadores, que objetivam validar as informações prestadas pelos empregadores. O primeiro momento de validação – no envio de eventos ao eSocial – ocorrerá quanto à estrutura dos arquivos e validade do certificado digital ou senha de acesso. Em segundo momento, as regras de validação serão utilizadas para cruzar informações já enviadas ao eSocial ou cadastros nos entes partícipes do eSocial. 4. Tabelas do eSocial São as tabelas que serão utilizadas nos cadastros e eventos – tabelas de categoria de trabalhadores, classificação tributária etc - inclusive nos Eventos de Tabelas do eSocial (Tabelas de Horários, de Estabelecimentos etc). Até a versão 2.4 do manual temos 26 tabelas. • O eSocial estabelece a forma com que passam a ser prestadas as informações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e fiscais relativas à contratação e utilização de mão de obra onerosa, com ou sem vínculo empregatício, e de produção rural. • Portanto, não se trata de uma nova obrigação tributária acessória, mas uma nova forma de cumprir obrigações trabalhistas, previdenciárias e tributárias já existentes. • Com isso, ele não altera as legislações específicas de cada área, mas apenas cria uma forma única e mais simplificada de atendê-las. • Pela sua complexidade – até o momento são mais de 40 (quarenta) micro declarações independentes e que ao mesmo tempo se interligam – o eSocial será uma mudança radical na forma como os empregadores enviam os dados das suas relações de trabalho ao fisco. O Conceito de “Evento Trabalhista” no eSocial Diferentemente das declarações GFIP, RAIS, CAGED e DIRF – onde é gerado um único arquivo com diversas informações – no eSocial há o conceito de “evento trabalhista”. Etimologicamente falando, evento é algo que acontece. No eSocial, os “eventos trabalhistas” são situações que ocorrem com o trabalhador no decorrer do mês. Uma admissão é um evento trabalhista. Um afastamento é um outro evento. Um desligamento é outro. Um arquivo enviado ao eSocial poderá conter até 50 eventos. Primeiro Momento: Envio do Cadastro Inicial É o início da transmissão dos arquivos, que já deverão estar adaptados às exigências do eSocial. Os arquivos deverão ser enviados na seguinte sequência: 1º) Cadastro do Empregador/Contribuinte/Empregador 2º) Envio das Tabelas (Rubricas, Horários, Cargos etc) 3º) Envio do Cadastro Inicial do Vínculo (trabalhadores e estagiários) Segundo Momento: Atualização do Registro de Eventos Trabalhistas São os eventos não periódicos que devem ser enviados à medida em que ocorrerem, após o cadastro inicial. Apresentaremos alguns detalhes mais adiante. São eles: Admissões; Desligamentos, ; CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho); Afastamentos; Alterações Cadastrais e Contratuais; etc. São chamados de “eventos aleatórios”, já que só devem ser enviados se ocorrer a situação. Por exemplo, um empregado mudou de endereço? Deve ser enviado um “evento” de atualização cadastral. O empregado mudou de cargo? Deve ser enviado outro evento. Terceiro Momento: eSocial mensal (Folha) – Eventos Periódicos São os arquivos que compõem a Folha de Pagamentos e Remuneração do Trabalhador: Remuneração do Trabalhador; Contribuição Sindical; Fechamento da Folha; Pagamentos de Rendimentos do Trabalho; dentre outros. Quarto Momento: Outras Declarações para Retenções e Informações Fiscais As informações financeiras de pessoas jurídicas e outras informações para fins de apuração dos créditos previdenciários serão geradas através de duas Declarações, além do eSocial: DCTFWEB (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais) e EFD-REINF (Declaração de Retenções e Informações Fiscais). Adesão Antecipada ao eSocial Disponível desde 08 de dezembro de 2017, as empresas não obrigadas ao envio do eSocial em janeiro/2018 poderão fazer a opção por antecipar o envio dos eventos juntamente com as empresas que estão obrigadas no chamado “Grupo 1”. A adesão é irretratável. Sistema Simplificado para MPEs Segundo o Decreto 8.373/14 (art. 1º, parágrafo 2º), haverá um sistema simplificado para as microempresas, empresas de pequeno porte e para o Microempreendedor individual. Quem está obrigado a enviar dados ao eSocial Todos os empregadores pessoas físicas ou jurídicas estão obrigados a prestarem informações ao eSocial, inclusive os órgãos públicos da administração direta, autarquias e fundações, bem como: As empresas - mesmo sem empregados; o MEI (enquanto empregador); Pessoa física equipara a empresa (inclusive as cooperativas); o segurado especial (produtor rural e o pescador artesanal) e; o pequeno produtor rural. Eventos do Cadastro Inicial Eventos Não Periódicos e Prazos para Envio Eventos Periódicos – Folha de Pagamento Mensal • Devem ser enviados até o dia 07 do mês seguinte à ocorrência do fato gerador. • ESOCIAL SEM MOVIMENTO: Se não houver fato gerador, enviar o evento S-1299 (Fechamento) indicando que não houve movimento no primeiro mês em que não houver movimento. Repetir em janeiro Identificadores no eSocial É a forma como a pessoa física ou jurídica será identificada no eSocial. Nos eventos que serão transmitidos ao eSocial os empregadores pessoas jurídicas serão identificados pela RAIZ do CNPJ da matriz (oito primeiros números Empregadores Pessoas Jurídicas – Raiz do CNPJ • Empregador: 33.456.678 • 33.345.678/0001-32 (estabelecimento MATRIZ) • 33.345.678/0002-00 (estabelecimento FILIAL) Empregador Pessoa Física = pelo CPF Os empregadores pessoas físicas serão identificados pelo seu CPF, desde que esteja válido perante a RFB. Antes do eSocial o empregador pessoa física era identificado pelo CEI (Cadastro Específico no INSS). Pessoa Física (trabalhador) = CPF x NIS (Pis/Pasep/NIT) x Nome x Data de Nascimento Qualificação Cadastral Novas Obrigações Acessórias para a RFB Com a entrada em vigor do eSocial, haverá outras novas obrigações acessórias, todas para a Receita Federal do Brasil (RFB). Com o eSocial substituindo a DIRF e a GFIP – e não contendo todas as informações existentes nestas declarações, a RFB institui novas declarações, porém mais detalhadas. EFD-REINF A EFD-REINF - Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais, que e entrará em vigor quando houver a obrigação de envio dos Eventos Periódicos ao eSocial. A EFD-REINF deverá ser transmitida ao SPED – Sistema Público de Escrituração Digital – até o dia 15 (quinze) do mês subsequente à escrituração. EFD-REINF entrará em vigor nos seguintes prazos: Início do eSocial Início da EFD-REINF Janeiro/2018 Maio/2018 Julho/2018 Novembro/2018 Janeiro/2019 Maio/2019 A EFD-REINF seguirá o mesmo padrão do eSocial: cadastro de contribuinte, tabelas, eventos, arquivos com extensão “xml” etc E a documentação técnica da EFD-REINF já estão disponíveis no linkhttp://sped.rfb.gov.br A EFD-REINF gerará informações detalhadas, por exemplo, sobre as retenções previdenciárias das pessoas jurídicas, dentre outras. Tais informações serão geradas tanto pelo prestador de serviços (construtoras ou outros) quanto pelo tomador de serviços. Gerará ainda informações sobre rendimentos com retenções de tributos que não seja de empregados e contribuintes individuais. PER/DCOMP A Declaração PER/DCOMP – Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação já existe e foi instituída pela RFB. A PER/DCOMP será alterada para receber as informações de Compensações Previdenciárias existentes na GFIP, que será extinta. Seu envio será obrigatório apenas e a empresa precisar declarar compensações ou solicitar restituição, ressarcimento ou reembolso. Deverá ser enviada até o dia 15 (quinze) do mês subsequente à escrituração ou fatos geradores, antes da geração dos DARFs para pagamento da Contribuição Previdenciária e Imposto de Renda Retido na Fonte. A geração de DARF ocorrerá através da DCTFWEB. SERO Com legislação ainda não publicada, o SERO – Serviço de Regularização de Obras de Construção Civil, também entra em vigor com o eSocial. O objetivo do SERO é fazer o cálculo das contribuições previdenciárias sobre a mão de obra empregada nas obras de pessoas físicas, sendo opcional seu uso por pessoa jurídica. Seu envio será até o dia 20 do mês subsequente à escrituração. DCTFWEB – Gerar Guias de Recolhimento A DCTFWEB – Declaração de Débitos e Créditos Tributários, é mais uma declaração acessória online, constituída na forma de portal – disponível dentro do ECAC, que recepcionará os eventos do eSocial, da EFD-REINF, da PERD/COMP e do SERO. O envio da DCTFWEB possibilitará a geração das guias de recolhimento da contribuição Previdenciária e Imposto de Renda Retido na Fonte. Por conta disso, seu fechamento será até o dia 15 (quinze) do mês seguinte à ocorrência dos fatos geradores. DCTFWEB – Gerar Guias de Recolhimento A DCTFWEB – Declaração de Débitos e Créditos Tributários, é mais uma declaração acessória online, constituída na forma de portal – disponível dentro do ECAC, que recepcionará os eventos do eSocial, da EFD-REINF, da PERD/COMP e do SERO. O envio da DCTFWEB possibilitará a geração das guias de recolhimento da contribuição Previdenciária e Imposto de Renda Retido na Fonte. Por conta disso, seu fechamento será até o dia 15 (quinze) do mês seguinte à ocorrência dos fatos geradores. Recolhimento do FGTS Em setembro/2017 a Caixa Econômica Federal disponibilizou o Manual de Orientação para o Empregador e o Desenvolvedor, onde constam as seguintes informações: Para geração da guia do FGTS o empregador poderá optar pela utilização de aplicativo de folha de pagamento (webservice) ou pela utilização de funcionalidade na internet (online), sendo o acesso realizado da seguinte forma: Online: Ambiente Restrito: www.conectividadesocialrestrito.caixa.gov.br Ambiente de Produção: www.caixa.gov.br/conectividadesocial Webservice: Ambiente Restrito: www.wsrestrito.caixa.gov.br Ambiente Produção: www.integraempresa.caixa.gov.br Como entender as colunas dos leiautes Somente a leitura do Manual é insuficiente para entender todas as exigências do eSocial. Para conhecer os detalhes dos campos – ou seja, o que realmente será informado no eSocial – é necessário analisar o conteúdo dos Leiautes que comporão os arquivos do eSocial. Não haverá um programa e os “campos” estão descritos de uma forma pouco amigável para quem não é analista ou programador de sistemas. As explicações a seguir dão uma ideia de como você poderá entender o que está descrito nos leiautes. Regras de Validação No Anexo II dos Leiautes do eSocial há mais de 100 (cem) regras de validações. Há uma tabela de Regras de Validação e tais regras aparecem sempre na linha 2 dos leiautes. Recomenda-se bastante atenção na leitura das regras de validação, já que recusarão o envio de determinados eventos, em caso de não conformidade. Fique muito atento às regras de fechamento de folha de pagamento, pois caso não sejam seguidas, deixarão a folha de pagamento marcadas como “inconsistentes”. Veja como exemplo duas regras a seguir. Tabelas do eSocial Há que se entender a diferença entre dois tipos de tabelas no eSocial. 1) “eventos” de Tabelas (Tabelas de Horários, de Cargos, de rubricas, etc) 2) Tabelas que serão utilizadas em todos os eventos do eSocial (tabelas de natureza de rubricas, tabela de categoria de trabalhadores, tabela de países, tipos de dependentes etc. Tabelas que serão usadas nos eventos do eSocial Certificado Digital e Procuração Para envio dos dados no eSocial será obrigatório o uso da Certificação Digital ICP-Brasil (A1 ou A3) de Pessoa Física ou Pessoa Jurídica. Acesso por Código de Acesso Poderão usar Código de Acesso o segurado especial, o MEI e o empregador doméstico. Também poderão usar o código de acesso o contribuinte individual equiparado à empresa e o produtor rural pessoa física com até 07 empregados, não incluídos os afastados em razão de aposentadoria por invalidez. Empresas do Simples Nacional Segundo a Resolução 137 do Comitê Gestor do Simples Nacional, a partir de 1º de julho de 2018, a microempresa e a empresa de pequeno porte que tiver empregado necessitará de certificado digital para cumprir com as obrigações da GFIP ou do eSocial. A empresa poderá cumprir com referidas obrigações com utilização de código de acesso desde que tenha apenas (um) empregado, e que utilize a modalidade online. • Será permitido ao outorgante repassar os poderes para transmissão de eventos eSocial para um CNPJ ou CPF. • O outorgado que receber tais poderes poderá enviar todos os eventos do eSocial. Procuração Eletrônica Perfil de Acesso Já está disponível no eCAC (site da RFB em http://rfb.gov.br) a modalidade de Procuração para o eSocial por níveis. As procurações serão validadas ao enviar os arquivos contendo os eventos ao eSocial. Está disponível a opção de validar a procuração eletrônica por perfil de acesso. Assim o empregador poderá determinar qual o grupo de eventos o procurador poderá acessar. Confira a tabela constante no Manual 2.4 do eSocial e também no Manual do Desenvolvedor. Penalidades e Mudanças Multas do SPED em geral Com relação à multa pela não entrega ou entrega em atraso das obrigações do SPED (o eSocial faz parte do SPED), de maneira geral, estão previstas na lei 12.766/12, de 27/12/2012 (DOU 28/12/2012), artigo 8º, que são de: R$ 500,00 (quinhentos reais) para empresas tributadas pelo Lucro Presumido R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) para empresas tributadas pelo Lucro Real. Multas Trabalhistas, Previdenciárias e Tributárias São as multas com as quais o empregador realmente deve se preocupar. Com a implantação do eSocial, devido às possibilidades cada vez maiores da fiscalização eletrônica, cruzamento com a Tabela de Regras e dados enviados pelo próprio empregador – o empregador deve conhecer os riscos que corre, ao não cumprir uma obrigação. A partir da entrada em vigor do eSocial os entes participantes (INSS, CEF, RFB, MTE) terão acesso a todos os dados do Empregador e dos Trabalhadores. Tais dados poderão sofrer fiscalização com autuação imediata, online ou ficarão ao dispor do fisco para uma eventual fiscalização por até 05 (cinco) anos. Como implantar o eSocial - Pontos Críticos no eSocial Para implantação do eSocial é importante o empregador estar atento aos pontos mais críticos, onde a legislação nem sempre é aplicada corretamente. O eSocial não trará novas regras, porém a legislação existente deve ser cumprida. Eliminação do retroativo Admissão, desligamentoe pagamento de férias retroativos Admissão: deve ser transmitida antes do empregado começar a trabalhar. A Rescisão deve ser enviados nos mesmos prazos do pagamento. Aviso Prévio trabalhado, deve ser informado até 10 dias da comunicação As férias devem ser informadas no eSocial do mês do pagamento. SST – Segurança e Saúde no Trabalho Todas as informações constantes no LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho), PCMSO (Programa de Controle de Medicina e Saúde Ocupacional) e PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) serão exigidas no eSocial . Nos escritórios contábeis é importante manter o controle sobre os vencimentos de exames médicos e orientar aos empregadores sobre a realização dos laudos e exames. Caso o empregador não faça, recomendamos que seja assinado um Termo de Responsabilidade, para que o empregador fique ciente de uma possível autuação. Informações Gerais Sobre os Eventos de Saúde e Segurança no Trabalho - SST • Outro assunto que merece especial atenção é no tocante às informações sobre Medicina e Segurança do Trabalho ou também chamada de SST – Segurança e Saúde no Trabalho. • As informações dos eventos de SST no eSocial, segundo a Resolução 03 do Comitê Diretivo do eSocial – vide Capítulo 1, tópico 1.6, serão exigidas nos seguintes períodos: – Empregadores em geral = janeiro/2019 – Órgãos Públicos da Administração Direta, Autarquias e Fundações = julho/2019 Informações Gerais Sobre os Eventos de Saúde e Segurança no Trabalho - SST • A legislação sobre SST está distribuída entre a parte trabalhista – CLT e Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho – e a parte previdenciária – INSS e Receita Federal do Brasil – já vigente. • Portanto, o fato de ser exigido o envio apenas seis meses após o envio ao eSocial não desobriga os empregadores a estarem em dia com as obrigações trabalhistas e previdenciárias. Resumo dos documentos de SST Informações Gerais Sobre os Eventos de Saúde e Segurança no Trabalho - SST • São definidos como eventos de Saúde e Segurança do Trabalhador – SST os abaixo elencados: – S-1060 - Tabela de Ambientes de Trabalho; – S-2210 - Comunicação de Acidente de Trabalho; – S-2220 - Monitoramento da Saúde do Trabalhador; – S-2240 - Condições Ambientais do Trabalho - Fatores de Risco; – S-2241 - Insalubridade, Periculosidade e Aposentadoria Especial. • Tais eventos estão diretamente relacionados à SST, porém existem dados em outros eventos que serão utilizados para compor as informações existentes nos formulários substituídos, tais como o PPP e a CAT. Importante esclarecer que nos eventos acima elencados é constituído o histórico das exposições a fatores de risco, sendo que a efetiva declaração da empresa de que deve os adicionais de insalubridade e periculosidade será feita no evento “S-1200 – Remuneração do Trabalhador”, quando informar o código relativo a tal parcela (conforme código criado no evento “S-1010 – Evento de Tabela de Rubricas”. Bem como a declaração relativa ao adicional para o Financiamento da Aposentadoria Especial - FAE, quando informará o grau de exposição, utilizando-se dos códigos previstos na tabela 2. Informações Gerais Sobre os Eventos de Saúde e Segurança no Trabalho - SST Cotas de Trabalhadores Aprendizes e de Pessoas com Deficiência A CLT e a lei 8.213/91 trazem regras quanto à contratação de trabalhadores aprendizes e pessoas com deficiência. Tais informações serão exigidas no eSocial. Os escritórios contábeis já podem fazer o levantamento dos empregadores que estão obrigados ao cumprimento das cotas e buscar as soluções para o cumprimento. Tributação de Previdência Social no RGPS/IRRF/FGTS A tributação previdenciária do RGPS está na Lei 8.212/91, Decreto 3.048/99 e na IN RFB 971/09, além de outras bases legais. O empregador que não paga a contribuição patronal previdenciária corre o risco de uma autuação em caso de fiscalização da Receita Federal e possibilidade de ter sua CND – Certidão Negativa de Débitos – bloqueada. Essas informações serão transmitidas através de uma tabela básica de tributação. ENQUANDRAMENTO TRIBUTÁRIO: Rat, Fap, FPAS CUSTEIO DA APOSENTADORIA ESPECIAL: 6%, 9% OU 12% para o trabalho em função insalubre. Sensibilização dos Empregadores Os primeiros que precisam ser sensibilizados são os gestores e alta direção das empresas e entidades. Estes precisarão “comprar” a ideia do eSocial para autorizar as mudanças previstas e necessárias. A maior dificuldade em relação ao eSocial é “Fazer o empregador entender o eSocial e cumprir com a legislação vigente.”. Uma importante arma é alertar ao empregador – por escrito - para o risco, com os seguintes argumentos: a) O eSocial é volumoso e fiscalizador. b) Não enviar as informações poderá acarretar multas. c) Um dado enviado incorretamente poderá desencadear uma fiscalização retroativa aos últimos 5 anos na empresa/entidade. d) Aos que precisam de CND – Certidão Negativa de Débitos – sempre em dia, um outro alerta: o não envio do eSocial acarretará o bloqueio da CND, o que impedirá a empresa/entidade de obter recursos governamentais. Criação de Comissão/Equipe para o eSocial Dez entre dez especialistas têm recomendado a criação de uma equipe para implantação o eSocial. O ideal – dependendo do tamanho da empresa ou escritório contábil – é a criação de uma COMISSÃO/EQUIPE, composta por, pelo menos, dois líderes, ou Gestores do eSocial. É importante ressaltar que todos os SISTEMAS INFORMATIZADOS (de Folha de Pagamento, Fiscal, Financeiro etc) terão que ser adaptados ao eSocial. Por haver vários setores envolvidos com o envio de informações ao eSocial, sugerimos que haja pelo menos DOIS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS (Líderes ou Gestores) pelo eSocial A liderança da equipe irá analisar detalhadamente o Manual, todos os leiautes do eSocial e legislação – visando fazer o mapeamento/diagnóstico, desenvolver um Plano de Ação, e designar as responsabilidades de cada área/profissional envolvido. Qualidades esperadas dos Gestores do eSocial 1. Conhecimento aprofundado e contínuo da área trabalhista e previdenciária, com capacitação constante; 2. Conhecimento aprofundado sobre o eSocial e das informações que serão solicitadas de cada setor; 3. Perfil de liderança e facilidade em dialogar com todos os níveis da organização, e 4. Organização e perseverança para alcançar os resultados Todas as qualidades podem e devem ser trabalhadas, com capacitação contínua e dedicação de algumas horas diárias para dedicar-se ao tema eSocial. Os Cinco Grandes Passos para Implantação Resumidamente, o que sugerimos neste capítulo, como estratégia para implantação do eSocial está contido em 5 (cinco) grandes passos: • Passo 1: Aprender as Regras do eSocial • Passo 2: Identificar Erros nas Rotinas Internas • Passo 3: Adaptar as Rotinas à legislação vigente e ao eSocial • Passo 4: Fazer a comunicação ao público-alvo • Passo 5: Ajustar os Dados no Sistema adaptado ao eSocial Análise do Cadastro do Empregador Todos os eventos da eSocial estão definidos na Tabela 9 do Manual do eSocial. Vamos analisar alguns dos eventos e leiautes que compõem o “Cadastro Inicial” sob a ótica trabalhista e previdenciária a fim de auxiliar o leitor a identificar o que já pode ser feito na implantação do eSocial. Informações do Empregador/Contribuinte (S-1000) Evento inicial do eSocial, onde são fornecidas pelo contribuinte as informações cadastrais, e demais dados necessários ao preenchimento e validação dos demais eventos da eSocial, inclusive para apuração das contribuições. O Cadastro do Contribuinte será para o estabelecimentoMATRIZ (pela raiz/base de 08 posições do CNPJ. Todos os Estabelecimentos – inclusive a própria matriz– e Obras serão cadastrados em segundo momento, na Tabela de Estabelecimentos. Tabela de Tipos de Inscrição O Cadastro do Empregador/Contribuinte utiliza a Tabela 5 do eSocial (tipos de inscrição), sendo que somente será validado: o número 1 (CNPJ, para pessoas jurídicas) ou número 2 (CPF, para empregadores pessoas físicas). Tabela 8 - Classificação Tributária A Classificação Tributária é um dado novo, que não consta nos sistemas internos, conforme consta na Tabela 8 do eSocial. Natureza Jurídica Esta tabela traz a Natureza Jurídica, uma informação que já consta no cadastro do CNPJ da RFB. Porém, eventualmente o cadastro no CNPJ pode estar errado. A recomendação é utilizar no eSocial a Natureza Jurídica correta e imediatamente fazer a alteração no Cadastro do CNPJ. Compatibilidade do FPAS com a Classificação Tributária A Tabela 22 do eSocial apresenta a compatibilidade da Classificação Tributária com o código FPAS, que inclusive pode ser diferente para cada estabelecimento. Esta tabela 22 é utilizada apenas para evitar envio incorreto e não será utilizada em nenhum evento cadastral. Recomendamos analisar a Tabela 24 apenas quando houver dúvida sobre o FPAS a ser usado e deixamos de apresentá-la neste livro por não considerar relevante. • Conceito do evento: O evento identifica os estabelecimentos e obras de construção civil da empresa, detalhando as informações de cada estabelecimento (matriz e filiais) do empregador/contribuinte, como: FPAS/Outras Entidades e Fundos, informações relativas ao CNAE Preponderante, alíquota GILRAT, indicativo de substituição da contribuição patronal de obra de construção civil, dentre outras. As informações prestadas no evento são utilizadas na apuração das contribuições incidentes sobre as remunerações dos trabalhadores dos referidos estabelecimentos e obras. S-1005 – TABELA DE ESTABELECIMENTOS E OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL • Quem está obrigado: o empregador/contribuinte, na implantação do eSocial e toda vez que for criado um estabelecimento ou obra, ou quando for alterada uma determinada informação sobre um estabelecimento/obra. O próprio estabelecimento matriz da empresa deve ser cadastrado nesse evento para correta informação do FPAS e CNAE Preponderante. • Prazo de envio: O evento Tabela de Estabelecimentos e Obras de Construção Civil deve ser enviado antes dos eventos S-2100 - Cadastramento Inicial do Vínculo, S-2200 - Admissão de Trabalhador e S-1200 - Remuneração do Trabalhador. • Pré-requisitos: O evento exige o cadastro completo das Informações do Empregador/Contribuinte - Evento S-1000. S-1005 – TABELA DE ESTABELECIMENTOS E OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL • CNAE Preponderante • Essa informação já existe hoje nos sistemas de folha de pagamento pois a legislação não é nova e o conceito já é utilizado para a geração da GFIP mensal. • Conforme definido no artigo 72 da IN RFB 971/09, CNAE (Classificação Nacional da Atividade Econômica) Preponderante é a atividade na qual o empregador tem mais empregados atuando no mês naquele estabelecimento na atividade-fim, a ser informado no campo representado pela linha 19 do leiaute. • O empregador que, além da atividade principal, executar outra atividade – comércio e serviços, por exemplo, deverá verificar mensalmente a quantidade de trabalhadores na atividade fim indicada e alterar a CNAE Preponderante, se for o caso. • FAP – Fator Acidentário de Prevenção • A linha 21 é destinada a informação do FAP – Fator Acidentário de Prevenção, obrigatório para a maioria dos empregadores. • Deve-se consultar a alíquota FAP através do site www.previdencia.gov.br, – para tanto será necessário usar a senha previdenciária (instruções no portal da Previdência). • O FAP pode mudar anualmente em janeiro, sendo o índice divulgado geralmente em setembro do ano anterior. • No eSocial o FAP deverá ser informado completo, ou seja, com as quatro casas decimais. A legislação pertinente encontra-se no link citado. • Controle de Jornada no Estabelecimento • A linha 37 solicita a informação sobre o tipo de registro de ponto (controle de jornada) preponderante no estabelecimento. • As opções no leiaute 2.4 são: • 0 - Não utiliza; • 1 - Manual; • 2 - Mecânico; • 3 - Eletrônico (portaria MTE 1.510/2009); • 4 - Não eletrônico alternativo (art. 1° da Portaria MTE 373/2011); • 5 - Eletrônico alternativo (art. 2° da Portaria MTE 373/2011) • 6 – Eletrônico – outros. • Conceito do evento: Apresenta o detalhamento das informações das rubricas constantes da folha de pagamento da empresa, permitindo a correlação destas com as constantes da tabela de natureza das rubricas da folha de pagamento do eSocial. É utilizado para inclusão, alteração e exclusão de registros na tabela de RUBRICAS do empregador/contribuinte. As informações consolidadas desta tabela são utilizadas para validação do evento de Remuneração dos trabalhadores. S-1010 – TABELA DE RUBRICAS • Quem está obrigado: O empregador/contribuinte, na primeira vez que utilizar o eSocial e toda vez que for criada, alterada ou excluída uma determinada rubrica. • Prazo de envio: O evento Tabela de Rubricas deve ser enviado antes dos eventos relacionados à Remuneração do Trabalhador - Evento S-1200, bem como antes dos eventos S-2299 – Desligamento e S-2399 – Trabalhador sem Vínculo - Término, que referenciam rubricas pagas na rescisão. • Pré-requisitos: Cadastro completo das Informações do Empregador/Contribuinte - Evento S-1000. S-1010 – TABELA DE RUBRICAS • Tabela de Rubricas é a tabela mais complexa do eSocial e faz parte do envio do Cadastro Inicial. Esta tabela impactará diretamente na Folha de Pagamento. • Ela apresenta o detalhamento das informações das rubricas constantes da folha de pagamento da empresa (proventos e descontos), permitindo a correlação destas com as constantes da Tabela de Natureza de Rubricas (Tabela 3) da folha de pagamento do eSocial. • O enquadramento de incidência de cada rubrica – proventos e descontos e verbas informativas – deve ser feito pelo empregador. S-1010 – TABELA DE RUBRICAS • Conceito do evento: São as informações de identificação do cargo, apresentando código e período de validade. É utilizado para inclusão, alteração e exclusão de registros na Tabela de Cargos/Empregos Públicos do empregador/contribuinte. As informações consolidadas nesta tabela são utilizadas para validação de diversos eventos do eSocial, entre os quais os eventos de cadastramento inicial, admissão, alteração de dados contratuais, etc. S-1030 – TABELA DE CARGOS / EMPREGOS PÚBLICOS • Quem está obrigado: O empregador/contribuinte, na primeira vez que utilizar o eSocial, e toda vez que for criado, alterado ou excluído um determinado cargo. • Prazo de envio: O evento Tabela de Cargos/Empregos Públicos deve ser enviado antes dos eventos S-2100 - Cadastramento Inicial do Vínculo, S-2200 - Admissão de Trabalhador e/ou S-2300 - Trabalhador Sem Vínculo– Início. • Pré-requisitos: O evento exige o cadastro completo das Informações do Empregador/Contribuinte - Evento S-1000. S-1030 – TABELA DE CARGOS / EMPREGOS PÚBLICOS • Tabela obrigatória! Evento utilizado para inclusão, alteração e exclusão de registros na tabela de CARGOS do empregador. • • Guarda relação com descrição constante na Tabela de Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, que pode ser obtida no Portal do Ministério do Trabalho, no link www.mtecbo.gov.br. • • O código CBO deve ser informado no nível Ocupação existente na tabela de CBO, com 6 (seis) dígitos, e corresponder à principal atividade do trabalhador. • Para fins de aperfeiçoamento da qualidade da informação, em relação a tabela de cargos, é conveniente que revise no cadastro dos Cargos, se todos estão comos nomes dos cargos compatíveis com as CBOs corretas, conforme a tabela constante no portal do Ministério do Trabalho no link citado no tópico anterior.
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