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Fichamento Grandes Economistas

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Fichamento – Os Grandes Economistas
Adam Smith – Fundador da Escola Clássica Inglesa
Adam Smith é considerado pai da economia política, em sua principal obra A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas, ele indaga acerca dos fundamentos da riqueza e se funda na divisão do trabalho e na liberdade econômica, rejeitando as teses mercantilistas.
Adam vai indagar sobre os valores dos bens e as trocas, antes dele, o valor dos bens era definido sobretudo por sua utilidade. Em seu livro ele inverte esta ideia, dizendo que o valor do uso de um bem está ligado a sua utilidade e o valor de troca de um bem se baseia na capacidade de seu detentor obter outros bens no mercado. Para explicar esta logica ele se refere ao paradoxo sobre a água e o diamante. Desta forma o preço das mercadorias é determinado pelo nível dos salários, pelo lucro do capitalista e pela renda do proprietário fundiário.
O salário corresponde ao rendimento necessário para que o trabalhador possa reduzir suas condições essenciais e de sua família, desta maneira, o salário é determinado pela natureza do trabalho e pela demanda de trabalho dos empreendedores, sendo totalmente condicionado pela situação do mercado de trabalho que acarreta na oferta de trabalho e a demanda de trabalho.
O lucro do capital é a parcela do preço de venda do produto que se destina a quem arriscou seu capital na indústria (capitalista). Já a renda da terra é a diferença entre o valor da colheita, de um lado, e os salários e o produto ligado ao uso do capital de exploração, de outro.
Smith aborda sobre a divisão do trabalho, um fenômeno universal, que aumenta a eficiência do fator trabalho, isto é, sua produtividade Ele traz a ideia através da fábrica de alfinetes e vai dizer que a divisão de trabalho aumenta a habilidade de cada trabalhador (especializa), leva a criação de novos instrumentos de produção (que acabam por economizar tempo), e há um ganho considerável de tempo em favor de uma participação mais efetiva na produção. Mas Adam sabia dos riscos de uma divisão do trabalho levada ao extremo, que a repetição de gestos poderia impedir os indivíduos de usar suas faculdades intelectuais e humanas.
Adam Smith entendia que o princípio da divisão de trabalho está no âmbito da economia nacional, Os indivíduos, em função de sua capacidade, se dedicam a uma profissão e a seguem após a aprendizagem, e uma vez que é estabelecida essa ocupação profissional, eles vendem os produtos de sua atividade e os ganhos que adquirem lhes permitem obter bens e serviços que não produzem e lhe são necessários.
No entanto, a divisão do trabalho só pode existir numa sociedade que tenha institucionalizado um mercado. Para o economista cada homem se torna uma espécie de comerciante e a própria sociedade tem como característica ser mercantil.
Ele é considerado também pai da divisão internacional do trabalho, tratando sobre a troca entre nações, conhecida como a teoria da vantagem absoluta. Cada nação tem interesse em se especializar na produção de bens em que ela possui vantagem absoluta sob as outras, ou seja, o que ela executa a menos custos que no exterior. Assim os bens produzidos a custos mais elevados seriam importados, ocorrendo a exportação e importação (mercado internacional).
O mercado é instrumento regulador da atividade econômica para Adam Smith, indo muito além de um simples espaço de troca, tornando-se epicentro. É o fator de consenso social, na medida em que permite a harmonia dos interesses contraditórios dos indivíduos, o que leva a concorrência. Cada sujeito é incentivado a responder à demanda dos outros, com o objetivo de extrair de sua atividade o maior benefício. Isto é o Adam chama de “mão invisível”, aquela que guia os interesses individuais na direção mais favorável aos interesses da sociedade, conciliando o egoísmo individual e o interesse geral. A livre concorrência contribui para o surgimento do preço justo.
No livro A riqueza das nações, Smith vai demonstrar como o Estado deve contribuir para a riqueza das nações. Em primeiro ponto, o Estado deve assegurar as funções tradicionais, ou seja, funções do Estado-polícia, cumprindo a defesa do território com a manutenção das forças armadas, a administração da justiça e a criação e manutenção de certas atividades econômicas (estas que não podem ser realizados pelo setor privado) com a finalidade de um bem-estar da coletividade. No âmbito econômico o Estado cumpre-lhe tomar para si a produção de certas atividades e defender o exercício da concorrência no mercado, sendo assim, o poder público pode ser levado a compensar as insuficiências do mercado, o que justifica o financiamento de certos serviços coletivos por meio de impostos. 
Adam Smith diz que o Estado, para cumprir todas as funções, deve utilizar recursos geralmente financiados por um sistema de tributação sobre as diversas atividades inseridas na sociedade, a arrecadação destas receitas fiscais devem ter a contribuição dos cidadãos para o financiamento, a arrecadação deve se fundar em regras transparentes e feita de maneira cômoda e essas arrecadações devem ser limitadas as necessidades de financiamento do Estado. O poder público também deve proteger o mercado, velado pelo exercício da livre concorrência, opondo-se aos monopólios. Como liberal, o autor desconfia de um sistema tributário que possa restringir as liberdades econômicas 
Entre as críticas do autor, Marx se opõe a visão otimista de Smith quanto aos efeitos benéficos da divisão do trabalho, abordando que a especialização dos trabalhadores aumenta o poder do empresário e que degrada a condição dos trabalhadores. Inclusive há diversos sociólogos, como Georges Friedman, que abordam sobre os danos psíquicos e fisiológicos em operários submetidos ao sistema derivado do taylorismo.
O taylorismo é um sistema que se funda simultaneamente numa divisão vertical e horizontal do trabalho, ou seja, divisão entre as funções de concepção e execução dentro da empresa. Desta forma, os engenheiros condem as etapas e os operários devem respeitar as ordens dadas. A divisão horizontal se articula de uma reflexão sobre a melhor maneira de cumprir as tarefas industriais, codificando os gestos necessários a fim de evitar vadiagens, e por outro lado, temos a individualização das remunerações sobretudo na distribuição de prêmios.
Outra crítica é a de Arthur Laffer sobre os perigos da pressão fiscal, dizendo que o excesso de imposto mata o imposto e a atividade e o crescimento econômico. E que é indispensável à coletividade, os bens coletivos que escapam à economia do mercado, pois seu preço não resulta de uma relação entre a oferta e a demanda, ou seja, bem “fora do mercado”.
David Ricardo – teórico do liberalismo econômico
David Ricardo nasceu em Londres em 1772, terceiro filho de uma família de financistas judeus de origem portuguesa. Começou a trabalhar cedo com seu pai na Bolsa de Londres aos 14 anos. Em 1793 enriqueceu graças ao sucesso em especulações na bolsa, estabelecendo-se por conta própria. Aos 40 anos deixou os negócios e descobriu a economia política através das obras de Smith e Jean-Baptiste Say. Teve seus primeiros artigos publicados se tratando de teor monetário. Logo após isso, foi eleito deputado da Câmara dos Comuns. Em 1823 faleceu. David Ricardo defendeu o livre-câmbio e a estabilidade da moeda, tendo influencia decisiva para a adoção do Peel Act.
Smith foi um grande influenciador de seu trabalho, reformulando assim a teoria do valor-trabalho e apresentando uma reflexão original sobre a repartição da renda, dos lucros e dos salários. A ele se deve a célebre teoria das vantagens comparativas. Estes feitos são alguns do que fazem David Ricardo ser considerado o principal teórico da escola clássica inglesa.
É sabido que o trabalho humano aparece como o primeiro fator de produção. Tendo isso em vista, também é necessário levar em conta o uso dos bens de produção, sendo o que chama de trabalho incorporado, este quereúne a habilidade do trabalhador e as máquinas, instrumentos, ferramentas usadas pelos trabalhadores.
Ricardo considera uma categoria de bens em que seu valor está fundado em sua raridade, assim como quadros, estátuas, etc, cujo valor é determinado pela propensão de alguns indivíduos em adquiri-los.
Distingue em seu trabalho dois tipos de preço. O preço natural corresponde aos custos de produção, enquanto o preço corrente pelo jogo da oferta e procura do mercado. Considera que ambos tendem a se igualar.
O valor do trabalho humano é função dos custos de produção necessários para obtê-la.
Durante o conflito com a França, a Grã Bretanha foi gravemente atingida pela inflação. David Ricardo considera que o aumento do preço do ouro está ligado a uma emissão excessiva de papel-moeda. Conclui que o papel-moeda pode ser produzido com grande facilidade, ao contrário da moeda de ouro ou de prata, que se baseia na extração e na cunhagem do metal.
Para sair do dilema do papel-moeda ser extremamente útil para a realização das transações, assim como o crédito se mostra indispensável ao desenvolvimento da indústria, Ricardo propõe vincular a criação de papel-moeda e da moeda bancária à reserva de ouro e dos bancos.
A redução dos preços dos produtos de primeira necessidade se traduz numa baixa de salário. É preciso diminuir, e até eliminar, os direitos protecionistas que impedem a importação de trigo na Grã Bretanha. Se alinha com os empreendedores industriais que buscam lucro contra os proprietários fundiários rentistas e assim reivindica a abolição das leis sobre os cereais (corn laws). 
Assim como Smith, Ricardo tem sua teoria de troca interna internacional justificada pelos seus mesmos princípios: da “mão invisível”. O livre-câmbio, assim, aparece como um programa para o bem de todos.
David Ricardo se debruça na lei das vantagens comparativas, observada na realidade econômica e comercial britânicas no começo do século XIX. A Grã Bretanha não tinha interesse em importar trigo, mesmo pagando mais caro, se a industrialização lhe garantia uma “vantagem comparativa”.
Cita a existência de vantagens naturais e artificiais, estas vinculadas a uma economia nacional. A teoria se baseia, então, na mobilidade dos fatores de produção no nível nacional, baseando-se na imobilidade destes em nível internacional.
Para ele, comerciar com o resto do mundo parece algo plenamente favorável em termos de crescimento econômico, porém trás a noção de que comprar mais do que vender no estrangeiro resulta num saldo negativo com o exterior.
Ricardo é considerado na origem da visão liberal da troca internacional, depois dele seguido por outros autores desenvolverem a validade de suas hipóteses e necessidade do comercio entre as nações para o bem-estar do mundo. Foi também criticado pelos efeitos perversos associados ao livre-câmbio: relações econômicas internacionais nem sempre resultariam em crescimento e desenvolvimento econômico.
Dois economistas suecos dão continuidade à sua teoria. Eli Heckscher e Bertil Ohlin explicam a troca internacional a partir da abundância ou escassez relativa dos fatores de produção de cada nação. Um país tem vantagem na exportação de bens cuja produção requer o uso intensivo do fator de produção considerado abundante, assim como em seu oposto.
A teoria das vantagens comparativas se funda em postulados que se opõem pelo exame das realidades do comércio internacional. Seu raciocínio se baseia em várias questões altamente teóricas, e por isto a constatação empírica altera o alcance geral da análise de Ricardo.
Thomas Robert Malthus – teórico da superpopulação
Thomas Robert Malthus (1766-1834) era um economista, sociólogo e clérigo nascido na Inglaterra. Ele dominava diversas áreas do conhecimento, como a matemática e a literatura, além de também ter sido professor de história e de economia política. Desse modo, ele pode ser considerado um dos principais nomes da escola clássica inglesa, tendo sofrido forte influência do iluminismo e sendo favorável à ideia de progresso social.
No início, Malthus defendia uma redistribuição de renda entre as populações mais desfavorecidas. No entanto, ao observar tanta pobreza e miséria, ele começou a refletir por meio de um pragmatismo econômico maior.
O economista apresentava críticas contra o excesso de poupança da classe capitalista e evidenciava os benefícios dos trabalhos de utilidade pública para a sociedade. Assim, pode ser considerado o primeiro teórico da demanda, sendo também um dos percussores do keynesianismo.
Malthus estabelece uma relação entre as possibilidades de evolução da produção agrícola e o aumento da população. Desse modo, a produção agrícola é determinada por meio do valor das terras, considerando a superfície agrícola útil e os métodos de cultivo. Seguindo esse raciocínio, quando todas as terras são exploradas, ocorre um processo de esgotamento da produção de alimentos.
Considera-se que os bens de subsistência crescem em proporção aritmética, enquanto o aumento populacional ocorre por meio de uma proporção geométrica, ou seja, o aumento da população evolui num ritmo bem mais acelerado do que a produção agrícola. Assim, o esgotamento dos recursos alimentares em decorrência da explosão demográfica tem como resultado o aumento da pobreza e da miséria, além da subversão da ordem social.
Malthus defende o equilíbrio entre a racionalidade econômica e a obrigação ética (dai vem a moral malthusiana). Logo, ele acredita que os que tem condição econômica suficiente podem casar e ter filhos, já aqueles que mal tem o que comer, devem ficar em um estado de castidade completa até terem condições para formar uma família. Para ele, a instrução e a poupança popular podem estimular as famílias desfavorecidas a reduzir sua prole e a importação de trigo pode ajudar a acabar com as insuficiências da produção nacional.
O economista critica as políticas de assistência às populações desfavorecidas, pois, para ele, isso só agrava ainda mais a pobreza. Ele justifica esse posicionamento por meio da ideia de que a transferência de renda sem a contrapartida de criação de riquezas leva ao aumento de preços, dai vem a inflação por demanda. Ele também acredita que ajudar os pobres gera um aumento populacional que tem por consequência o aumento da oferta de trabalho, o que gera mais desemprego e mais miséria.
A teoria malthusiana influenciou políticas como a política do filho único na China, na qual era incentivado a diminuição da quantidade de filhos por família e eram dados benefícios àquelas que possuíam apenas um filho. Malthus foi alvo de críticas por ter minimizado o papel do progresso técnico na agricultura, já que o desenvolvimento das trocas internacionais pode compensar a insuficiência da produção agrícola com o recurso às importações, ou seja, ao contrário da visão malthusiana, a agricultura não é um obstáculo para o crescimento da população. É importante ressaltar também que o princípio da população de Malthus foi refutado pela transição demográfica, na qual é defendido um equilíbrio entre o crescimento demográfico e o crescimento econômico, onde apenas a fase de transição demográfica mostra um desequilíbrio entre os meios de subsistência e o número de nascimentos.
Por fim, conclui-se que para Malthus, o crescimento demográfico só seria permitido com o aumento dos recursos e dos rendimentos, o que foi refutado através da visão de que o crescimento demográfico pode incentivar o crescimento e o desenvolvimento econômico.
Jean- Baptiste Say – empreendedor e economista
Aderiu às ideais liberais do final do século e aos princípios de 1789.
Recebeu certa notoriedade sobretudo no jornalismo, foi recebido por Napoleão, então primeiro-cônsul, que lhe ofereceu um assento no Tribunal, porém o entendimento entre os dois não se manteve, fazendo Say abandonar o Tribunal.
Say era essencialmente liberal, não podendo aprovar e muito menos defender o intervencionismo econômico bonapartista.
	Ao deixar a política,se tornou um empreendedor no império, porém voltou aos assuntos públicos quando lhe foi confiado um estudo da economia britânica.
É considerado o principal economista clássico francês. Leitor e divulgador de Adam Smith na França, entendia o mercado como elemento de regulação da atividade econômica. É principalmente conhecido como autor da famosa lei dos mercados (loi des débouches).
Para Say, existem três tipos de recursos que se somam na realização da produção, são chamados de fatores de produção: os agentes naturais, o trabalho humano e o capital. Esses fatores de produção são adquiridos pelo empreendedor por um preço determinado pelo jogo da oferta e da procura no mercado.
Para este economista, o trabalho produtivo não se limita apenas à produção de objetos matérias. Ao contrário de Smith, Say estendeu a noção de trabalho produtivo ao conjunto de atividades de serviço, mostrando que além da esfera industrial, outros agentes econômicos participam da produção.
O valor dos bens e dos serviços depende de seus custos de produção, todos os serviços que foram utilizados para sua fabricação e serviços necessários à satisfação do consumo das populações. O equilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado que determina o preço de equilíbrio, que permite ajustar as quantidades oferecidas às quantidades demandadas. Assim é realizado o equilíbrio econômico, sem intervenção do Estado.
“Os produtos são trocados por produtos” é a frase mais famosa do economista, que funda sua lei dos mercados. Para ele, a produção sempre consegue escoar no mercado, assim todo produto adquirido é fruto do rendimento de outro produto. No momento que um produto aparece no mercado, sua fabricação, anteriormente, gerou uma distribuição de rendimentos.
Na visão de Say, como para todos os clássicos, a moeda é neutra em relação à economia real, pois não é na rarefação dos símbolos monetários que se deve procurara queda nas vendas, e sim num nível insuficiente de produção. É a produção, e não a moeda, que determina o crescimento econômico.
O papel do Estado consiste apenas em criar um ambiente favorável ao sistema de produção. Além disso, ele tem o dever de proteger os bens e as pessoas, mas também deve, indiretamente, participar da eficiência do sistema econômico, facilitando o transporte de mercadorias entre praças comerciais.
O desenvolvimento do ensino e da cultura permite a difusão do progresso científico e técnico entre empreendedores, assim enriquecendo a elaboração de novas combinações produtivas.
A economia de oferta é uma escola de pensamento em reação a uma excessiva intervenção do Estado na sociedade civil. Trata-se de recompor a oferta dos valores de produção e a oferta dos produtos para reduzir a recessão, deve desregulamentar a fim de restaurar as liberdades econômicas.
A lógica da lei dos mercados pode ser contrariada por diversos fatores, sendo os mais relevantes: as flutuações das atividades econômicas podem ser frutos de uma superprodução, a produção pode não atender às expectativas dos consumidores e o aumento excessivo da poupança pode impedir a regulação da atividade econômica e acabar com o círculo vicioso descrito por Say.
Karl Marx – economista militante
Karl Marx nasceu em Trier, Alemanha, em 1818 e faleceu em Londres no ano de 1883. Estudou direito e filosofia em Bonn, depois em Berlin, e obteve doutorado em 1841. Por ter eito amizade com Friendrich Engels, Marx entrou na política com a criação de comitês operários que se fundiram com a Liga dos Justos, movimento revolucionário britânico. Segundo o prório Marx, sua obra teve origem em três pontos diferentes: a filosofia de Frieddrich Hegel, a economia política encarnada em David Ricardo e o socialismo francês. Sua obra possuiu uma grande contribuição para o estudo de transformação social, por introduzir a dinâmica das classes sociais no processo histórico. Dentre suas principais obras, está o ”Manifesto do Partido Comunista”; “Contribuição à crítica da economia política” e “O capital”.
	Para ele, a visão otimista de trabalho de Adam Smith não é um ponto de vista certo. O correto para ele seria separa a divisão social de trabalho e a divisão manufatureira ou técnica de trabalho, criação específica do modo de produção capitalista. Ou seja, sua ideia resume-se em mais máquinas e divisão ainda maior do trabalho para aumentar a produtividade. Com tudo, o trabalhador passa a ser apenas um simples apêndice da máquina, e exige-se dele apenas a operação mais simples, mais monótona de aprender. Para ele, a noção de superpopulação está ligada a um ordenamento específico do processo de produção capitalista.
	A expressão mais-valia é baseada na ideia da diferença entre o valor cirado pela força de trabalho na forma de produtos vendáveis e a compra dessa mesma força de trabalho por seu valor de troca gera um trabalho excedente não remunerado pelo empresário capitalista. Ela também é determinada pelo processo de produção que usa o capital e o trabalho.
	Marx desenvolveu um modelo teórico para explicar a evolução histórica e a transformação social, nele, a infraestrutura representa a base econômica que reúne as forças produtivas, o conjunto das relações de produto constitui a estrutura econômica da sociedade.
	O tema mais abordado por ele é a luta de classes. As classes sociais se definem pela propriedade dos meios de produção, assim, sua existência é inseparável da luta de classes. Trata-se da relação com a propriedade dos meios de produção, isto é, a propriedade do capital. No modo de produção capitalista, a classe burguesa, proprietária dos meios de produção, se opõe ao proletariado, detentor apenas de sua força de trabalho. Suas posições criam relações de produção que se caracterizam pela exploração do trabalho pelo capital. Sendo assim, a classe operária, deve permitir o surgimento da sociedade socialista por um processo revolucionário.
Léon Walras – teórico do equilíbrio econômico
Pode se dizer que Walras abandona a visão clássica do valor-trabalho em favor do valor-utilidade e que essa ruptura se dá em decorrência da questão da determinação do valor dos bens. Por um lado, os clássicos, como Smith, Ricardo e Marx, consideram que o valor de um bem está ligado ao trabalho e ao custo necessário à sua produção. Já os neoclássicos, como Walras, associam o valor à utilidade do bem junto ao consumidor.
 	Com a mudança do ambiente econômico, a troca no mercado se mostrou mais favorável para a definição do valor do que a simples produção do bem pelo acréscimo do trabalho e do capital, de modo que Walras começou a discutir sobre as diferenças entre o útil e o agradável; o necessário e o supérfluo.
	Para ele, a fonte do valor reside não na utilidade total de um bem, mas em sua utilidade marginal, isto é, a utilidade da última unidade num mundo necessariamente sujeito à escassez. Assim, o valor dos bens não é determinado pela quantidade total dos produtos que podem ser adquiridos, e sim pelo custo necessário para a produção da última unidade. Ele ainda acrescenta que a satisfação do uso de um bem diminui à medida que ele é consumido, dai surge a lei da utilidade marginal decrescente.
	Walras afirma que uma economia moderna é composta por três tipos de mercado, que são definidos pela natureza do produto trocado pelos agentes econômicos. O mercado de bens e serviços satisfaz o consumo final dos lares; o mercado de trabalho permite o encontro entre a oferta de trabalho e a demanda de trabalho; e o mercado do capital estabelece relação entre a oferta e a demanda de capitais a curto e longo prazo.
	O economista também foi responsável por criar o modelo de concorrência pura e perfeita, baseando-se em cinco hipóteses. Elas são: A atomicidade da oferta e da demanda, na qual é empregada a noção de atomicidade na economia para designar uma grande população de indivíduos iguais, onde a grande quantidade de participantes no mercado impede que qualquer um consiga influenciar no nível geral das transações e nos preços.
	A segundahipótese é a da homogeneidade dos produtos, que pressupõe que existe homogeneidade quando os produtos apresentam características idênticas, sendo impossível de diferenciá-los e, portanto, substituíveis entre si.
	A terceira hipótese é conhecida como o livre ingresso na indústria. Nessa hipótese, defende-se que não existem entraves capazes de impedir o ingresso de um novo concorrente num ramo da economia fabricando um determinado produto.
	A quarta hipótese é a de transparência do mercado, na qual os vendedores e os compradores estão plenamente a par das quantidades oferecidas e procuradas, e dos preços das transações.
	Por fim, a última hipótese chama-se fluidez do mercado ou mobilidade dos fatores de produção, na qual a ideia de fluidez evoca o sentido de liberdade e circulação para o mercado. Ela trata a respeito da liberdade de entrada e saída dos fatores de produção em relação a determinada atividade econômica.
	É importante ressaltar também que Walras defende a ideia de que o sistema dos preços permite equilibrar as quantidades de oferta e as quantidades de demanda, o que favorece a realização do equilíbrio geral. Desse modo, os empresários têm os recursos necessários para a produção e os canais de escoamento que lhes são úteis. E os assalariados dão origem à demanda no mercado em função dos rendimentos que receberam.
John Maynard Keynes – reformador do capitalismo
John Maynard Keynes nasceu em Cambridge em 1883. Aluno de Eton, depois estudante de matemática e economia do King’s College em Cambridge, ele seguiu os ensinamentos do grande representante da escola neoclássica, Alfred Marshall. Tornou-se assistente no King’s College. A seguir, foi chamado para varias missões administrativas, uma delas a conferencia da paz em 1919, para preparar o Tratado de Versalhes. Após isso passou a se dedicar a hábeis especulações na Bolsa, como Ricardo, ao mesmo tempo que escrevia vários artigos sobre os problemas econômicos da época. Recebendo o título de lorde em 1942, representou a delegação britânica na Conferência de Bretton Woods, em 1944. Morreu em 1946, de um ataque cardíaco.
Keynes deu origem a um dos três principais paradigmas da ciência econômica: o keynesianismo. Mostrou os limites das reflexões neoclássicas, sobretudo na questão do subemprego. Na crise dos anos 1930, com sua visão global das interações econômicas, Keynes propôs um modelo macroeconômico que seria o fio condutor das políticas econômicas das chamadas Trente Glorieuses, os trinta anos de reconstrução e desenvolvimento pós-guerra.
A revolução keynesiana constitui uma ruptura com os fenômenos e mecanismos econômicos utilizados por economistas clássicos e neoclássicos. Ele ensina a considerar o sistema econômico em seu conjunto e analisar as interações entre as diferentes grandezas da economia nacional.
Keynes contesta a “lei dos mercados” de Jean-Baptiste Say, alegando que não é a oferta que gera, por ajuste, a demanda dos produtos criados, mas é a demanda que gera a produção.
Keynes, inspirando-se em Malthus, destaca os efeitos perversos da poupança numa condição de subemprego. Keynes inclui o excesso de poupança na dinâmica da crise, já que os consumidores ao reduzirem suas despesas, incentivam os empresários a diminuir seus investimentos e não criar emprego, inclusive demitir. O aumento do desemprego é então uma regressão do consumo.
Keynes contesta a teoria clássica da taxa de juros e a neutralidade da moeda, mostrando que a taxa de juros regula menos o mercado de capitais do que a oferta e a demanda de moeda, isto é, de “dinheiro liquido”.
Recorre então a um novo instrumento: a preferência pela liquidez, respondendo a três motivações: um motivo de transação; um motivo de precaução; um motivo de especulação.
A moeda não é neutra em relação à evolução da conjuntura econômica. A moeda deixa de ser um mero veículo de trocas, atuando sobre a economia através da taxa de juros. A diminuição dessa taxa pode estimular os empresários a aumentar seus investimentos e, assim, criar empregos.
Keynes se opõe a ideia de que o desemprego só pode ser voluntário, isto é, ligado à recusa dos trabalhadores de aceitar uma baixa em sua remuneração, pois isto para ele só pode gerar o aumento do desemprego, nenhuma alteração consegue romper o círculo vicioso do subemprego.
A demanda efetiva comanda o nível da produção e, portanto, o nível do emprego. É em função desta que os empresários determinam o nível de produção, assim o nível de produção das empresas deve estar de acordo com o nível da demanda antecipada pelos empresários. Por sua vez, quanto maior for o nível de produção, mais significativo é o recurso ao emprego do fator trabalho.
Segundo Keynes, o consumo cresce numa proporção menor do que o aumento do rendimento.
A taxa de juros é determinada pelo jogo da demanda e de oferta de moeda líquida. A oferta monetária provém da política monetária.
A ampliação das funções do Estado é então vista por Keynes como o único modo de se evitar uma destruição das instituições econômicas, em decorrência a recessão e o desemprego. Os poderes públicos tem a função de acionar políticas econômicas que permitam a restauração do pleno emprego. Assegura, desta maneira, o equilíbrio econômico e o crescimento, mas sem eliminar a sociedade civil em favor de um sistema coletivista. Uma vez garantindo o retorno ao pleno emprego, a intervenção estatal cessa e o mercado retoma seus direitos.
Após a Segunda Guerra Mundial, o pensamento keynesiano é a referência fundamental em termos de análise, e sobretudo, de definição de políticas econômicas. Paul Anthony Samuelson apresenta o conceito de economia mista designando a dulpa regulação.
O economista Franco Modigliani relativiza a hipótese keynesiana de um crescimento da poupança em função do aumento da renda. O consumo e poupança dependem de diversos fatores associados ao “ciclo de vida” de um indivíduo ou de uma família. A idade é dada por um fator dominante, assim como o tamanho da família.
As tentativas de Jacques Chirac e Pierre Mauroy de alavancagem pelo investimento e consumo, inspiradas pelo keynesianismo, resultaram numa deterioração dos grandes equilíbrios: aumento da inflação e déficit no comércio exterior.
O raciocínio keynesiano se fundava numa economia fechada, protegida do exterior por um protecionismo temporário. Desde 1945 os estados-nação internacionalizaram suas economias, levando a uma redução significativa das tarifas alfandegárias. A alavancagem nacional favorece os países concorrentes, sob a forma de entrada de divisas e criação de empregos. 
Joseph Alois Schumpeter – teórico da inovação e dos ciclos
Joseph Schumpeter se definiu como o teórico da mudança e dos desequilíbrios do sistema capitalista, e sua obra é fortemente marcada pela sociologia alemã de Max Weber e pela economia de Karl Marx. 
Ao contrário de Marx, o empreendedor para Joseph é um indivíduo um pouco à margem do corpo social, ou seja, um agente que “nada contra a corrente”. Em sua Teoria do desenvolvimento econômico, ele desenvolve motivos que caracterizam o empreendedor e o impulso da sua ação, são estas: a criação de um espaço de poder, a vontade de lutar e vencer (onde o lucro é considerado um índice de sucesso), e a satisfação de criar uma forma econômica nova, ou seja, há riscos e problemas inerentes quando se investe me uma produção nova, mas a satisfação de ter criados um novo produto difundido recompensa todas as dificuldades. 
Na concepção de Schumpeter, o empreendedor se difere do capitalista, que preocupado em apenas render o capital tem a tendência de evitar a inovação. O empreendedor é o elemento motor da mudança econômica. A inovação a que se refere o autor, não consiste somente no investimento ou na aplicação industrial do avanço técnico, ela deve ser: uma fabricação de algo novo ou transformação de algo com acréscimo de uma nova qualidade, introdução de um novo método de produção, a abertura de uma nova saída para o produto num mercado, a conquistade uma nova fonte de matéria prima ou a realização de uma nova organização de produção.
Para Joseph, a obtenção de uma nova combinação produtiva resulta num excedente de valor, o lucro. Este se torna a remuneração do empreendedor dinâmico, esta não é permanente, pois ele se beneficia de uma situação de monopólio a curto prazo, desta forma, a chegada de novos concorrentes reduz a margem de lucro para todo o setor.
 Para o autor, o aumento das dimensões da empresa ameaça eliminar a figura do empresário inovador, pois o lugar dele é cedido a equipes especialistas e corporações que não reivindicam autonomia. Assim a despersonalização e a burocracia substituem a inciativa individual.
O empreendedor, na medida em que aplica às inovações, rompe o equilíbrio econômico com a introdução de uma nova dinâmica, que vem a perturbar o conjunto dos elementos do sistema econômico. Uma inovação nunca aparece sozinha, ela pertence a um grupo que reúne várias inovações, o que a tese schumpeteriana do pacote tecnológico. Essa sinergia em torno de uma inovação motriz é o setor do crescimento econômico, na medida em que ela condiciona o investimento, o emprego e a demanda dos consumidores. A inovação é acompanhada de duas fases, a primeira a inovação apresenta seus benefícios que alimentam o crescimento econômico acompanhada do aumento de investimentos e pleno emprego; a segunda fase o pacote tecnológico tem um impacto desestabilizador, onde ocorre a destruição criadora.
Joseph explica o caráter cíclico do crescimento econômico, em que a inovação é fator de expansão e depois recessão. Há três categorias: o ciclo longo de duração de 25 anos em que a fase A é o crescimento da produção e alta nos preços e a B  é a diminuição da produção e baixa nos preços; o ciclo intermediário de 10 anos com quatro fases (expansão, crise, recessão e retomada); e o ciclo curto de 40 meses e temos a diminuição da atividade em períodos de expansão e uma acentuação da baixa em períodos de recessão. Esses três ciclos em conjunto explicam as irregularidades do crescimento econômico e a alternância das fazes de expansão e recessão.
Milton Friedman – cruzado das liberdades econômicas
Milton Friedman nasceu no Brooklyn, EUA, em 1912, numa família judaica de origens modestas. Financiou seus estudos superiores por meio de diversas bolsas. Na Universidade de Chicago, estudou matemática, orientando-se a seguir para economia. Em 1946, obteve seu doutorado e iniciou carreira docente na mesma universidade. Em abril de 1947, ao lado de Friedrich von Hayek, Friedman participou da Sociedade de Mont-Pèlerin. Além de suas atividades de ensino e pesquisa, ele escreveu regularmente para a revista Newsweek, o que o tornou conhecido junto ao grande público. Recebeu várias missões de consultoria para diversas instituições de primeira importância, como o Federal Reserv e o Partido Republicano. Ele é considerado um dos maiores economistas do século XX, exercendo grande influência sobre as políticas econômicas dos países anglo-saxões e das nações em desenvolvimento, e um dos mais influentes teóricos do liberalismo econômico e ocupou a cadeira do economista Keynes em Chicago e se tornou referência máxima quanto à regulação macroeconômica.
	Em “Teoria da Função Consumo”, publicada em 1957, Friedman lança as bases de um novo raciocínio sobre as relações entre função repartição e a função consumo. Segundo Friedman, o rendimento corrente de um agente econômico resulta de dois componentes, um permanente e outro transitório. O componente permanente é função dos recursos que um indivíduo considera recursos estáveis ao longo do tempo (patrimônio, salário vinculado à qualificação, avanço previsível na carreira profissional). É a partir do rendimento permanente que um agente econômico decide o montante de suas despesas. O componente transitório é mais “acidental”, “aleatório”, e pode se manifestar por uma baixa ou alta do rendimento do curto prazo (ganhos em aplicações financeiras, prêmios salariais, redução tributária).
Para ele, a alta do componente transitório do rendimento não tem efeito imediato sobre o consumo, na medida em que os agentes econômicos ainda não incorporaram o aumento de seus recursos ao rendimento permanente. Apenas este último determina o nível de consumo. Somente depois de certo prazo, chamado por Friedman de “o horizonte do consumidor”, é que se assiste a um aumento do consumo. O interesse da teoria do rendimento permanente é mostrar as incertezas que podem surgir nos resultados das políticas conjunturais de avanço ou de sustentação da atividade econômica, diretamente inspiradas na Teoria Geral, que supostamente reduziriam os desequilíbrios em curto prazo. Friedman contesta os mecanismos virtuosos associados ao multiplicador de investimento. Não é evidente que um aumento da despesa pública ou uma política de grandes obras crie sistematicamente um aumento do consumo dos lares. Apenas quando o componente transitório passar a ser parte integrante do rendimento permanente é que se pode registrar um aumento de consumo.
Ele se contrapõe à teoria e às políticas keynesianas, retomando a teoria quantitativa da moeda, de Fisher. Qualquer variação na massa monetária só pode resultar numa igual variação no nível geral dos preços. Quando a quantidade de moeda circulante é superior ao nível da produção, a economia mergulha na inflação (fenômeno monetário).
Friedman também interpreta a curva de Philips (curva que mostra a relação inversa entra a taxa de desemprego e a evolução dos salários nominais do Reino Unido). De acordo com Friedman, o dilema inflação-desemprego não existe, o aumento da massa monetária gera pressões inflacionárias que reconduzem o desemprego a seu nível anterior.
Os estudos de econometria levaram Friedman a fundar a chamada “escola monetarista” que estabelece uma forte correlação entra a oferta de moeda e o nível de atividade econômica. Ao longo das décadas de 60 e 70, Friedman foi uma das vozes a defender a disciplina monetária como única saída para o surto da inflação que os governos estavam provocando. Porém, defendia e extinção do Fundo Monetário Internacional, afirmando que causava danos à economia americana e mundial.
N. Gregory Mankiw – teórico do neokeynesianismo e da macroeconomia
A economia é comparada com o lar, pois ambas necessitam de administração e precisam tomar decisões. A administração dos recursos da sociedade é importante porque eles são escassos, significa que a sociedade tem menos a oferecer do que as pessoas desejam, tendo que decidir quais terão um padrão de vida mais alto e quais terão um mais baixo.
Economia é o estudo da forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos e os economistas estudam como as pessoas tomam as decisões e como elas interagem umas com as outras.
Tomar decisões envolve comparar um objeto com outro. Nada é de graça, para obter algo que desejamos, é necessário abrir mão de outra coisa também desejamos, podemos chamar isso de tradeoffs.
É dito que todo investimentos que fazemos em relação à algo é imediatamente subtraído de outro algo. Como por exemplo, quanto mais é gasto em defesa, menor será o valor empregado em outras áreas. Porem é necessário identificar os tradeoffs, pois para tomarmos decisões acertadas, devemos saber das opções.
Alguns tradeoffs não são de tão fácil identificação, pois não podem ser comparados diretamente. O custo de oportunidade de um item é aquilo de que se abre mão para poder obter algo, ao tomar as decisões devemos ficar atentos com os custos de oportunidade que acompanham cada ação possível.
Os economistas denominam alterações marginais como as decisões que são melhor escolhidas por estarem à margem, pensar na margem ajuda na tomada de decisões. Um tomador de decisões racional empreende uma ação se e somente se o beneficio marginal de tal ação exceder seu custo marginal.
Como as pessoas tomam decisões comparando custos e benefícios, seu comportamento pode mudar quandoos mesmos se alteraram, as pessoas respondem a incentivos. Quando os formuladores de políticas públicas deixam de considerar a mudança no comportamento, suas politicas podem não ter os efeitos pretendidos. Muitos dos incentivos que os economistas analisam são mais mais diretos do que os da legislação, ao analisar qualquer política é preciso considerar não só os impactos diretos, mas também as consequências indiretas que decorrem da aplicação dos incentivos. Se a política altera os incentivos, também provocará uma alteração no comportamento das pessoas.
Também se é dito que o comércio permite aos países especializar-se no que fazem de melhor e desfrutar de uma maior variedade de bens e serviços.
Em uma economia de mercado as decisões do planejador central são substituídas pelas decisões de milhões de famílias e empresas, essas interagem no mercado, no qual o preço e o interesse próprio orientam as decisões. Tal economia, apesar de parecer um caos, tem se mostrado muito bem-sucedida em organizar as atividades econômicas de modo a promover o bem-estar econômico geral. Os preços são os instrumentos com os quais a mão invisível dirige a atividade econômica.
A mão invisível orienta, em geral, os mercados para uma locação eficiente dos recursos, porém as vezes essa mão não funciona, os economistas utilizam a expressão falha de mercado para se referir à situação em que o mercado por si só não consegue alocar recursos eficientemente. Uma das possíveis falhas é a externalidade, impacto das ações de alguém sobre o bem-estar dos que estão em torno. Outra falha possível é o poder de mercado, a capacidade que uma única pessoa (ou pequeno grupo de pessoas) tem para influenciar indevidamente os preços do mercado.
Uma economia de mercado recompensa as pessoas de acordo com as suas capacidades de produzir coisas pelas quais outros estejam dispostos a pagar.
Quase toda variação nos padrões de vida pode ser atribuída a diferenças de produtividade. A relação entre produtividade e padrão de vida tem implicações profundas para a politica econômica. Para melhorar os padrões de vida, os formuladores de politicas públicas devem aumentar a produtividade assegurando que os trabalhadores tenham bom ensino, ferramentas necessárias para produzir bens e serviços e acesso à melhor tecnologia disponível.
Como a inflação impõe vários custos à sociedade, a manutenção de baixos níveis de inflação é um dos objetivos da politica econômica em todo mundo. Em muitos casos a inflação longa e persistente é advinda de um aumento na quantidade de moeda.
O combate à inflação parece estar associado a um aumento temporário de desemprego, essa relação é denominada curva de Phillips. Uma das explicações desse efeito é a demora de alguns preços para se ajustar.

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