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Aloe vera (L.) Burm.f Drogas vegetais 1 Drogas vegetais – Aloe Vera Nome cientifico: Aloe vera (L.) Burm.f; Nome(s) popular(s): Babosa, Erva-babosa, Erva de azebre, Caraguatá de jardim, Aloe-vera e outros; Família: Liliaceae; Origem: Região mediterrânica; Parte utilizada: Folha, polpa, seiva. 2 Descrição botânica Planta com caule curto e raízes abundantes, longas e carnosas; As folhas são grossas, carnosas, eretas, forma de espada, têm de 30 a 60 cm de comprimento, verde-brancas, com manchas claras quando novas, agudas e com margens de dentes espinhosos e apartados; As folhas são muito sucosas, têm odor pouco agradável e sabor amargo, tornando-se o suco, após colhida a folha, de cor violácea e aroma muito forte e desagradável. 3 Descrição botânica As flores são cilíndricas a subcilíndricas, branco-amareladas, têm de 2 a 3 cm de comprimento, com segmentos coniventes ou coerentes com as pontas estendidas; Os frutos são constituídos de cápsulas ovóide-oblongas, cônicas, curtas (20 mm), de deiscência loculicida (se abre separadamente), triloculares, mas com septos dando a impressão de 6 lóculos; As sementes são numerosas, pardo-escuras, achatadas e reniformes. 4 Composição química Antraquinonas glicosiladas: barbaloína (20%), beta-barbaloína, iso-barbaloína, e seus glicosídeos: aloinósidos A e B e aloína; Resina (16-70%): constituída por ácido cinâmico combinado com resinotanóis; Mucilagem: contém polissacarídeos (manose e glicose, com traços de arabinose, galactose e xilose; Outros: ácido crisofânico, aloesona, aloetina, emodina, ácido urônico, enzimas amilase, catalase e oxidase, óleos voláteis, goma, flavonas. Látex das folhas 5 Gel brilhante e amargo com grande quantidade de ácidos essenciais, proteínas, enzimas, hidratos de carbono, etc; 95% formado por água; Há polissacarídeos: glucomananos e mananos; Ácidos orgânicos: ác. hexurônico, ác. peteroilglutâmico, ác. glicurônico, enzimas: oxidase, catalase, amilase e aliinase. Composição química Polpa ou gel 6 Atividade(s) farmacológica(s) Hidratação: restitui os líquidos perdidos, tanto naturalmente como por danos externos, reparando os tecidos de dentro para fora nas queimaduras (sol e fogo), fissuras, cortes, ralados, esfolados e perdas de tecidos; Inibição da dor: reduz a dor por possuir uma poderosa ação anti-inflamatória, inibindo e bloqueando as fibras nervosas periféricas; Ação anti-inflamatória: é útil em problemas como bursites, artrites, lesões, golpes, mordida de insetos e combater infecções crônicas da bexiga; Antidiabética: melhora significativa da insulina plasmática e redução significativa da glicose de jejum. 7 Mecanismo de ação O mecanismo de ação baseia-se na inibição dos produtos derivados do metabolismo do ácido araquidônico, tais como tromboxano B, limitando por sua vez a produção de prostaglandina F 2α, prevenindo-se a isquemia dérmica progressiva, especialmente em casos de queimaduras, ulcerações causadas pelo frio, machucados por acidentes elétricos e uso interarterial abusivo de drogas. 8 Uso popular Para pele: tem o poder de proporcionar relaxamento e acelerar a cura de problemas de pele como a acne, erupções cutâneas, feridas e picadas de inseto; Para cabelo: além de reduzir a queda de cabelo, a babosa pode até evitar a queda completamente; Queimaduras solares: pode tratar, prevenir ou curar queimaduras solares; Gripes e resfriados: pode ajudar no tratamento de gripes, resfriados, asma, bronquite e rinite. 9 Fitoterápicos disponíveis 10 Precauções Não é recomendado o uso na alimentação, pode causar diversos efeitos colaterais devido a presença de substâncias tóxicas; Entre os efeitos colaterais descritos estão inflamações intestinais, toxicidade hepática, hipotireoidismo, inflamação renal, hepatite aguda grave, insuficiência renal aguda, entre outros; Pode causar de dermatite pelo uso tópico do gel da babosa. 11 Artigo científico O extrato das folhas de babosa, Aloe vera na cicatrização de feridas experimentais em pele de ratos, num ensaio controlado por placebo. Resumo: O Aloe vera (L.) Burm. f., apresenta no parênquima de suas folhas mucilagem com ação cicatrizante, antibacteriana, antifúngica, antiiflamatória e antivirótica proporcionadas pela presença de antraquinonas como aloenina, barbaloína e isobarbaloína em sua composição química. Estas propriedades fitoterápicas conferem-lhe destaque dentre as demais espécies do gênero Aloe. Para avaliar a capacidade cicatrizante do Extrato Glicólico do Aloe vera, comparou-se com o efeito do propilenoglicol em feridas provocadas experimentalmente na pele de Rattus novergicus machos, da linhagem Wistar. O processo de cicatrização foi acompanhado por 06 (seis) dias, tendo-se executada avaliação macroscópica diária e, ao final, foi realizada avaliação microscópica da reepitelização. Os dados obtidos pelas análises executadas evidenciaram que o processo de cicatrização foi facilitado pela utilização do fitoterápico na forma de extrato glicólico, uma vez que este proporcionou maior contração das feridas experimentais. Também se pode afirmar que o veículo testado, solução de propilenoglicol a 50%, não apresentou diferenças significativas quando comparado ao grupo controle. Palavras–chaves : Cicatrização de feridas; ratos; propilenoglicol; Aloe vera; babosa. 12 Figura 1- Rato do grupo controle, que recebeu apenas lavagem das feridas com soro fisiológico, em relação ao tempo transcorrido a partir das incisões. a: logo após a incisão; b: três dias após; c: seis dias após. 13 Figura 2-Rato do grupo placebo que recebeu solução aquosa depropilenoglicola 50% nas feridas em relação ao tempotrascorridoa partir das incisões. a: logo após a incisão; b: três dias após; c: seis dias após. Fonte:Faleiroet al., 2009. Figura 3-Rato do grupo teste que recebeu extrato glicólico deAloevera nas feridas em relação ao tempotrascorridoa partir das incisões. a: logo após a incisão; b: três dias após; c: seis dias após. Fonte:Faleiroet al., 2009. Fonte:Faleiroet al., 2009. 15 Referências Bula do Aloe Vera. Disponível em: https://consultaremedios.com.br/aloe-vera/bula. Acesso em: 22/09/2019. Alcântara, J.R.;Bezerra, A.N.;Carvalho, N.S. Aplicações clínicas do uso de Aloe Vera e relatos de toxicidade. Disponível em: https://www.revistanutrivisa.com.br/wp-content/uploads/2014/11/nutrivisa-vol-1-num-3-f.pdf. Acesso em: 22/09/2019. ALOE VERA. Disponível em: http://florien.com.br/wp-content/uploads/2016/06/ALOE-VERA.pdf. Acesso em: 22/09/2019. ALOE VERA. Disponível em: http://www.medicinacomplementar.com.br/biblioteca/pdfs/Fitoterapia/fi-0441.pdf. Acesso em: 22/09/2019. Castro, L.O.; Ramos, R.L.D. CULTIVO DE TRÊS ESPÉCIES DE BABOSA. Porto Alegre: Novembro, 2002. Disponível em: https://www.ppmac.org/sites/default/files/cultivo_babosa.pdf. Acesso em: 22/09/2019. FREITAS, V.S.; RODRIGUES, R.A.F.; GASPI, F.O.G. Propriedades farmacológicas da Aloe vera (L.) Burm. f.: Araras,SP. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbpm/v16n2/20.pdf. Acesso: 22/09/2019. ALOE VERA NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS. Disponível em: http:naturezaonline.com.br/natureza/conteudo/pdf/01_Faleiroetal_5660.pdf. Acessado em: 24/09/2019.
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