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EBOOK - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VSJM PREPARATORIO

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1 
 
ÍNDICE 
 
Língua Portuguesa 
Ortografia 02 
Acentuação 04 
Morfologia 04 
Classes de palavras 05 
Figuras de Sintaxe 12 
Sintaxe 14 
Equivalência de Estruturas 19 
Discurso Direto e Indireto 20 
Concordância nominal e verbal 20 
Regência Verbal e Nominal 22 
Crase 23 
Pontuação 26 
Estruturação 27 
Interpretação e coesão 27 
 
Fichamentos das Bibliografias Específicas 
ACOSTA “ Família: Redes, Laços e Políticas Públicas” 30 
AGUINKY “ Judicialização da Questão Social” 34 
BAPTISTA “ Algumas reflexões sobre o SGD” 37 
BAPTISTA “A prática profissional do Assistente Social” 40 
BARROCO “ Ética – Fundamentos Sócio-Históricos” 44 
BRITES “ Direitos Humanos e Serviço Social” 52 
CFESS “O Estudo Social em Perícias, Laudos” 55 
FAVERO “Questão social e a perda do poder familiar” 60 
FAVERO “O Serviço Social e termas sociojurídicos” 69 
FLEURY “Redes de políticas: novos desafios” 80 
FERRARI “O fim do silêncio na violência familiar” 82 
Sobre as dimensões técnico-operativas do SS 90 
IAMAMOTO “O Serviço Social na contemporaneidade” 102 
MALDONADO “Casamento, término e reconstrução’ 109 
MAGALHAES “Avaliação e linguagem, relatórios” 115 
MINAYO “Antropologia, saúde e envelhecimento” 119 
MIOTO “Perícia Social – proposta de um percurso” 125 
PEITER “Adoção –vínculos e rupturas” 128 
SALES “Política social, família e juventude” 132 
SALES “(in)visibilidade perversa: adolescentes infratores” 139 
RIZZINI “ Acolhendo crianças e adolescentes” 140 
SARTI “A família como espelho: um estudo” 144 
SIMOES “Curso de Direito do Serviço Social” 149 
YASBEK “Classes subalternas e Assistência Social” 68 
REVISTA SERVIÇO SOCIAL E SOCIEDADE nº67 172 
REVISTA SERVIÇO SOCIAL E SOCIEDADE nº70 178 
REVISTA SERVIÇO SOCIAL E SOCIEDADE nº71 181 
REVISTA SERVIÇO SOCIAL E SOCIEDADE nº83 186 
 
Legislação 
Sobre a Constituição Federal de 1988 193 
Sobre a Lei n.º 10.261/68 206 
Sobre a Lei da “Improbidade Administrativa” 209 
Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente 213 
Sobre a Lei “Maria da Penha” 217 
Sobre a Guarda Compartilhada 218 
Sobre a Nova Guarda Compartilhada 219 
Sobre a alienação parental 220 
Sobre o SUAS 222 
Sobre o SINASE 224 
Sobre o “Plano Nacional de Promoção...” 226 
Sobre o Estatuto do Idoso 227 
Sobre a Lei Brasileira de Inclusão 229 
Sobre a Ética profissional 230 
 
Atualidades 
Entendendo a Reforma Previdenciária 232 
A questão do sistema penitenciário brasileiro 233 
Os muros que dividem o mundo 235 
A lava jato 237 
Sobre a Guerra na Síria 240 
A operação Carne Fraca 242 
 
Demais considerações e textos de apoio sobre os 
conhecimentos específicos 
Sobre os Direitos Humanos 243 
Sobre a atuação profissional nas Varas de Família 244 
Sobre os Direitos Fundamentais das Crianças e Adoles. 245 
Sobre as medidas de proteção às crianças e adoles. 248 
Sobre a guarda/tutela/adoção em colocação f. subst. 249 
Sobre a violência doméstica 250 
Sobre as medidas de proteção ao idoso 251 
Sobre a tutela e a curatela 251 
Sobre a guarda compartilhada 252 
Sobre a alienação parental 253 
 
Exercícios 
Língua Portuguesa 255 
Atualidades 259 
Conhecimentos Gerais 261 
Conhecimentos Específicos 261 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Ortografia 
 As dificuldades encontradas na 
ortografia devem-se ao fato de que os 
fonemas (sons que emitimos ao falar 
uma palavra) são, muitas vezes, 
confundidos com as letras que formam a 
palavra. 
EXEMPLO: 
Táxi: 4 letras/ 5 fonemas – t / a / k / s / i 
Corre: 5 letras / 4 fonemas - c / o / rr / e 
Hoje: 4 letras / 3 fonemas – ho / j / e 
 As letras são a representação 
gráfica, escrita, de um determinado som 
(fonema). Há letras que, ao formar uma 
palavra, não são ditas, por isso o número 
de letras não, necessariamente é o 
mesmo número de fonemas. 
EXEMPLO: 
Na palavra HOJE a letra “H” não é 
‘falada’, ouve-se o som apenas do “O” do 
“J” e do “E”, por isso temos 4 letras mas 
apenas 3 fonemas. 
 Eis algumas observações úteis: 
ao escrever uma palavra com som de 
‘s’, ‘z’, ‘x’ ou ‘j’, deve-se procurar a 
origem da palavra, pois na Língua 
Portuguesa, em muitos casos, a 
palavra primitiva indica como 
deveremos escrever a palavra 
derivada. 
EXEMPLO: 
A palavra ‘enrijecer’ vem de ‘rijo’, 
portanto é escrita com J e não com G 
A palavra ‘analisar’ vem de ‘análise’, 
portanto é escrita com S e não com Z. 
 Outras dicas a serem lembradas: 
Distinção entre ‘J’ e ‘G’ 
Escreve-se com ‘J’: as formas dos verbos 
que têm infinitivo em JAR (despejar – 
despejei/arranjar – arranjei); as palavras 
com final “AJE” (laje, traje, ultraje); 
algumas formas dos verbos terminados 
em “GER” e “GIR” mudam o ‘G’ para o ‘J’ 
antes do ‘A’ e ‘O’ (dirigir – dirijo/reger – 
reja). 
Escreve-se com ‘G’: substantivos com 
final AGEM, IGEM, UGEM(coragem, 
vertigem, ferrugem, etc) Exceções: 
pajem, lambujem; os finais ÁGIO, ÉGIO, 
ÓGIO e ÍGIO (estágio, relógio, prodígio). 
Distinção entre ‘S’ e ‘Z’ 
Escreve-se com ‘S’: o sufixo ‘OSO’ 
(creme+oso=cremoso / 
leite+oso=leitoso); o sufixo ÊS e a forma 
feminina ESA, que formem adjetivos que 
indiquem profissão, títulos, nacionalidade 
(camponês – 
camponesa/português/portuguesa); o 
sufixo ISA (sacerdote+ISA= sacerdotisa); 
as palavras onde o S aparece depois de 
ditongo (coisa, causa, Neusa) 
Escreve-se com ‘Z’:as palavras 
terminadas em EZ e EZA, quando são 
substantivos abstratos que provêm de 
adjetivos (limpeza – limpo / pobreza – 
pobre); escreve com IZAR os verbos 
quando sua palavra original não possuir 
‘S’ (economia – economizar/terror – 
aterrorizar) e as palavras diminutivas 
terminadas em ZAL, ZINHO, ZEIRO e 
ZITO (chapeuzinho, cinzeiro, cãozinho). 
Distinção entre ‘CH’ e ‘X’ 
Escreve-se com ‘X’: quando o ‘X’ for 
precedido por ditongo (faixa, 
caixa,feixe);maioria das palavras 
iniciadas por ME (mexerica, mexeu);as 
palavras iniciadas por ENX com exceção 
das derivadas de vocábulos iniciados por 
CH (enxada, enxerido). 
ATENÇÃO!! Existem vários casos de 
palavras que possuem a mesma 
pronúncia, e há duas formas e dois 
significados diferentes. 
EXEMPLO: 
Brocha/broxa 
Chalé/Xale 
Cheque/Xeque 
Distinção entre S, SS, Ç e C 
Correlações Exemplos 
T – C Ato-ação/Marte-
Marcial/Infrator- Infração 
TER- 
TENÇÃO 
Abster-abstenção/ Ater-
atenção 
RG – RS Aspergir-aspersão/imergir-
imersão 
RT – RS Inverter-inversão/divertir-
diversão 
 
 
3 
 
PEL – 
PULS 
Impelir-impulsão/expelir-
expulsão 
CORR – 
CURS 
Correr-curso 
SENT – 
SENS 
Sentir-senso 
CED -
CESS 
Ceder-cessão/conceder-
concessão 
GRED – 
GRESS 
Agredir-agressão/progredir-
progressão 
PRIM – 
PRESS 
Imprimir-impressão/ 
oprimir-opressão 
TIR – 
SSÃO 
Admitir-admissão/discutir-
discussão 
 
 Ainda no que concerne à 
Ortografia, há algumas palavras que 
causam confusão: 
ONDE-AONDE (lembrar que AONDE dá 
ideia de movimento, pode ser substituído 
por ‘PARA ONDE’). 
MAU-MAL (lembrar que MAU é adjetivo e 
o seu antônimo é BOM e o antônimo de 
MAL é BEM) 
CESSÃO-SESSÃO-SECÇÃO-SEÇÃO 
(CESSÃO é o ato de ceder/SESSÃO é o 
intervalo de alguma reunião ou 
evento/SECÇÃO ou SEÇÃO significa 
parte de um todo). 
HÁ – A (Na indicação de ‘tempo’ HÁ é 
utilizado para tempo passado – HÁ dois 
anos... – e o A para indicar tempo futuro 
– daqui A dois meses...) 
 
USO DO HÍFEN 
 
 
 
Nova Regra: O hífen não é mais utilizado 
em palavras formadas de prefixos (ou 
falsos prefixos) terminados em vogal + 
palavras iniciadas por R ou S sendo que 
essas devem ser dobradas. 
Observação: Em prefixos terminados por 
'r', permanece o hífen se a palavra 
seguinte for iniciada pela mesma letra: 
hiper-realista, hiper-requintado, hiper-
requisitado, inter-racial, inter-regional, 
inter-relação, super-racional, super-
realista, super-resistente... 
 
Nova Regra: O hífen não é mais utilizado 
em palavras formadas de prefixos (ou 
falsos prefixos) terminados em vogal + 
palavras iniciadas por outra vogal. 
Regra antiga Regra atual 
Auto-afirmação, 
auto-ajuda, auto-
aprendizagem, 
auto-escola, auto-
estrada, auto-
instrução, contra-
exemplo 
Autoafirmação, 
autoajuda, 
autoaprendizagem, 
autoescola, 
autoestrada, 
autoinstrução, 
contraexemplo 
 
Observação: Esta regra não se encaixa 
quando a palavra seguinte iniciar por 'h' 
anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, 
semi-herbáceo. 
 
Nova Regra: Agora se utiliza hífen 
quando a palavra é formada por um 
prefixo (ou falso prefixo) terminado em 
vogal + palavra iniciada pela mesma 
vogal. 
Regra antiga Regra atual 
Antiibérico, 
antiinflamatório, 
antiinflacionário 
Anti-ibérico, anti-
inflamatório, anti-
inflacionário 
 
Observação: Uma exceção é o prefixo 
'co'. Mesmo se a outra palavra inicia-se 
com a vogal 'o', não utiliza-se hífen. 
 
 
 
 
 
Regra antiga Regra atual 
Ante-sala, ante-
sacristia, auto-
retrato, anti-social, 
anti-rugas, arqui-
romântico, arqui-
rivalidade, auto-
regulamentação 
Antessala, 
antessacristia, 
autorretrato, 
antissocial, 
antirrugas, 
arquirromântico, 
arquirrivalidade, 
autorregulamentação 
 
 
4 
 
Nova Regra: Não se usa mais hífen em 
compostos que, pelo uso, perdeu-se a 
noção de composição. 
EXEMPLOS: paraquedas, parabrisa. 
O uso do hífen permanece: 
• Em palavras formadas por prefixos 'ex', 
'vice' e 'soto'. Exemplos: ex-marido, vice-
presidente, soto-mestre... 
• Em palavras formadas por prefixos 
'circum' e 'pan' + palavras iniciadas em 
vogal, M ou N. Exemplos: pan-
americano, circum-navegação... 
• Em palavras formadas com prefixos 
'pre', 'pró' e 'pós' + palavras que tem 
significado próprio. Exemplos: pré-natal, 
pró-desarmamento, pós-graduação... 
• Em palavras formadas pelas palavras 
'além', 'aquém', 'recém' e 'sem'. 
Exemplos: além-mar, além-fronteiras, 
aquém-oceano, recém-nascidos, recém-
casados, sem-número, sem-teto. 
Não existe mais hífen: 
• Em locuções de qualquer tipo 
(substantivas, adjetivas, pronominais, 
verbais, adverbiais, prepositivas ou 
conjuncionais). Exemplos: Cão de 
guarda, fim de semana, café com leite, 
pão de mel, sala de jantar, cartão de 
visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, 
acerca de... Exceções: água-de-colônia, 
arco-da-velha, car-de-rosa, mais-que-
perfeito, pé-de-meia, ao-Deus-dará, à 
queima-roupa. 
 
Acentuação 
 
Nova Regra: ditongos abertos (EI, OI) 
não são mais acentuados 
EXEMPLOS: ideia, assembleia, platéia, 
paranoico, heroico 
 
Observação: nos ditongos abertos de 
palavras oxítonas e monossilábicas o 
acento continua. 
EXEMPLOS: herói, constrói 
O acento no ditongo aberto do EU 
também continua. 
EXEMPLOS: chapéu, véu 
 
Nova Regra: O hiato OO não é mais 
acentuado. 
EXEMPLOS: Voo, enjoo, perdoo 
Nova Regra: O hiato EE não é mais 
acentuado. 
EXEMPLOS: creem, leem, veem 
Nova Regra: Não existe mais o acento 
diferencial em palavras homográficas 
(com grafia igual) 
EXEMPLOS: Para (verbo), pela 
(substantivo e verbo), pêra, pelo 
 
Observação: O acento diferencial ainda 
permanece no verbo 'poder' (3ª pessoa 
do Pretérito Perfeito do indicativo - 'pôde') 
e no verbo 'pôr' para diferenciar da 
preposição 'por'. 
 
Nova Regra: Não se acentua mais a letra 
U nas formas verbais que são precedidas 
de G ou Q e antes de E ou I (que, qui, 
gue,gui). 
EXEMPLOS: argui, apazigue, averigue, 
enxague. 
 
Nova Regra: Não se acentua mais I e U 
tônicos em paroxítonas quando 
precedidos de ditongo 
EXEMPLOS: Baiuca, feiúra,feiume. 
 
Morfologia 
 
 É o estudo da estrutura, formação 
e classificação das palavras. A 
morfologia está agrupada em dez 
classes, denominadas classes de 
palavras ou classes gramaticais. São 
elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, 
Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, 
Preposição, Conjunção e Interjeição. 
 Abordando primeiramente a 
estrutura das palavras, dentre os 
principais, é possível citar três elementos 
mórficos: 
RAIZ: é o elemento originário da 
significação da palavra (PEDRA-pedreiro) 
RADICAL: é a ideia principal da palavra 
(Amarelecer= AMARELO+ecer). 
PREFIXO: elemento mórfico que vem 
antes do radical (infeliz= IN+feliz) 
 
 
5 
 
SUFIXO: elemento mórfico que vem 
depois do radical (medonho= 
med+ONHO) 
 As ‘desinências’ são os elementos 
que finalizam a palavra e indicam suas 
flexões. As nominais referem-se ao 
gênero (masculino/feminino) e ao número 
(singular/plural). 
EXEMPLOS: alunO/alunA (gênero) 
alunoS (número) 
 Já as verbais, indicam a flexão de 
pessoa, número, modo e tempo dos 
verbos. 
EXEMPLOS: 
compraMOS/compraM/compraIS 
 No que concerneao processo de 
formação das palavras, estas estão em 
constante processo de evolução e 
formam-se ou pela derivação ou pela 
composição. 
 A derivação é o processo pelo qual 
se obtém uma palavra nova, chamada 
derivada, a partir de outra já existente, 
chamada primitiva. A derivação pode ser 
prefixal, sufixal, prefixal e sufixal, 
parassintética, regressiva e imprópria. 
EXEMPLOS: crer (primitiva) – DEScrer 
(derivada prefixal) / alfabetizar (primitiva) 
– alfabetizaÇÃO (derivada sufixal) / leal 
(primitiva) DESlealDADE (derivada 
prefixal e sufixal pois apenas um afixo 
forma uma palavra nova) / alma 
(primitiva) – DESalmADO (derivada 
parassintética pois precisa dos dois 
afixos para formar uma nova palavra) / 
ajudar (primitiva) – ajuda (derivada da 
redução da palavra, regressão da 
palavra) 
*a derivação imprópria é aquela que 
altera a classe gramatical da palavra. EX: 
“Os BONS serão contemplados” (adjetivo 
virou subjetivo). 
 O processo de composição das 
palavras junta um ou mais radicais e 
forma uma nova palavra. Há dois tipos de 
composição: 
Justaposição – quando não se altera a 
fonética (girassol, sexta-feira) 
Aglutinação – quando ocorre a alteração 
fonética ( pernalta = perna+alta). 
 Também há outros processo de 
formação de palavras na Língua 
Portuguesa, tais como: 
Hibridismo: palavras formadas por outras 
que são originárias de línguas diferentes. 
Onomatopeia: reprodução imitativa de 
sons (zum-zum, piar, miau) 
Abreviação ou Redução: reduzir ao 
máximo a palavra até o limite de sua 
compreensão (cinema – CINE). 
 
Classes de palavras 
 
 Como já foi citado, as palavras 
organizam-se em dez classes: 
Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, 
Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, 
Conjunção e Interjeição. 
 
Substantivo: é a palavra que dá nome 
às coisas e é variável de gênero, número 
e grau. 
 O substantivo pode ser COMUM, 
utilizado paraé aquele que designa os 
seres de uma mesma espécie de forma 
genérica (menino, menina, bola, telefone) 
ou PRÒPRIO, utilizado para designar 
seres de uma forma particular ( Lins, 
Maria, João). O substantivo também 
pode ser ABSTRATO, que depende de 
outros seres para existir (vida, viagem, 
saudade) ou CONCRETO, que designa 
aquilo que existe independente de outros 
seres (lâmpada, mala). 
 Dentre os substantivos há a 
formação dos COLETIVOS que são 
aqueles substantivos que, mesmo no 
singular, designam um grupo de 
seres/coisas similares (enxame, matilha, 
ninhada). 
 A formação dos substantivos, pode 
ser primitiva (quando não provém de 
outra palavra existente – flor, pedra, 
casa), derivada ( quando provém de 
outra palavra – florista, pedreiro, ferreiro), 
simples ( quando apresenta um só radical 
– água, chão, pé) e composta (quando 
apresenta mais de um radical (girasso, 
couve-flor). 
 
 
6 
 
 Os substantivos têm a capacidade 
de flexionar-se conforme o gênero, 
número e grau(casa, casinha, casarão). 
 
Artigo:é a palavra que, vindo antes de 
um substantivo, indica se ele está sendo 
empregado de maneira definida (o,a, os, 
as) ou indefinida (um, uma, uns, umas). 
Além disso, o artigo indica, ao mesmo 
tempo, o gênero e o número dos 
substantivos. 
 
Adjetivo: é a palavra que expressa uma 
qualidade ou característica do ser e se 
"encaixa" diretamente ao lado de um 
substantivo. Pode ser Explicativo 
(exprimindo uma qualidade própria 
inerente ao ser – neve fria) ou Restritivo ( 
exprimindo uma qualidade única de um 
ser específico – carro azul). 
 No que concerne à sua formação, 
assim como o substantivo, pode ser 
simples (brasileiro), composta(luso-
brasileiro), primitiva (belo) e derivada 
(belíssimo). Também pode flexionar 
conforme o gênero, número e grau 
(comparativo e superlativo). 
 As expressões de valor adjetivo, 
formadas de preposições mais 
substantivos, chamam-se Locuções 
Adjetivas. Estas, geralmente, podem ser 
substituídas por um adjetivo 
correspondente( de águia-aquilino/de boi 
– bovino). 
 
Numeral:é a palavra que indica 
quantidade, ordem, múltiplo ou fração. 
Classifica-se em cardinal (um, dois três), 
ordinal (primeiro, segundo, terceiro), 
multiplicativo (dobro, triplo, quádruplo) ou 
fracionário (terço, quarto). Os numerais 
cardinais que variam em gênero são 
UM/UMA, DOIS/DUAS e os que indicam 
centenas de DUZENTOS/DUZENTAS em 
diante: TREZENTOS/TREZENTAS, 
QUATROCENTOS/ QUATROCENTAS e 
etc. Cardinais como milhão, bilhão, 
trilhão, etc. variam em número: milhões, 
bilhões, trilhões, etc. Os demais cardinais 
são invariáveis. 
 Uma das utilização do numeral é 
para apontar a sucessão de papas, reis, 
anos, séculos capítulos e etc, nestes 
casos, empregam-se de 1 a 10 os 
numerais ordinais. 
EXEMPLOS: João Paulo II (segundo), 
PIO IX (nono) 
 De 11 em diante, empregam-se os 
cardinais. 
EXEMPLOS: Leão XIII (treze), Capítulo 
XX (vinte) 
Para designar leis, decretos e 
portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o 
cardinal de dez em diante: 
EXEMPLOS: Artigo 1.° (primeiro), Artigo 
10 (dez), 
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um). 
 
Pronome:é a palavra que se usa em 
lugar do nome, ou a ele se refere, ou 
ainda, que acompanha o nome 
qualificando-o de alguma forma. Indica o 
sujeito da frase e é variável em gênero, 
número e pessoa. 
EXEMPLOS: Ele/ela, que, esse/essa, 
meu/minha 
 Em termos morfológicos, os 
pronomes são palavras variáveis em 
gênero (masculino ou feminino) e em 
número (singular ou plural). Assim, 
espera-se que a referência através do 
pronome seja coerente em termos de 
gênero e número (fenômeno da 
concordância) com o seu objeto, mesmo 
quando este se apresenta ausente no 
enunciado. 
 Os pronomes classificam-se em 
seis espécies: 
1º PESSOAIS – substituem o substantivo 
, indicando diretamente a pessoa do 
discurso e pode ter variações como o 
pronome pessoal do caso RETO (exerce 
a função de sujeito ou predicativo do 
sujeito e flexiona em número e gênero 
apenas na 3ª pessoa); pronome pessoal 
do caso OBLÍQUO (é aquele que, na 
sentença, exerce a função de 
complemento verbal (objeto direto ou 
indireto) ou complemento nominal); 
pronome pessoal REFLEXIVO (indica 
 
 
7 
 
que o sujeito pratica e recebe a ação 
expressa pelo verbo); pronome pessoal 
de TRATAMENTO (A chamada segunda 
pessoa indireta se manifesta quando 
utilizamos pronomes que, apesar de 
indicarem nosso interlocutor, utilizam o 
verbo na terceira pessoa). 
EXEMPLOS: NÓS lhe ofertamos flores 
(RETO), Fizemos boa viagem (pronome 
NÓS está omitido mas pode ser 
subentendido - RETO), Ofertaram-NOS 
flores (OBLÍQUO), Eu não ME vanglorio 
disso (REFLEXIVO), VOSSA Alteza 
(TRATAMENTO). 
 
PRINCIPAIS FORMAS DE UTILIZAÇÃO 
DOS PRONOMES DE TRATAMENTO: 
 
Vossa Alteza - V.A. (VV.AA.) - 
príncipes, duques, arquiduques 
Vossa Eminência - V. Em.a 
 (V. Em.as) - cardeais 
Vossa Excelência - V. Ex.a 
(V. Ex.as) - altas autoridades e oficiais 
das Forças 
Armadas 
Vossa Magnificência - V. Mag.a 
- (V. Mag.as) - reitores de 
universidades 
Vossa Majestade - V.M. (VV. MM.) - 
reis, imperadores 
Vossa Meritíssima (não se abrevia) - 
juízes de direito 
Vossa Paternidade - V.P. (VV.PP.) - 
abades, superiores de conventos 
Vossa Santidade - V.S. - papa 
Vossa Reverendíssima - V. Revm.a 
(V.Revm.as) - sacerdotes e religiosos 
em geral 
Vossa Excelência Reverendíssima – V. 
Ex.a Revm.a 
(V. Ex.as Revm.as) - bispos, 
arcebispos 
Vossa Senhoria - V.S.a 
(V. S.as) - tratamentos cerimoniosos 
Você - v. (vv.) - familiares, pessoas 
íntimas 
Senhor - Sr. (Srs.) - distanciamento 
respeitoso 
 
2º POSSESSIVOS - são palavras que, ao 
indicarem a pessoa gramatical 
(possuidor), acrescentam a ela a ideia de 
posse de algo (coisa possuída). 
EXEMPLOS: meu, minha, teu, tua, seus, 
suas, nosso, nossas, vosso, vossos, seu, 
sua. (Este caderno é MEU). 
3ºDEMONSTRATIVOS –determinam, no 
tempo ou no espaço, a posição de uma 
certa palavra em relação às outras ou ao 
contexto. Os pronomes demonstrativos 
são: 
ESTE e variações, ISTO = 1ª pessoa 
ESSE e variações, ISSO = 2ª pessoa 
AQUELE e variações, PRÓPRIO e 
variações 
MESMO e variações, PRÓPRIO e 
variações 
SEMELHANTE e variação, TAL e 
variação. 
EXEMPLOS: Compro ESSE carro (indica 
o ESPAÇO – ‘aí’), ESTE ano será bom 
(indica o TEMPO – ‘presente’). 
4º INDEFINIDOS – referem à terceira 
pessoa do discurso, dando-lhe sentido 
vago (impreciso) ou expressando 
quantidade indeterminada. 
EXEMPLOS: Alguém, nenhum, todo, 
muito, pouco. 
5º RELATIVOS – representam nomes já 
mencionados anteriormente e com os 
quais se relacionam. Introduzem as 
orações subordinadas adjetivas. 
EXEMPLOS: o qual, cujo, quanto, que, 
quem 
6º INTERROGATIVOS – são utilizados 
na formulação de perguntas. 
EXEMPLOS: quem, qual, quantos. 
 
Verbo: é a classe de palavras que se 
flexiona em pessoa, número, tempo, 
modo e voz e indicam ‘ação’, ‘estado’ e 
‘mudança’ de estado e fenômeno, 
situando-se no tempo. 
EXEMPLOS: andar, correr, ficar, chover, 
nascer. 
 No que concerne à flexão verbal, 
admite flexão de NÚMERO (singular e 
plural), PESSOA (flexiona conforme o 
sujeito do verbo), MODO (indica a atitude 
 
 
8 
 
do falante em relação ao fato), TEMPO 
(localiza o fato no tempo), VOZ (indica se 
o sujeito gramatical é agente ou paciente 
da ação) 
OBSERVAÇÕES: O MODO varia em 
‘indicativo’, ‘subjuntivo’ e ‘imperativo’. O 
TEMPO varia em ‘presente’, ‘pretérito 
perfeito’, ‘pretérito imperfeito’, ‘pretérito 
mais-que-perfeito’, ‘futuro do presente’ e 
‘futuro’. 
 HÁ AINDA TRÊS FORMAS QUE 
NÃO EXPRIMEM EXATAMENTE O 
TEMPO EM QUE SE DÁ O FATO, SÃO 
FORMAS NOMINAIS DO 
VERBO: INFINITIVO IMPESSOAL E 
PESSOAL, GERÚNDIO E PARTICÍPIO. 
 
Do ponto de vista estrutural, uma 
forma verbal pode apresentar os 
seguintes elementos: 
 
a) Radical: é a parte invariável, que 
expressa o significado essencial do 
verbo. 
EXEMPLO: 
fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-) 
 
b) Tema: é o radical seguido da vogal 
temática que indica a conjugação a que 
pertence o verbo. 
EXEMPLO: 
fala-r 
São três as conjugações: 
1ª - Vogal Temática - A - (falar) 
2ª - Vogal Temática - E - (vender) 
3ª - Vogal Temática - I - (partir) 
 
c) Desinência modo-temporal: é o 
elemento que designa o tempo e o modo 
do verbo. 
EXEMPLO: 
 
falávamos ( indica o pretérito 
imperfeito do indicativo.) 
 
falasse ( indica o pretérito 
imperfeito do subjuntivo.) 
 
 
d) Desinência número-pessoal: é o 
elemento que designa a pessoa do 
discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número 
(singular ou plural). 
EXEMPLO: 
 
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) 
 
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) 
 Ao combinarmos os 
conhecimentos sobre a estrutura dos 
verbos com o conceito de acentuação 
tônica, percebemos com facilidade que 
nas formas rizotônicas, o acento 
tônico cai no radical do verbo: opino, 
aprendam, nutro, por exemplo. Nas 
formas arrizotônicas, o acento tônico 
não cai no radical, mas sim na 
terminação verbal: opinei, aprenderão, 
nutriríamos. 
 
 
Quanto à classificação verbal eles 
podem ser: 
a) Regulares: são aqueles que possuem 
as desinências normais de sua 
conjugação e cuja flexão não provoca 
alterações no radical. 
EXEMPLOS: canto cantei 
cantarei cantava cantasse 
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão 
provoca alterações no radical ou nas 
desinências. 
EXEMPLOS: faço fiz farei fizesse 
c) Defectivos: são aqueles que não 
apresentam conjugação completa. 
EXEMPLOS: falir abolir chover trojevar 
d) Abundantes: são aqueles que 
possuem mais de uma forma com o 
mesmo valor. Geralmente, esse 
fenômeno costuma ocorrer no particípio, 
em que, além das formas regulares 
terminadas em -ado ou -ido, surgem as 
chamadas formas curtas (particípio 
irregular). 
EXEMPLOS: 
INFINITIVO PARTICÍPIO 
REGULAR 
PARTICÍPIO 
IRREGULAR 
Anexar Anexado Anexo 
Dispersar Dispersado Disperso 
 
 
 
9 
 
e) Anômalos: são aqueles que incluem 
mais de um radical em sua conjugação. 
EXEMPLOS: 
Ir Pôr Ser Saber 
vou 
vais 
ides 
fui 
foste 
ponho 
pus 
pôs 
punha 
sou 
és 
fui 
foste 
seja 
sei 
sabes 
soube 
saiba 
f) Auxiliares:São aqueles que entram na 
formação dos tempos compostos e das 
locuções verbais. O verbo principal, 
quando acompanhado de verbo auxiliar, 
é expresso numa das formas 
nominais: infinitivo, gerúndio ou 
particípio. 
EXEMPLOS: 
Vou espantaras moscas. 
(verbo auxiliar) (verbo principal no 
infinitivo) 
O verbo HAVER é impessoal 
sendo, portanto, usado invariavelmente 
na 3ª pessoa do singular quando 
significa: 
EXISTIR: Há pessoas que nos querem 
bem. 
ACONTECER: Naquele presídio havia 
constantes rebeliões. 
DECORRER(referência ao passado): Há 
meses que não o vejo. 
REALIZAR-SE: Houve festas e jogos. 
SER POSSÌVEL, EXISTIR 
POSSIBILIDADE OU MOTIVO EM 
FRASES NEGATIVAS SEGUIDAS 
DE INFINITIVO: Não havia descrer na 
sinceridade de ambos. 
 O verbo HAVER transmite sua 
impessoalidade aos verbos que, com ele, 
formam locução, os quais permanecem 
invariáveis na 3ª pessoa do singular. 
EXEMPLO: Vai haver eleições em 
outubro. 
 Tomando-se como referência o 
momento em que se fala, a ação 
expressa pelo verbo pode ocorrer em 
diversos tempos. 
TEMPOS DO INDICATIVO: 
PRESENTE: quando o fato ocorre no 
momento em que se fala (Eles estudam 
silenciosamente); 
PRETÉRITO IMPERFEITO: quando o 
fato é de um passado contínuo, habitual, 
permanente ( Ele andava à toa); 
PRETÉRITO PERFEITO: refere-se a um 
fato já concluído (Estudei a noite inteira); 
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO: 
indica uma ação passada em relação a 
outro passado (A bola já ultrapassara a 
linha quando o jogador a alcançou); 
FUTURO DO PRESENTE: aponta um 
fato futuro em relação ao momento em 
que se fala (Irei à padaria); 
FUTURO DO PRETÉRITO: assinala um 
fato futuro em relação a outro fato 
passado (Eu jogaria se não tivesse 
chovido). 
TEMPOS DO SUBJUNTIVO: 
PRESENTE: demonstra um fato 
presente, mas incerto (Talvez eles 
estudem); 
PRETÉRITO IMPERFEITO: indica uma 
hipótese (Se eu estudasse, a história 
seria outra); 
PRETÉRITO PERFEITO: aponta um fato 
passado, mas incerto (Que tenha 
estudado bastante, é o que espero); 
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO: 
indica um fato passado em relação a 
outro fato passado, de acordo com as 
regras do subjuntivo (Se não tivéssemos 
saído da sala, teríamos terminado a 
prova tranquilamente); 
FUTURO: indica um fato futuro já 
concluído em relação a outro fato futuro 
(Quando eu voltar, saberei o que fazer). 
 
Advérbio: é a palavra que modifica o 
verbo, o adjetivo ou o próprio advérbio, 
exprimindo uma circunstância. Os 
advérbios dividem-se em: 
LUGAR: aqui, cá, lá, ali, adiante, perto, 
longe 
TEMPO: hoje,amanhã,depois, antes, 
agora, então 
MODO: bem, mal, assim, depressa, 
devagar 
INTENSIDADE: muito, pouco, mais, 
menos, tão 
AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente 
NEGAÇÃO: não 
 
 
10 
 
DÚVIDA: por certo, quem sabe, com 
certeza 
INCLUSÃO: ainda, até, mesmo, também 
EXCLUSÃO: apenas, exclusivamente, 
somente 
ORDEM: depois, primeiramente, 
segundamente 
 Os advérbios interrogativos 
referem-se às circunstâncias de lugar, 
tempo, modo e causa 
(onde?,aonde?,quando?, como?). 
Quando há duas ou mais palavras 
que exercem função de advérbio, temos 
a locução adverbial, que pode expressar 
as mesmas noções dos advérbios. 
Iniciam ordinariamente por uma 
preposição. Veja: 
LUGAR: à esquerda, à direita, de longe, 
de perto, para dentro, por aqui, etc. 
AFIRMAÇÃO: por certo, sem dúvida, etc. 
MODO: às pressas, passo a passo,de 
cor, em vão, em geral, frente a frente, 
etc. 
TEMPO: de noite, de dia, de vez em 
quando, à tarde, hoje em dia, nunca 
mais, etc. 
Obs.: tanto a locução adverbial como o 
advérbio modificam o verbo, o adjetivo e 
outro advérbio. Observe os exemplos: 
 
Chegou muito cedo. (advérbio) 
Joana é muito bela. (adjetivo) 
De repente correram para a rua. (verbo) 
 
Preposição: é a palavra que estabelece 
uma relação entre dois ou mais termos 
da oração. Essa relação é do tipo 
subordinativa, ou seja, entre os 
elementos ligados pela preposição não 
há sentido dissociado, separado, 
individualizado; ao contrário, o sentido da 
expressão é dependente da união de 
todos os elementos que a preposição 
vincula. 
EXEMPLOS: Chegaram a Porto Alegre / 
Amigos de João. 
 São preposições essenciais: A, 
ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA, DE, 
DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, 
POR, SEM, SOB, SOBRE E ATRÁS. 
 Algumas palavras ora aparecem 
como preposições, ora pertencem a outra 
classe gramatical, sendo chamadas de 
proposições acidentais: AFORA, 
CONFORME, CONSOANTE, DURANTE, 
EXCETO, FORA, MEDIANTE, NÃO 
OBSTANTE, SALVO, SEGUNDO, 
SENÃO, TIRANTE, VISTO, ETC. 
 
Conjunção:é a palavra que une duas ou 
mais orações. De acordo com o tipo de 
relação que 
estabelecem, as conjunções podem ser 
classificadas em coordenativas e 
subordinativas. 
No primeiro caso, os elementos 
ligados pela conjunção podem ser 
isolados um do outro. Esse isolamento, 
no entanto, não acarreta perda da 
unidade de sentido que cada um dos 
elementos possui. Já no segundo caso, 
cada um dos elementos ligados pela 
conjunção depende da existência do 
outro. 
 
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS: 
São aquelas que ligam orações de 
sentido completo e independente ou 
termos da oração que têm a mesma 
função gramatical. Subdividem-se em: 
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, 
expressando ideia de acrescentamento 
ou adição. São elas: e, nem (= e não), 
não só... mas também, não só... como 
também, bem como, não só... mas ainda. 
EXEMPLOS: A sua pesquisa é clara e 
objetiva. / 
Ela não só dirigiu a pesquisa como 
também escreveu o relatório. 
2) Adversativas: ligam duas orações ou 
palavras, expressando ideia de contraste 
ou compensação. São elas: mas, porém, 
contudo, todavia, entretanto, no entanto, 
não obstante. 
EXEMPLO: Tentei chegar mais cedo, 
porém não consegui. 
3) Alternativas: ligam orações ou 
palavras, expressando ideia de 
alternância ou escolha, indicando fatos 
que se realizam separadamente. São 
 
 
11 
 
elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... 
quer, seja... seja, talvez... talvez. 
EXEMPLO: Ou escolho agora, ou fico 
sem presente de aniversário. 
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a 
uma oração que expressa ideia de 
conclusão ou consequência. São elas: 
logo, pois (depois do verbo), portanto, por 
conseguinte, por isso, assim. 
EXEMPLO: Marta estava bem preparada 
para o teste, portanto não ficou nervosa. 
5) Explicativas: ligam a oração anterior a 
uma oração que a explica, que justifica a 
ideia nela contida. São elas: que, porque, 
pois (antes do verbo), porquanto. 
EXEMPLO: Não demore, que o filme já 
vai começar. 
Saiba que: 
As conjunções "e"," antes", "agora"," 
quando" são adversativas quando 
equivalem a "mas". 
EXEMPLO: Carlos fala, e não faz. 
"Senão" é conjunção adversativa quando 
equivale a "mas sim". 
EXEMPLO: Conseguimos vencer não por 
protecionismo, senão por capacidade. 
Das conjunções adversativas, "mas" deve 
ser empregada sempre no início da 
oração: as outras (porém, todavia, 
contudo, etc.) podem vir no início ou no 
meio. 
EXEMPLOS: Ninguém respondeu a 
pergunta, mas os alunos sabiam a 
resposta/ 
Ninguém respondeu a pergunta; os 
alunos, porém, sabiam a resposta 
A palavra “pois”, quando é conjunção 
conclusiva, vem geralmente após um ou 
mais termos da oração a que pertence. 
EXEMPLO:Você o provocou com essas 
palavras; não se queixe, pois, de seus 
ataques. 
 
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
São aquelas que ligam duas 
orações, sendo uma delas dependente 
da outra. A oração dependente, 
introduzida pelas conjunções 
subordinativas, recebe o nome de oração 
subordinada. Elas subdividem-se em 
integrantes e adverbiais: 
1. Integrantes :Indicam que a oração 
subordinada por elas introduzida 
completa ou integra o sentido da 
principal. Introduzem orações que 
equivalem a substantivos. São elas: que, 
se. 
EXEMPLOS:Espero que você volte. 
(Espero sua volta.)/ Não sei se ele 
voltará. (Não sei da sua volta.) 
2. Adverbiais: Indicam que a oração 
subordinada por elas introduzida exerce 
a função de adjunto adverbial da 
principal. De acordo com a circunstância 
que expressam, classificam-se em: 
a) Causais: introduzem uma oração que 
é causa da ocorrência da oração 
principal. São elas: porque, que, como (= 
porque, no início da frase), pois que, visto 
que, uma vez que, porquanto, já que, 
desde que, etc. 
EXEMPLO: Ele não fez a pesquisa 
porque não dispunha de meios. 
b) Concessivas: introduzem uma oração 
que expressa ideia contrária à da 
principal, sem, no entanto, impedir sua 
realização. São elas: embora, ainda que, 
apesar de que, se bem que, mesmo que, 
por mais que, posto que, conquanto, etc. 
EXEMPLO:Embora fosse tarde, fomos 
visitá-lo. 
c) Condicionais: introduzem uma oração 
que indica a hipótese ou a condição para 
ocorrência da principal. São elas: se, 
caso, contanto que, salvo se, a não ser 
que, desde que, a menos que, sem que, 
etc. 
EXEMPLO: Se precisar de minha ajuda, 
telefone-me. 
d) Conformativas: introduzem uma 
oração em que se exprime a 
conformidade de um fato com outro. São 
elas: conforme, como (= conforme), 
segundo, consoante, etc. 
EXEMPLO: O passeio ocorreu como 
havíamos planejado. 
e) Finais: introduzem uma oração que 
expressa a finalidade ou o objetivo com 
que se realiza a principal. São elas: para 
 
 
12 
 
que, a fim de que, que, porque (= para 
que), que, etc. 
EXEMPLO: Toque o sinal para que todos 
entrem no salão. 
 f) Proporcionais: introduzem uma oração 
que expressa um fato relacionado 
proporcionalmente à ocorrência da 
principal. São elas: à medida que, à 
proporção que, ao passo que e as 
combinações quanto mais... (mais), 
quanto menos... (menos), quanto 
menos... (mais), quanto menos... 
(menos), etc. 
EXEMPLO: O preço fica mais caro à 
medida que os produtos escasseiam. 
Obs.: são incorretas as locuções 
proporcionais à medida em que, na 
medida que e na medida em que. 
g) Temporais: introduzem uma oração 
que acrescenta uma circunstância de 
tempo ao fato expresso na oração 
principal. São elas:quando, enquanto, 
antes que, depois que, logo que, todas as 
vezes que, desde que, sempre que, 
assim que, agora que, mal (= assim que), 
etc. 
EXEMPLO: A briga começou assim que 
saímos da festa. 
h) Comparativas: introduzem uma oração 
que expressa ideia de comparação com 
referência à oração principal. São elas: 
como, assim como, tal como, como se, 
(tão)... como, tanto como, tanto quanto, 
do que, quanto, tal, qual, tal qual, que 
nem, que (combinado com menos ou 
mais), etc. 
EXEMPLO: O jogo de hoje será mais 
difícil que o de ontem. 
i) Consecutivas: introduzem uma oração 
que expressa a consequência da 
principal. São elas: de sorte que, de 
modo que, sem que (= que não), de 
forma que, de jeito que, que (tendo como 
antecedente na oração principal uma 
palavra como tal, tão, cada, tanto, 
tamanho), etc. 
EXEMPLO: Estudou tanto durante a noite 
que dormiu na hora do exame. 
 As Locuções Conjuntivas são os 
conjuntos de palavras que atuam como 
conjunção. Essas locuções geralmente 
terminam em "que" (visto que, desde 
que, logo que) 
No entanto, muitas conjunções não têm 
classificação única, devendo, portanto, 
ser classificadas, de acordo com o 
sentido que apresentamno contexto. 
Sendo assim a conjunção pode ser: 
1. Aditiva ( = e) 
EXEMPLO:Esfrega que esfrega, mas a 
mancha não sai. 
2. Explicativa 
EXEMPLO: Apressemo-nos, que chove. 
3. Integrante 
EXEMPLO: Diga-lhe que não irei. 
4. Consecutiva 
EXEMPLO: Onde estavas, que não te vi? 
5. Comparativa 
EXEMPLO: Ficou vermelho que nem 
brasa. 
6. Concessiva 
EXEMPLO: Beba, um pouco que seja. 
7. Temporal 
EXEMPLO: Chegados que fomos, 
dirigimo-nos ao hotel. 
8. Final 
EXEMPLO: Vendo o amigo à janela, fez 
sinal que descesse. 
9. Causal 
EXEMPLO: "Velho que sou, apenas 
conheço as flores do meu tempo." 
 
Interjeição: é a palavra que comunica 
emoção. Elas podem ser de: 
- alegria (Ah! Oh! Oba!) 
- animação ( eia! Avante!) 
- admiração (puxa! Ih! Nossa!) 
- aplauso (bravo! Viva!) 
- desejo (tomara! Oxalá!) 
- dor (aí! Ui!) 
- silêncio (psiu! Silêncio!) 
- suspensão (alto! Basta!) 
 As locuções interjetivas são os 
conjuntos de palavras que têm o mesmo 
valor de uma interjeição. 
EXEMPLO: Minha Nossa Senhora! Poxa 
vida! Deus me livre! 
 
Figuras de Sintaxe 
 
 
 
13 
 
Também conhecidas como Figuras 
de Construção são termos responsáveis 
por modificar um período, quer seja 
omitindo, invertendo ou repetindo termos 
para dar expressividade a uma oração. 
São muito utilizadas por escritores e afins 
da língua portuguesa para brincar e dar 
mais ênfase ao que se quer ressaltar e, 
também, nas provas de concursos 
públicospara confundir o candidato. 
 
ELIPSE 
Omissão de um ou mais termos 
facilmente perceptíveis. Podem ser 
termos existentes em um contexto ou 
mesmo elementos gramaticais utilizados 
para a construção da frases como 
pronomes, preposições, verbos ou 
conjunções. 
EXEMPLO: (Eu) Preciso (de) que me 
ajudem com os simulados. 
EXEMPLO: Marta perdeu a melhor prova 
de concurso do ano. (Ela) Decidiu se 
planejar melhor para as próximas provas. 
 
ZEUGMA 
Tipo de elipse utilizada para não repetir 
verbo ou substantivo. 
EXEMPLO: Eu encontrei a resposta. Ela 
não encontrou! (resposta) 
EXEMPLO: Cláudia escovou os dentes. 
Eu, os cabelos. (escovei) 
EXEMPLO: Ele prefere português; eu, 
raciocínio lógico para concursos. (prefiro) 
 
ANÁFORA 
Repetição de palavras no início de versos 
ou de frases para reforçar, dar coerência 
ou valorizar algum elemento da oração. 
EXEMPLO: "É pau, é pedra, é o fim do 
caminho" (Tom Jobim) 
EXEMPLO: "Ela não sente, ela não ouve, 
avança! avança!" (Fialho d'Almeida) 
EXEMPLO: “Se você dormisse, se você 
cansasse, se você morresse...mas você 
não morre.” (Carlos Drummond de 
Andrade) 
 
SILEPSE 
Concordância feita com a ideia e não 
com a palavra. Pode ser classificada em 
Silepse de Gênero, Silepse de Número e 
Silepse de Pessoa. 
1) Silepse de gênero: acontece quando 
há uma discordância entre feminino e 
masculino. 
EXEMPLO: Sua Excelência (substantivo 
feminino) está enganado (adjetivo 
masculino). 
 
2) Silepse de número: acontece quando 
há uma palavra ou sujeito coletivo que 
mesmo estando no singular representa 
mais de um ser. 
EXEMPLO: Um bando (substantivo no 
singular) de moleques gritavam (verbo no 
plural). 
 
3) Silepse de pessoa: acontece quando o 
sujeito aparece na terceira pessoa e o 
verbo na primeira pessoa do plural. 
EXEMPLO: Os candidatos (3ª pessoa) 
estamos preparados. (1ª pessoa) 
 
PLEONASMO 
Repetição enfática de um termo ou ideia. 
Existem dois tipos de pleonasmo: 
1) Pleonasmo literário: é utilizado para 
dar ênfase a alguma ideia por meio de 
palavras redundantes, tanto sintática, 
quanto semanticamente. 
EXEMPLO:"Morrerás morte vil na mão de 
um forte..." (Gonçalves Dias) 
 
2) Pleonasmo vicioso: é considerado um 
vício de linguagem e expressam ideias já 
ditas anteriormente. Eles devem ser 
evitados, pois são desnecessários e não 
tem o objetivo de reforçar as ideias. 
EXEMPLO: Subir para cima, repetir de 
novo, acabamento final, canja de galinha, 
descer para baixo, viúva do falecido, 
introduzir dentro, etc. 
 
POLISSÍNDETO 
Repetição enfática de conjunção entre as 
orações do período ou dos termos de 
uma oração. 
 
 
14 
 
EXEMPLO: "Trabalha, e teima, e lima, e 
sofre, e sua" (Olavo Bilac) 
 
ASSÍNDETO 
Ausência de conjunção coordenativa que 
são substituídas por vírgulas. 
EXEMPLO: "Cheguei, vi, venci." 
 
HIPÉRBATO 
Inversão completa de termos da frase. 
EXEMPLO: Desfilavam os foliões. / 
Ordem direta: Os foliões desfilavam 
São importantes, os testes e simulados 
de concursos públicos, para os 
concurseiros./ 
Ordem Direta: Os testes e simulados de 
concursos públicos são importantes para 
os concurseiros. 
 
ANACOLUTO 
Corte brusco de uma frase e início 
imediato de outra, de modo que fique 
sobrando um termo sem função, ou seja, 
esse termo fica desconectado do 
período. 
EXEMPLO: Espingarda, não me agradam 
armas de fogo. 
"Quem o feio ama, bonito lhe parece" 
(Provérbio Português) 
 
Sintaxe: processos de coordenação e 
subordinação 
 
 A Sintaxe é a parte da gramática 
que estuda a disposição das palavras na 
frase e a das frases no discurso, bem 
como a relação lógica das frases entre si. 
Ao emitir uma mensagem verbal, o 
emissor procura transmitir um significado 
completo e compreensível. Para isso, as 
palavras são relacionadas e combinadas 
entre si. A sintaxe é um instrumento 
essencial para o 
manuseio satisfatório das múltiplas 
possibilidades que existem para 
combinar palavras e orações. 
FRASE: é um conjunto de palavras que 
têm sentido completo. 
ORAÇÃO: é a frase que apresenta verbo 
ou locução verbal. 
PERÍODO: é a frase estruturada em 
oração ou orações. 
 A oração é composta por termos 
essenciais, integrantes e acessórios. 
Dentre os essenciais temos: 
SUJEITO: é o ser ou termo sobre o qual 
se diz alguma coisa. Pode ser simples 
(com um só núcleo – a lua), composto 
(com mais de um núcleo – a lua e o sol), 
oculto (quando está implícito - chegaste 
com certo atraso – suj. oculto:tu), 
indeterminado (quando não se indica o 
agente da ação verbal – come-se bem 
naquele restaurante), inexistente (quando 
a oração não tem sujeito – choveu 
ontem). 
PREDICADO: é o termo da oração que 
declara alguma coisa do sujeito. 
Classifica-se em: 
NOMINAL: aquele que se constitui de 
verbo de ligação mais predicativo do 
sujeito (Nosso colega está doente) Os 
principais verbos de ligação são ‘estar’ 
‘ser’ ‘parecer’ e ‘permanecer’; 
PREDICADO VERBAL: é aquele que se 
constitui de verbo intransitivo ou transitivo 
(O avião sobrevoou a praia / Ele precisa 
de um esparadrapo / Damos uma simples 
colaboração a vocês); 
PREDICADO VERBO NOMINAL: é 
aquele que se constitui de um verbo 
intransitivo mais predicativo do sujeito ou 
verbo transitivo mais objeto e predicativo 
do sujeito ou do objeto (Os rapazes 
voltaram vitoriosos / Ele morreu rico / 
Elegemos o nosso candidato). 
 Considera-se termos integrantes 
da oração aqueles que são necessários 
para atribuir sentido completo a 
determinados verbos ou nomes 
presentes na oração. Nesse sentido, tem-
se o OBJETO DIRETO (termo da oração 
que completa o sentido do verbo 
transitivo direto – Mamãe comprou 
peixe), OBJETO INDIRETO (termo da 
oração que completa o sentido do verbo 
transitivo indireto – As crianças precisam 
de carinho), COMPLEMENTO NOMINAL 
( termo da oração que complementa o 
sentido de um nome com auxílio de 
 
 
15 
 
preposição. Esse nome pode ser 
representado por um substantivo,adjetivo 
ou advérbio – Toda criança tem amor 
aos pais – AMOR), AGENTE DA 
PASSIVA ( é o termo da oração que 
pratica a ação do verbo na voz passiva - 
A mãe é amada pelo filho). 
 Os termos acessórios da oração 
desempenham uma função secundária, 
limitando o sentido dos substantivos ou 
exprimindo alguma circunstância. São 
termos acessórios o ADJUNTO 
ADNOMINAL ( termo que caracterizaou 
determina os substantivos, pode ser 
expresso pelos adjetivos, artigos, 
pronomes, numerais e locuções 
adjetivas), ADJUNTO ADVERBIAL 
(exprime circunstância de tempo, lugar, 
modo, e etc), APOSTO ( é uma palavra 
ou expressão que explica ou esclarece, 
desenvolve ou resume outro termo da 
oração – Dr. João, cirurgião dentista), 
VOCATIVO (é o termo usado para 
chamar ou interpelar alguém ou alguma 
coisa – Professor, o sinal tocou). 
 Tratando do período, que 
conforme citado anteriormente refere-se 
à frase estruturada em oração, quando 
este é simples a oração recebe o nome 
de absoluta. Quando o período é formado 
por duas ou mais orações, ele recebe o 
nome de período composto e pode ser 
‘coordenado’ ou ‘subordinado’. 
 O período composto por 
coordenação apresenta orações 
independentes, que são coordenadas 
entre si mas não possuem dependência 
sintática. 
EXEMPLO: Fui à cidade, comprei alguns 
remédios e voltei cedo. 
 Já o período composto por 
subordinação é um conjunto de, pelo 
menos, duas orações em que uma delas 
depende sintaticamente da outra. 
EXEMPLO: É bom que você estude. 
 Em último caso, há os períodos 
compostos por coordenação e 
subordinação, aqueles que apresentam 
tanto orações dependentes como 
independentes. 
 As orações coordenadas, que são 
independentes, podem ser SINDÉTICAS 
(que é introduzida por conjução 
coordenativa – Viajo amanhã, mas volto 
logo) e a ASSINDÉTICA ( que é 
independente e aparece separada por 
uma vírgula ou ponto e vírgula – Chegou, 
olhou, partiu) 
As sindéticas podem ser: 
ADITIVA: expressa sequência de 
pensamento (Ele falavae eu ficava 
ouvindo); 
ADVERSATIVA: ideia de compensação 
ou contraste ( mas, porém, contudo, 
todavida – a espada vence, mas não 
convence); 
ALTERNATIVAS: ligam as palavras ou 
orações de sentido separado ( ou 
,ou....ou, já, quer); 
CONCLUSIVAS: liga uma oração a outra 
que exprime a conclusão ( logo, pois, 
portanto, por isto – Ele está mal de notas, 
logo, será reprovado. 
EXPLICATIVAS: ligam a uma oração, 
geralmente com o verbo imperativo, outro 
que a explica, dando um motivo (pois, 
porque,portanto, que). 
Oração intercalada ou interferente é 
aquela que vem entre os termos de uma 
outra oração. 
Exemplo: O réu, disseram os jornais, foi 
absolvido. A oração intercalada 
normalmente aparece com os verbos 
CONTINUAR, DIZER, EXCLAMAR, 
FALAR e etc. 
As orações subordinadas dividem-
se em três grupos, de acordo com a 
função sintática que desempenham e a 
classe de palavras a que equivalem. 
Podem ser substantivas, adjetivas ou 
adverbiais. Para notar as diferenças que 
existem entre esses três tipos de 
orações, tome como base a análise do 
período abaixo: 
Só depois disso percebi a 
profundidade das palavras dele. 
 
 
 
16 
 
Nessa oração, o sujeito é "eu", 
implícito na terminação verbal da palavra 
"percebi"."A profundidade das 
palavras dele" é objeto direto da forma 
verbal "percebi". O núcleo do objeto 
direto é "profundidade". Subordinam-se 
ao núcleo desse objeto os adjuntos 
adnominais "a" e "das palavras dele ". 
No adjunto adnominal "das palavras 
dele", o núcleo é o substantivo 
"palavras",ao qual se prendem os 
adjuntos adnominais "as" e "dele". "Só 
depois disso" é adjunto adverbial de 
tempo. 
 É possível transformar a expressão "a 
profundidade das palavras dele", 
objeto direto, em oração. 
EXEMPLO: 
 
Só depois disso percebi que as 
palavras dele eram profundas. 
Nesse período composto, o 
complemento da forma verbal "percebi" 
é a oração "que as palavras dele eram 
profundas". Ocorre aqui um período 
composto por subordinação, em que 
uma oração desempenha a função de 
objeto direto do verbo da outra oração. O 
objeto direto é uma função substantiva 
da oração, ou seja, é função 
desempenhada por substantivos e 
palavras de valor substantivo. É por isso 
que a oração subordinada que 
desempenha esse papel é chamada de 
oração subordinada substantiva. 
Pode-se também modificar o 
período simples original transformando 
em oração o adjunto adnominal do 
núcleo do objeto direto, "profundidade". 
EXEMPLO: 
Só depois disso percebi a 
"profundidade" que as palavras dele 
continham. 
Nesse período, o adjunto 
adnominal de "profundidade" passa a ser 
a oração "que as palavras dele 
continham". O adjunto adnominal é uma 
função adjetiva da oração, ou seja, é 
função exercida por adjetivos, locuções 
adjetivas e outras palavras de valor 
adjetivo. É por isso que são chamadas de 
subordinadas adjetivas as orações que, 
nos períodos compostos por 
subordinação, atuam como adjuntos 
adnominais de termos das orações 
principais. 
Outra modificação que podemos 
fazer no período simples original é a 
transformação do adjunto adverbial de 
tempo em uma oração. Observe: 
Só quando caí em mim, percebi a 
profundidade das palavras dele. 
Nesse período composto, "Só 
quando caí em mim" é uma oração que 
atua como adjunto adverbial de tempo do 
verbo da outra oração. O adjunto 
adverbial é uma função adverbial da 
oração, ou seja, é função exercida por 
advérbios e locuções adverbiais. 
Portanto, são chamadas de 
subordinadas adverbiais as orações 
que, num período composto por 
subordinação, atuam como adjuntos 
adverbiais do verbo da oração principal. 
 De acordo com a função que 
exerce no período, a oração subordinada 
substantiva pode ser: 
1)subjetiva: quando exerce a função 
sintática de sujeito do verbo da oração 
principal. 
EXEMPLO: 
É fundamental o seu comparecimento à reunião 
 (Sujeito) 
É fundamental que você compareça à reunião 
(oração principal) (Oração Subord. 
Subst.Subjetiva) 
 
2)objetiva direta: quando exerce função 
de objeto direto do verbo da oração 
principal 
EXEMPLO: 
Todos queremsua aprovação no vestibular 
 (Obj. direto) 
 
Todos querem que você seja aprovado 
(oração principal) (Oração Subord. Subst.Obj. 
Direta) 
 
 
 
17 
 
3)objetiva indireta: quando atua como 
objeto indireto do verbo da oração 
principal. Vem precedida de preposição. 
EXEMPLO: 
Meu pai insiste em meu estudo. 
 (Obj. indireto) 
Meu pai insiste em que eu estude. 
(oração principal) (Oração Subord. Subst.Obj. 
Indireta) 
 
4)completiva nominal: é quando 
completa um nome que pertence à 
oração principal e também vem marcada 
por preposição. 
EXEMPLO: 
Sentimos orgulho de seu comportamento. 
 (Complemento Nominal) 
Sentimos orgulho de que você se comportou 
(oração principal)(OraçãoSubord.SubstComp. 
Nominal) 
 
5)predicativa: exerce papel de 
predicativo do sujeito do verbo da oração 
principal e vem sempre depois do verbo 
ser. 
EXEMPLO: 
Nosso desejo era sua desistência. 
 (predicativo) 
Nosso desejo era que ele desistisse 
(oração principal)(OraçãoSubord.Subst. 
Predicativa) 
 
6) apositiva: exerce função de aposto de 
algum termo da oração principal. 
EXEMPLO: 
Ela tinha um sonho: a chegada do seu casamento 
 (aposto) 
Ela tinha um sonho que o seu casamento 
chegasse 
(oração principal)(OraçãoSubord.Subst. 
Apositiva) 
 
Saiba mais: Apesar de a 
Nomenclatura Gramatical Brasileira 
não fazer referência, podem ser 
incluídas como orações subordinadas 
substantivas aquelas que funcionam 
como agente da passiva iniciadas por 
"de" ou "por" , + pronome indefinido. 
Veja os exemplos: 
O presente será dado por quem o 
comprou. 
O espetáculo foi apreciado por quantos o 
assistiram. 
 
 A oração subordinada adjetiva 
também tem suas variações.Na relação 
que estabelecem com o termo que 
caracterizam, elas podem atuar de duas 
maneiras diferentes. Há aquelas que 
restringem ou especificam o sentido do 
termo a que se referem, individualizando-
o. Nessas orações não há marcação de 
pausa, sendo chamadas subordinadas 
adjetivas restritivas.Existem também 
orações que realçam um detalhe ou 
amplificam dados sobre o antecedente, 
que já se encontra suficientemente 
definido, as quais denominam-se 
subordinadas adjetivas explicativas. 
EXEMPLOS: 
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza 
de um homem que passava naquele momento. 
(Oração Subordinada Adjetiva Restritiva) 
*Nesse período, observe que a oração 
em destaque restringe e particulariza o 
sentido da palavra "homem": trata-se de 
um homem específico, único. A oração 
limita o universo de homens, isto é, não 
se refere a todos os homens, mas sim 
àquele que estava passando naquele 
momento. 
 O homem, que se considera racional, muitas 
vezes age animalescamente. 
(Oração Subordinada Adjetiva Explicativa) 
**Nesse período, a oração em destaque 
não tem sentido restritivo em relação à 
palavra "homem": na verdade, essa 
oração apenas explicita uma ideia que já 
sabemos estar contida no conceito de 
"homem". 
 Já a oração subordinada adverbial, 
que é aquela que exerce a função de 
adjunto adverbial do verbo da oração 
principal, pode exprimir circunstância de 
tempo, modo, fim, causa, condição, 
hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem 
introduzida por uma das conjunções 
subordinativas. Classifica-se de acordo 
com a conjunção que a introduz, do 
mesmo modo que a classificação dos 
adjuntos adverbiais e baseia-se na 
circunstância expressa pela oração. Há 
as orações subordinadas adverbiais: 
 
 
18 
 
1)causais:exprimem motivo, razão de 
algum acontecimento. 
EXEMPLO: 
O tambor soa porque é oco. 
*Principal conjunção subordinativa causal: porque 
 
2)comparativas: estabelecem uma 
comparação com a ação indicada pelo 
verbo da oração principal. 
EXEMPLO: 
Ele dorme como um urso. 
*Principal conjunção subordinativa comparativa: 
como. 
 
3) concessivas: exprimem uma 
contradição, um fato inesperado, está 
diretamente ligada à quebra de 
expectativa. 
EXEMPLO: 
Embora fizesse calor, levei agasalho. 
*Principal conjunção subordinativa concessiva: 
embora. 
 
4)condicionais: exprimem o que deve 
ou não ocorrer para que se realize ou 
deixe de se realizar o fato expresso na 
oração principal. 
EXEMPLO: 
Se o regulamento do campeonato for bem 
elaborado, certamente o melhor time será 
campeão. 
*Principal conjunção subordinativa 
condicional: se. 
 
5)conformativa: exprimem uma regra, 
um modelo adotado para a execução do 
que se declara na oração principal. 
EXEMPLO: 
Fiz o bolo conforme ensina a receita 
*Principal conjunção subordinativa 
conformativa: conforme. 
 
6)finais: indicam a intenção, a finalidade 
daquilo que se declara na oração 
principal. 
EXEMPLO: 
Aproximei-me dela afim de que ficássemos 
amigos. 
*Principal conjunção subordinativa final: a 
fim de que 
 
7)proporcionais: exprimem ideia de 
proporção, ou seja, um fato simultâneo 
ao expresso na oração principal. 
EXEMPLO: 
À proporção que estudávamos, acertávamos mais 
questões. 
*Principal locução conjuntiva 
subordinativa proporcional: à proporção 
que 
 
8)temporais:acrescentam uma ideia de 
tempo ao fato expresso na oração 
principal, podendo exprimir noções de 
simultaneidade, anterioridade ou 
posterioridade. 
EXEMPLO: 
Quando você foi embora, chegaram outros 
convidados. 
*Principal conjunção subordinativa 
temporal: quando. 
 
9)consecutivas: exprimem um fato que 
é consequência, que é efeito do que se 
declara na oração principal. São 
introduzidas pelas conjunções e 
locuções: que, de forma que, de sorte 
que, tanto que, etc., e pelas estruturas 
tão... que, tanto... que, tamanho... que 
EXEMPLO: 
É feio que doi 
*Principal conjunção subordinativa 
consecutiva: que. 
 Num período podem aparecer 
orações que se relacionam pela 
coordenação e pela subordinação. 
Assim, tem-se um período misto. 
EXEMPLO: 
Eram alunas/ que tiravam boas notas, /mas não 
estudavam. 
1ª Oração 2ª Oração 3ª 
Oração 
1ª Oração: Oração Principal 
2ª Oração: Oração Subordinada Adjetiva 
Restritiva 
3ª Oração: Oração Coordenada Sindética 
Adversativa (em relação à 2ª oração) e Oração 
Subordinada Adjetiva Restritiva (em relação à 1ª 
oração). 
 
As orações reduzidas são aquelas que 
têm o verbo numa das formas 
nominais no gerúndio, infinitivo e 
particípio. 
 
 
19 
 
EXEMPLOS: 
Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE 
ESTOU PREPARADO. 
Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem que 
ESTIVERAM LÁ 
 
Equivalência e transformação de 
estruturas 
 
 A equivalência e transformação de 
estruturas consiste em saber mudar uma 
sentença ou parte dela de modo que 
fique gramaticalmente correta. 
Um exemplo muito comum em 
provas de concursos é o enunciado 
trazer uma frase no singular, por 
exemplo, e pedir que o aluno passe a 
frase para o plural, mantendo o sentido. 
Outro exemplo é o enunciado dar a frase 
em um tempo verbal, e pedir que o aluno 
a passe para outro tempo. Ou ainda a 
reescritura de trechos, mantendo a 
correção semântica e sintática. 
 
Paralelismo (Semântico e Sintático) 
 Para que toda interlocução se 
materialize de forma plausível, antes de 
tudo, as ideias precisam estar dispostas 
em uma sequência lógica, clara e 
precisa. Afinal, se por um motivo ou outro 
houver uma quebra desta sequência, o 
discurso certamente estará 
comprometido. Mediante este aspecto, 
vale dizer que determinados elementos 
revelam sua parcela de contribuição para 
que tais pressupostos se tornem 
efetivamente concretizados, o que é 
garantido, muitas vezes, pelo paralelismo 
sintático e pelo paralelismo semântico. 
 Esses se caracterizam pelas 
relações de semelhança que 
determinadas palavras e expressões 
apresentam entre si. Tais relações de 
similaridade podem acontecer no campo 
morfológico (quando as palavras 
integram a mesma classe gramatical), no 
semântico (quando há correspondência 
de sentido) e no sintático (quando a 
construção de frases e orações se 
apresenta de forma semelhante). 
Assim, analisemos um caso no 
qual podemos constatar a ausência de 
paralelismo de ordem morfológica: 
EXEMPLO: 
A tão inesperada decisão é fruto 
resultante de humilhações, mágoas, 
concepções equivocadas e agressores 
por parte de colegas que almejavam 
ocupar sua função. 
 Constatamos uma nítida ruptura 
relacionada a fatores de ordem 
gramatical, demarcada pela exposição de 
um adjetivo (agressores) em detrimento 
ao substantivo “agressões”. 
Ocorre o paralelismo sintático 
quando a estrutura de termos 
coordenados entre si é idêntica. 
EXEMPLO: 
Ela vende balas e biscoitos. 
Os termos coordenados são: 
“balas” e “biscoitos”. Veja que esses 
termos estão unidos pela conjunção “e” e 
apresentam a mesma função sintática na 
sentença: ambos são objetos do verbo 
“vender”.O paralelismo sintático 
encontra-se na semelhança dos termos 
coordenados: veja que tanto a palavra 
“balas” quanto a palavra “biscoitos” são 
expressões nominais simples, ou seja, 
elas se apresentam, na sentença, em 
uma estrutura sintática idêntica. 
 Já o paralelismo semântico 
consiste em uma sequência de 
expressões simétricas no plano das 
ideias. É a coerência entre as 
informações 
EXEMPLO: 
João gosta de uva e de maçã verde. 
Sem dificuldade podemos 
entender a relação semântica entre as 
expressões “uva” e “maçã verde”: são 
frutas de que João gosta. Agora veja: 
Ele gosta de livros de ficção e de ovo 
mexido. 
Nesse exemplo, os termos “livros 
de ficção” e “ovo mexido” não constituem 
uma sequência lógica e esperada na 
frase. Temos dificuldade de relacionar a 
presença de ambos os termos na forma 
como foram apresentados. Esse é um 
 
 
20 
 
exemplo de falta de paralelismo 
semântico. 
 
Discurso Direto e Indireto 
 
 O discurso direto écaracterizado 
por ser uma transcrição exata da fala das 
personagens, sem participação do 
narrador. 
EXEMPLO: 
A aluna afirmou: 
 - Preciso estudar muito para o teste. 
 Já o discurso indireto é 
caracterizado por ser uma intervenção do 
narrador no discurso ao utilizar as suas 
próprias palavras para reproduzir as falas 
das personagens. 
EXEMPLO: 
A aluna afirmara que precisava estudar 
muito para o teste. 
 
Algumas considerações na passagem 
do discurso direto para discurso 
indireto 
 
Mudança das pessoas do discurso: 
- A 1.ª pessoa no discurso direto passa 
para a 3.ª pessoa no discurso indireto. 
-Os pronomes eu, me, mim, comigo no 
discurso direto passas para ele, ela, se, 
si, consigo, o, a, lhe no discurso indireto. 
-Os pronomes nós, nos, conosco no 
discurso direto passam para eles, elas, 
os, as, lhes no discurso indireto. 
-Os pronomes meu, meus, minha, 
minhas, nosso, nossos, nossa, nossas no 
discurso direto passam para seu, seus, 
sua e suas no discurso indireto. 
Mudança de tempos verbais: 
-Presente do indicativo no discurso direto 
passa para pretérito imperfeito do 
indicativo no discurso indireto. 
-Pretérito perfeito do indicativo no 
discurso direto passa para pretérito mais-
que-perfeito do indicativo no discurso 
indireto. 
-Futuro do presente do indicativo no 
discurso direto passa para futuro do 
pretérito do indicativo no discurso 
indireto. 
-Presente do subjuntivo no discurso 
direto passa para pretérito imperfeito do 
subjuntivo no discurso indireto. 
-Futuro do subjuntivo no discurso direto 
passa para pretérito imperfeito do 
subjuntivo no discurso indireto. 
-Imperativo no discurso direto passa para 
pretérito imperfeito do subjuntivo no 
discurso indireto. 
Mudança na pontuação das frases: 
-Frases interrogativas, exclamativas e 
imperativas no discurso direto passam 
para frases declarativas no discurso 
indireto. 
Mudança dos advérbios e adjuntos 
adverbiais: 
-Ontem no discurso direto passa para no 
dia anterior no discurso indireto. 
-Hoje e agora no discurso direto passam 
para naquele dia e naquele momento no 
discurso indireto. 
-Amanhã no discurso direto passa para 
no dia seguinte no discurso indireto. 
-Aqui, aí, cá no discurso direto passam 
para ali e lá no discurso indireto. 
-Este, esta e isto no discurso direto 
passam para aquele, aquela, aquilo no 
discurso indireto. 
EXEMPLOS: 
Discurso direto: - Eu comecei minha dieta 
ontem. 
Discurso indireto: Ela disse que 
começara sua dieta no dia anterior. 
Discurso direto: - Vou ali agora e volto 
rápido. 
Discurso indireto: Ele disse que ia lá 
naquele momento e que voltava rápido. 
Discurso direto: - Nós viajaremos 
amanhã. 
Discurso indireto: Eles disseram que 
viajariam no dia seguinte. 
 
Concordância nominal e verbal 
 
 Concordância é o processo 
sintático no qual uma palavra 
determinante se adapta a uma palavra 
determinada, por meio de suas flexões. 
 Os principais casos de 
concordância nominal são: 
 
 
21 
 
- o artigo, adjetivo, pronome relativo e o 
numeral concordam em gênero e número 
com o substantivo (as primeiras alunas 
da classe foram passear); 
- o adjetivo ligado a substantivos do 
mesmo gênero e número vai, 
normalmente, para o plural (pai e filho 
estudiosos ganharam o prêmio); 
- o adjetivo ligado a substantivos de 
gênero e número diferentes vai para o 
masculino plural (alunos e alunas 
estudiosos); 
- o adjetivo posposto concorda em 
gênero com o substantivo próximo 
(trouxe livros e revista especializada); 
- o adjetivo anteposto pode concordar 
com o substantivo mais próximo (dedico 
esta música à querida tia e sobrinhos) 
- o adjetivo que funciona como 
predicativo do sujeito concorda com o 
sujeito (meus amigos estão 
atrapalhados); 
- o pronome de tratamento que funciona 
como sujeito pede o predicativo no 
gênero da pessoa a quem se refere (Sua 
excelência, o Governador, foi 
compreensivo); 
- os substantivos acompanhados de 
numerais em que o primeiro vier 
precedido de artigo e o segundo não vão 
para o plural (já estudei o primeiro e 
segundo livro) 
- os substantivos acompanhados de 
numerais em que o primeiro vier 
precedido de artigo e o segundo não vão 
para o plural (já estudei o primeiro e 
segundo livros); 
- o substantivo anteposto aos numerais 
vai para o plural (já li os capítulos 
primeiro e segundo do livro); 
- as palavras MESMO, PRÓPRIO, e SÓ, 
concordam com o nome a que se referem 
(ela mesma veio / eles chegaram sós); 
- a palavra OBRIGADO concorda com o 
nome a que se refere ( 
obrigado/obrigada); 
- a palavra MEIO concorda com o 
substantivo quando é adjetivo e fica 
invariável quando é advérbio ( quero 
meio quilo de café/ é meio-dia e meia); 
- as palavras ANEXO, INCLUSO e 
JUNTO concordam com o substantivo a 
que se referem 
(trouxe anexas as fotografias/trouxe em 
anexo estas fotos) 
- os adjetivos ALTO, BARATO, 
CONFUSO, FALSO,etc, que substituem 
advérbios em MENTE, permanecem 
invariáveis (vocês falaram alto demais – 
altamente) 
- CARO, BASTANTE, LONGE, se 
advérbios, não variam, se adjetivos, 
sofrem alteração normalmente. 
 No que concerne à concordância 
verbal, tem-se em casos gerais que: 
- o verbo concorda com o sujeito em 
número e pessoa ( o menino chegou); 
- sujeito representado por nome coletivo 
deixa o verbo no singular (o pessoal 
ainda não chegou); 
- se o núcleo do sujeito é um nome 
terminado em S, o verbo só irá ao plural 
se tal núcleo vier acompanhado de artigo 
no plural (os Estados Unidos são um 
grande país/ os Alpes são cobertos por 
neve); 
- coletivos primitivos seguidos de nome 
no plural deixam o verbo no singular ou 
levam-no ao plural 
(a maioria das crianças 
recebeu/receberam prêmios) 
- o verbo transitivo direto ao lado do 
pronome SE concorda com o sujeito 
paciente ( vende-se um apartamento / 
vendem-se alguns apartamentos); 
- o pronome SE como símbolo de 
indeterminação do sujeito leva o verbo 
para a 3ª pessoa do singular (precisa-se 
de funcionários) 
- a expressão UM e OUTRO pede o 
substantivo que a acompanha no singular 
e o verbo no singular ou no plural ( um e 
outro texto me satisfaz/satisfazem); 
- a expressão UM DOS QUE pede o 
verbo no singular ou no plural ( ele é um 
dos atores que viajou/viajaram para o 
sul); 
- a expressão MAIS DE UM pede o verbo 
no singular ou no plural (mais de um 
jurado fez justiça); 
 
 
22 
 
- as palavras TUDO, NADA, ALGUÉM, 
ALGO, NINGUÈM, quando empregadas 
como sujeito e derem ideia de síntese, 
pedem o verbo no singular (as casas, as 
fábricas, as ruas, tudo parecia poluição); 
- os verbos DAR, BATER e SOAR, 
indicando hora, acompanham o sujeito 
(deu uma hora/ deram três horas); 
- a expressão É QUE é invariável e o 
verbo da frase em que é empregada 
concorda normalmente com o sujeito ( 
ela é que faz as bolas/eu é que escrevo 
os programas); 
- o verbo concorda com o pronome 
antecedente quando o sujeito é um 
pronome relativo (ele, que chegou 
atrasado, fez a melhor prova / fui eu que 
fiz a lição); 
- verbos impessoais, como não possuem 
sujeitos, deixam o verbo na terceira 
pessoa do singular. Acompanhados de 
auxiliar, transmitem a este sua 
impessoalidade (ventou muito ontem / 
pode haver brigas e discussões). 
 
 A concordância dos verbos SER e 
PARECER: 
- nos predicados nominais, com o sujeito 
representado por um dos pronomes 
TUDO,NADA,ISTO,ISSO,AQUILO, os 
verbos SER e PARECER concordam 
com o predicativo 
 ( tudo são esperanças/ aquilo parecem 
ilusões/aquilo é ilusão); 
- nas orações iniciadas por pronomes 
interrogativos, o verbo SER concorda 
sempre com o nome ou pronome 
posterior (Que são florestas 
equatoriais?/Quem eram aqueles 
homens?); 
- nas indicações de horas, datas e 
distâncias, a concordância se fará com a 
expressão numérica (são oito horas / 
hojesão 19 de setembro); 
- com o predicado nominal indicando 
suficiência ou falta, o verbo SER fica no 
singular (três batalhões é muito pouco); 
- quando o sujeito é pessoa, o verbo SER 
fica no singular (Maria era as flores da 
casa / o homem é cinzas); 
- quando o sujeito é constituído de verbos 
no infinitivo, o verbo SER concorda com 
o predicativo (dançar e cantar é a sua 
atividade / estudar e trabalhar são as 
minhas atividades); 
- quando o sujeito ou o predicativo for o 
pronome pessoal, o verbo SER concorda 
com o pronome 
( ciência, mestres, sois vós); 
- quando o verbo PARECER estiver 
seguido de outro verbo no infinitivo, 
apenas um deles deve ser flexionado ( os 
meninos parecem gostar dos brinquedos 
/ os meninos parece gostarem dos 
brinquedos). 
 
Regência verbal e nominal 
 
 A regência é o processo sintático 
no qual um termo depende 
gramaticalmente de outro. 
Regência Nominal 
 Trata dos complementos dos 
nomes (substantivos e adjetivos). 
 
Regência Verbal 
 A regência verbal estuda a relação 
que se estabelece entre os verbos e os 
termos que os complementam (objetos 
diretos e objetos indiretos) ou 
caracterizam (adjuntos adverbiais). 
O estudo da regência verbal 
permite-nos ampliar nossa capacidade 
expressiva, pois oferece oportunidade de 
conhecermos as diversas significações 
que um verbo pode assumir com a 
simples mudança ou retirada de uma 
preposição. 
EXEMPLO: 
A mãe agrada o filho. (agradar significa 
acariciar) 
A mãe agrada ao filho. (agradar significa 
"causar agrado ou prazer", satisfazer.) 
Logo, conclui-se que "agradar 
alguém" é diferente de "agradar a 
alguém". Saiba que: o conhecimento do 
uso adequado das preposições é um dos 
aspectos fundamentais do estudo da 
regência verbal (e também nominal). As 
preposições são capazes de modificar 
 
 
23 
 
completamente o sentido do que se está 
sendo dito. Veja os exemplos: 
Cheguei ao metrô. 
Cheguei no metrô. 
No primeiro caso, o metrô é o 
lugar a que vou; no segundo caso, é o 
meio de transporte por mim utilizado. A 
oração "Cheguei no metrô", 
popularmente usada a fim de indicar o 
lugar a que se vai, possui, no padrão 
culto da língua, sentido diferente. Aliás, é 
muito comum existirem divergências 
entre a regência coloquial, cotidiana de 
alguns verbos, e a regência culta. 
 
Alguns verbos e sua regência correta 
 
 
 
 
Crase 
 
 A palavra crase é de origem grega 
e significa "fusão", "mistura". Na língua 
portuguesa, é o nome que se dá à 
"junção" de duas vogais idênticas. É de 
grande importância a crase da 
preposição "a" com: o artigo feminino "a" 
(s), com o pronome demonstrativo "a" (s), 
com o "a" inicial dos pronomes aquele (s) 
aquela (s) aquilo e com o "a" do relativo a 
qual (as quais). 
Na escrita, utilizamos o acento 
grave ( ` ) para indicar a crase. O uso 
apropriado do acento grave,depende da 
compreensão da fusão das duas vogais. 
É fundamental também, para o 
entendimento da crase, dominar a 
regência dos verbos e nomes que exigem 
a preposição "a". Aprender a usar a 
crase, portanto, consiste em aprender a 
verificar a ocorrência simultânea de uma 
preposição e um artigo ou pronome. 
EXEMPLO: 
Vou à igreja 
Vou a a igreja. (como se lê e como seria 
“sem crase”) 
 
No exemplo acima, temos a 
ocorrência da preposição "a", exigida 
pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a 
ocorrência do artigo "a" que está 
determinando o substantivo feminino 
igreja. Quando ocorre esse encontro das 
duas vogais e elas se unem, a união 
delas é indicada pelo acento grave - 
“crase”. 
 
Há duas maneiras de verificar a 
existência de um artigo feminino "a" (s) 
ou de um pronome demonstrativo "a" (s) 
após uma preposição "a": 
- Colocar um termo masculino no lugar 
do termo feminino que se está em 
dúvida. Se surgir a forma ‘ao’, ocorrerá 
crase antes do termo feminino. 
EXEMPLO: 
Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno. 
Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna. 
 
 
 
24 
 
- Trocar o termo regente acompanhado 
da preposição ‘a’ por outro acompanhado 
de uma preposição diferente (para, em, 
de, por, sob, sobre). Se essas 
preposições não se contraírem com o 
artigo, ou seja, se não surgirem novas 
formas (na (s), da (s), pela (s),...), não 
haverá crase. 
EXEMPLO: 
Começou a brigar. - Cansou de brigar. 
- Insiste em brigar. 
 
Atenção: lembre-se sempre de que não 
basta provar a existência da preposição 
"a" ou do artigo "a", é preciso provar que 
existem os dois. 
 
Evidentemente, se o termo regido 
não admitir a anteposição do artigo 
feminino "a" (s), não haverá crase. Veja 
os principais casos em que a crase NÃO 
ocorre: 
 
- Diante de substantivos masculinos: 
Andamos a cavalo. 
 Fomos a pé. 
 Passou a camisa a ferro. 
 Fazer o exercício a lápis. 
 Compramos os móveis a prazo. 
 Assistimos a espetáculos magníficos. 
 
- Diante de verbos no infinitivo: 
A criança começou a falar. 
 Ela não tem nada a dizer. 
 Estavam a correr pelo parque. 
 Estou disposto a ajudar. 
 Continuamos a observar as plantas. 
 Voltamos a contemplar o céu. 
 
Obs.: como os verbos não admitem 
artigos, constatamos que o "a" dos 
exemplos acima é apenas preposição, 
logo não ocorrerá crase. 
 
- Diante da maioria dos pronomes e das 
expressões de tratamento, com exceção 
das formas senhora, senhorita e dona: 
Diga a ela que não estarei em casa 
amanhã. 
 Entreguei a todos os documentos 
necessários. 
 Ele fez referência a Vossa Excelência no 
discurso de ontem. 
 Peço a Vossa Senhoria que aguarde 
alguns minutos. 
 Mostrarei a vocês nossas propostas de 
trabalho. 
 Quero informar a algumas pessoas o 
que está acontecendo. 
 Isso não interessa a nenhum de nós. 
 Aonde você pretende ir a esta hora? 
 Agradeci a ele, a quem tudo devo. 
 
Os poucos casos em que ocorre crase 
diante dos pronomes podem ser 
identificados pelo método explicado 
anteriormente. Troque a palavra feminina 
por uma masculina, caso na nova 
construção surgir a forma ao, ocorrerá 
crase. 
EXEMPLO: 
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me 
ao mesmo indivíduo.) 
 Informei o ocorrido à senhora. 
(Informei o ocorrido ao senhor.) 
 Peça à própria Cláudia para sair mais 
cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair 
mais cedo.) 
 
- Diante de numerais cardinais: 
Chegou a duzentos o número de feridos. 
Daqui a uma semana começa o 
campeonato. 
 
Casos em que a crase SEMPRE ocorre: 
 
- Diante de palavras femininas: 
Amanhã iremos à festa de aniversário de 
minha colega. 
Sempre vamos à praia no verão. 
Ela disse à irmã o que havia escutado 
pelos corredores. 
Sou grata à população. 
Fumar é prejudicial à saúde. 
 Este aparelho é posterior à invenção do 
telefone. 
 
 
 
25 
 
- Diante da palavra "moda", com o 
sentido de "à moda de" (mesmo que a 
expressão moda de fique subentendida): 
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. 
Usava sapatos à (moda de) Luís XV. 
O menino resolveu vestir-se à (moda de) 
Fidel Castro. 
 
- Na indicação de horas: 
Acordei às sete horas da manhã. 
Elas chegaram às dez horas. 
Foram dormir à meia-noite. 
Ele saiu às duas horas. 
 
Em locuções adverbiais, prepositivas e 
conjuntivas de que participam palavras 
femininas: 
 
à tarde/ às ocultas/ às pressas/ à medida 
que/ à noite/ às claras/ às escondidas/ à 
força / à vontade/ à beça/ à larga/ à 
escuta/ às avessas/ à revelia/ à exceção 
de/ à imitação de/ à esquerda/ às turras/ 
às vezes/ à chave / à direita/ à procura/ à 
deriva/ à toa/ à luz/ à sombrade/ à frente 
de/ à proporção que/ à semelhança de/ 
às ordens/ à beira de 
 
Crase diante de Nomes de Lugar 
 
Alguns nomes de lugar não 
admitem a anteposição do artigo "a". 
Outros, entretanto, admitem o artigo, de 
modo que diante deles haverá crase, 
desde que o termo regente exija a 
preposição

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