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Ativos Intangíveis na Contabilidade

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Professor Ricardo Lopes Cardoso
Estudante Bárbara Márcia
 Contabilidade Intermediária I
-De acordo com o CPC PME Seção 18 - Ativo Intangível 
Ativos Intangíveis são um ativo como outro qualquer. São agregados de benefícios econômicos futuros sobre os quais uma dada entidade detém o controle e exclusividade na sua exploração. Como marcas, patentes, direitos autorais e especialização tecnológica são ativos relevantes. 
Conforme o CPC PME o ativo intangível não inclui os ativos financeiros e os direitos de exploração de recursos minerais e as reservas de minerais, como petróleo gás natural, mármore, granito, entre outros recursos não regenerativos que são tratados em seção especifica. 
O CPC PME determina, no item 18.2, que um ativo intangível é identificável quando:
-For separável, isto é, puder ser dividido ou separado d entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato relacionado, ativo ou passivo;
-For proveniente de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. 
Ativos Intangíveis comumente identificáveis podem ser citados as marcas e patentes, os softwares, os direitos autorias, os direitos sobre filmes cinematográficos as licenças de pesca e as franquias, entretanto esses intangíveis só poderão ser reconhecidos se forem adquiridos conforme a PME. O CPC PME impede o reconhecimento de um item como ativo intangível se ele resultar de gastos incorridos internamente, obrigando seu reconhecimento como despesa. 
Para uma entidade reconhecer um item intangível como ativo são os seguintes critérios estabelecidos pelo item 18.4:
-For provável que benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo fluirão para a entidade
- O custo ou valor do ativo puder ser mensurado de maneira confiável 
- O ativo não resultar de gastos incorridos internamente em item intangível 
Mensuração inicial 
Conforme o CPC PME, a entidade deve mensurar o ativo intangível inicialmente pelo valor de custo, que é o preço de compra mais os custos diretos para deixa-lo apto à utilização conforme os interesses da administração.
Conforme o CPC PME 18.15 os gastos incorridos internamente em itens intangíveis serão reconhecidos diretamente com despesa:
- Marcas geradas internamente, lista de publicação, títulos de publicações, lista de clientes e outros itens similares em substância 
- Gastos com atividades iniciais (isto é, custo inicial das operações), que incluem os custos de estabelecimento, tais como custos jurídicos e de formalidades incorridos para estabelecer a entidade jurídica, gastos para abrir nova instalação ou negócios (isto é, custos pré-abertura) e gastos para iniciar novas unidades operacionais ou para lançar novos produtos ou processos (isto é, custos pré-operacionais)
-Gastos com atividades de treinamento
-Gastos com publicidade e atividades promocionais 
-Ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente 
Observe-se que, se não for possível identificar e separar um item, ele não deve ser reconhecido como ativo intangível, a não ser que tenha sido adquirido em uma combinação de negócios e seja tratado como ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill).
Os ativos intangíveis adquiridos em combinações de negócios são comumente reconhecidos como ativos, porque seu valor justo pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.
A exceção para a utilização do valor justo na mensuração inicial aos itens adquiridos por meio de troca de ativos, conforme item 18.13 do CPC PME:
- A transação de troca não tiver natureza comercial
- Ambos os valores justos, o valor do justo ativo recebido e o valor justo do ativo cedido, não possam ser mensuráveis de maneira confiável. Nesse caso, o custo do ativo deve ser mensurado pelo valor contábil do ativo cedido. 
Mensuração Subsequente 
Uma vez reconhecido inicialmente um ativo intangível, a entidade deve acompanhar esse ativo até o momento de seu desreconhecimento e avaliar, em cada data de publicação, se o método de amortização, a vida útil e o valor residual, quando for o caso, então em conformidade com as estimativas iniciais. Fatores como mudança na maneira como o ativo intangível é utilizado, progresso tecnológico e mudanças nos preços de mercado podem ser indícios de que o valor residual ou a vida útil de um ativo intangível sofreram alterações desde a última avaliação.
A entidade deve avaliar a vida útil estimada do ativo intangível, a sua expectativa quanto à existência ou não de valor residual e, por fim, definir o método de amortização a ser utilizado. 
Quanto à amortização dos ativos intangíveis, a entidade deve alocar o seu valor ao longo da vida útil do item, sempre de forma sistemática, não alterando o método de amortização, a menos que fato relevante o justifique, de modo que possa refletir o consumo dos benefícios econômicos futuros do ativo ao longo de sua vida útil. A amortização deve ser iniciada quando o ativo estiver em condições de gerar benefícios para a entidade, devendo ser encerrada quando do desreconhecimento do item. 
O CPC PME determina que um ativo intangível deve ser mensurado pelo seu custo, deduzido da sua amortização acumulada e, eventualmente das perdas acumuladas por redução ao valor recuperável (impairment). Caso o ativo intangível tenha algum indício de perda relevante durante a sua utilização, a entidade deverá aplicar o teste de irrecuperabilidade. 
Desreconhecimento 
Um ativo intangível deve ser desreconhecido por ocasião de sua alienação ou quando não mais existir expectativa de benefícios econômicos futuros, seja pelo seu uso, seja pela sua alienação. No momento do desreconhecimento, a entidade deve reconhecer no resultado um ganho ou perda, os quais serão apurados pela diferença entre os resultados líquidos da alienação, caso existam, e o valor contábil do ativo intangível (custo de aquisição menos a amortização acumulada e perdas acumuladas por impairment).
 
- De acordo com o CPC 04 – Ativo Intangível 
O CPC 04 define ativo intangível como um ativo não monetário identificável sem substância física. 
Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem benefícios econômicos futuros para a entidade.
Um intangível atende ao critério da identificação quando:
- Puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independentemente da intenção de uso pela entidade
- Resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.
Mensuração Inicial
Um intangível para ser reconhecido contabilmente, deve proporcionar benefícios econômicos futuros por meio do seu emprego nas atividades da entidade que o controla. Esses benefícios podem se materializar para a entidade por meio do incremento da receita de venda de produtos ou serviços ou da redução de custos. 
Conforme o CPC 04 o reconhecimento do ativo intangível 
- For provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade 
- Custo do ativo possa ser mensurado com segurança. O ativo intangível deve ser mensurado pelo custo no momento do reconhecimento inicial. O custo desse intangível inclui o preço de compra e todo gasto necessário para colocá-lo nas condições de funcionamento pretendida pela administração. Mas seu um intangível for adquirido em uma combinação de negócios deve ser mensurado pelo valor justo no momento da aquisição. 
Obs.: Goodwill é a expectativa de rentabilidade que alguém pagou para adquirir essa participação societária, um agregado de benefícios econômicos futuros, ou, sintetizando, um conjunto de intangíveisnão identificáveis no processo de aquisição, para os quais objetivamente não é possível proceder-se a uma contabilização em separado. 
Mensuração Subsequente
O CPC 04 recomenda que, após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser mensurado com base no custo, deduzido da amortização acumulada e de possíveis perdas estimadas por redução ao valor recuperável. 
Se há vida útil conhecida, confiavelmente determinada, utiliza-se a abordagem da amortização, se não há vida útil conhecida, ou sua delimitação é impossível de se obter de modo confiável, utiliza-se a abordagem dos testes de recuperação. 
Para fins de amortização do intangível com vida útil definida, a entidade deve assumir que o valor residual desse ativo é zero, exceto se houver compromisso de um terceiro independente para comprar o ativo ao final da sua vida útil ou mercado ativo para o intangível até o fim de sua vida útil. 
O ativo intangível com vida útil indefinida seja objeto do teste de impairment, no mínimo anualmente, ou sempre que houver evidências de que o intangível não gerará os benéficos econômicos futuros esperados, refletidos em seu valor contábil.
Qualquer que seja o critério de amortização, a empresa deve mencioná-lo em suas notas explicativas. A contrapartida da amortização do intangível deve ser lançada em despesas operacionais, e deve tal valor estar destacado na demonstração do resultado do exercício ou em nota explicativa. 
Obs.: 
Todos os ativos intangíveis devem ser considerados como tendo vida útil finita. 
Caso a entidade da PME seja incapaz de fazer uma estimativa confiável da vida útil de ativo intangível, presume-se que a vida seja de dez anos. 
As PME os ativos intangíveis são amortizados, já as demais entidades são baixadas pelo impairment.

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