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EPILEPSIAS INCIDÊNCIA: Atingem de 1 – 4% da população Prevalência: Maior em crianças abaixo de 7 anos e pacientes psiquiátricos. OBS: Não há relação causativa entre epilepsia e doença psiquiátrica Crises recorrentes de fenômenos anormais, acompanhados de anomalias do EEG. FENÔMENOS: Motores → convulsão ou atonia Sensoriais → auras, alucinações Psíquicos → distúrbios ou perda da consciência Viscerais → micção, defecação, distúrbios da PA, FC, respiração, desequilíbrio hidroeletrolítico. DEFINIÇÃO: Crise epilética ou convulsão: Alterações comportamentais decorrentes de descargas (elétricas) anormais, rítmicas e sincronizadas de neurônios. Epilepsia: Distúrbio da função cerebral caracterizado pela ocorrência espontânea, periódica e imprevisível de crises epiléticas. Epilepsia idiopática ou primária: Descargas excessivas da matéria cinzenta sem causa identificável. Epilepsia secundária ou sintomática: Descargas devidas a trauma cerebral, AVC, neoplasma, infecção febre infantis, medicamentos ou tóxicos, síndrome de abstinência, uremia, demência de Creutzfeldt-Jakob, hipocalcemia, hiponatremia, etc. CAUSAS: Desequilíbrio entre os fatores excitatórios e inibitórios: ↑ Excitação ↓Inibição Fatores: Epileptogênicos: Traumatismo craniano, AVC, infecções, tumores. Desencadeantes ou preciptantes: Estresse psicológico e físico (febre), Privação do sono, alterações hormonais, substâncias tóxicas, fármacos. Predisponentes endógenos: Genética, maturação do SNC (desenvolvimento neurológico anormal). FISIOPATOLOGIA DA CONVULSÃO Crise convulsiva ocorre devido a excitação excessiva de neurônios, causando despolarização e liberação de neurotransmissores predominantemente excitatórios. Principal neurotransmissor: Glutamato Causa excitoxicidade e lesão neuronal CLASSIFICAÇÃO: Generalizada: Se inicia e envolve rapidamente ambos hemisférios. Não significa que ocorre em TODO o SNC. Há perda de consciência. Tônico-clônicas (grande mal): Mais comum (clássica) Fase tônica → Rigidez muscular Clônica → Movimentos repetitivos e intensos (flexão/reflexão) Final → Relaxamento (inclusive dos esfíncteres) Ausência (pequeno mal): Acomete mais crianças e jovens Caracterizada por um curto lapso de memória/consciência Foco da convulsão: Tálamo Neurônios atingidos: Ligam o Tálamo ao Córtex → Via GABAérgica. Tônicas Mioclônicas Atônicas Focal ou parcial: Originadas em um dos hemisférios e nem sempre se propaga para o outro. Não perde, necessariamente, a consciência Sintomas dependem da região acometida Movimentos involuntários Experiências sensitivas anômalas (aura) Efeitos sobre o humor e comportamento (epilepsia psicomotora) Parciais simples Parciais complexas: perda de consciência pode ocorrer no início ou mais tarde, quando a despolarização alcança o tronco encefálico. Secundariamente generalizadas: começam como crises parciais, mas se tornam generalizadas. ANTICONVULSIVANTES: MECANISMOS DE AÇÃO: Objetivo: Inibir a despolarização anômala e sustentada. Mecanismos: Potencializar a neurotransmissão GABAérgica: Bloqueio de canais iônicos (Na+ e Ca2+) No SNC os principais neurotransmissores envolvidos: Glutamato → Excitatório GABA → Inibitório Antagonizar os neurotransmissores excitatórios (GLU) → Fármaco se liga aos receptores de GLU e não permite que o GLU tenha seu efeito biológico. BARBITÚRICOS 1ª Ação → Agonismo ao GABA Receptor GABAa: Ionotrópico Promove abertura de canais de cálcio → Entrada de Ca+ → Hiperpolarização da célula → Proteção contra a despolarização sustentada → Fisiológico Barbitúricos: ↑ tempo de duração da abertura do canal de Cl- 2ª Ação → Antagonista de Glutamato Bloqueio dos receptores ionotrópicos (AMPA e CAINATO) de Glutamato → ↓ excitação neuronal HIDANTOÍNAS Ação nos canais de sódio Abertura dos canais de Na+ → Despolarização → Inativação dos canais de Na+ → Proteção contra uma despolarização sustentada → Fisiológico Hidatoínas: ↑ tempo de inativação dos canais de Na+ SUCCINIMIDAS E OXAZOLIDINEDIONAS: Ação nos canais de Ca2+ Canais de Ca2+ responsáveis pela fusão da vesícula neuronal e liberação dos neurotransmissores. Despolarização sustentada → Ativação exagerada dos canais de Ca2+ → Liberação exagerada de neurotransmissores → Crise convulsiva Succinimidas: Bloqueiam canais de Ca2+ → ↓ quantidade de neurotransmissores Etossuximida: Bloqueio de canais de Ca2+ do tipo T (Talâmicos) → Indicado para as crises de ausência Oxazolidinedionas: Bloqueiam canais de Ca2+, por meio do seu metabólito → Tem que passar pelo fígado primeiro PRINCIPAIS FÁRMACOS Fenobarbital Liga-se ao receptor GABAa Reduz intensidade e duração das convulsões Tiagabina Inibe a recaptação do GABA (aumento do GABA na fenda sináptica) Crises parciais Gabapentina Estimula a síntese do GABA + reduz a recaptação + inibe canais de Ca2+ Crises parciais Ac. Volpróico e derivados Bloqueio dos disparos sustentados de Na+ + Bloqueio dos receptores de glutamato + Estimula a síntese do GABA + Inibe a degradação do GABA Crises tônico-clônicas + mioclônicas + crises de ausência Triazínicos Bloqueio dos disparos sustentados de Na+ + Boqueia a transmissão do GLU + Ação sob canais de Ca2+ Carbamazepina Ação nos canais de sódio Crises parciais complexas Fenitoína Ação nos canais de sódio Reduz intensidade e duração das convulsões Etossuximida Aumenta o tempo de inativação dos canais de Na+ Crises de ausência Benzodiazepínicos Convulsões agudas + efeito sedativo Epilepsias Incidência: Fenômenos: Definição: Causas: Fisiopatologia da convulsão Classificação: Anticonvulsivantes: Mecanismos de ação: Barbitúricos Hidantoínas Succinimidas e Oxazolidinedionas: Principais fármacos
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