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Artigo Desenvolvimento Regional

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Análise do Programa Municipal de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar no Âmbito do Município de Porto Velho
Discente: Ruth Castro Bezerra
Docente: Lady Day Pereira de Souza
Resumo
Este artigo apresenta uma breve análise sobre a Lei nº 2543, de 24 de setembro de 2018. Que institui o Programa Municipal de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar no âmbito do município de Porto Velho/RO, na modalidade compra e doação dessa produção. O estudo se faz necessário devido a importância da agricultura familiar não só para a economia do país como também na produção de alimentos que chegam à mesa da população do município. Sendo necessárias a implantação de políticas públicas que fortaleçam o desenvolvimento e a promoção social da mesma.
O texto tem por objetivo fazer um relato acerca da real efetivação da referida lei, bem como os principais desafios encontrados pelos pequenos produtores de Porto Velho, elencando também os benefícios apontados pelos mesmos através da implantação da lei. Benefícios esses individuais, de desenvolvimento das regiões rurais, bem como os benefícios para a economia municipal.
INTRODUÇÃO 
A agricultura familiar brasileira sempre foi um setor de grande importância no meio rural, pois além de ser um meio de subsistência dos agricultores, também fornecem um altíssimo percentual dos alimentos consumidos no Brasil. Mas a mesma por um longo período foi castigada pela falta de políticas públicas voltadas para o seu desenvolvimento. Ficando os agricultores presos a um ciclo vicioso que é a falta de receitas, falta de educação e de recursos para possíveis investimentos tanto de treinamentos, de recursos como de mercados, que os permita o aumento da produção com qualidade.
Para amenizar a situação, e com intuito de estimular à organização de núcleos de produção nas comunidades rurais e a aquisição de alimentos o prefeito de Porto Velho Hildon de Lima Chaves sancionou a Lei nº 2.543/2018, que institui o Programa Municipal de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar – (PMAAF), a ser aplicada no âmbito do Município de Porto Velho pelo poder executivo municipal. Mas, uma lei quando sancionada não significa que será efetivada em sua plenitude, sendo assim esse trabalho visa realizar uma análise da referida lei, que cria os Programas Municipais da Cadeia Produtiva da Piscicultura “Mais Peixe”, o Programa Porteira a Dentro e o Programa Municipal de Aquisição de Alimentos (PMAA), com foco na sua implantação no município, de acordo com a declaração do prefeito que diz: “a adesão a estes programas fazem parte de nossos esforços em investir em políticas públicas para melhorar as condições de vida das famílias que trabalham no campo, pois o setor primário é essencial para o desenvolvimento do município” (Hildon Chaves, 24/09/2018). Para o subsecretário Evaldo de Lima (Semagric). O PMAA “Será um mecanismo importante de combate à fome e ao desperdício de alimentos, fortalecendo também a agricultura familiar”. 
Os programas além de melhorar as condições de vida e trabalho dos pequenos produtores da agricultura familiar, também engloba diversas outras ações, pois são vários os fatores que impedem ou limitam os produtores a se desenvolverem, que vão desde a adoção de tecnologias modernas de produção que são de ordem econômica e cultural, até aos que trabalham em modelos produtivos muito rudimentares para os padrões da agricultura moderna, pois algumas condições impõem limites diferentes a eles. Por isso a importância e a necessidade do desenvolvimento de diversas ações que visam contribuir para a implantação da referida lei. O que justifica a pesquisa pois, busca-se saber se estas ações estão sendo desenvolvidas, se estão atendendo as expectativas e demandas dos agricultores, de que forma é feita a fiscalização e avaliação das ações.
O presente artigo tem por objetivo principal analisar a implantação da Lei nº 2.543, de 24 de setembro de 2018, no município de Porto Velho. E por objetivos específicos analisar as ações aplicadas dentro dos programas criados quando da sanção da lei; perspectivas de crescimento e desenvolvimento regional com a efetivação da lei; feed back dos agricultores e do poder público; ações que podem ser aplicadas para a melhoria no desenvolvimento dos programas contidos na lei. Mas, devemos fazer a diferenciação entre desenvolvimento e crescimento nesta análise, pois de acordo com SOUZA (1993) duas correntes de economistas tentam definir o termo desenvolvimento que na primeira mais teórica destaca o crescimento como sinônimo de desenvolvimento, e a segunda, com características mais empíricas acredita que o crescimento é condição indispensável para o desenvolvimento, porém não é condição suficiente. O que nos leva a entender que para termos crescimento e desenvolvimento são várias as ações necessárias, como mudanças estruturais, sociais e ambientais. O conhecimento destas características ajuda a realizar uma análise mais próxima possível dos objetivos elencados na pesquisa. Pois se a referida lei estiver sendo efetivamente aplicada incorrerá em desenvolvimento para a região, que conforme a conceituação de KARNOPP (2012), desenvolvimento regional é um processo de mudança estrutural localizado, determinado por três principais pilares: progresso da própria região, progresso da comunidade ou sociedade que a habita, e progresso de cada indivíduo pertencente à mencionada sociedade. Sendo assim, sob esta ótica, podemos analisar separadamente e de forma sucinta a aplicabilidade e efetividade da lei.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	O conceito de agricultura familiar foi definido pela Lei nº11.326 de 24 de julho de 2006 como:
	Art. 3º. Para os efeitos dessa Lei, considera-se agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo simultaneamente, aos seguintes requisitos:
Não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais;
Utilize predominantemente mão de obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento;
Tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento;
Dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família. 
(BRASIL, 2006)
	Esta lei ratificou lei anterior que consta no Inciso II do artigo 4º do Estatuto da Terra, estabelecido pela Lei nº 4.504 de 30 de novembro de 2004, com a seguinte redação: “Propriedade familiar: o imóvel que direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventualmente trabalhando com a ajuda de terceiros”. 
Já os autores BITTENCOURT e BIANCHINI (1996) a definem como “agricultor familiar é todo aquele (a) agricultor (a) que tem na agricultura sua principal fonte de renda (+80%) e que a base da força de trabalho utilizada no estabelecimento seja desenvolvida por membros da família. É permitido o emprego de terceiros temporariamente, quando a atividade agrícola assim necessitar. Em caso de contratação da força de trabalho permanente externo a família, a mão de obra deve ser igual ou superior a 75% do total utilizado no estabelecimento”. Nota-se assim, que em todas as definições de agricultura familiar, tanto a lei, como os mais diversos autores buscam salientar como principal característica, a importância da prática dessa atividade ser desenvolvida por membros da família. Desvinculando-se dessa forma do modelo patronal, onde há a separação da gestão e do trabalho, na agricultura familiar busca a produção e a rentabilidade econômica, mas prima também nas necessidades e objetivos familiares, baseando-se assim a maioria das definições na mão de obra empregada nesse tipo de agricultura. Pensando nisso a legislação estabeleceu uma área máxima regional para a área total dos estabelecimentos familiares, ou seja, para serem consideradospequenos agricultores, procurando assim evitar eventuais distorções que decorreriam da inclusão de grandes latifúndios no universo de unidades familiares, ainda que do ponto de vista conceitual, sendo a extensão máxima determinada pelo que a família pode explorar com base no seu próprio trabalho, associado a tecnologia de que dispõe. (GUANZIROLI; CARDIM, 2000)
Em última análise aquilo que se pensa tipicamente como pequeno produtor é de alguém que vive em condições precárias, tem um acesso nulo ou muito limitado ao sistema de crédito, conta com técnicas tradicionais e não consegue integrar-se aos mercados mais dinâmicos e competitivos. Não há dúvidas de que milhões de unidades chamadas pelo censo agropecuário de “estabelecimentos” estejam nessa condição. Entretanto, dizer que estas são as características essenciais da agricultura familiar é desconhecer os traços mais importantes do desenvolvimento agrícola nos últimos anos, tanto no Brasil como em países capitalistas avançados. (ABRAMOVAY, 1997). Diante desses conceitos elencamos as principais características da agricultura familiar brasileira, a qual é extremamente diversificada, pois inclui tanto famílias que vivem e exploram minifúndios em condições de extrema pobreza, como produtores inseridos no moderno agronegócio e que logram gerar rendas superiores a que define a linha da pobreza. “A diferenciação dos agricultores familiares está associada a própria formação dos grupos ao longo da história, as heranças culturais variadas, a experiência profissional de vida particulares, e ao acesso e disponibilidade diferenciada de um conjunto de fatores, incluindo os recursos naturais, o capital humano, o capital social, etc. A diferenciação também está associada à inserção dos grupos em paisagens agrárias muito diferentes umas das outras ao acesso diferenciado aos mercados e a inserção socioeconômica dos produtores, que resultam tanto das condições particulares de cada grupo como de oportunidades criadas pelo movimento da economia como um todo e por políticas públicas. (BUAINAM, 2011). Outra característica destes agricultores é a diversidade da produção como afirmam, BUAINAM e ROMERO (2000), pois para eles, os agricultores desenvolvem sistemas complexos de produção, combinando várias culturas, criações animais e transformações primárias, tanto para o consumo da família como para o mercado. Que nos leva a compreender a importância da agricultura familiar, não só para a economia do país, mas pela dinamicidade e capacidade de impulsionar o desenvolvimento do país, pois esse segmento está em constante mudança, apesar dos desafios enfrentados, eles compõem estratégias de sobrevivência e reprodução, que dependem do meio ao qual estão inseridos.
Foi feito um estudo baseado nos dados do censo agropecuário do IBGE de 1995/96, no qual verificou-se que a renda produzida pela agricultura familiar era maior e mais eficiente que a patronal. Segundo GUANZIROLI e CARDIM (2000), essa constatação refere-se ao rendimento do fator terra, cuja a agricultura familiar era mais eficiente, haja visto que utilizava uma proporção maior de sua área em sistemas intensivos, tentando aproveitar ao máximo sua área total. Já os patronais têm muita terra, e por isso utilizam o que consideram a melhor parte dela, com um sistema intensivo, pois vai ter provavelmente maior eficiência técnica. Mas, quando o assunto é eficiência relativa ao fator trabalho, os patronais fazem um uso mais intensivo, já que esse é um fator escasso para essa categoria, e os familiares fazem um uso extensivo, já que possuem muita gente da família subempregada, e precisam aloca-la nos trabalhos agrícolas.
No Brasil de acordo com o último censo agropecuário do IBGE de 2006, 84,4% dos estabelecimentos rurais são de base familiar e ocupam 74,4% de mão de obra que está no campo. Apesar disso, as propriedades familiares ocupam apenas 24,3% de toda a área rural do país. O que leva a inviabilidade desses estabelecimentos, haja visto que a escala de produção se torna um problema estrutural para esse agricultor, e que essa falta de estrutura o impede de ter lucro suficiente para elevar a mão de obra familiar acima da linha de pobreza, o que se reflete na sustentabilidade dos estabelecimentos rurais familiares. Com a Lei nº11.326, de 24 de julho de 2006 o governo visa contribuir para a modernização do setor, passando pela capacitação, o uso de insumos adequados, de máquinas e equipamentos apropriados ao segmento e as condições dos agricultores familiares, como forma de sustentabilidade e ganhos significativos de produtividade (Embrapa 2018). De acordo com a referida lei fica estabelecida as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais (BRASIL, 2006). Esta lei veio atender a uma demanda antiga por políticas públicas voltadas para esse setor, pois antigos programas não respondiam de forma satisfatória a toda a população rural, como o PROVAPE (Programa de Valorização da Pequena Produção Rural) criado em 1994, sendo essa proposta aprofundada no ano seguinte com o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) criado em 1995, que definia a fonte de recursos, taxa de juros e foco no agricultor, mas o mesmo só se consolidou como instrumento efetivo de desenvolvimento no campo de geração de emprego e renda em 1997. Pois as operações financeiras disponíveis se limitavam ao custeio e, nesse ano passaram a ser feitas também para investimentos. E vem crescendo ano após ano. E em seus 22 anos de existência já proporcionou uma verdadeira transformação em mais de 2,6 milhões de pequenas propriedades rurais, pois além da utilização de tecnologia e ampliação de áreas plantadas, gerou aumento de renda e potencializou a mão de obra familiar. Bem como o desenvolvimento das regiões que compreendem a agricultura familiar, pois sabemos que o grande desafio da modernidade é conservar o meio ambiente por meio da utilização racional dos recursos naturais, e isso o agricultor familiar vem buscando incorporar em sua atividade.
SILVA e MENDES (2005, p.37) dão a seguinte definição para desenvolvimento sustentável: “[...] um processo de transformação que ocorre de forma harmoniosa nas dimensões espacial, social, ambiental, cultural e econômico a partir do individual para o global”. Onde cito como exemplo desse desenvolvimento sustentável o “Projeto Reca”. Onde ocorreu uma diminuição no número de pobres e uma distribuição de renda mais equitativa. Pois segundo (SCHNEIDER e FIALHO, 2000):
“O acesso a renda constitui-se um fator decisivo que garante ao indivíduo bens e serviços, e com isso, faculta-lhe a sua reprodução social. Partindo de premissas semelhantes a essa, os estudiosos da pobreza fazem amplo uso dos indicadores de renda para medir as condições dos membros de uma sociedade em satisfazer suas necessidades básicas e, a partir daí, apontar as discrepâncias no acesso aos recursos que existem entre indivíduos, grupos ou classes. Isso significa, em síntese, revelar o grau de desigualdade que existe em uma determinada formação social com base na análise da distribuição de renda auferidos pelas pessoas que a compõem”.
 Sendo consolidada como uma política de crédito efetiva em 4.963 municípios do Brasil. Ainda dentro das políticas públicas destinadas ao fortalecimento da agricultura familiar foi implementado em 2003 o programa de promoção para a agricultura familiar o PAA que faz parte das ações do programa Fome Zero. Como também o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) em 2009, implantado pela Lei nº 11.947 na qual em seu artigo 14, diz que no mínimo 30% dos recursos financeiros repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), aos Estados e Municípios para a compra de alimentos para o PNAE, deverão ser utilizados para a aquisição de gêneros alimentícios oriundos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações. Segundo agricultores após a publicação da lei tornou-se mais fácil vender seus produtospara os órgãos públicos, haja visto a dispensa da licitação, para a aquisição desses alimentos, sendo feita através de chamada pública, mas infelizmente alguns municípios enfrentam dificuldades para implantação da mesma.
Baseado nesta lei federal o prefeito do município de Porto Velho-RO, sancionou a Lei nº2.543, de 24 de setembro de 2018, que instituiu o Programa Municipal de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar no âmbito do município de Porto Velho/RO, na modalidade compra e doação simultânea e dá outras providências, onde foi criado o Programa Municipal de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar – PMAAF, que tem como parâmetro o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) criado pelo art. 19 da Lei nº10.696, de 02 de julho de 2003. O PMAAF tem como diretrizes o estímulo à organização de núcleos de produção nas comunidades rurais e a aquisição de alimentos produzidos pelos agricultores destes segmentos. Dentro desse programa foram criados os Programas Municipais da Cadeia Produtiva da Piscicultura “Mais Peixe”, o Programa Porteira a Dentro, e o Programa Municipal de Aquisição de Alimentos (PMAA). Sendo esses programas coordenados pela Semagric (Secretaria Municipal de Agricultura). E segundo o subsecretário Evaldo de Lima os programas serão um mecanismo importante de combate a fome e ao desperdício de alimento, fortalecendo também a agricultura familiar.
Baseado nesta lei este trabalho tem como objetivo analisar a implantação da lei no município.
METODOLOGIA
A presente pesquisa adotou alguns procedimentos na coleta de dados, para a construção do artigo, pois de acordo com CRESWELL (2010), o método de pesquisa envolve a forma de coletar os dados, de analisá-los e a interpretação desses dados que o pesquisador propõe para o seu trabalho. Procedimento esse que vai de encontro as palavras de GIL (2007, p.17) que define a pesquisa como:
(...) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um processo constituídos de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados.
	Para Fonseca (2002), methodos significa organização, e logos, significa estudo sistemático, pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos para se realizar uma pesquisa ou estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para se fazer uma pesquisa científica. Dessa forma alguns procedimentos foram utilizados na construção deste artigo como: análise da lei, instrumentos utilizados em sua aplicação, entrevistas, artigos publicados acerca do tema, publicações em web sites, como os especificados a seguir.
QUANTO A ABORDAGEM
	 A abordagem utilizada na pesquisa foi a qualitativa, na busca de aprofundar a compreensão desse grupo social, pois de acordo com DESLAURIERS (1991), nesse tipo de abordagem, o desenvolvimento da mesma é imprevisível, o conhecimento do pesquisador é parcial e limitado. Onde o objetivo da amostra é de produzir informações aprofundadas e ilustrativas, seja ela pequena ou grande, o que importa é que ela seja capaz de produzir novas informações (p.58). Palavra essas que vão de encontro a abordagem utilizada no presente artigo, pois buscou-se uma análise baseada na implantação de programas promovidos pela prefeitura de Porto Velho/RO, bem como a compreensão dos meios utilizados para sua plena efetivação, analisando as informações obtidas de forma organizada, buscando compreender e interpretá-las, através das experiências narradas pelos beneficiários dos programas.
QUANTO A NATUREZA
	É de natureza aplicada, pois buscou-se compreender a aplicação da referida lei na prática, buscando a solução dos problemas específicos. Envolvendo com isso verdades e interesses locais.
QUANTO AOS OBJETIVOS
	A pesquisa foi realizada de forma exploratória e descritiva, pois a mesma envolveu levantamento bibliográfico; entrevistas com agricultores locais que tem experiências práticas com o problema pesquisado e análise dos exemplos levantados para uma melhor compreensão. Para GIL (2007) esse tipo de pesquisa pode ser classificado tanto como pesquisa bibliográfica, como estudo de caso. Podendo também ser considerada como descritiva, devido ao levantamento de informações que descrevem os dados acerca da efetivação da lei. Que vai de encontro as palavras de TRIVIÑOS (1987) que diz: “Este tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade”. Sendo feitos também análise de documentos de órgãos do governo como IBGE, assim como análise de fatos passados. Iniciou-se a pesquisa através da publicação “Concentração Geográfica da Agricultura Familiar no Brasil” (Embrapa, agosto de 2013), que nos permitiu um levantamento sobre as características econômicas, demográficas, ambientais, culturais, sociais em diferentes regiões do Brasil. A qual traz uma conceituação de agricultura familiar, a importância da mesma para a economia brasileira, bem como o desenvolvimento regional, redução da pobreza e renda para essas famílias. Pois de acordo com MELLO (2007), “a importância da agricultura familiar é maior ainda quando se considera que esta atividade cria oportunidades de trabalho local, reduzindo o êxodo rural, diversificando a atividade econômica e buscando promover o desenvolvimento de pequenos e médios municípios”. Também se buscou informações em web sites do noticiário local com reportagens acerca do tema, e principalmente uma análise da Lei nº 2.543 de 24 de setembro de 2018, que tem por base o principal objetivo deste artigo, qual seja, saber se a mesma está sendo efetivada, de que forma, bem como entraves encontrados pelos agricultores na busca de acesso aos programas.
QUANTO AOS PROCEDIMENTOS
	A presente artigo é o resultado de uma análise de referências publicadas, através de meios escritos e eletrônicos, como artigos científicos, reportagens, entrevistas semiestruturadas e páginas de web sites.
	No que tange a pesquisa bibliográfica, vale ressaltar as palavras de FONSECA, (2002, p.32) a qual diz que “a pesquisa bibliográfica procura referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta”. E de acordo com essas palavras, a publicação da Embrapa 2013, utilizada nesta pesquisa, traz todo os elementos necessários, devido a mesma fazer um levantamento completo sobre a agricultura familiar. A aplicação da Lei nº11.326/2006 que estabelece as diretrizes para a formulação da política nacional da agricultura familiar. A publicação traz um apanhado de informações acerca da importância relativa e distribuição geográfica da agricultura familiar no Brasil, desde o nível das regiões até os municípios, sendo levantadas informações obre questões sociais, políticas públicas, trabalho familiar, as tendências e desafios da agricultura familiar. São vários os fatores analisados na publicação que segundo Wanderley, 1995.
		Esse dinamismo depende, em grande parte de fatos que estimulem a permanência das famílias no meio rural, com perspectivas favoráveis da produção agrícola local e de suas atividades correlatas (especialmente as vinculadas aos processos de transformação e de comercialização), e que garantam um nível de renda socialmente adequado à família, além da oferta de empregos.
		
	Outra análise relaciona-se em pesquisa documental na qual fez-se o levantamento do que dispõe a lei aprovada e sancionada pela prefeitura do município de Porto Velho, através de jornais eletrônicos, onde buscou-se conhecer as medidas adotadas pelo poder público na busca da aplicação e efetivação da lei, bem como as diversas posições acerca dos desafios encontrados na efetivação da lei. Agregando a isso foi realizada uma pesquisa de campo com alguns poucos agricultores, através de uma entrevista semiestruturada, onde foram respondidas questões relacionadasa aplicabilidade da lei.
Aquisição de Alimentos (PMAA), que permite a venda através de chamadas públicas, na qual os agricultores se cadastram na Semagric, sendo desnecessária a licitação para a venda de seus produtos.
	Dentro desses levantamentos vale ressaltar os objetivos do PMAAF:
Promover, estimular e fortalecer as atividades de produção agrícola, agropecuária, piscicultura, apicultura e extrativista;
Gerar trabalho e renda;
Desenvolver técnicas da agricultura orgânica ou agroecológica;
Diversificar de forma direta a oferta de alimentos oriundos da agricultura familiar na merenda das escolas, creches, programas sociais e repartições do município;
Apoiar a comercialização dos alimentos produzidos pela agricultura familiar;
Melhorar qualidade de vida da população rural; e
Promover cursos de capacitação, formação e treinamento para agricultores familiares. (Art. 3º, Lei Municipal nº 2.543, 24/09/2018).
	A aquisição direta de gêneros alimentícios da agricultura familiar por meio das chamadas públicas, que constam no artigo 14 da Lei 11.947, o que proporciona um contato inicial de forma legal entre os agricultores familiares e as prefeituras. (MALINA, 2012). Mas, para MÜLLER, 2010 “a chamada pública substitui a licitação, para aquisição dos produtos da agricultura familiar, porém deve haver uma ampla divulgação dessa chamada e conter minimamente as informações necessárias as organizações da agricultura familiar que se interessem em fornecer alimentação escolar, como produto, período e local de entrega, quantidade, padrão de qualidade”
	Para se tornar fornecedor o agricultor deve estar cadastrado conforme o disposto no art. 4º do PMAAF.
	Art. 4º Os beneficiários fornecedores são agricultores e agricultoras familiares, enquadrados no grupo do PRONAF-Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, definidos de acordo com as portarias emitidos pela secretaria especial de agricultura familiar e do desenvolvimento agrário, devidamente cadastrados no PMAAF junto a Semagric-Subsecretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, e sendo observados as garantidas e as qualificações mencionadas na Lei 11.326/2006. Dessa forma a lei sancionada pelo prefeito Hildon Chaves abre mais um mercado, o da alimentação escolar e das entidades sociais que estão sob a égide do poder público municipal, onde o agricultor familiar pode atuar como fornecedor, abrindo um importante canal de comercialização dos produtos da agricultura familiar, podendo também contribuir para a melhoria da qualidade da alimentação escolar e desenvolvimento da zona rural de Porto Velho.
	Segundo dados do governo de Rondônia, datado de junho de 2018, em cultivos protegidos a produção é garantida o ano todo, o que se faz relevante, pois a cidade de Porto Velho é o principal centro consumidor de Rondônia, sendo o maior consumidor dessa produção, e destacando-se, como centro produtor de hortaliças de consumo rápido, como folhosas em especial os produzidos através da técnica de hidropônica, também são produzidos tubérculos. Produz-se também tomate e melancia. De acordo com o levantamento há projetos que deram certo, como por exemplo o centro produtor porto velhense, conhecida como área do Porto Verde, que é formada por pequenas chácaras e todos são atendidos pela Emater-RO, formados principalmente por olericultores.
RESULTADOS
	 Fica evidente que a lei vem sendo efetivada de forma precária, pois são várias as reclamações dos agricultores, com relação ao acesso as políticas que foram implementadas, como por exemplo o sr. Laércio, participante do programa de agricultura familiar, que fornece frutas e legumes, bem como polpa de frutas para algumas escolas do município, morador da estrada do Areia Branca, km 04, setor chacareiro, o mesmo relata a falta de estrutura para o escoamento de sua produção devido as péssimas condições das estradas, a dificuldade para ter acesso a financiamentos devido ao excesso de burocracia, falta de suporte técnico por parte da prefeitura, pois são assistidos através de visitas esporádicas de técnicos da Embrapa e da Emater/RO e eventualmente de técnicos do Incra, sendo raras a capacitações a que são destinados. Segundo o mesmo a lei tem como ponto positivo a facilidade para a comercialização de seus produtos, pois por não ser necessária a licitação, é feito um cadastro para que o mesmo possa fornecer seus produtos, e a comercialização é através de chamada pública o que para ele é mais rápido e eficiente. História muito parecida com a de D. Conceição, que relatou que a estrutura existente foi a própria comunidade que se reuniu alugou máquinas para a abertura de estradas, assim como a iluminação que cada morador foi responsável pela compra de equipamentos para a instalação da mesma, assim como reclamou do apoio que recebem do poder público, pois falta estrutura, apoio técnico, avaliação, só contando com a Emater/RO e a Embrapa, bem como a burocracia para acesso a financiamentos. Reclamações muito parecidas com as do Sr. Albino e D. Maria que tem seus produtos comercializados em sua maioria em feiras. Mas a maioria dos agricultores apontam como benefício a facilidade da venda de seus produtos graças ao Programa Municipal de Aquisição de Alimentos (PMAA). Alguns já utilizam tecnologias em suas produções, mas outros ainda trabalham em modelos produtivos rudimentares para os padrões da agricultura moderna e de precisão, o que para a engenheira agrônoma da Emater-RO Solange da Costa Dantas, “é uma questão de cultura”, que cita como exemplo o agricultor José Orlando, conhecido como Maranhão que trabalha numa faixa de terra debaixo do linhão da Eletronorte, e produz cebolinha e outras folhosas, e um pouco de feijão de corda, mas o mesmo é resistente a adoção de técnicas repassadas pela agrônoma, o que diminui sua escala de produção comparada aos vizinhos que adotaram novas tecnologias em suas produções. Mas temos também casos de sucesso como o Reca ao qual os dados demonstram uma distribuição de renda mais equitativa no Sistema de Produção Agroflorestal, em relação aos demais sistemas produtivos estudados. Isso pode ser explicado pelas regras de vida associativa existente no referido projeto, com os trabalhos comunitários e pela busca de melhoria de vida de todos os associados. O que corrobora com o pensamento de SACHS (1991), “[...] os problemas da pobreza e do meio ambiente podem ser sanados ou evitados; não há quaisquer limites ecológicos ou falta de tecnologia que impeçam sua superação. Conclui-se que os obstáculos são sociais e políticos”.
	 Através dessa coleta de dados, utilizando a lei, entrevistas, reportagens, publicações e artigos, pois são vários os procedimentos adotados nesse levantamento, nos foi possível buscar respostas, além de conhecer os caminhos percorridos na busca da consolidação da agricultura familiar. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	A implantação da Lei Nº2.543/2018 promoveu uma abertura do mercado institucional de apoio ao agricultor familiar em Porto Velho, a referida lei busca apoiar e fortalecer este setor, pois facilita a comercialização de suas produções, com melhoria de renda e desenvolvimento do meio rural, bem como a permanência do homem no campo. 
	Fica evidente a diversidade na produção, e a importância desse segmento para a economia do município, como também as dificuldades encontradas pelos agricultores para o escoamento de suas produções, tanto devido a precariedade das estradas, como pela falta de um canal de distribuição, como por exemplo uma central de abastecimento, que é uma reivindicação dos agricultores. 
	Mas também há casos de projetos que deram certo, como o Porto Verde que é atendido pela Emater-RO, e em sua maioria os produtores já utilizam a tecnologia no fomento de suas produções. E o projeto Feira Sabor do Campo, criada para atender as famílias reassentadas de Porto Velho, quando da construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, que atende por voltade 400 famílias dos reassentamentos São Domingos, Riacho Azul e Novo Engenho Velho, na margem esquerda do rio Madeira, e Morrinhos, Santa Rita, na margem direita, onde o consórcio Santo Antônio Energia contratou a Emater-RO para acompanhar as famílias por três anos, até 2014, o que proporcionou assistência de qualidade para a produção vegetal e animal, bem como a extensão rural focada no social, trabalhando a gestão das propriedades, segurança alimentar, fabricação de alimentos processados, ou seja nesse caso vemos a efetivação da lei, o que não ocorre em todas as áreas da agricultura familiar, pois em sua grande maioria os agricultores reclamam da falta de assistência por parte do poder público, tanto com relação as estradas, a capacitação dos mesmos, as dificuldades para obtenção de financiamentos, devido ao excesso de burocracia, fazendo que desistam em meio ao processo. Todos apontaram de forma unanime, como ponto positivo, a distribuição que se dá de forma direta, haja visto que a lei, proporciona a compra dos produtos da agricultura familiar sem a necessidade de licitação, pois a mesma é feita através de chamada pública, a qual o agricultor precisa estar cadastrado nos órgãos competentes para atender a demanda das instituições.
	Após relatos podemos concluir que as localidades onde há uma assistência efetiva do poder público, ouve a real efetivação e aplicabilidade da lei, mas nas áreas onde essa assistência é esporádica ou quase nula, os agricultores sofrem com o descaso e a falta de meios para desenvolver e expandir sua produção, enfrentando vários desafios. Fazendo-se necessária a reformulação das políticas voltadas para o setor, com meios para facilitar a vida desses produtores como uma central de abastecimento o que facilitaria para o armazenamento e a distribuição, onde todos os produtos seriam entregues nessa central e de lá distribuídos para as instituições, pois segundo relatos, hoje é o produtor que faz essa entrega diretamente, e quando não tem todos os produtos que necessita entregar precisa negociá-los com outros agricultores para atender sua demanda. Cabe ao poder público se estruturar na busca de efetivar a aplicabilidade da lei em sua totalidade, pois a maioria dessas famílias são de baixa renda, não tendo condições de alugar uma máquina, por exemplo, para pavimentar uma estrada, ou serviços que dependem do poder público para a melhoria da qualidade de vida, que consta na lei. Não basta sancionar uma lei criando uma política pública, mas proporcionar meios para sua real efetivação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
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