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Materiais Utilizados na Construção de Instrumentos e Equipamentos Utilizados em Laboratórios Químicos

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Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET MG 
João Gabriel Gomes Magalhães 
Pedro Henrique Fernandes Santos de Lima 
Sarah Cristina Pinheiro Barbosa Soares. 
 
Materiais Utilizados na Construção de Instrumentos e Equipamentos Utilizados em 
Laboratórios Químicos 
Vidro Comum e Pyrex 
Os vidros podem ser considerados como 
sólidos amorfos bastante versáteis. Sua 
versatilidade está intrinsicamente 
relacionada à sua composição química, a 
qual varia em função da sua utilização [1]. 
Na vasta gama de formulações de vidros, o 
vidro comum se encaixa na família dos 
vidros sodo-cálcicos, que são chamados 
assim por conterem óxidos estabilizantes, 
tais como, óxido de cálcio (CaO) e óxido de 
magnésio (MgO). São chamados óxidos 
estabilizantes, pois, reduzem a solubilidade 
do vidro ao mesmo tempo em que mantêm 
sua facilidade de fusão, diminuindo dessa 
forma, o custo de sua produção [1]. Sendo 
assim, são amplamente utilizados na 
fabricação de garrafas, frascos, janelas, 
bulbos de lâmpadas, e mais uma infinidade 
de itens. É importante salientar que, quanto 
maior a concentração de óxidos alcalinos na 
formulação do vidro, como o óxido de sódio 
(Na2O), por exemplo, maior será sua 
solubilidade, uma vez que, a presença 
desses óxidos diminui a resistência química 
do vidro [2]. 
O vidro “Pyrex” é classificado como um 
vidro borossilicato, pois, na sua 
composição, é encontrado o óxido de boro 
(B2O3), o qual é responsável por prover uma 
maior resistência a ataques químicos, maior 
resistência mecânica e um baixo coeficiente 
de dilatação. Por conta dessas 
características, são amplamente utilizados 
como vidrarias de laboratório e utensílios 
domésticos que sofrem grande variação 
térmica. [1,2]. 
Porcelana 
A porcelana pode ser definida como um 
artigo cerâmico vítreo, e é produzida a 
partir de massas chamadas triaxiais, as 
quais são constituídas por argilominerais 
(caulim, quartzo e feldspato) [3]. Contudo, 
os principais constituintes da 
microestrutura de porcelanas dividem-se 
em três principais fases, sendo elas, o 
quartzo, a mulita e a fase vítrea [4]. O 
quartzo é um mineral composto 
majoritariamente por sílica (SiO2) em sua 
forma cristalina, enquanto a mulita é uma 
estrutura cerâmica constituída por sílica e 
alumina (Al2O3), originária do caulim ou do 
feldspato fundido [4,5]. Já a fase vítrea, é 
composta principalmente por sílica em sua 
forma não cristalina e óxidos alcalinos, 
podendo variar suas composições 
dependendo da peça. 
Por apresentar-se como um material 
refratário, a porcelana é amplamente usada 
em laboratórios, como cadinhos, pistilo, 
funil de Buchnner, cápsulas de evaporação 
etc. [6]. 
Politetrafluoretileno (PTFE) 
O politetrafluoretileno é um polímero, o 
qual faz parte do grupo dos fluorpolímeros, 
sendo constituído por monômeros –[CF2–
CF2]n–. Apresenta como principal 
característica a alta estabilidade química, o 
que permite seu uso em meios corrosivos 
que degradariam outros polímeros mais 
comuns. Essa estabilidade é decorrente da 
proteção, praticamente integral, da cadeia 
de carbono pelos átomos de flúor [7]. 
Devido à sua inércia para com outros 
reagentes químicos, o PTFE, popularmente 
conhecido como teflon, é utilizado em 
laboratórios químicos como septos para 
vedação de utensílios, principalmente em 
cromatografias [8]. 
Platina 
A platina é conhecida por ser um metal 
nobre, bastante escasso na crosta terrestre 
(5 ng/kg). Seu preço está associado à sua 
aparência, durabilidade e utilidade. É um 
metal que não se oxida frente a agentes 
oxidantes como ácido nítrico (HNO3), bem 
como, ácido clorídrico (HCl), em função da 
sua inércia. Contudo, é possível oxidá-la a 
partir da mistura desses dois ácidos (água 
régia). A platina é muito usada como 
catalisador para diversas reações, além de 
ser usada, também, na produção de 
equipamentos para laboratório, tais como, 
cadinhos, eletrodos e válvulas termoiônicas 
[9]. 
Polietileno 
O polietileno é considerado um polímero 
flexível, apresentando um caráter inerte 
frente a maioria dos produtos químicos 
comuns, em função da sua natureza 
parafínica, sua elevada massa molecular, 
além da sua estrutura parcialmente 
cristalina. Em condições normais, estes 
polímeros não são tóxicos, o que torna 
possível o seu uso em produtos alimentícios 
e farmacêuticos. São bastante empregados 
na produção de diversos tipos de plástico, 
uma vez que existem, no mínimo, quatro 
diferentes tipos deste polímero, sendo eles: 
Polietileno de alta densidade (PEAD ou 
HDPE); Polietileno linear de baixa densidade 
(PELBD ou LLDPE); Polietileno de ultra alto 
peso molecular (PEUAPM ou UHMWPE) e 
Polietileno de ultra baixa densidade (PEUBD 
ou ULDPE) [10]. 
São usados na fabricação de produtos de 
laboratório como, pipetas descartáveis, 
pipetas Pasteur, provetas, tubos para 
centrífuga etc. Devido à sua inércia, 
também são usados como recipientes para 
armazenagem de líquidos e sólidos [11]. 
Quartzo 
O quartzo, como dito anteriormente, 
apresenta como constituinte principal o 
óxido de silício (SiO2) em sua forma 
cristalina, o qual também é conhecido 
na indústria química como sílica. É um 
mineral que apresenta variedades 
cristalinas, sendo estas, o quartzo 
hialino, quartzo leitoso, esfumaçado, 
roxo (ametista), negro (mourion), verde 
(prásio) etc. Estas variedades, em sua 
maioria, são usadas como gemas para 
ornamentação [12]. Dependendo do 
nível de impurezas no cristal, o quartzo 
é usado para diferentes segmentos 
industriais, sendo os de melhor 
qualidade destinados à indústria 
óptica, eletrônica e de instrumentação, 
enquanto os de qualidade inferior são 
destinados à indústria em geral 
(abrasivos, cerâmicas, metalúrgica). Na 
indústria química, o quartzo é usado 
principalmente para a produção de 
transdutores, tubos de sílica, tubos para 
difusão, ampolas, cadinhos, vasilhames 
e vidrarias em geral [12].
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
1. MARÇAL, R. L. S. B. Fabricação de 
Vidros Especiais a Partir de Resíduos 
da Indústria de Rochas Ornamentais. 
Instituto Militar de Engenharia - RJ. p. 
1-79, jan. 2011. Disponível em: 
<http://www.ime.eb.mil.br/arquivos/t
eses/se4/mec2011/Dissert_RuMar.pdf
>. Acesso em: 10 ago. 2019. 
2. AKERMAN, M. Natureza, Estrutura e 
Propriedades do Vidro. Centro Técnico 
de Elaboração do Vidro – CETEV. p. 1-
37, nov. 2000. Disponível em: 
<http://www.dimensaodigital.com.br/
ufpr/cf361/vidro_SaintGobain.pdf>. 
Acesso em: 10 ago. 2019. 
3. PINHEIRO, B. C. A. Análise 
Microestrutural de Porcelana 
Tradicional. Universidade Estadual do 
Norte Fluminense – UENF. p. 1-130, 
abr. 2005. Disponível em: 
<http://uenf.br/posgraduacao/engenh
aria-de-materiais/wp-
content/uploads/sites/2/2013/07/Tes
e-de-Bruno-UENF.pdf>. Acesso em: 10 
ago. 2019. 
4. BRAGANÇA, S. R., BERGMANN C. P. 
Microestrutura e Propriedade de 
Porcelanas. Universidade Federal do 
Rio Grande do Sul – UFRGS. p. 1-9, 
2004. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/%0D/ce/v5
0n316/a0350316.pdf> Acesso em: 10 
ago. 2019. 
5. FEITOSA, G. et al. Obtenção de Mulita 
a Partir de Matérias Primas Naturais 
Utilizando Ativação Mecânica. 
Universidade Estadual de Ponta Grossa 
– UEPG. p. 1-12. Disponível em: 
<https://inis.iaea.org/collection/NCLC
ollectionStore/_Public/42/105/421053
08.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2019. 
6. SPLABOR. Porcelanas para 
Laboratórios. Disponível em: 
<http://www.splabor.com.br/produto
s/material-de-porcelana-para-
laboratorio/>. Acesso em: 10ago. 
2019. 
7. CANTO, R. B. Estudo Teórico e 
Experimental dos Processos de 
Compactação e Sinterização do 
Politetrafluoretileno (PTFE). 
Universidade de São Paulo – USP. p. 1-
189, 2007. Disponível em: 
<https://www.researchgate.net/profil
e/Rodrigo_Canto2/publication/278636
572_Theoretical_and_experimental_st
udy_of_the_compaction_and_sinterin
g_processes_of_polytetrafluoroethyle
ne_PTFE/links/595246a0458515a207f
7d4f9/Theoretical-and-experimental-
study-of-the-compaction-and-
sintering-processes-of-
polytetrafluoroethylene-PTFE.pdf>. 
Acesso em: 10 ago. 2019. 
8. ADORNEX. Septo ptfe. Disponível em: 
<https://www.adonex.com.br/septo-
ptfe>. Acesso em: 10 ago. 2019. 
9. SILVA, P. P., GUERRA, W. Platina – 
Elemento Químico. Química Nova Na 
Escola. p. 1-2, dez. 2009. Disponível 
em: 
<http://webeduc.mec.gov.br/portaldo
professor/quimica/sbq/QNEsc32_2/11
-EQ-7109.pdf>. Acesso em: 10 ago. 
2019. 
10. COUTNHO, F. M. B., MELLO, I. L. et al. 
Polietileno: Principais Tipos, 
Propriedades e Aplicações. 
Universidade Estadual do Rio de 
Janeiro – UERJ. p. 1-13, 2003. 
Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/%0D/po/v1
3n1/15064.pdf>. Acesso em: 10 ago. 
2019. 
11. PROLAB. Materiais de Plástico. 
Disponível em: 
<https://www.prolab.com.br/produto
s/materiais-de-plastico/>. Acesso em: 
10 ago. 2019. 
12. BENVINDO, A. L., BRAZ, E. Série Rochas 
e Minerais Industriais – Quartzo. 
Centro de Tecnologia Mineral – CETEM. 
p. 1-22, 2000. Disponível em: 
<http://mineralis.cetem.gov.br/bitstre
am/cetem/588/1/srmi-02.pdf>. 
Acesso em: 11 ago. 2019.

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