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TRANSCRIÇÕES ATM 191 DERMATOLOGIA Emiliana Melo e Kellen Corrêa ÍNDICE Acne 3 Dermatoses Bolhosas 7 Dermatozoonoses 10 Lepra (Hanseníase) 13 Infecções Bacterianas 18 Colagenoses 22 Dermatoviroses 27 AULA 1 - ACNE É uma doença extremamente prevalente na população. O folículo pilo-sebáceo apresenta uma glândula sebácea hiperdesenvolvida e um pelo hipodesenvolvido. Em geral, na adolescência, acomete mais face, região pré-esternal e dorso. O gatilho para o desenvolvimento da acne é a produção androgênica. O termo técnico para o cravo é comedão. Existe o comedão fechado que apresenta uma pequena comunicação com o meio externo e o comedão aberto, com extensa comunicação. Provavelmente, o comedão fica com o aspecto escurecido pela oxidação em contato com o ambiente. I. Pelo perdido em meio a uma queratinização alterada – alteração anatômica II. Bacteria coloniza o folículo piloso – colonização bacteriana (Propionibacterium acnes) III. Dependendo do indivíduo, reage de forma inflamatória que dependendo da intensidade, pode levar a destruição do folículo piloso. Para que exista a acne é necessário que exista a reação inflamatória, que é dependendo do sistema imunológico. Uma pessoa pode ter vários comedões e não desenvolver o processo inflamatório que desencadeia a acne. Classificação: Acne comedoniana Acne papulo-pustulosa Acne cística: espinhas gigantes de pus. Não é frequente. Tratamento Se tem uma bactéria que coloniza um folículo alterado utilizamos agentes queratolíticos fazendo pequena descamação no tecido. Eritromicina e Clindamicina, mas a primeira não é mais utilizada. Agente queratolíticos: ácido retinóico, peróxido de benzoila Tratamento sistêmico: tetraciclina é a droga de escolha (clindamicina), mas pode ser utilizada doxiciclina, eritromicina (não se usa mais). Os sebostáticos são somente orais (terapia sistêmica). O melhor é a isotretinoina (Roacutan). A isotretinoina é um grupo de medicações derivadas da vitamina A (retinol). O sinônimo de ácido retinóico é tretinoina. A eficácia desta era boa, porém de alta toxicidade. Surgiu a isotretinoia, um isômero da tretionoina, onde a eficácia aumentou e a toxicidade caiu bruscamente. No Brasil, chegou em 1982. Essa droga é usada VO por 4 meses. Não apresenta efeito tópico significativo. Seu grande problema é a teratogenicidade. Necessário receituário especial. Recomendado solicitar provas de função hepática e triglicerídeos durante tratamento. A recidiva acontece ao redor de 15% dos casos. A glândula sebácea atrofia com o tratamento e o número de comedões cai drasticamente. A posologia é 0,5mg/kg e a caixa tem custo hoje de 80 reais. As mulheres devem assinar um termo se comprometendo a usar um método anticoncepcional eficaz durante tratamento e é necessário se realizar um B-HCG antes. REDUZ FORMAÇÃO DE GORDURA E NORMALIZA QUERATINIZAÇÃO. Chocolate não provoca espinhas. Talvez laticínios podem ter maior propensão a formar acne. Espremer comedões também não piora, se deve espremer na limpeza de pele. Outras formas menos frequentes: - Acne inversa: hidroadenite supurativa. Abscessos nas glândulas apócrinas. A isotretinoína não funciona nesses casos. Localização clássica axilas e região inguinal. Em geral, o tratamento é cirúrgico. Alguns biológicos hoje em dia podem ser usados e conseguem desinflamar esses pacientes. - Acne neonatal: provavelmente essas crianças terão acne na puberdade. Acne transitória e depois entra em remissão. Devido passagem de andrógeno materno pela placenta. - Acne cortisônica: após uso de corticoide. Outros medicamentos podem desencadear também. ACNE ROSÁCEA Faixa etária diferente da acne juvenil. Meia idade. Indivíduos com rash cutâneo. Formada por pápulas e pústulas. Fisiopatologia se deve a fenômenos vasculares que levam ao desencadeamento das lesões. Se o paciente tem inflamações de repetição podem ter hipertrofia de partes moles, chamada de rinofila, e após chegar nesse estágio, necessário tratamento cirúrgico. A acne rosácea não tem comedão, tem a vermelhidão, tem a possibilidade de evoluir para rinofila. Piora com o sol. A acne juvenil melhora com o sol porque os raios UV são tão agressivos que matam a bactéria sensível a luz e esta não consegue desencadear o processo inflamatório. Ou seja, a rosácea precisa fazer o uso de protetor solar. AULA 2 - DERMATOSES BOLHOSAS Se referem à falha na adesão celular entre os queratinócitos. Tem as proteínas que formam as placas, as plaquinas. E as proteínas de aderência entre o citoesqueleto e as placas, desmoplaquinas. Essas duas proteínas são formadas pelos desmossomos. Já existe doenças descritas para cada uma dessas proteínas. Existem doenças específicas também do hemidesmossomo. Também se tem proteínas que atravessas a lamina lúcida e fazem aderência com a lamina densa e formam então a placa hemidesmossômica. Em geral, as disfunções adquiridas são autoimunes, mas também podem ser inatas, devido mutações das proteínas. Três mecanismos: lesão desmossômica, lesão hemidesmossômica ou doença do colágeno (esta é infrequente). LESÃO DESMOSSÔMICA Acantose – os queratinócitos basais ficam presos a camada basal, pois o hemidesmossoma está integro. Porém os mesmo se descolam mais externamente. Isso é conhecido como clivagem supra-basal. Pacientes apresentam bolhas e erosões da epiderme e mucosas. Imunofluorescência histológica (IH) direta: desenvolvida anti-IgG humana. Quando se coloca essa substancia na pele do paciente acometido se tem reação. Pênfigo vulgar: acometimento de mucosas e/ou pele. Tem relatos de lesões esofagianas e até anais quando em doença grave. Lesa desmogleína 1 e 3. A 3 é a mais importante lesadora de mucosa. Na forma grava não existe compensação molecular. Pênfigo foliáceo (endêmico brasileiro): Também conhecido como fogo selvagem. Acomete somente a pele. Lesa apenas a desmogleína 1. A IH não consegue diferenciar os dois tipos por apresentarem mesmo padrão. A doença sem acantólise que faz o desprendimento de toda a epiderme é caracterizada uma doença hemidesmossômica é foi descrita como pênfigo bolhoso. Pela técnica de IH, ocorre ligação de IgG ao longo de toda membrana basal. Existe bolhas tensas por toda a epiderme. Tratamento de doença autoimune: imunossupressão. Corticoide Imunossupressor Biológicos (escalonamento). Os corticoides apresentam bastante paraefeitos pois são utilizados em doses altas. Citostáticos ou citotóxicos: ciclofosfamida, azatioprina, metotrexate Se não ocorre resposta com corticoide e com a associação desse com os citostáticos, ocorre a introdução dos biológicos. Os biológicos são uma célula viva que foram cultivados em meio laboratorial. São todos EV e muito caros. Um outro tratamento que pode ser feito é a imunoglobulina EV, a plasmaferese e a imunoferese (neste, devolve tudo para o sangue do paciente, com exceção das imunoglobulinas – na Alemanha, 14 mil euros cada sessão). NECRÓLISE EPIDÉRMICA Eritema multiforme: pequenas bolhas em regiões palmares. Mais de 30% da pele está afetada. Pode ser utilizado o termo necrólise epidérmica tóxica. Steven Johnson começa a ter necrose das mucosas e com desprendimento da epiderme. Sindrome de Lyell é a forma mais grave. Sempre envolvidos com medicamentos: sulfa, lamotrigina, carbamazepina, hidantal, fenitoína, alopurinol. Apesar dessas seis drogas, todas podem causar. O tratamento é UTI. Complicação principal é a sepse, sinéquia de córneas. Mortalidade alta de 30% a 50%. Protocolos comdrogas anti-TNF. Provavelmente as drogas se ligam aos receptores de superfície e desencadeiam a morte celular e desprendimento de todo epitélio. Observação: epidermólise bolhosa – mutação onde não ocorre produção de colágeno VII. Pode existir função residual. AULA 3 - DERMATOZOONOSES Escabiose Também conhecida como sarna. É causada pelo Sarcoptes scabiei. Apresenta algumas características próprias. Comum em ambientes escolares, juntamentos, principalmente em crianças. O sintoma principal é o PRURIDO. Deve se investigar se tem mais alguém em casa que se coça, pois a sarna é altamente contagiosa. O prurido piora pela noite. A presença de túnel na pele dos pacientes não é comum, apesar de patognomônico. O local preferido são as regiões de calor: região medial dos braços, região medial das pernas, região inguinal, entre os braços e pernas, entre os dedos. No adulto, não se tem sarna acima da cabeça, pensar em alguma dermatite. Crianças pequenas podem ter acometimento de face e couro cabeludo. Um diagnóstico diferencial importante é com farmacodermia. Na dúvida, tratar. A fêmea entra na camada córnea, deixa os ovos e quando eclodem, caminham pela pele, e isso que causa o túnel. Tratamento A medicação de escolha é a permetrina tópica por 3 dias. Também pode ser utilizada a Ivermectina (6mg para cada 30kg de peso), porém só acima dos 12 anos a ivermectina pode ser utilizada. Outros tratamentos podem ser utilizados como benzoato de benzila apesar de assar muito a pele, pasta d’agua de enxofre. Às vezes, após uns 10 dias de tratamento, alguns pacientes podem voltar com prurido. Isso não é mais sarna, e sim, alergia. Pode ser tratado com corticoide tópico. (Isso é descrito como sarna nodular). Sarna norueguesa: comum em pacientes HIV, imunossuprimidos, onde se tem muita quantidade de ácaros. Raro. Pediculose Tem diferentes tipos: Pediculus capitis, hominis e corporis. Gosta de parasitar principalmente cabelos de crianças, e as vezes, adultos. As lêndias ficam grudadas no fio como uma cola. O uso de vinagre para tratamento da lendia é útil pois ele destrói a cola. Gostam de áreas quentes, como região cervical, região da nuca (principalmente em adultos), couro cabeludo. Pode aparecer adenopatia cervical por infecção. Pode existir também em região genital. O tratamento é feito com permetrina e com ivermectina (6mg a cada 30kg de peso). Na pediculose, a permetrina é em gel ou até em xampu (deixando 20 minutos para agir e depois tirar). Larva Migrans Ancilostomo duodenale de cachorro. Consegue uma penetração somente na pele do humano. Promove prurido importante. A larva entra na pele e vai andando ao longo da pele e vai fazendo caminhos tortuosos. Pode até infectar. O tratamento se faz com vermífugo: tiabendazol ou mebendazol. Miíase BERNE (furuncolóide): única larva com uma única porta de entrada causada por picada da mosca. Não necessita lesão pré-existente. BICHEIRA (cavitária): lesões, úlceras, múltiplas larvas. Necessária lesão pré existente. O tratamento é retirar as larvas. Pode também tratar com Ivermectina. Tungíase – Bicho de Pé Causado pela Tunga penetrans. Prurido muito intenso. Às vezes, pela extensão da lesão, pode dar ivermectina e deve ser retirado no hospital. É a fêmea que geralmente infecta a pele. AULA 4 - LEPRA (HANSENÍASE) Doença clássica, extremamente importante. Prevalente e causa muita lesão aos pacientes. • Hansen – 1873 • Mycobacterium leprae (mesmo grupo da tuberculose) • Bacilo gram + • Álcool-ácido resistente • Não cultivável (faltam vários genes no genoma, simplificação fez necessária a presença do hospedeiro para reprodução) • Formas globias (formas exuberantes) • Tropismo por pele e sistema nervoso periférico (combinação clássica: infiltração da pele com lesão de nervo periférico, com alterações de sensibilidade pela afinidade da bactéria à bainha de Schwann, diminuindo a condução nervosa) • 10-15 milhões de casos (OMS – não se tem certeza do número) • Notificação compulsória no Brasil (somente médicos com treinamento especializado são permitidos tratar a doença) • Primeira doença bacteriana em humanos (agente etiológico identificado) • Doença estigmatizante, quadros bíblicos com pessoas cheias de lesões (se era tuberculose, hanseníase, psoríase ou linfoma ninguém sabe) • Existe recomendação para não usar o termo Lepra e preferir Hanseníase, mas não adianta mudar o nome e não mudar o conceito. • Humanos e tatus são os únicos hospedeiros naturais conhecidos Histologia Baciloscopia Mitsuda Clínica Lepra I Inespecífica + ou - + ou - Uma lesão hipocrômica Lepra T Granuloma tuberculoide - + Uma lesão Lepra L Granuloma de células vacuoladas +++ - Muitas lesões Lepra D Granuloma dimórfico ++ - Muitas lesões ALTERAÇÃO DE SENSIBILIDADE Histologia • Granuloma clássica (Tuberculoide): células epitelioides com algumas células gigantes • Inespecífico: Infiltrados bem discretos • Só hanseníase (células vacuolizadas): vários macrófagos e células espumosas • Misto (dimórfico): Granulomatosa + células espumosas • Todos têm agressão neural Baciloscopia • Quando tem células vacuolizadas tem muitas bactérias • Se tiver bacilo na leve (inespecífica) e na tuberculoide é muito pouco • Diferença na quantidade de bacilo de acordo com a resposta inflamatória (correlação entre baciloscopia e reação inflamatória) Mitsuda • Injetou parte de lesão na pele das pessoas e algumas semanas depois viu a reação • Ricos em bacilos: não reagiu, sem lesão • Poucos bacilos: reação Mitsuda +, com apresentação de lesão hipocrômica (reação intradérmica parecida com PPD) Nomenclatura • Lepra T (tuberculoide): poucas lesões, poucos bacilos e Mitsuda +, reação inflamatória semelhante a tuberculoide • Lepra L (lepromatosa ou Virchowiana): reação clássica da lepra • Lepra D (dimórfica ou borderline): devido a um dimorfismo histológico • Lepra I (inespecífico ou inicial) Teste de Lepromina • Reação de Mitsuda é positiva em 95% das pessoas • Se suscetível ao bacilo, vai ter a forma local da doença, a minoria tem manifestação sistêmica • Não tem valor diagnóstico • Serve como screening imunológico As técnicas de PCR para amplificar o DNA de M. leprae foram descritas, e estas sequências amplificadas de DNA alvo. Podem ser detectadas cargas bacterianas baixas (<10 bacilos). Cerca de 60-75% dos doentes com lepra com resultados negativos com esfregaço têm resultados positivos na PCR. Após a quimioterapia, os sinais se tornam mais fracos, portanto, PCR pode ser usado para monitorar o tratamento, diagnosticar recaídas, ou determinar a necessidade de quimioterapia. Apesar da disponibilidade de várias ferramentas de investigação, o diagnóstico de hanseníase é essencialmente baseado em critérios clínicos. Sugestão de divisão pela OMS 1. Lepra Paucibacilar (PCR não ajuda) • Lepra indeterminada ou inicial (mácula hipocrômica com alteração de sensibilidade, difícil de definir e identificar) • Lepra tuberculoide (já tem formação de granulomas, com lesão mais aparente/ placa eritematosa, não se perde tempo procurando bacilo) 2. Lepra multibacilar • Lepra lepromatosa ou Virchowiana (Rudolf Virchow) • Lepra dimorfa ou Borderline *Reação inflamatória desses pacientes formada por TH1 e TH2, alguns pacientes usam mais o TH1 que mais ineficiente *Doença insidiosa, de evolução lenta, a bactéria demora dias para se reproduzir Molusco contagioso disseminado • Imunodeficiência congênitade linfócitos T (dificuldade de lidar com todos os agentes etiológicos) • Diarreia crônica • Infecções intensas • Neoplasia e mortalidade (crianças morrem cedo) • 1981 – SIDA (adultos) • Imunodeficiência iatrogênica (induzido por medicação) Anergia específica ao M. leprae (incapacidade de reagir especificamente a este agente) • Madarose • Infiltração das orelhas ou mucosa nasal – coletar linfa para fazer diagnóstico, preferir orelha por alta contaminação na mucosa nasal (difusa na face) • Fácies leonina • Nariz em cela (desabamento da pirâmide nasal) • Couro cabeludo mais quente • Mão caída • Atrofia da musculatura intrínseca da mão • Pé caído • Mal perfurante plantar (ulcera atrófica) • Mão simiesca • Hipoestesia corneana (lesão ocular) • Eritema nodoso • Eritema nodoso hansênico Examinar nervos • Palpação de nervos periféricos (que são mais afetados; não são muito específicos) • Pesquisa de sensibilidade tátil, térmica (mais sensível) *Os últimos 3: Brasil, Nepal e Timor leste *Brasil tem o segundo maior número de novos casos por ano (perde pra Índia) História natural da Hanseníase Todos os pacientes passam pela forma inicial/indeterminada da doença; se o paciente for incompetente imunologicamente ele evolui para a fase Virchowiana, forma grave da doença, chamada aberta pois libera bacilo para o ambiente, contaminação por via respiratória; se o paciente tiver o sistema imunológico forte ele vai evoluir pata a forma tuberculoide e não vai progredir/transmitir. Se aceita cura espontânea, como qualquer outra doença infecciosa. Período de incubação é de 3 a 5 anos e é possível que o paciente fique esse tempo todo na fase inicial. Se não tratar e estiver numa fase inicial, não vai transmitir. A proporção de crianças infectadas/fase inicial/intensidade das deformações dá uma noção de como está a situação da doença na população. Tratamento – Poliquimioterapia (OMS) • Multibacilares (L, D e I-) – terapia multidroga a) Sulfona b) Rifampicina (mensal) c) Clofazimina 12 a 24 meses ou até a cura baciloscópica Acompanhamento por 5 anos Examinar todos os parentes próximos • Paucibacilares (T e I+) a) Sulfona b) Rifampicina (mensal) 12 a 24 meses Acompanhamento por 2 anos • Blisters com o todos os comprimidos para tratamento são disponibilizados pela OMS • Cuidar lesões neurais com perda de sensibilidade: orientação com manuseio de fogões, uso de sapatos especiais Estados reacionais da Lepra – Mudança abrupta do quadro clínico da Lepra • Eritema nodoso hansênico (nódulos eritematosos na face anterior da pele, paniculite, na lepra é mais intenso/grave): neurite, hepatite, febre, glomerulonefrite, orquite - Imunidade humoral - Tratamento corticoide e talidomida (inibe a reação hansênica humoral, pacientes saem do corticoide) • T reacional: piora da lesão (nervos inflamam junto, piora clínica) - Imunidade celular (melhora imunológica, com piora da doença) - Tratamento corticoide * Focomegalia: membros curtos (talidomida na gestação) AULA 5 - INFECÇÕES BACTERIANAS Pacientes imunossuprimidos apresentam piores formas de impetigo. A gravidade da doença vai depender do agente e da resposta do indivíduo. Dependendo da flora bacteriana que o organismo tem na pele, existe diferentes tipos de reação que podem ocorrer ao entrar em contato com microorganismos. Essa flora bacteriana residente e as proteções mecânicas devem estar integras (exemplo: pessoas que lavam muito o rosto acabam removendo a camada de gordura e a flora bacteriana, propiciando o desenvolvimento de doenças). Pele seca demais são microfissuradas, promovendo entrada de microorganismos. Etiopatogenia Sthapylococcos áureos coagulase positivo é o mais comum na pele. Produz toxinas alfa que são necrogênicos (Exemplo: erisipela estafilocócicas – bolhas que rompem e fazem crostas). Apresenta também outra proteína, a esfoliatina. O Streptococcos beta hemolítico do grupo A produz o fator M, uma substancia proteica que é altamente virulenta. Promove problemas à distância como glomerulonefrites. O paciente mais susceptível é um paciente diabético, paciente com IR, câncer, imunossuprimidos. O paciente HIV apresenta bastante descamação na pele, avermelhada. Eles tem diminuição das células de Langerhans (célula apresentadora de antígenos) por isso apresentam maiores infecções cutâneas. Impetigo Acomete bastante crianças, “ferida nas bocas, nas pernas”, lesões grandes, com pústulas e pus. Em geral streptococcica. Surge em zonas orificiais, como na volta da boca, na volta do nariz, na volta do ouvido. Muito comum ao redor da boca e do nariz pela região ser úmida. Se apresentam como crostas melisséricas, que são amareladas lembrando mel. Quando o paciente já não tem a crosta, a ferida lembra uma queimadura de ponta de cigarro. Fungo raramente faz crosta, fungo faz descamação. Crosta, secreção, exsudação Bacterias | Descamação, bordos elevados, infiltração fungos. | Vírus bolinhas, verrugas. Deve ser tratado com antibiótico: amoxicilina, cefalexina. Se uma ou duas lesões, até pode ser feito tratamento tópico (verutex, mupirocina – uso de duas ou três vezes ao dia). Sindrome Estafilocócica da Pele Escamada Acomete a pele na junção derme epiderme em direção para cima (externa): clivagem dermoepidérmica. Quadro clinico semelhante a necrólise epidérmica toxica. Fazem diagnóstico diferencial com síndrome de Steven-Jonhson, mas esta é por farmacodermia. Cursa com faringite, conjuntivite. É raro. Os sinais e sintomas são bolhas, febre, eritema e erosões. O tratamento desta síndrome é feito através de hidratação pela intensa perda líquida, administrar sintomáticos, tratar em UTI e utilizar penicilina resitente a penicilinase EV. Hordéolo/Tersol Causada por Staphylococcos. Acomete a glândula de melbomius. Causa dor, forma um nódulo amarelado. Doença simples e benigna. Em geral, resolução com drenagem, compressa fria. Pode ser utilizado colírio com antibiótico, colírio com um pouco de corticoide, pomada tópica com antibiótico. Observação: Tudo que está inflamado, está calor, quente, utilizar crioterapia. O calor, em dermatologia, só é utilizado em furunculose que está prestes a drenar. Lesão que está exsudando se coloca mais compressa com soro pois assim desaparece rápido. “Aonde tem água, coloca mais água”. Observação 2: POMADA x CREME. Um machucado está muito seco (crostas) sem secreção utilizar pomada por ser mais grudenta, mais gordurosa. Se a lesão está mais exsudativa se utilizar creme. Foliculite É benigna. Pode ser feito depilação a laser. Infecção do pelo. Pode começar com a inflamação de um pelo e se não tratada, pode virar um furúnculo. Se este não tratado, pode virar um antrax, que é uma infecção para as glândulas vizinhas. A foliculite da barba se chama pseudofoliculite. Foliculite queloidiana da nuca é comum em negros, pois estes tem o pelo mais grosso. É causada por Staphylococcos. Furúnculo: processo infeccioso, crescer, dolorido, drenar. Compressa quente. A melhor conduta é drenar para aliviar. O diagnóstico é clinico. Forunculo de repetição se deve fazer antibioticoterapia sistêmica por um período, utilizar pomadas na axila, na virilha. O conjunto de furúnculo é o antrax. Tratamento sempre com antibióticoterapia. Aqui se faz uma cultura com antibiograma para decidir o melhor tratamento. Foliculite dissecante do couro cabeludo é rara, mais predominante em rara, semelhante à foliculite, mas fistuliza e forma abscessos. Se dissemina pelas glândulas vizinhas. Mais comum em negros. Tratamento comantibiótico e fazer antibiograma. Faz-se uso de isotretinoína para diminuir as glândulas sebáceas. Pseudofoliculite da barba: diagnóstico clinico, tratamento tópico (clindamicina ou eritromicina), algum gel com antibiótico. Se não resolver, depilação a laser. Erisipela É geralmente streptocóccica, mas pode ser staphylocócica quando for bolhosa. O paciente vai chegar com dor, edema, eritema, adenopatias satélites. Pode comprometer a drenagem linfática e promover elefantíase. Pode também complicar com nefrite, septicemia. Diagnóstico clinico e laboratorial. O tratamento é repouso, além de antibióticos. Os antibióticos EV são reservados para os casos mais complicados Staphylococcos bolhoso, com crostas, exsudativo. Celulite Tipo de erisipela que compromete a hipoderme, mais profunda que a erisipela. Diagnóstico clinico. Tratar com antibioticoterapias. Pode ser streptocóccica ou staphylocóccica. Eritrasma Causada por Corinobacterium minutissum, semelhante a Tinea. Descamação da virilha. Geralmente ocorre na virilha mas pode acometer axila. Se não for olhado com atenção ela é tratada como fungo e não se resolve. A diferença é que a escamação aqui na bacteriana é mais alaranjada. Na luz negra, se observa a fluorescência da luz. Diagnóstico é clinico. O tratamento é tópico com clindamicina ou eritromicina. Dica: Pseudomonas com frequência acomete unhas, ficando preta-esverdeadas. Existe o fungo demáceo que também deixa a unha do mesmo jeito, sendo um diagnóstico diferencial, mas neste caso é bem preto, sem estar esverdeado. AULA 6 - COLAGENOSES Lúpus • Lúpus Cutâneo Discoide Crônico: Evolução arrastada com lesões discoides (forma mais comum). Tríade exclusiva EAD (eritema, atrofia e descamação),predomínio por áreas expostas - 95% exclusivo cutâneo (prognóstico melhor), 5% LES • Lúpus Cutâneo Subagudo: ED psoriasiforme, circinadas, fotossensibilidade - 65% exclusivo cutâneo, 35% LES • Lúpus Cutâneo Agudo: Asa de borboleta (forma mais rara de todas) - 100% LES (acometimento sistêmico) • O termo Lúpus quer dizer lobo (latim) e relaciona com a doença por uma forma de tuberculose cutânea chamada Lupus vulgaris e a lesão era semelhante a uma mordida de lobo – placa infiltrada com centro vitiligoide (quem diferenciou a tuberculose cutânea com o lúpus eritematoso foi Moritz Kaposi, o mesmo do Sarcoma de Kaposi, em 1872) (Lupus vulgaris) (Cantor Seal possui uma forma bastante agressiva da doença – Lupus cutâneo) • Estão descritas lesões no palato, a odonto pode diagnosticar a doença • A luz sempre desempenha um papel no desencadeamento/distribuição das lesões. O Lúpus cutâneo discoide crônico e o agudo podem ter a mesma distribuição, porém a morfologia das lesões é diferente • Imunofluorescência direta (fixação in vivo): se eu fizer um criocorte da pele atingida, jogar uma anti IgG humana (irrigar com flúor), examinar ao microscópio e fluorescer linearmente ao longo da membrana basal (junção dermoepidérmica), este é um paciente com Lúpus. Esse exame caiu em desuso, pois as técnicas sorológicas avançaram muito, mas essa é a famosa Banda Lúpica. Os anticorpos se depositam em outras membranas basais no corpo (por exemplo, no glomérulo). • Imunofluorescência indireta (fixação in vitro): outro exame que tenta identificar os anticorpos circulantes que estão no soro do paciente, e a primeira tática para identificar o anticorpo circulante é fazer ele parar. Pega substrato e joga o soro do paciente, se ele tiver anticorpo para algum dos antígenos ele vai fixar, lava e numa segunda etapa joga a mesma anti IgG do método direto, repetindo o restante processo. Observou-se que o paciente que tem colagenose e anticorpos circulantes, eles se dirigem para o centro da célula, e ele brilha no exame. Esse é o exame FAN. Para realização do FAN é utilizada a célula HEP2, humana que é imortalizada em laboratório, já vem em lâminas e é utilizada no substrato (mais sensível, pois é uma célula humana/antígenos humanos e não em fígado de rato) • Criocorte para conservação das imunoglobulinas • No Lúpus sistêmico 100% dos casos se identifica anticorpos circulantes, no subagudo cerca de 50% e no discoide crônico 20% • Biopsia da pele - Teste de banda de Lúpus: coloração imunofluorescente de membrana basal - Depósitos de IgG e componentes na junção dermo-epidérmica • Histologia: degeneração e atrofia da epiderme - IFD: depósito de IgG na membrana basal - Glomérulo • Padrões (totalmente ultrapassado, hoje em dia existem cerca de 28 padrões, quanto mais evolui o FAN, mais sensível fica a diferenciação dos padrões -> consultar a literatura caso apareça um padrão diferente) - Homogêneo (cora todo o núcleo, anticorpo contra todo o DNA; mais relacionado ao LES) - Salpicado - Moteado - Nuclear - Salpicado grosso - Nucleolar - Citoplasmático - Aparelho mitótico - Membrana celular (raramente associado a doenças reumáticas) - Pontilhado fino (relaciona com anti-Ro e anti-La) - Pontilhado grosso - Centromérico (dirige ao centrômero; relaciona com o CREST) *Se o padrão é diferente, o anticorpo é diferente e a doença/lesão/manifestação pode ser diferente • Tratamento (inibir a inflamação e a produção de anticorpos) - Corticoide tópico (creme, pomada, oclusão, infiltração) – LEDC - Antimalárico (não tem efeito na produção de anticorpos, mas inibe a inflamação): Cloroquina – LEDC, LESA/LES - Corticoide sistêmico – LEDC, LESA/LES - Imunossupressor – LESA/LES *Primeiro: Corticoide + antimalárico / Depois: Imunossupressor / Último: Biológico • 11 Critérios para LES – ARA: Quatro ou mais critérios = LES (97%de sensibilidade e 98% de especificidade); três critérios = provável LES • Lúpus também é descrito em animais e tem apresentação semelhante a dos humanos: glomerulonefrite, anemia... (estudo feito com gatos) • Sumário (?) 1. Variabilidade clínica muito grande (histologia comum) = Variabilidade prognóstica (alguns melhores, outros piores) 2. Importância das técnicas de imunofluorescência 3. Correlação entre padrão do FAN e o quadro clínico 4. Transferência placentária de IgG patogênicas (filhos de mães anti-Ro e anti-La positivas assintomáticas para LES e Sjögren podem ter Lúpus neonatal – subagudo transitório; os anticorpos podem se dirigir aos canais de cálcio e em 14% dos casos gerar um bloqueio cardíaco letal) 5. Imunossupressão Corticoide -> “outros imunossupressores” -> biológicos 6. Doença auto-imune policlonal (por isso consegue atingir várias áreas diferentes do corpo) (Lúpus neonatal) Esclerodermia • Pele endurecida => Produção exagerada de colágeno (mecanismo não é bem conhecido) • É parecida com o Lúpus, possuindo uma forma clássica que afeta pele e órgãos internos e uma forma localizada • Formas cutâneas puras - em placa (fibrosa, leve eritema na volta, na palpação é endurecida) - linear • Esclerodermia sistêmica progressiva: doença rara e grave; os pacientes começam a produzir colágeno de forma abundante na periferia; atingindo estômago, coração, pulmão, fibrosam inteiros e leva os pacientes à morte. Tratamento com imunossupressão agressiva para tentar parar a evolução. • Formas viscerais - fibrose pulmonar idiopática ou primária (semelhante ao pulmão da esclerodermia sistêmica progressiva) • Testa sem ruga, dificuldade de piscar, nariz afilado, pele brilhosa, microstomia, rugas periorais (boca de fumante, impossibilidade de assobiar) • Tratamento é semelhante Dermatomiosite • Inflamação no músculo, junto como quadro cutâneo (fotossensibilidade, eritema na pálpebra superior e pápulas psoriasiformes no dorso das articulações dos dedos – Pápulas de Gottron) • Histologia da pápula semelhante ao Lúpus • Possibilidade de ser paraneoplásico • Resistente a todos os tratamentos, usado biológicos Envolvimento cutâneo Cutâneo + Sistêmico Envolvimento sistêmico LES LEDC LESA Nefrite lúpica sem Lúpus cutâneo (LES) Dermatomiosite Dermatomiosite amiopática Dermatomiosite clássica Polimiosite Esclerodermia Esclerodermia linear Esclerose sistêmica Esclerose sistêmica sem esclerodermia AULA 7 - DERMATOVIROSES • Importante saber o básico independente da especialidade que vai seguir. Definição • São doenças causadas por vírus os quais são organismos intracelulares obrigatórios e apresentam apenas um ácido nucleico: DNA ou RNA • Vírus DNA intracelular: necessita de outra célula para replicação no seu interior • Vírus RNA: síntese de todos os componentes ocorre no citoplasma Patogenia • Infecção celular pelos vírus 1. Citolítico: replicação e morte da célula mãe com liberação da célula viral (não preserva a célula mãe). Ex.: verrugas 2. Permanente: preservação da célula mãe e eliminação do vírus por brotamento. Ex.: Herpes simples 3. Integrada: o vírus ou parte se integra à célula mãe modificando a mesma (o vírus e a célula mãe seguem juntos). Ex.: neoplasias Classificação • Vírus RNA - Sarampo: paramixoviridae - Rubeola: togavirus • Vírus DNA - Maior interesse dermatológico - Verrugas: Papova vírus – HPV - Herpes Zoster e varicela: Herpesvirus varicella - Herpes vírus simples: tipo I (oral/pele) e II (genital/mucosa) - Molusco contagioso: Poxvirus Verrugas • Lesão papulosa com pontos avermelhados/pretos -> capilares com sangue coagulado • Verrugas palmares e plantares (onde tem mais trauma), os pontinhos pretos estão sempre presentes • Faz parte o vírus do HPV, tem muitos subtipos, um deles é o genital que está associa ao tumor de colo uterino (HPV sexualmente transmissível); outro subtipo já se sabe estar associado ao Câncer de laringe • Não se opera verruga, sangra pra periferia, sobra células na borda... Fazer tratamentos que não sangram • Fitoterapia: macerado da casca da banana • Verruga filiforme (“descabelada”, toda fissurada) • Corno cutâneo (tipo de verruga que vem de uma textura endurecida, de chifre, debaixo pode ter uma neoplasia espinocelular) • Verruga vulgar • Verruga em mosaico (muito chato de tratar, se agrupa na região plantar e forma uma placa; crioterapia pode ser usado, mas o melhor é lixar e colocar InquimodR até desaparecer) Herpes zoster • Agente etiológico: Herpesvirus varicellae • Paciente pode ter tido contato com o vírus da varicela anteriormente e não se manifestou nada, num momento de baixa imunidade (idosos com algum processo neoplásico) ele gera a dor e as lesões • Distribuição metamérica unilateral (você não vai ter herpes comprometendo o diâmetro inteiro do corpo, somente um lado) • Vesículas puntiformes até vesículas bem constituídas podendo confluir formando bolhas com secreção serosa até hemorrágica/pústula/pus (morfologia parecida com o herpes simples, mas de sintomatologia diferente) • Lesões agrupadas que seguem um trajeto maior de acordo com o nervo acometido, acompanham dor e neuralgia (que pode cronificar após a cura da doença) • Sede anatômica das lesões está no gânglio sensitivo espinal ou craniano (de um lado ou de outro, nunca os dois lados, compromete um ramo do nervo) • Alterações sensitivas (neuralgias que podem ficar mesmo depois da cura da doença) • Síndromes neurológicas - Medula – gânglio espinal – neurônios sensitivos - Nervos cranianos – gânglios sensitivos: trigêmeo, facial, vestibular e glossofaríngeo. Acometimento do nervo oftálmico – corpo ciliar, íris e córnea - Paresias e paralisias temporárias dos músculos intercostais - Síndrome de Ramsay-Hunt: compromete o nervo facial com paralisia do mesmo, vesículas no pavilhão auricular, tonturas • Perigoso quando é facial, chamar o oftalmo para olhar, geralmente causa muita dor • Tratamento (geralmente autolimitada, mas trata para encurtar o curso da doença e para prevenir a neuralgia permanente) - Compressas locais - Aciclovir tópico e oral (doses altas durante uma semana) - Fanciclovir - Analgésicos - Investigar imunossupressão em paciente “sadio” (desenvolvimento de tumor) - Orientação - Neuralgia pós-herpes: difícil de controlar, usa-se Gabapentina, paciente fica triste/depressivo, laser infra vermelho de baixa intensidade pode ajudar nas dores Varicela • Geralmente paciente imunodeprimido • Várias lesões elementares, de fases diferentes, se apresentam ao mesmo tempo no paciente (pápulas, pústula, vesículas, crostas) • Todas (90%) lesões causadas por vírus tem orifício central (umbilicação) • Tratamento: Calamina, compressas de chá de camomila, anti-histamínico (PolaramineR). Tratar com corticoide uma doença viral já é mais complicado. Herpes simples: tipo I e II • Lesão perioral é mais comum, mas pode acometer qualquer lugar do corpo – polpa digital, pálpebra (procurar oftalmo) • Nós temos contato com esse vírus na infância, mas nem todo mundo tem a manifestação. A maioria de nós adquire resistência. • Geralmente aparece quando estamos preocupados, estressados, período de prova, tomar sol sem filtro solar... • Herpes aparece bastante em pacientes internados, imunodeprimidos, portadores de HIV • A expressão em pacientes HIV é diferente, mais complicada, lesões mais bizarras, já aparecem ulceradas (genital e perioral), fácil de confundir com outras patologias (não se reconhece facilmente) • “Aftas” recorrentes e em períodos de estresse/baixa imunidade podem ser herpes oral de mucosa • O tipo I pode atingir genital e o tipo II pode atingir perioral (contrário do que é mais comum) • Tratamento: L-lisina 500mg (ResistR - Cloridrato de Lisina - aminoácido), manipulado, tomar durante 6 meses (prevenção para que o paciente não tenha mais herpes, tem efeito de supressão na replicação viral); Hidrocortisona só para diminuir o edema (somente durante DOIS dias) • Obs.: Consumo de chocolates (que possui arginina) ajuda na replicação viral e intensifica o Herpes Molusco contagioso • Muito comum em crianças • Pápula pequenas, umbilicadas no centro • Não tem muito impacto na saúde, exceto por ser contagioso • Procurar imunossupressão • Não se usa mais curetagem • Pode tratar com tintura de thuya e de iodo (+DMSO para ajudar a penetrar na pele) • Orientar a mãe que é autolimitado, que não vai causar danos maiores
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