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historico educação de jovens e adultos

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
POLO ITACARAMBI
CURSO: PEDAGOGIA 
Disciplinas Norteadoras
	Educação Formal e não Formal, Educação de Jovens e Adultos, Didática, História da Educação, Metodologia Cientifica, Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula.
	
 
 
Adriana Correa da Mota
 
RA: 3087830050
Produção Textual
 TUTOR A DISTÂNCIA: 
São João das Missões
08 de Maio de 2019
Sumário 
Capitulo I
Produção Textual
Introdução __________________________pag. 1
Desenvolvimento ____________________pag.2 á 5
Conclusão __________________________pag.6
Referências _________________________pag.7
História Da Educação De Jovens e Adultos No Brasil
Introdução:
A educação de jovens e adultos tem uma trajetória históricas de ações descontinuas marcada por uma diversidade de programas, muitas vezes não caracterizada como escolarização. Com a aprovação da LDB 9394/96 e das Diretrizes Curriculares Nacional da Educação de Jovens e Adultos, parecer Nº 11/2000,a EJA é caracterizada como modalidade da educação básica correspondente ao atendimento de jovens e adultos que não frequentaram ou não concluíram a educação básica . Esses documentos trouxeram alterações e ampliações conceituais produzidas desde o final da década de 1980, ao usar o termo Educação de jovens e Adultos para assimilar as ações anteriormente conhecida como ensino supletivo.
 No parecer do conselho Nacional de Educação (2000), a EJA expressa também a concepção de resgate de uma dívida social de herança colonial negativa, quando se preservou tangivelmente uma educação que fortaleceu a desigualdade social .
A heterogeneidade peculiar a esta modalidade de ensino faz com que o espaço do diverso seja repleto de riqueza social e cultural. Há aspectos que fazem desses estudantes seres impares que, por meio de suas historias de vida, de suas memórias de representações preencham o cotidiano da Educação de Jovens e Adultos por sua vez, precisam ser preenchido por ´´escolas`` e outros espaços que entendam as suas particularidades.
 Interessa-nos buscar elementos que contribuam para enfrentar os desafios da consolidação da Educação de Jovens e Adultos trabalhadores como direito de todos, preceito constitucional, e da educação profissional também como espaço de formação humana. Estas duas concepções, com as quais coadunamos , encontra-se amplamente discutidas entre atores, no campo da EJA, não serão aqui retomadas literalmente, mas cabe ressaltar que contribuíram para a analise de programas e para o tensionalmente sobre os sentidos que produzem em seu contexto histórico.
Ao longo do texto faremos uma retomada histórica da Educação de Jovens e Adultos.
Do Império a Republica
Olhando para educação brasileira desde o período colonial, poderemos perceber que ela tinha um cunho especifico direcionado as crianças, mas indígenas adultos foram também submetidos a uma intensa ação cultural e educacional. A companhia missionária de Jesus tinha como função catequizar e alfabetizar na língua portuguesa os indígenas que viviam no Brasil. Naquele tempo as aulas eram somente para os filhos dos colonizadores portugueses e só para os homens, excluindo assim os indígenas e os negros.
 A partir do Ato Constitucional de 1834 fica sob a responsabilidade das províncias a instrução primaria e secundária de todas as pessoas, mas que foram designadas especialmente para jovens e adultos. É importante ressaltar que a educação de jovens e adultos era carregada de principio missionário e caridoso.
 “Era preciso “iluminar” as mentes que viviam nas trevas 
 da ignorância para que houvesse progresso.”
 (STEPHANOU: BASTOS (ors), 2005. pg. 261)
Daí a educação de jovens e adultos deixa de ser direito para ser um ato de solidariedade.
Da década de 40 à Marca dos Movimentos Sociais.
 Podemos dizer que este descaso com a educação levou o Brasil a alcançar a incrível marca de 72% de analfabetismo em 1920. Em 1934 foi criado o Plano Nacional de Educação que previa o ensino primário integral obrigatório e gratuito estendido as pessoas adultas. Esse foi o primeiro plano na história da educação brasileira que previa um tratamento especifico para a educação de jovens e adultos. E foi a partir da década de 40 e com grande força na década de 50 que a educação de jovens e adultos volta a pautar a lista de prioridades necessárias para o País. Em 1938 foi criado o INEP ( Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos) e a partir de suas pesquisas foi fundado em 1942 o Fundo Nacional do Ensino Primário com o objetivo de realizar programas que ampliassem e incluísse o Ensino Supletivo para adolescentes e adultos. Em 1945, este fundo foi regulamentado estabelecendo que 25% dos recursos fossem empregados na educação de adolescentes e adultos.
 Desde o inicio da década de 40, a educação de jovens e adultos estava em alta. Em 1946 surge a Lei Orgânica do Ensino Primário que previa o ensino supletivo, e em 1947 surgiu o programa de âmbito nacional, visando atender especificamente as pessoas adultas. Com a criação do SEA ( Serviço de Educação de Adultos) tinha por finalidade reorientar e coordenar, os trabalhos dos planos anuais do ensino supletivo para adolescentes e adultos analfabetos que durou ate fins da década de 50, foi denominado de Primeira Campanha Nacional de Educação de Jovens e Adultos.
 Um dos motivos para o surgimento da Primeira Campanha de Alfabetização foi imensa pressão internacional para a erradicação do analfabetismo nas ditas “nações atrasadas” isso demonstra que os programas de educação instalados estavam preocupados mais na quantidade de pessoas formadas do que a qualidade. Além dessas recomendações, era plausível ao momento histórico interno brasileiro, o aumento das pessoas que diante da lei, pudessem exercer o direito do voto no caminho da democratização. 
 Em 1952, foi criada a campanha Nacional de Educação Rural (CNER), para atender as populações que viviam no meio rural. E em 1958, com a Realização do II congresso Nacional de Educação de Adultos no rio de Janeiro, começou- se a dar passos em direção da discussão de um método pedagógico utilizado na educação de adultos. Foi criada em 1958 a campanha de erradicação do analfabetismo (CNEA), com a proposta de criar projetos-polos com atividades que integrassem a realidade de cada município e servissem de modelo para expandir-se pelo país, mas pouco se diferenciou das campanhas anteriores.
O fim da década de 50 e inicio da década de 60 foi marcada por uma grande mobilização social em torno da educação de adultos .Podemos citar vários movimentos sociais criados nesse período , tais como: “Movimento de Educação de Bases ” (1961-CNBB) , Movimento de Cultura Popular do recife (1961), Centros Populares de Cultura (UNE), Campanha de Pé no Chão também se aprende esses programas, “através da pedagogia freiriana, identificam o analfabetismo” não igualitária “ESTEPHANOU: BASTOS (orgs), 2005, pg.269”.
DO FIM DO MILITARISMO À NOVA REPÚBLICA
Chegamos a um dos momentos mais negros da história brasileira, o golpe militar de 1964. Com o militarismo, os programas que visavam a constituição de uma transformação social foram abruptamente interrompido com apreensão de matérias, detenção e exilio de seus dirigentes. Retoma-se nessa época, a educação como modo de homogeneização e controle das pessoas. O governo militar criou o movimento brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), em 1967, com o objetivo de alfabetizar funcionalmente e promover uma educação continuada. Com esse programa a alfabetização ficou restrita a apreensão e habilidade de ler e escrever, sem haver a compreensão contextualizada dos signos.
 Porem, podemos ver que com a República Nova há a primeira explicitação legaldos direitos dos cidadãos que não foram escolarizados na idade ideal, como destaca oliveira (2007,pg.4)
O inciso I do artigo 208 indica que o Ensino Fundamental passa a ser obrigatório e gratuito “assegurada inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria”. Em seu artigo 214, a Carta Magna indica também a que legislação “estabelecerá o plano Nacional de Educação, de duração plurianual, visando a articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e a integração das ações do Poder Público que conduzam a .I- Erradicação do analfabetismo. II-Universalização do atendimento escolar.
Cabe lembrar também, que na emenda Constitucional Nº14\69 fica estabelecido que a união devera investir nunca menos que 30%do CAPUT do artigo 212 para a erradicação do analfabetismo e manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental.
 Assim, com a Nova Constituição de 1988, prevê-se que todas as pessoas tenham acesso a educação, sendo reforçada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)Nº9394/96 de 20 de Dezembro de 1996. De acordo a LDB, e determinado que o Plano Nacional de Educação seja elaborado em concordância com a Declaração Mundial de Educação para Todos e com base na LDB, foi constituído a Educação de Jovens e Adultos como modalidade de ensino através da Resolução CNB/CEB Nº 1, de 05 de Julho de 2000, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Ressalta-se ainda o direito a jovens e adultos a educação adequada as suas necessidades peculiares de estudo, e ao poder Público fica o dever de oferecer esta educação de forma gratuita a partir de cursos e exames supletivos.
Entre os movimentos que surgiram no inicio da década de 90, podemos destacar o Movimento de Alfabetização (Mova) que procurava trabalhar a alfabetização a partir do contexto socioeconômico das pessoas alfabetizadas, tornando-as co-participativa de seu processo de aprendizagem.
 Em 1996, surge o programa Alfabetização Solidária (PAS).Em 1998 surge o PRONERA(Programa Nacional de Educação na Reforma Agraria) com objetivo de atender as populações situadas nas áreas de assentamento. Em 2003, o Governo Federal lançou o Programa Brasil Alfabetizado, que no inicio tinha características de mais uma campanha.
A Educação de Jovens e Adultos e o Direito a Educação.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Nº9394/96) não quis deixar este campo em aberto. Por isso o §1º do artigo 37 é claro: Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas.
 As diretrizes Curriculares Nacionais para a educação de jovens e adultos apontaram-na como direito publico subjetivo, no Ensino Fundamental, posição consagrada em seguida, em lei nacional. Tais direitos buscaram dar a EJA uma fundamentação conceitual e a interpretaram de modo a possibilitar aos sistemas de ensino o exercício de sua autonomia legal sob diretrizes nacionais com as devidas garantias e imposições legais.
A educação de Jovens e Adultos representa outra e nova possibilidade de acesso ao direito à educação escolar sob nova concepção, sob um modelo pedagógico próprio e de organização relativamente recente.
O parecer CNE/CEB Nº36/2004 contempla a questão de se determinar nacionalmente a duração mínima dos cursos denominados ”cursos supletivos” e de regulamentar a idade mínima de inicio desses cursos. Esse parecer propõe 02 (dois) anos de duração para a EJA no segundo momento do Ensino Fundamental (5º á 8º anos) e de 01 ano e maio pra o ensino médio. 
Hoje a idade dos exames supletivos é determinada pelo ART. 38 da LDB: a de 15 (quinze) ano para o ensino fundamental e a de 18 ( dezoito) anos para ensino médio. E é desses patamares que, a época a câmara de educação básica interpretou que se pode determinar a idade de entrada nos cursos.
 
 
Conclusão
Este histórico nos da embasamento para uma analise da situação atual da educação brasileira, podemos dizer que essa é uma herança de todo o tratamento que a educação brasileira tomou. Todos esses projetos e planos visavam o avanço na educação e a erradicação do analfabetismo no Brasil, no entanto, o nível de organização desses planos é surpreendentemente atrapalhado criavam-se projetos e mais projetos sem ter, muitas vezes, o tempo necessário para surtir efeito, eram desmantelados ou trocados por outros projetos. Mas o que temos que destacar também com bastante ênfase, que o movimento de políticas públicas propostas peles governos no decorrer dos anos, aconteceram por causa de muita pressão tanto internacional, com os órgãos internacionais como UNESCO e ONU, tanto quanto nacional com os movimentos populares. Com alguns fatos históricos como estes decorridos neste texto. Podemos brevemente avaliar nossas ações educativas atuas, através da história que como nação, vivemos. 
 Penso que, como pessoas capazes de mudar a situação em que nos encontramos, de mudar um sistema de pensamento, de transformar toda uma realidade, temos a responsabilidade de queremos e sermos pessoas instrumentalizadas s refletirem sobre sua ação como sujeitos e sujeitas da história.
Referência
BREVE HISTÓRIA SOBRE A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL. REVISTA HISTEDBR ON-LINE 
STEPHANOU: BASTOS (orgs) 2005, P.260 – 261 STEPHANOU, MARIA; BASTOS, MARIA HELENA (orgs). HISTÒRIAS E MEMORIAS DA EDUCAÇÂO NO BRASIL.
A EDUCAÇÂO DE JOVENS E ADULTO: ASPCTOS HISTORICOS E SOCIAIS
 DIRETRIZES CURRICULARES NASCIONAIS PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E A DULTOS PARECER 11/2000,BRASILIA,2000. 
 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCACÂO	 NACIONAL (LDB) N 1996/96 DE 20 DEZEMBRO DE 1996 RESOLUÇÃO CNB/CEB N 1, DE 05 DE JULHO DE 2000.
OLIVEIRA, ROMULADO 1. PORTELA. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: O DIRETO A EDUCAÇÃO, 2007, P. 4. 
 DIRETRIZES CORRICULARES NACINAIS DA EDUCAÇÃO BASICAS.

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