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Autor: Prof. Dr. Carlos Alberto R. Brito Júnior São Luís – MA/Brasil “É de obrigação dos engenheiros compreender como as várias propriedades mecânicas são medidas e o que essas propriedades representam; elas podem ser necessárias para o projeto de estruturas/componentes que utilizem materiais predeterminados, a fim de que não ocorram níveis inacetáveis de deformação e/ou falhas.” “” Callister, W.D. Materials Science and Engineering: An Introduction, John Wiley & Sons,2000 Um edifício de 32 andares em construção (Belém-PA) desabou devido erro no cálculo estrutural e uso de material inadequado na obra. O bloco de sustentação do Viaduto Guararapes, Belo Horizonte, que desabou matando duas pessoas, foi construído com apenas 10% da estrutura de aço necessária. Lockheed C130 perdendo as asas por falha das longarinas Falha no Boeing 737 da Aloha Airlines (1988). A falha fatal foi consequência tanto da corrosão marítima quanto da fadiga. O avião tinha nada menos que 89 mil ciclos, voados em geral a baixa altura acima do oceano no arquipélago do Havaí, uma atmosfera altamente salina e corrosiva. Muitos materiais quando em serviço estão sujeitos a forças ou cargas. O comportamento mecânico de um material reflete a relação entre a sua resposta ou deformação a uma carga ou força que esteja sendo aplicada. As propriedades dos materiais são verificadas em laboratórios que reproduzem as condições de serviço sob rigoroso controle. Nestes ensaios, considera-se a natureza da carga e a duração de sua aplicação bem como aspectos ambientais. Engenharia estrutural: Analise de tensões e a distribuição dessas tensões dentro dos membros sujeitos a cargas bem definidas. Engenharia de Materiais: Preocupa-se com a obtenção e produção de materiais que atendam as exigências de serviço conforme previsto pela análise de tensões. Resistência Tração; Escoamento; Compressão; Flexão; Cisalhamento; Fluência; Tensão de Ruptura -% alongamento -% de redução de área -Raio de flexão Conformabilidade -Modulo de elasticidade -Modulo de flexão -Modulo de cisalhamento Resiliência Tenacidade Resistência ao impacto -Sensibilidade ao entalhe -Intensidade da tensão critica -Dureza -Resistência ao desgaste -Resistência a fadiga. Durabilidade Considerando que o material é contínuo: A tensão descreve a intensidade da força interna sobre um plano específico (área) que passa por um ponto. psi (libra por polegada quadrada) (Newton por metro quadrado) 1 = 1 Pa (Pascal) 1 psi = 6895 Pa Se a barra é feita de um material homogêneo e isotrópico e está submetida a força axial que atua sobre o centróide da área da seção transversal, então o material do interior da barra é submetido apenas à tensão normal. Tração Compressão A coluna está submetida a uma força axial de 8 kN no seu topo. Supondo que a seção transversal tenha as dimensões mostrada na figura, determinar a tensão normal média que atua sobre a seção a-a. Mostrar essa distribuição de tensão atuando sobre a área da seção transversal. O projeto do elemento para resistência à ruptura baseia-se na escolha de tensão admissível que o habilite a suportar com segurança a carga pretendida. Há muitos fatores desconhecidos que podem influenciar a tensão real no elemento e assim, dependendo do uso pretendido para o elemento, é aplicado um fator de segurança para obter a carga admissível que esse elemento pode suportar. Sempre que uma força é aplicada a um corpo, esta tende a mudar a forma e o tamanho dele. Essas mudanças são denominadas deformações. Note as posições antes e depois de três segmentos de reta, onde o material está submetido à tensão. A deformação nominal, ou deformação de engenharia, é determinada pela divisão da variação, δ, no comprimento de referência do corpo de prova, pelo comprimento de referência original do corpo de prova, L0. 0L = RIGIDEZ - É a capacidade de um material em resistir a uma deformação. ➢ Precede a deformação plástica. ➢ A deformação não é permanente (reversível): o material retorna à posição inicial após retirada a força. ➢ A Tensão é proporcional à deformação (Lei de Hooke). σ = tensão E = módulo de elasticidade (módulo de Young) ε = deformação Módulo de Elasticidade Rigidez do Material (Menor deformação) ➢ Quando o material é submetido a uma tensão de tração (ou compressão), ocorre um “ajuste” (acomodação) nas dimensões perpendiculares à direção da força aplicada. O Coeficiente de Poisson (ν) é definido como a razão (negativa) entre as deformações lateral (εx, εy) e longitudinal (ou axial, εz) do material. Teremos εx = εy quando o material é isotrópico e a tensão aplicada for uniaxial (apenas na direção “z”) ➢ Para muito metais e ligas, este valor está entre 0.25 e 0.35 ➢ O coef. de Poisson também é usado na relação entre os módulos de cisalhamento ( G ) e e de elasticidade ( E ) de materiais “isotrópicos” pela relação: Anelasticidade: A maioria dos metais apresenta uma “componente” de deformação elástica dependente do tempo, ou seja, após retirada a carga é necessário um certo tempo para que haja a recuperação do material (para o material retornar ao seu tamanho inicial). ➢Metais: normalmente a componente anelástica é pequena. ➢ Para alguns polímeros a componente anelástica é elevada (Comportamento Viscoelástico). Em nível atômico, a deformação Plástica é causada pelo “deslizamento”, onde ligações atômicas são quebradas pelo movimento de discordâncias, e novas ligações são formadas. A Lei de Hooke já não é mais válida. (até o ponto P) P ➢ Ensaio de Tração; ➢ Ensaio de Compressão; ➢ Ensaio de Cisalhamento; ➢ Ensaio de Torção. Carga Estática ou Semi Estática. Conduzidos em Temperatura Ambiente. A resistência de um material depende de sua capacidade de suportar uma carga sem deformação excessiva ou ruptura. Essa propriedade é inerente ao próprio material e deve ser determinada por métodos experimentais, como o ensaio de tração ou compressão. Uma máquina de teste é projetada para ler a carga exigida para manter o alongamento uniforme. •Comportamento elástico ➢A tensão é proporcional à deformação. ➢O material é linearmente elástico. •Escoamento ➢Um pequeno aumento na tensão acima do limite de elasticidade resultará no colapso do material e fará com que ele se deforme permanentemente. •Endurecimento por deformação (Encruamento) Quando o escoamento tiver terminado, pode-se aplicar uma carga adicional ao corpo de prova, o que resulta em uma curva que cresce continuamente, mas torna-se mais achatada até atingir uma tensão máxima denominada limite de resistência. •Endurecimento por deformação (Encruamento) Resulta em função da interação entre discordâncias e das suas interações com obstáculos como solutos e contornos de grãos. É preciso uma energia cada vez maior para que ocorra essa movimentação •Estricção (Empescoçamento) No limite de resistência, a área da seção transversal começa a diminuir em uma região localizada do corpo de prova. O corpo de prova quebra quando atinge a tensão de ruptura. •Estricção (Empescoçamento) Ocorre quando o aumento da dureza por encruamento é menor que a tensão aplicada e o material sofre uma grande deformação. Representa uma medida do grau de deformação plástica que o material suportou até o momento de sua fratura, ou seja, corresponde à elongação total do material devido à deformação plástica. Um material pode experimentar uma pequena ou nenhuma deformação na região plástica quando a sua fratura é frágil. É a capacidade de um material absorver energia quando este é deformado elasticamente e depois, com o descarregamento, ter essa energia recuperada. A área sob a curva, que representa a absorção de energia por unidade de volume, corresponde ao módulo de Resiliência Ur. Corresponde à capacidade do material de absorver energia até sua ruptura. Parapequenas taxas de deformação, a tenacidade é determinada pela área da curva de tensão-deformação (teste de tração). No calculo da tensão e deformação convencionais não se considera a redução da área na região do “pescoço” do corpo de prova. Os valores da tensão e da deformação calculados por essas medições são denominados tensão real e deformação real. REAL Convencional ◼ Deformação ◼ Tensão )1ln(ln 1 1 0 0 00 Cr C C l l l l l l l l +== += −= = )1( )1( 1 )1ln(lnln 0 0 0 0 CCr Cr C C S P S P S S l l S S += +== + = +== Durante a formação do pescoço existe um estado de “tensão complexo” na região do pescoço, devido a existência de componentes de tensão além da tensão axial. Deste modo a curva de tensão correta (axial) x deformação deve ser corrigida pela expressão: K e n são constantes que dependem do material e do tratamento (térmico ou por encruamento) dado ao material.
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