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Universidade Federal do Ceará-UFC Centro de Ciências Departamento de Física Disciplina de Física Experimental para Engenharia Semestre 2018.2 PRÁTICA 09 DILATAÇÃO TÉRMICA Aluno: Fabrício Soares do Nascimento Curso: Engenharia Metalúrgica Matrícula: 418831 Turma: 14A Professora: Jefferson Mendes Data de Realização da Prática: 18/09/2018 Horário de Realização da Prática: 14: 00hs ás 16: 00hs Data de Entrega: 02/10/2018 FORTALEZA-CE 2018 1. OBJETIVOS - Determinação do coeficiente de dilatação linear de sólidos; - Verificar o comportamento de uma lâmina bimetálica. 2. MATERIAL - Dilatômetro; - Tubos ocos de: aço, latão e alumínio; - Relógio comparador; - Kitasato (pyrex); - Termômetro; - Lâmina bimetálica; - Fita métrica; - Luvas térmicas; - Fogareiro elétrico. 3. INTRODUÇÃO Um corpo tende a aumentar a sua energia interna quando submetido a um aumento de temperatura, o que ocasiona consequentemente o aumento das vibrações e o distanciamento dos átomos que constituem o corpo, o que leva o corpo a aumentar as suas dimensões, ou seja o corpo sofre uma dilatação térmica, que nada mais é do que uma variação nas dimensões do corpo devido a um aumento de temperatura. Nos sólidos a dilatação é classificada em: Dilatação linear- leva em consideração o aumento de volume ocorrido em apenas uma dimensão, no comprimento do corpo. Um exemplo de dilatação linear é o fio, onde o seu comprimento é maior que a sua espessura; ΔL = L0xαxΔT, Onde: ΔL- Variação do comprimento (m ou cm); L0- Comprimento inicial (m ou cm); α - Coeficiente de dilatação linear (ºC-1); ΔT-Variação de temperatura (ºC). Dilatação superficial- leva em consideração o aumento do volume ocorrido em duas dimensões, comprimento e largura. Um exemplo de dilatação superficial pode ser observado em uma chapa de metal, que quando submetido a um aumento de temperatura se dilata em comprimento e espessura. ΔA = A0xβxΔT, Onde: ΔA- Variação da área (m2 ou cm2); A0- Área inicial (m 2 ou cm2); Β- Coeficiente de dilatação superficial (ºC-1); ΔT: Variação de temperatura (ºC). Vale lembrar que β=2xα. Dilatação volumétrica- leva em consideração o aumento do volume ocorrido em três dimensões, comprimento, largura e altura. Um exemplo de dilatação volumétrica acontece com uma barra de ouro. ΔV = V0xγxΔT, Onde: ΔV- Variação do volume (m3 ou cm3); V0- Volume inicial (m 3 ou cm3); γ - Coeficiente de dilatação volumétrica (ºC-1); ΔT-Variação de temperatura (ºC). Vale lembrar que γ =3xα. Com essa explicação básica sobre os três tipos de dilatação nos sólidos, iremos dar mais ênfase a dilatação linear, pois no experimento que será abordado posteriormente a dilatação linear será bastante importante para o entendimento do experimento. Como já sabemos a dilatação linear provoca no material um aumento no seu comprimento, devido a vibração e distanciamento dos átomos do corpo, ocasionado pelo aumento da temperatura, onde o corpo absorve a energia e vem a se dilatar. No exemplo abaixo poderemos observar com mais clareza a dilatação linear de um certo corpo. Figura 1- exemplo de dilatação linear (https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/dilatacao-linear.htm) Como podemos notar na figura acima, o corpo sofreu um aumento do seu comprimento, devido à o aumento de temperatura. 4. PROCEDIMENTO Figura 2- Dilatômetro Linear (http://www.ebah.com.br/content/ABAAABgpgAJ/modelo-experimento-dilatacao- termica) Para a realização deste experimento é crucial que sigamos os seguintes passos: Passo 1- Escolhemos um dos três tubos e o suspendemos nas hastes de sustentação do dilatômetro; Passo 2- Fixamos o tubo na haste próxima ao vapor de água e deixamos a outra ponta do tubo livre para que o pino do relógio comparador se mova durante a dilatação do tubo; Passo 3- Verificamos se o relógio comparador estava fixado na terceira haste, de modo que o pino do relógio comparador esteja encostado na parte fechada do tubo oco, verificamos também antes de começar a aquecimento se o relógio comparador estava zerado, caso ele não estivesse, teríamos que girar o mostrador do relógio até que o “zero” coincidisse com a posição do ponteiro; Passo 4- Posicionamos a saída lateral do tubo inclinada para baixo e colocamos um recipiente para receber a água condensada durante o experimento. Com o experimento montado medimos o comprimento inicial do tubo escolhido (comprimento entre a haste de fixação do tubo e a extremidade fechada que encosta no pino do relógio) e a temperatura inicial do tubo. Com as medidas devidamente realizadas e anotadas ligamos o fogareiro e aguardamos até que o vapor de água começasse a sair pela lateral do tubo e o ponteiro do relógio estacionasse, ou seja, não variasse mais. Com essa situação acontecendo realizamos novas medidas, desta vez medimos o comprimento final do tubo (medida marcada pelo relógio comparador) e a temperatura final (temperatura do vapor de água). Repetimos o mesmo procedimento para os outros tubos e anotamos na tabela abaixo. Tabela 1- Resultados experimentais MATERIAL L0(mm) t(ºC) t´(ºC) ΔL(mm) α (ºC-1) ALUMÍNIO 520 23,5 95,0 0,85 22,90x10-6 ºC-1 LATÃO 520 23,7 95,0 0,65 17,50 x10-6 ºC-1 AÇO 520 24,0 95,0 0,28 7,48x10-6 ºC-1 Com os resultados da tabela 1 determinamos o coeficiente de dilatação linear de cada material. Aço α = ΔL/ L0(t´-t) α = 0,28 520𝑥71 = 7,48x10-6 ºC-1 Alumínio α = ΔL/ L0(t´-t) α = 0,85 520𝑥71,5 = 22,9x10-6 ºC-1 Latão α = ΔL/ L0(t´-t) α = 0,65 520𝑥71,3 = 17,5 x10-6 ºC-1 Após determinar o coeficiente linear de cada material, observamos o comportamento de uma lâmina bimetálica, enquanto o professor explicava o seu funcionamento. A explicação para o funcionamento da lâmina bimetálica será cobrado na questão 5.3. Figura 3- Lâmina antes do aquecimento (https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/lamina-bimetalica.htm) Figura 4- Lâmina depois do aquecimento (https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/lamina-bimetalica.htm) 5. QUESTIONÁRIO 5.1- Compare o coeficiente de dilatação linear encontrado experimentalmente para cada material fornecidos com os valores respectivos da leitura. Indique o erro percentual em cada caso. De acordo com os dados obtidos na tabela 1, temos que: αAço = 7,48x10-6 °C-1; αAlumínio = 22,90x10-6 °C-1; αLatão = 17,50x10-6 °C-1. Comparando os valores experimentais com os de leitura, temos os seguintes erros percentuais: Aço 7,48x10-6 -----------100% 12x10-6-----------x X=160,42% Erro percentual=60,42% Alumínio 22,90x10-6-----------100% 24x10-6-----------x X=104,80 Erro percentual=4,80% Latão 17,50x10-6-----------100% 20x10-6-----------x X=114,28% Erro percentual=14,28% 5.2- Na figura vemos uma junta de dilatação em uma estrada de ferro. Justifique a necessidade de juntas de dilatação em estradas de ferro em função dos resultados da prática realizada. Figura 5-Juntas de Dilatação (https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/dilatacao-superficial-dos-solidos.htm) Como foi notado durante os experimentos, um corpo quando submetido a um aumento de temperatura, ou seja, ele é aquecido, ele acaba por sofrer uma dilatação térmica, o que ocasiona um aumento no seu comprimento. No caso das estradas de ferro o uso das juntas de dilatação térmica se explica pelo fato de que quando o trem passa sobre os trilhos, os trilhos acabam se aquecendo rapidamente, vindo assim a aumentar o seu tamanho e se as juntas de dilatação não fossem utilizadas os trilhos iriam se deformar, o que causaria sem sombra de dúvidas o descarrilamento do trem. 5.3- Uma lâmina bimetálica consiste de duas tiras metálicas rebitadas e é utilizada como elemento de controle em um termostato comum. Explique como ela funciona. Como sabemos a lâmina bimetálica é constituída por duas tiras metálicas de materias diferentes e a sua utilização como elemento de controle em um termostato está justamente no fato de os materiais possuírem coeficiente de dilatação diferentes, pois em temperatura ambiente as duas tiras estão planas, mas quando esta são aquecidas tendem então a se deformarem, mas como o coeficiente de dilatação é diferente , uma das tiras vai se deformar primeiro e para que as tiras permaneçam unidas elas se curvam. 5.4- Explique o que ocorre ao período de um relógio de pêndulo com o aumento da temperatura. com o aumento da temperatura, o relógio de pêndulo passa a adiantar, atrasar ou permanecer marcando as horas corretamente? Como podemos notar segundo a formula acima, o período depende diretamente de L (comprimento do fio) e de G (gravidade local), supondo então um pêndulo ideal, percebe-se que com o aumento da temperatura o fio irá se dilatar, o que implica diretamente no aumento de período e consequentemente no atraso da marcação das horas. 5.5- Uma pequena esfera de alumínio pode atravessar um anel de aço. Entretanto, aquecendo a esfera, ela não conseguirá mais atravessar o anel. (a) O que aconteceria se aquecêssemos o anel e não a esfera? (b) o que aconteceria se aquecêssemos igualmente o anel e a esfera? A) A esfera passaria com mais facilidade, uma vez que o anel estaria dilatado, deixando assim um espaço maior para a esfera passar. B) levando em consideração o volume de cada um e supondo que o anel de aço e a esfera de alumínio fossem aquecidos com a mesma temperatura, notaríamos que a esfera de alumínio passaria pelo anel de aço, uma vez que o coeficiente de dilatação do aço é menor que a do alumínio e consequentemente ele se dilataria mais que a esfera de alumínio. 5.6- Explique porque a superfície de um lago congela-se primeiro quando a temperatura ambiente baixa para valores igual ou abaixo de zero grau Celsius. Por causa da dilatação anômala da água, ou seja, o gelo tem maior volume e consequentemente é menos denso que a água no estado líquido, sendo assim o gelo flutua na água o que faz com que o gelo passe a se acumular na superfície do lago, enquanto a água permanece no fundo do lago, até que a sua temperatura diminua lentamente e se torne gelo. 5.7- Um orifício circular numa lâmina de alumínio tem diâmetro de 30,8 cm a 100ºC. Qual o seu diâmetro quando a temperatura da lâmina baixa para 0ºC? ( α = 23 x 10-6 ºC-1). Sabendo que: A0=πr2 = 7,45x10-2 m2 A=A0(1+2αΔT) A=7,45x10-2 [1+2x23 x 10-6 (-100)] A=7,41x10-2, mas A=πr2=π(d2/4) d=√ (7,41x10-2 x4) /π d=30,7 cm 6. CONCLUSÃO Podemos concluir que a partir da realização desta prática foi possível determinar o coeficiente linear dos sólidos a partir do experimento proposto nessa prática, utilizando os conceitos de dilatação térmica. Podemos concluir também que o comportamento da lâmina bimetálica foi bem verificado, uma vez que quando esta foi exposta a um aumento de temperatura, uma de suas tiras se dilatou primeiro que a outra, fazendo com que a lâmina bimetálica se dobrasse, vindo assim a se comportar como elemento de controle para desativar o circuito durante o experimento. 7-BIBLIOGRAFIA https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/dilatacao-superficial-dos-solidos.htm https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/lamina-bimetalica.htm http://www.ebah.com.br/content/ABAAABgpgAJ/modelo-experimento-dilatacao- termica https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/dilatacao-linear.htm https://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Dilatacao/linear.php https://pt.wikipedia.org/wiki/Dilata%C3%A7%C3%A3o_t%C3%A9rmica
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