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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE FÍSICA 
CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA 
 
 
 
JAQUELINE MAY BORSATTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TENDÊNCIAS DE PESQUISA SOBRE HISTÓRIA E FILOSOFIA 
DA CIÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2016 
 
 
Resumo 
O trabalho se propõe a classificar e analisar artigos que têm como foco de 
estudo a história e filosofia da ciência. Para isso, foi realizado um levantamento 
em oito revistas eletrônicas de acesso livre, das quais foram selecionados 
noventa e três artigos que expõem resultados de pesquisas realizadas sobre 
esse objeto de estudo. Os artigos foram classificados segundo as categorias: 
intervenção em sala; resenha; teoria; revisão bibliográfica; análise; opinião; 
relato histórico e filosófico; e outros. Nos resultados são apresentadas, em 
linhas gerais, as conclusões de cada categoria. Para auxiliar na análise dos 
dados foram construídos gráficos e tabelas, os quais permitiram verificar que a 
partir de 2000 com a publicação dos PCNs ouve um crescimento moderado 
nas investigações sobre História e Filosofia da Ciência. Além de aumento nos 
últimos anos de artigos com aplicação e analise de materiais contendo HFC. 
Também verificou-se uma a ampla variação dos gráficos, dificultando o 
estabelecimento de certas conclusões. 
 
Palavras-chaves: história e filosofia da ciência, pesquisa bibliográfica, artigos. 
 
Introdução e Justificativa 
 
A Física é uma ciência que está presente no cotidiano das pessoas. 
Entretanto, a sua disciplina no Ensino Médio nem sempre se apresenta dessa 
forma. O que se percebe é a ênfase em modelos matemáticos, memorização 
de formulas, além de formar a concepção errônea de que o cientista é um 
gênio, com uma “super. inteligência” muito superior a nós “seres humanos 
normais”. Dessa forma em sua maioria tem se afastado da realidade dos 
alunos. Em consequência não são poucos os estudantes que tem certa 
repulsão pela disciplina. 
Sobre o ensino de Física no Ensino Médio o Parâmetro Curricular 
Nacional (BRASIL, 2000) afirma que: 
Espera-se que o ensino de Física, na escola média, contribua para a 
formação de uma cultura científica efetiva, que permita ao indivíduo a 
interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais, situando e 
dimensionando a interação do ser humano com a natureza como parte da 
própria natureza em transformação. Para tanto é essencial que o 
conhecimento físico seja explicitado como um processo histórico, objeto de 
contínua transformação e associado às outras formas de expressão e 
produção humana. (p.22) 
 
 Como observado o PCN sugere uma proposta de ensino diferente da 
que se tem dado nas salas de aulas. Propõe ainda, que o conhecimento físico 
deve ser entendido como um processo histórico. Portanto, certifica que a 
ciência foi construída ao longo dos anos, que a sua cronologia esteve 
intrinsicamente ligada a fatos ocorridos na história, como por exemplo: a fissão 
nuclear esteve ligada ao contexto da segunda guerra mundial; Minimizou-se o 
desenvolvimento cientifico na Idade Média por causa de proibições de novas 
ideias que contradissessem as doutrinas da Igreja Católica; O contexto da 
guerra fria impulsionou a corrida espacial; etc. Também, permite desmitificar a 
imagem dos cientistas, mostrando que eles são indivíduos como qualquer outro 
e muitos deles fizeram suas grandes descobertas por interesses seculares, 
como, vantagens financeiras, proveitos políticos, curiosidades, oportunidade de 
trabalho, entre outras. O documento dos Parâmetros Curriculares Nacionais 
argumenta ainda que: 
A Física percebida enquanto construção histórica, como atividade 
social humana, emerge da cultura e leva à compreensão de que 
modelos explicativos não são únicos nem finais, tendo se sucedido ao 
longo dos tempos, como o modelo geocêntrico, substituído pelo 
heliocêntrico, a teoria do calórico pelo conceito de calor como 
energia. O surgimento de teorias físicas mantém uma relação 
complexa com o contexto social em que ocorreram. (BRASIL, 2000, 
p. 27). 
 
Como apresentado pelo trecho do PCN acima, a Ciência de modo geral, 
não se desenvolveu de modo linear e pontual, mas foi uma evolução de ideias 
e conceitos construídos ao longo do tempo, repleta de seus altos e baixos, 
erros e acertos, sendo, portanto uma construção gradual, com modelos e 
teorias sendo substituídas por outras mais coesas. Além disso, muitas das 
teorias foram criticadas antes de serem aceitas, principalmente por 
contradizerem as suposições vigentes da época. Um exemplo disso é a própria 
teoria atômica, como podemos observar no artigo da Oki (2009). 
O quesito filosófico dessa abordagem tem por intensão desenvolver uma 
autonomia intelectual e reflexiva, suprindo assim, a proposta da Lei de 
Diretrizes e Bases Curriculares (LDB), exposta no Art. 35, em que uma das 
finalidades do Ensino Médio é ‘’ o aprimoramento do educando como pessoa 
humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia 
intelectual e do pensamento crítico’’ (1996). 
Segundo Sequeira e Leite (1998, p. 157), citado no documento das 
diretrizes do paraná: 
O ensino das ciências possibilita aos estudantes perceber como as 
teorias atualmente aceitas se constituíram e, dessa forma, apreciar o 
significado cultural e a compreender a validação dos princípios e 
teorias científicas à luz dos tempos em que foram aceitas. Tal ensino 
permite, também, refletir sobre o passado para compreender o 
presente e se preparar para o futuro, numa sociedade científica e 
tecnologicamente avançada como, cada vez mais, é a que estamos 
vivendo. (PARANÁ, 2008, p.70) 
 
 Assim como verificamos anteriormente é necessário entendermos o 
passado para compreendermos e tomarmos partida sobre esses avanços que 
se desenvolvem na nossa sociedade. Assim é de suma importância que os 
discentes saibam que ciência não pode ser dada como um produto acabado. 
Estamos em constante avanço tecnológico e científico, mudanças podem 
ocorrer. Entretanto essas novas descobertas não surgem do nada, é 
necessário tomar os conhecimentos anterior como base para a construção dos 
novos, além de entender como se deu o contexto nos quais se desenvolveram. 
Dessa forma, o ensino da história e filosofia permite aos alunos essa 
compreensão do passado com a parte histórica dessa abordagem e 
desenvolver um pensamento crítico, onde, a partir dos conhecimentos obtidos 
o aluno poderá assimilar interpretar, analisar e tomar posição acerca da sua 
realidade e até mesmo produzir novos conhecimentos com a parte filosófica. 
Para o uso adequado de abordagens envolvendo historia e filosofia da 
ciência, os professores devem saber como transpor essas histórias no 
ambiente da sala de aula, aproveitando o máximo destas para o aprendizado, 
propiciando uma visão critica dos alunos, sem compartilhar ou criar 
concepções errôneas delas. Por isso, conforme Martins (2007) tem se 
construído um vasto campo teórico de estudos e pesquisas nessa área. Existe 
um grande numero de artigos publicados em revistas especializadas da área 
que, nos eventos e congressos, destina espaços específicos para essa 
temática. Entretanto Martins (2007) argumenta que as principais dificuldades 
surgem quando passamos dessa teoria para a prática, no contexto aplicado do 
ensino e aprendizagem das ciências. 
 A fim de conhecer e melhor delimitar as tendências de pesquisa que se 
tem produzido em torno desta temática, realizou-se um levantamento de artigos 
sobre Historia e Filosofia da Ciência em oito revistas eletrônicas de livre 
acesso.Metodologia 
 
Na pesquisa realizada utilizou-se o método de pesquisa bibliográfica, a 
qual, conforme Fiorentini e Lorenzato (2012) consiste na ‘’[...] revisão 
sistemática de outras pesquisas, visando realizar uma avaliação crítica delas 
e/ou produzirem novos resultados ou síntese a partir do confronto desses 
estudos, transcendendo aqueles anteriormente obtidos. ’’ 
Tomou-se como marco temporal para busca dos artigos, o ano de 1996 
por ser o ano em que a nova lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 
número 9394 de 20 de dezembro de 1996) entrou em vigor. 
As revistas pesquisadas foram as seguintes: Caderno Brasileiro de 
Ensino de Física; Ciência & Educação; Ciência e Ensino; Ensaio Pesquisa em 
educação em ciências; Investigações em Ensino de Ciências; Revista Brasileira 
de Pesquisa em Educação em Ciências; Revista Brasileira de Ensino de Física; 
Física na Escola. 
Foi feita uma inspeção nessas revistas, filtrando no título os artigos por 
meio das seguintes palavras chaves: história, histórico, histórica, filosofia, 
filosófica e filosófico. Leu-se o resumo de cada artigo selecionado. A partir de 
então, foram classificados de acordo com o que evidenciavam ou declaravam 
ser o foco da pesquisa e foram agrupados de acordo com as seguintes 
categorias: intervenção em sala; resenha; teoria; revisão bibliográfica; análise; 
opinião; relato histórico e filosófico; e outros 
Na categoria “intervenções em sala” enquadram-se aqueles relatam 
experiências pedagógicas de uma abordagem Histórica e Filosofica da Ciência 
no ensino. 
A categoria “resenha” compreende resenha de livros de História da 
ciência. 
Na categoria “teoria” abrangem artigos que realizam um estudo teórico 
analisando a competência desta abordagem no ensino e/ou apresentam 
propostas de como empregar HFC no ensino. 
A categoria “revisão bibliográfica” traz artigos que analisam trabalhos já 
publicados. 
Na categoria “analise” estão aqueles que buscam examinar a qualidade 
da informações históricas apresentadas determinados materiais didáticos. 
Já na categoria “opinião” foi agrupados aqueles que procuram investigar 
as visões de indivíduos acerca do uso de elementos HFC e como tem se 
usufruído desse recurso. 
Por sua vez a categoria “relato histórico e filosófico” é composta por 
artigos que narram fatos históricos da ciência. 
 
 
Resultados Quantitativos 
 
O número de publicações nas revistas pesquisadas que tinham como objeto de 
estudo história e filosofia da ciência resultou em 93 artigos. O gráfico 1 a seguir 
mostra o número de produções por ano. 
 
Figura 1: Número de artigos sobre HFC publicados por ano 
 
Percebe-se que houve um crescimento moderado no número de 
publicações sobre HFC a partir do ano de 2001, que pode ser explicado pela 
elaboração do PCN em 2000, que como foi relatado na introdução deste 
trabalho, ampara o uso Historia e Filosofia da Ciência no ensino. Mas fica 
evidente também, uma ampla variação no gráfico, talvez isso seja pela 
delimitação da pesquisa, a qual se restringiu em buscas apenas por palavras 
chaves nos títulos . 
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Nº de artigos X ano 
O gráfico 2 traz o número de artigos cujo objeto de estudo é história e 
filosofia da ciência e que foram publicados nas revistas consultadas. 
 
Figura 2: Número de artigos sobre HFC encontrados em cada revista 
 
Observa-se que a revista “ciência e educação” tem a maior quantidade 
de artigos relacionados à temática pesquisada. Talvez seja pelo fato de não 
abranger apenas a área de física, mas a de ciências em geral. Incluindo assim 
artigos de historia e filosofia da biologia, química, entre outros. 
Já o Gráfico 4 mostra o número de artigos publicados de acordo com as 
categorias que foram construídas. 
18 
35 
2 
4 4 
8 
19 
5 
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Número de Artigo X Revista 
Série1
 
Figura 3: Número de artigos publicados por categoria 
 
A Tabela 1 traz o número de artigos publicados por categoria desde o 
ano de 1996, marco temporal inicial da pesquisa. 
 
Ano Intervenção 
em sala 
Resenha Revisão 
bibliográfica 
Teoria Opinião Relatos 
históricos 
Análies Outros 
1996 1 0 0 1 0 0 0 0 
1997 0 0 0 0 0 2 1 0 
1998 1 0 0 3 0 0 1 0 
1999 0 1 0 0 0 0 0 0 
2000 0 1 0 0 0 1 0 0 
2001 0 0 0 1 0 3 2 0 
2002 2 0 0 0 0 0 0 0 
2003 1 0 0 0 0 2 0 0 
2004 1 0 0 1 1 3 1 0 
2005 0 0 0 1 0 0 4 1 
2006 0 0 0 0 0 3 0 0 
2007 1 1 0 1 1 1 0 1 
2008 1 2 0 2 0 1 1 0 
2009 4 0 1 1 0 1 0 0 
0
5
10
15
20
25
Nº de publicações X categoria 
2010 1 0 0 1 1 0 0 0 
2011 2 0 0 1 0 0 1 1 
2012 1 0 0 0 0 0 2 2 
2013 1 1 2 1 0 0 1 0 
2014 1 0 1 0 0 0 0 0 
2015 1 0 0 1 0 3 2 0 
2016 2 0 1 0 0 1 0 1 
Tabela 1: Categorias 
 
A análise da tabela 1 mostra que ouve um aumento nos últimos anos de 
artigos relacionados à aplicação de HFC em sala e de análise de materiais 
contendo HFC. Quanto às outras categorias há diferentes variações entre os 
anos. 
 
Análise dos resultados 
Análise da Resenha 
 
Durante a pesquisa encontrou-se 6 resenhas de livros sobre história e 
filosofia da ciência. Das quais, cinco delas se encontram no Caderno Brasileiro 
do Ensino de Física e uma na revista de Ensino Pesquisa em Educação em 
Ciências. A primeira é sobre o livro “Breve história da Ciência Moderna” escrito 
por Marco Braga, Andreia Guerra e José Cláudio Reis. A segunda é sobre o 
livro “O universo dos Quanta” de Olival Freire Júnior e Rodolfo Alves de 
Carvalho Neto. A terceira é sobre o livro “Os raios N de René Blondlot uma 
anomalia na História da Física” escrita por Roberto de Andrade Martins. A 
quarta é sobre o livro “Estudos de História e Filosofia das Ciências: subsídios 
para aplicação no ensino” de Cibelle Celestino Silva. A quinta é sobre o livro 
“Temas de História e Filosofia da Ciência no Ensino” escrito por Luiz O. Q. 
Peduzzi, André F. P. Martins e Juliana M. H. Ferreira. A sexta é sobre o livro 
“Memórias do Invisível” de Marcos César Danhoni Neves. 
 
Análise da Revisão Bibliográfica 
Na categoria Revisão Bibliográfica contém cinco artigos, cada um deles 
faz um levantamento bibliográfico distinto. O artigo de Polito e Silva Filho 
(2013) faz uma revisão conceitual dos principais elementos relacionados com 
as filosofias naturais dos chamados filósofos Pré-Socráticos, tendo como foco: 
salientar a íntima conexão existente entre concepções propriamente científicas 
e concepções filosóficas de caráter mais geral; e tornar evidente que as 
elaborações e aquisições dos filósofos Pré-Socráticos não figuraram como 
meras relíquias, relegáveis a um papel de dispensável curiosidade histórica. 
O artigo de Pena e Teixeira (2013) investiga parâmetros para avaliar a 
produção literária em História e Filosofia da Ciência (HFC) voltada para o 
ensino e divulgação das ideias da Física, a partir dos aspectos positivos e 
negativos apontados por autores de resenhas de livros didáticos, paradidáticos, 
de divulgação científica e/ou de artigos/ensaios enfocando a HFC. 
 O escrito de Vital e Guerra (2016) realiza uma pesquisa qualitativa a partir da 
análise de dissertações e produtos educacionais elaborados por concluintes do 
Mestrado Profissional. Os resultados demonstram que as simplificações e os 
constrangimentos provocados pela transposição didática das informações 
pelos professores expressam a complexidade que permeia a inserção da 
abordagem histórica no ensino. 
O artigo de Schimer e Sauerwein examina os artigos que apresentaram 
propostas para a sala de aula, relacionadas à HFC, entre os anos de 2001 e2010 das quatro revistas melhor avaliadas pela CAPES no país. A fim de 
verificar quais os recursos didáticos utilizados no trabalho com HFC, como se 
apresentam suas funções didáticas e se há avaliação de seu papel nas 
propostas implementadas em sala de aula. Os resultados mostraram que os 
recursos mais utilizados são textos, mas há também imagens, poesias, contos, 
discussão de filmes e peças de teatro. 
O escrito de Lemes e Porto (2013) apresenta um levantamento bibliográfico 
acerca das questões mais discutidas da área da filosofia da química para 
mostrar como a contemporânea filosofia da química pode promover reflexões 
entre os educadores, auxiliando a escolha sobre o que ensinar, e como 
ensinar, em disciplinas e cursos de química. 
 
Análies da Opinião 
Dos três artigos desta categoria, o primeiro, de Martins (2007), 
intitulado “História e Filosofia da Ciência no ensino: Há muitas pedras nesse 
caminho...”, relata os resultados de uma pesquisa empírica, de natureza 
diagnóstica, que buscou investigar as principais dificuldades e experiências 
de licenciandos, alunos de pós-graduação e professores da rede pública 
acerca do uso da História e da Filosofia da Ciência para fins didáticos. Os 
resultados suscitam uma série de questões para reflexão,que transcendem a 
preocupação com a produção de material didático de qualidade. O 
conhecimento pedagógico do conteúdo, a ser melhor considerado nos cursos 
de formação inicial, parece ser decisivo na superação de visões ingênuas 
sobre o trabalho com a História e Filosofia da Ciência. 
No segundo, de Cuellar Fernandez, et al. (2010) nomeado “La 
importancia de la Historia de la Química en la enseñanza escolar: análisis del 
pensamiento y elaboración de material didáctico de profesores en 
formación” , é examinado a posição de um grupo de professores em 
formação sobre as implicações didáticas de se incluir a história da química 
no ensino. 
O outro artigo, “A história da ciência na prática de professores 
portugueses: implicações para a formação de professores de ciências”. 
escrito por DUARTE (2004) investiga as práticas de professores portugueses 
e suas percepções relativamente à sua formação e à importância conferida à 
História da Ciência. Com base nesses resultados serão retiradas algumas 
implicações para a formação de professores. 
Análise da intervenção em sala 
Esta categoria pode ser dividida em dois grupos: o primeiro 
envolvendo alunos de graduação e o segundo, alunos de nível médio. Oito 
dos vinte e um artigos que relatam o uso de HFC em sala de aula foram 
aplicados a estudantes do curso superior. Os outros trezes se aplicaram a 
alunos do ensino médio. 
Sobre o grupo de intervenção em sala usando HFC no curso superior 
Quatro artigos apresentam resultados de experiências aplicados aos alunos 
que mostram a eficiência de ensino mediante uma abordagem histórica. Um 
emprega HFC em projeto de extensão realizados com alunos do curso de 
licenciatura em Física. Outro a partir de questionários abertos aplicados aos 
alunos analisou a importância de uma disciplina de História da ciência para 
um curso de graduação. Outro descreve uma experiência em que licenciando 
constroem propostas de ensino envolvendo História da Ciência como uma 
alternativa aos modelos tradicionais de ensino. Outro busca discutir as 
implicações da HFC para o ensino e para a formação de professores. 
A respeito do grupo envolvendo alunos do ensino médio. Um dos 
artigos relata experiência de apresentação de conteúdos de Física usando 
como material instrucional histórias infantis. Os demais expõem resultados 
que evidenciam a viabilidade de HFC, sendo que, alguns mostraram que a 
contextualização histórica produziu maior envolvimento dos alunos, e tem 
papel fundamental para se inserir um novo conteúdo. 
Análise da categoria Análise 
Dos dezesseis artigos desta categoria nove buscam analisar como é 
apresentada a História e Filosofia da Ciência nos livros didáticos. Um 
examina como ela é mostrada em museus. Outro apresenta alguns exemplos 
históricos onde, por conta de poucas informações, ou informações 
distorcidas, a interpretação histórica é passível de mudanças. Outro faz uma 
abordagem crítica de duas séries produzidas pela televisão brasileira: Poeira 
das Estrelas e Mundos Invisíveis, no que tange ao uso de narrativas 
históricas para discutir aspectos da natureza da ciência. O próximo artigo, 
atenta para as transformações sofridas pelo experimento de Stern-Gerlach, 
desde os primeiros registros até a forma como ele aparece nos livros 
didáticos. Há outro que investiga elementos acerca da visão de cientista e 
atividade científica presentes na obra Ponto de Impacto de Dan Brown. O 
penúltimo apresentar uma análise do texto teatral Oxigênio visando à 
abordagem da HFC. E o ultimo verifica alguns erros comuns cometidos por 
autores que escrevem sobre história da ciência. 
Dos que analisam livros didáticos. O primeiro verifica especificamente 
a história da eletricidade. O segundo confere a história da dupla hélice do 
DNA. O terceiro investiga a história da ciência nos livros de Química do 
PNLEM de 2007. O quarto inspeciona conteúdos metodológicos presentes 
em livros didáticos de Geologia Introdutória. O quinto busca evidenciar a 
concepção de História da Biologia, para tanto examina três coleções de livros 
de Biologia destinados ao Ensino Médio, e alguns livros universitários usados 
em cursos de formação de professores. O sexto fiscaliza a estrutura 
histórico-conceitual dos programas de pesquisa de Darwin e Lamarck e sua 
transposição para o ambiente escolar. O sétimo, atenta para a história da 
Ótica. O oitavo verifica a história da Química em dez livros didáticos. E o 
nono inspecionou alguns livros didáticos da biologia em relação a geração 
espontânea, a teoria da “evolução” de Lamarck e a teoria cromossômica da 
hereditariedade. 
 
Análise da Teoria 
 
Dos quinze artigos que compõe esta categoria 4 discutem o potencial de 
HFC de melhorar o ensino-aprendizagem, sendo que, dentro destes quatro 
sugerem propostas de utilização de História da Ciência no ensino. 
Dois artigos discutem formas de se abordar HFC na sala de aula. O 
primeiro apresenta quando se utilizar esta abordagem e o segundo defende 
que ao ser abordada deve contemplar a concepção realista das teorias 
científicas. 
Três são voltados significativamente na área de historia na matemática. 
O primeiro propõe a construção de uma interface entre história e ensino de 
matemática a partir de um diálogo entre historiadores e educadores da 
matemática. No segundo relata-se algumas reflexões sobre a participação da 
história na formação inicial de professores de Matemática. O terceiro apresenta 
argumentos teóricos de historia que podem enriquecer o ensino de Matemática. 
Um artigo apresenta e discute o alcance e limites de analogias e 
metáforas construídas a partir de resultados alcançados na Filosofia e História 
da ciência. 
 
Análise de relatos históricos e filosófico 
 
Os 21 artigos desta categoria, apresentam relatos de episódios 
históricos distintos, o que não lhes permite sub categoriza-los. Sendo assim, 
apresentaremos a seguir o tema de cada artigo individualmente: 
Portolés e Cabo (1997) descrevem a evolução das ideias dos cientistas 
acerva do vácuo ao longo da evolução da ciência. 
Silveira e Peduzzi (2006) Examina-se o papel da experimentação na 
gênese de conhecimentos relativos a três episódios da descoberta científica: a 
física de Galileu, a teoria da relatividade restrita e o modelo atômico de Bohr. 
Nascimento Junior (2001) estabelecem o caminho percorrido pelo 
idealismo em sua participação naconstrução das Ciências da Natureza desde 
a antigüidade até o final do século XX. 
Silva e Martins (2003) discutem o trabalho sobre luz e cores de Newton 
publicado em 1672 para vermos exemplos de questões que podem ser 
abordadas em sala de aula através da História da Ciência. 
Nascimento Junior (2003) apresentam fragmentos da história das 
concepções de mundo na construção das ciências da natureza. Indo das 
certezas medievais ate as dúvidas pré-modernas. 
Medeiros (2004) colocam em uma perspectiva histórica o tratamento 
algébrico precoce que, costumeiramente, é dedicado ao ensino elementar da 
Aritmética. 
Mattos e Hamburger (2004) Propoe que uma evolução de idéias 
científicas seja usada como instrumento de aprendizagem de conteúdos 
específicos e, em particular, para ressaltar como os conteúdos se articulam 
entre as disciplinas, usando com exemplo, um estudo sobre a proposta do 
"demônio de Maxwell". 
Melo e Peduzzi (2007) apresenta uma articulação entre a história da 
óptica e as principais características da filosofia histórica de Gaston Bachelard. 
Batista (2004) mostra uma aplicação ao estudo de HFC concernente ao 
entendimento do decaimento β, que leva à primeira identificação das interações 
fracas. 
Raicik e Peduzzi (2015) descrevem o percurso histórico de Charles Du 
Fay, um filósofo natural do início do século XVIII que entregou-se a uma 
intensa busca por encontrar mecanismos que pudessem explicar certos 
fenômenos elétricos ainda não compreendidos na sua época. 
Leite, Ferrari e Delizoicov (2001) buscam estabelecer relações entre a 
produção científica de Mendel e o contexto social, histórico e econômico de sua 
época. 
Silva Neto e Freire Junior (2016) exibe uma breve discussão histórica e 
conceitual sobre a invenção do maser e do laser. 
Dias (2001) faz uso da história na clarificação de conceitos e expõem um 
estudo conceitual da Teoria do Calor. 
Neves (2000) mostra a longa e contraditória história sobre a noção do 
conceito de força, mostrando a confusão e a multiplicidade de conceitos que 
hoje encontram-se diferenciados. 
Bassalo (1997) exibe como se deu a evolução do estudo de movimento 
relativo, examinando os trabalhos de Zenão de Eléia, Giordano Bruno, Galileu, 
Newton, Clairaut, Euler, Coriolis, Mach e Einstein. 
Martins e Silva (2015) relata uma visão histórica geral sobre o 
desenvolvimento dos trabalhos de Isaac Newton a respeito da óptica, desde 
suas primeiras investigações em 1664 até o final de sua vida, quando publicou 
as várias edições de seu livro Opticks. 
Porto (2015) faz uma apresentação histórica da dinâmica newtoniana do 
movimento curvilínea. 
Rocha (2009) usa uma abordagem histórica do conceito de campo. 
Godel (2006) discute o conceito de tempo na teoria da relatividade geral 
e viagens no tempo. 
Dahmen (2006) debate o envolvimento de Albert Einstein com a 
Filosofia. 
. 
Considerações finais 
 
As análises dos artigos permitiram inferir que a tendência das investigações 
sobre os diversos aspectos relacionados à história e filosofia da ciência. Os 
resultados tiveram uma ampla variação, dificultando o estabelecimento de 
certas conclusões, talvez devido à delimitação da pesquisa, que se restringiu 
em buscas apenas por palavras chaves nos títulos. Apesar disso pode se 
constatar um aumento nos últimos anos de artigos com aplicação e analise de 
materiais contendo HFC, além de um crescimento numero de publicações a 
partir do ano de 2001. Este trabalho exigiu uma análise subjetiva para o seu 
enquadramento e definição das categorias. 
 
Referências dos artigos analisados 
 
LONGUINI, Marcos Daniel; NARDI, Roberto. Como age a pressão atmosférica? 
Algumas situações-problema tendo como base a história da ciência e 
pesquisas na área. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, v. 
26, n. 1, p. 7-23, maio 2009. 
 
BATISTA, Irinéia de Lourdes. Resenha: Breve história da Ciência Moderna: A 
belle-époque da ciência (séc. XIX) - Marco Braga, Andreia Guerra e José 
Cláudio Reis. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, v. 25, n. 
3, p. 601-605, dez. 2008. 
 
PENA, Fábio Luís Alves; FILHO, Aurino Ribeiro. O uso didático da história da 
ciência após a implementação dos parâmetros curriculares nacionais para o 
ensino médio (PCNEM): Um estudo a partir de relatos de experiências 
pedagógicas publicadas em periodicos nacionais especializados em ensino 
d. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, v. 26, n. 1, p. 48-65, 
maio 2009. 
 
VILLANI, Alberto et al. Filosofia da ciência, história da ciência e psicanálise: 
Analogias para o ensino de ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 
Florianópolis, v. 14, n. 1, p. 37-55, jan. 1997. 
 
MARTINS, André Ferrer Pinto. História e Filosofia da Ciência no ensino: Há 
muitas pedras nesse caminho... Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 
Florianópolis, v. 24, n. 1, p. 112-131, abr. 2007. 
 
LIMA, Maria Conceição Barbosa; ALVES, L. de A.; LEDO, R. A. Gonçalves. 
Contando história .... Apresentamos a Física. Caderno Brasileiro de Ensino 
de Física, Florianópolis, v. 13, n. 2, p. 89-107, jan. 1996. 
 
PORTOLÉS, Joan Josep Solaz; CABO, Magdalena Moreno-. El espacio vacío y 
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