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Mecânica da fratura Abordagem Sobre Mecânica da Fratura Linear Elástica – MFLE Visão atômica da fratura Efeito de concentração de tensão de falha Balanço da energia de Griffith UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ – UNIFEI Campus Itabira Curso de Engenharia Mecânica Disciplina: Integridade Estrutural Prof. Dr. José Carlos de Lacerda Mecânica da Fratura Linear Elástica - MFLE Conceitos da mecânica de fratura antes de 1960 são aplicáveis somente aos materiais que obedecem à lei de Hooke. A partir de 1960, as teorias da mecânica da fratura foram desenvolvidas para explicar outros tipos de comportamento não-lineares: plasticidade e viscoplasticidade além de efeitos dinâmicos. Visão atômica da fratura Um material fratura quando uma tensão é aplicada em nível atômico para quebrar a ligação dos átomos; Para separar a ligação a força aplicada deve ser maior que a força coesiva. A energia da ligação (Eb) é dada por: P – força aplicada. Considerando que l tem valor equivalente ao espaço atômico Xo. Visão atômica da fratura A energia de superfície é estimada em: Substituindo / da equação , tem-se: Efeito de concentração de tensão de falha Na prática constata-se que a tensão para romper materiais frágeis é de 3 a 4 vezes menor que o valor E/π; Qual a razão ? Efeito de concentração de tensão de falha Buracos elípticos em placas planas ( largura da placa >> 2a e a altura da placa >> 2b). A tensão na ponta do eixo principal (ponto A) é dado por: Efeito de concentração de tensão de falha Efeito de concentração de tensão de falha Para furos mais elípticos (fissura mais afiada) “Inglis” sugeriu usar a equação em termos de raio de curvatura da ponta da fissura “ρ”: Para a >> b: Efeito de concentração de tensão de falha Em termos atômicos, assume-se “ρ = Xo” (raio atômico): Assim, fazendo-se a equação acima igual a: , tem-se a tensão de falha: Balanço da energia de Griffith De acordo com a primeira lei da termodinâmica: “quando um sistema passa de um estado de não-equilíbrio para equilíbrio, há uma diminuição líquida de energia”; Em 1920, Griffith aplicou essa ideia à formação de uma trinca; A nucleação de uma trinca ou o seu crescimento somente pode ocorrer se o processo fizer com que a energia total diminua ou permaneça constante; Balanço da energia de Griffith Para que a trinca aumente deve haver energia disponível na placa suficiente para superar a energia superficial do material. De acordo com o balanço de energia de Griffith o aumento na área da trinca (dA) em condições de equilíbrio, pode ser expresso por: ou Onde: E = Energia total Π = Energia potencial (energia de deformação interna e forças externas) Ws= Trabalho necessário para criar novas superficies. Balanço da energia de Griffith Para a trinca ilustrada na Figura, Griffith usou a análise de tensão de Inglis para mostrar que: Πo - energia potencial de uma placa não fissurada B - espessura da placa. Balanço da energia de Griffith Como a formação de uma trinca (conforme ilustrada) requer a criação de duas superfícies, Ws é dada por: gs - energia de superfície. Também: e cEnergia de Griffith cEnergia potencial da placa Balanço da energia de Griffith Combinando as duas últimas equações: Chega-se à equação de tensão na trinca, dada por: Balanço da energia de Griffith A abordagem de Griffith pode ser aplicada a outras formas de trinca. Exemplo: tensão de falha de uma trinca em forma de uma fenda circular: - coeficiente de Poisson. a - raio da fenda. Equação de Griffith modificada A Equação de Griffith (apresentada abaixo) é válida apenas para materiais altamente frágeis. Equação de Griffith modificada Irwin e Orowan modificaram a expressão de Griffith para materiais que apresentam plasticidade. gp - trabalho plástico por unidade de área da superfície criada (gp >>> gs). gs - energia total relativa à quebra de ligações atômicas em uma unidade de área. Equação de Griffith modificada A Equação modificada pode ser generalizada para qualquer tipo de dissipação de energia. Wf - energia da fratura (efeitos plásticos, viscoelásticos ou viscoplásticos) Tipos de dissipação de energia de uma fratura Material Frágil Material elástico-plástico Material quebradiço com ramificação Estudo de caso Uma placa plana de um material frágil contém uma fenda macroscópica com metade de comprimento “a1” e raio da ponta de entalhe “ρ”. Uma microtrinca aguda com forma de moeda com raio a2 está localizada perto da ponta da falha maior, conforme mostrado na figura ao lado. Estimar o tamanho mínimo da microtrinca para causar falha na placa quando a Equação de Griffith for satisfeita pela tensão global e a1. Idem para a equação de Inglis.
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