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0 1 ÍNDICE Língua Portuguesa Ortografia 02 Acentuação 04 Morfologia 04 Classes de palavras 05 Figuras de Sintaxe 12 Sintaxe 14 Equivalência de Estruturas 19 Discurso Direto e Indireto 20 Concordância nominal e verbal 20 Regência Verbal e Nominal 22 Crase 23 Pontuação 26 Estruturação 27 Interpretação e coesão 27 Fichamentos das Bibliografias Específicas ACOSTA “ Família: Redes, Laços e Políticas Públicas” 30 AGUINKY “ Judicialização da Questão Social” 34 BAPTISTA “ Algumas reflexões sobre o SGD” 37 BAPTISTA “A prática profissional do Assistente Social” 40 BARROCO “ Ética – Fundamentos Sócio-Históricos” 44 BRITES “ Direitos Humanos e Serviço Social” 52 CFESS “O Estudo Social em Perícias, Laudos” 55 FAVERO “Questão social e a perda do poder familiar” 60 FAVERO “O Serviço Social e termas sociojurídicos” 69 FLEURY “Redes de políticas: novos desafios” 80 FERRARI “O fim do silêncio na violência familiar” 82 Sobre as dimensões técnico-operativas do SS 90 IAMAMOTO “O Serviço Social na contemporaneidade” 102 MALDONADO “Casamento, término e reconstrução’ 109 MAGALHAES “Avaliação e linguagem, relatórios” 115 MINAYO “Antropologia, saúde e envelhecimento” 119 MIOTO “Perícia Social – proposta de um percurso” 125 PEITER “Adoção –vínculos e rupturas” 128 SALES “Política social, família e juventude” 132 SALES “(in)visibilidade perversa: adolescentes infratores” 139 RIZZINI “ Acolhendo crianças e adolescentes” 140 SARTI “A família como espelho: um estudo” 144 SIMOES “Curso de Direito do Serviço Social” 149 YASBEK “Classes subalternas e Assistência Social” 68 REVISTA SERVIÇO SOCIAL E SOCIEDADE nº67 172 REVISTA SERVIÇO SOCIAL E SOCIEDADE nº70 178 REVISTA SERVIÇO SOCIAL E SOCIEDADE nº71 181 REVISTA SERVIÇO SOCIAL E SOCIEDADE nº83 186 Legislação Sobre a Constituição Federal de 1988 193 Sobre a Lei n.º 10.261/68 206 Sobre a Lei da “Improbidade Administrativa” 209 Sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente 213 Sobre a Lei “Maria da Penha” 217 Sobre a Guarda Compartilhada 218 Sobre a Nova Guarda Compartilhada 219 Sobre a alienação parental 220 Sobre o SUAS 222 Sobre o SINASE 224 Sobre o “Plano Nacional de Promoção...” 226 Sobre o Estatuto do Idoso 227 Sobre a Lei Brasileira de Inclusão 229 Sobre a Ética profissional 230 Atualidades Entendendo a Reforma Previdenciária 232 A questão do sistema penitenciário brasileiro 233 Os muros que dividem o mundo 235 A lava jato 237 Sobre a Guerra na Síria 240 A operação Carne Fraca 242 Demais considerações e textos de apoio sobre os conhecimentos específicos Sobre os Direitos Humanos 243 Sobre a atuação profissional nas Varas de Família 244 Sobre os Direitos Fundamentais das Crianças e Adoles. 245 Sobre as medidas de proteção às crianças e adoles. 248 Sobre a guarda/tutela/adoção em colocação f. subst. 249 Sobre a violência doméstica 250 Sobre as medidas de proteção ao idoso 251 Sobre a tutela e a curatela 251 Sobre a guarda compartilhada 252 Sobre a alienação parental 253 Exercícios Língua Portuguesa 255 Atualidades 259 Conhecimentos Gerais 261 Conhecimentos Específicos 261 2 LÍNGUA PORTUGUESA Ortografia As dificuldades encontradas na ortografia devem-se ao fato de que os fonemas (sons que emitimos ao falar uma palavra) são, muitas vezes, confundidos com as letras que formam a palavra. EXEMPLO: Táxi: 4 letras/ 5 fonemas – t / a / k / s / i Corre: 5 letras / 4 fonemas - c / o / rr / e Hoje: 4 letras / 3 fonemas – ho / j / e As letras são a representação gráfica, escrita, de um determinado som (fonema). Há letras que, ao formar uma palavra, não são ditas, por isso o número de letras não, necessariamente é o mesmo número de fonemas. EXEMPLO: Na palavra HOJE a letra “H” não é ‘falada’, ouve-se o som apenas do “O” do “J” e do “E”, por isso temos 4 letras mas apenas 3 fonemas. Eis algumas observações úteis: ao escrever uma palavra com som de ‘s’, ‘z’, ‘x’ ou ‘j’, deve-se procurar a origem da palavra, pois na Língua Portuguesa, em muitos casos, a palavra primitiva indica como deveremos escrever a palavra derivada. EXEMPLO: A palavra ‘enrijecer’ vem de ‘rijo’, portanto é escrita com J e não com G A palavra ‘analisar’ vem de ‘análise’, portanto é escrita com S e não com Z. Outras dicas a serem lembradas: Distinção entre ‘J’ e ‘G’ Escreve-se com ‘J’: as formas dos verbos que têm infinitivo em JAR (despejar – despejei/arranjar – arranjei); as palavras com final “AJE” (laje, traje, ultraje); algumas formas dos verbos terminados em “GER” e “GIR” mudam o ‘G’ para o ‘J’ antes do ‘A’ e ‘O’ (dirigir – dirijo/reger – reja). Escreve-se com ‘G’: substantivos com final AGEM, IGEM, UGEM(coragem, vertigem, ferrugem, etc) Exceções: pajem, lambujem; os finais ÁGIO, ÉGIO, ÓGIO e ÍGIO (estágio, relógio, prodígio). Distinção entre ‘S’ e ‘Z’ Escreve-se com ‘S’: o sufixo ‘OSO’ (creme+oso=cremoso / leite+oso=leitoso); o sufixo ÊS e a forma feminina ESA, que formem adjetivos que indiquem profissão, títulos, nacionalidade (camponês – camponesa/português/portuguesa); o sufixo ISA (sacerdote+ISA= sacerdotisa); as palavras onde o S aparece depois de ditongo (coisa, causa, Neusa) Escreve-se com ‘Z’:as palavras terminadas em EZ e EZA, quando são substantivos abstratos que provêm de adjetivos (limpeza – limpo / pobreza – pobre); escreve com IZAR os verbos quando sua palavra original não possuir ‘S’ (economia – economizar/terror – aterrorizar) e as palavras diminutivas terminadas em ZAL, ZINHO, ZEIRO e ZITO (chapeuzinho, cinzeiro, cãozinho). Distinção entre ‘CH’ e ‘X’ Escreve-se com ‘X’: quando o ‘X’ for precedido por ditongo (faixa, caixa,feixe);maioria das palavras iniciadas por ME (mexerica, mexeu);as palavras iniciadas por ENX com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por CH (enxada, enxerido). ATENÇÃO!! Existem vários casos de palavras que possuem a mesma pronúncia, e há duas formas e dois significados diferentes. EXEMPLO: Brocha/broxa Chalé/Xale Cheque/Xeque Distinção entre S, SS, Ç e C Correlações Exemplos T – C Ato-ação/Marte- Marcial/Infrator- Infração TER- TENÇÃO Abster-abstenção/ Ater- atenção RG – RS Aspergir-aspersão/imergir- imersão RT – RS Inverter-inversão/divertir- diversão 3 PEL – PULS Impelir-impulsão/expelir- expulsão CORR – CURS Correr-curso SENT – SENS Sentir-senso CED - CESS Ceder-cessão/conceder- concessão GRED – GRESS Agredir-agressão/progredir- progressão PRIM – PRESS Imprimir-impressão/ oprimir-opressão TIR – SSÃO Admitir-admissão/discutir- discussão Ainda no que concerne à Ortografia, há algumas palavras que causam confusão: ONDE-AONDE (lembrar que AONDE dá ideia de movimento, pode ser substituído por ‘PARA ONDE’). MAU-MAL (lembrar que MAU é adjetivo e o seu antônimo é BOM e o antônimo de MAL é BEM) CESSÃO-SESSÃO-SECÇÃO-SEÇÃO (CESSÃO é o ato de ceder/SESSÃO é o intervalo de alguma reunião ou evento/SECÇÃO ou SEÇÃO significa parte de um todo). HÁ – A (Na indicação de ‘tempo’ HÁ é utilizado para tempo passado – HÁ dois anos... – e o A para indicar tempo futuro – daqui A dois meses...) USO DO HÍFEN Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por R ou S sendo que essas devem ser dobradas. Observação: Em prefixos terminados por 'r', permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper- requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super- realista, super-resistente... Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal. Regra antiga Regra atual Auto-afirmação, auto-ajuda, auto- aprendizagem, auto-escola, auto- estrada, auto- instrução, contra- exemplo Autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo Observação: Esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por 'h' anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo. Nova Regra: Agora se utiliza hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal. Regra antiga Regra atual Antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário Anti-ibérico, anti- inflamatório, anti- inflacionário Observação: Uma exceção é o prefixo 'co'. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal 'o', não utiliza-se hífen. Regra antiga Regra atual Ante-sala, ante- sacristia, auto- retrato, anti-social, anti-rugas, arqui- romântico, arqui- rivalidade, auto- regulamentação Antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação 4 Nova Regra: Não se usa mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição. EXEMPLOS: paraquedas, parabrisa. O uso do hífen permanece: • Em palavras formadas por prefixos 'ex', 'vice' e 'soto'. Exemplos: ex-marido, vice- presidente, soto-mestre... • Em palavras formadas por prefixos 'circum' e 'pan' + palavras iniciadas em vogal, M ou N. Exemplos: pan- americano, circum-navegação... • Em palavras formadas com prefixos 'pre', 'pró' e 'pós' + palavras que tem significado próprio. Exemplos: pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação... • Em palavras formadas pelas palavras 'além', 'aquém', 'recém' e 'sem'. Exemplos: além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém- casados, sem-número, sem-teto. Não existe mais hífen: • Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais). Exemplos: Cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca de... Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, car-de-rosa, mais-que- perfeito, pé-de-meia, ao-Deus-dará, à queima-roupa. Acentuação Nova Regra: ditongos abertos (EI, OI) não são mais acentuados EXEMPLOS: ideia, assembleia, platéia, paranoico, heroico Observação: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossilábicas o acento continua. EXEMPLOS: herói, constrói O acento no ditongo aberto do EU também continua. EXEMPLOS: chapéu, véu Nova Regra: O hiato OO não é mais acentuado. EXEMPLOS: Voo, enjoo, perdoo Nova Regra: O hiato EE não é mais acentuado. EXEMPLOS: creem, leem, veem Nova Regra: Não existe mais o acento diferencial em palavras homográficas (com grafia igual) EXEMPLOS: Para (verbo), pela (substantivo e verbo), pêra, pelo Observação: O acento diferencial ainda permanece no verbo 'poder' (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do indicativo - 'pôde') e no verbo 'pôr' para diferenciar da preposição 'por'. Nova Regra: Não se acentua mais a letra U nas formas verbais que são precedidas de G ou Q e antes de E ou I (que, qui, gue,gui). EXEMPLOS: argui, apazigue, averigue, enxague. Nova Regra: Não se acentua mais I e U tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo EXEMPLOS: Baiuca, feiúra,feiume. Morfologia É o estudo da estrutura, formação e classificação das palavras. A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição. Abordando primeiramente a estrutura das palavras, dentre os principais, é possível citar três elementos mórficos: RAIZ: é o elemento originário da significação da palavra (PEDRA-pedreiro) RADICAL: é a ideia principal da palavra (Amarelecer= AMARELO+ecer). PREFIXO: elemento mórfico que vem antes do radical (infeliz= IN+feliz) 5 SUFIXO: elemento mórfico que vem depois do radical (medonho= med+ONHO) As ‘desinências’ são os elementos que finalizam a palavra e indicam suas flexões. As nominais referem-se ao gênero (masculino/feminino) e ao número (singular/plural). EXEMPLOS: alunO/alunA (gênero) alunoS (número) Já as verbais, indicam a flexão de pessoa, número, modo e tempo dos verbos. EXEMPLOS: compraMOS/compraM/compraIS No que concerneao processo de formação das palavras, estas estão em constante processo de evolução e formam-se ou pela derivação ou pela composição. A derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primitiva. A derivação pode ser prefixal, sufixal, prefixal e sufixal, parassintética, regressiva e imprópria. EXEMPLOS: crer (primitiva) – DEScrer (derivada prefixal) / alfabetizar (primitiva) – alfabetizaÇÃO (derivada sufixal) / leal (primitiva) DESlealDADE (derivada prefixal e sufixal pois apenas um afixo forma uma palavra nova) / alma (primitiva) – DESalmADO (derivada parassintética pois precisa dos dois afixos para formar uma nova palavra) / ajudar (primitiva) – ajuda (derivada da redução da palavra, regressão da palavra) *a derivação imprópria é aquela que altera a classe gramatical da palavra. EX: “Os BONS serão contemplados” (adjetivo virou subjetivo). O processo de composição das palavras junta um ou mais radicais e forma uma nova palavra. Há dois tipos de composição: Justaposição – quando não se altera a fonética (girassol, sexta-feira) Aglutinação – quando ocorre a alteração fonética ( pernalta = perna+alta). Também há outros processo de formação de palavras na Língua Portuguesa, tais como: Hibridismo: palavras formadas por outras que são originárias de línguas diferentes. Onomatopeia: reprodução imitativa de sons (zum-zum, piar, miau) Abreviação ou Redução: reduzir ao máximo a palavra até o limite de sua compreensão (cinema – CINE). Classes de palavras Como já foi citado, as palavras organizam-se em dez classes: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição. Substantivo: é a palavra que dá nome às coisas e é variável de gênero, número e grau. O substantivo pode ser COMUM, utilizado paraé aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica (menino, menina, bola, telefone) ou PRÒPRIO, utilizado para designar seres de uma forma particular ( Lins, Maria, João). O substantivo também pode ser ABSTRATO, que depende de outros seres para existir (vida, viagem, saudade) ou CONCRETO, que designa aquilo que existe independente de outros seres (lâmpada, mala). Dentre os substantivos há a formação dos COLETIVOS que são aqueles substantivos que, mesmo no singular, designam um grupo de seres/coisas similares (enxame, matilha, ninhada). A formação dos substantivos, pode ser primitiva (quando não provém de outra palavra existente – flor, pedra, casa), derivada ( quando provém de outra palavra – florista, pedreiro, ferreiro), simples ( quando apresenta um só radical – água, chão, pé) e composta (quando apresenta mais de um radical (girasso, couve-flor). 6 Os substantivos têm a capacidade de flexionar-se conforme o gênero, número e grau(casa, casinha, casarão). Artigo:é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira definida (o,a, os, as) ou indefinida (um, uma, uns, umas). Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos. Adjetivo: é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo. Pode ser Explicativo (exprimindo uma qualidade própria inerente ao ser – neve fria) ou Restritivo ( exprimindo uma qualidade única de um ser específico – carro azul). No que concerne à sua formação, assim como o substantivo, pode ser simples (brasileiro), composta(luso- brasileiro), primitiva (belo) e derivada (belíssimo). Também pode flexionar conforme o gênero, número e grau (comparativo e superlativo). As expressões de valor adjetivo, formadas de preposições mais substantivos, chamam-se Locuções Adjetivas. Estas, geralmente, podem ser substituídas por um adjetivo correspondente( de águia-aquilino/de boi – bovino). Numeral:é a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração. Classifica-se em cardinal (um, dois três), ordinal (primeiro, segundo, terceiro), multiplicativo (dobro, triplo, quádruplo) ou fracionário (terço, quarto). Os numerais cardinais que variam em gênero são UM/UMA, DOIS/DUAS e os que indicam centenas de DUZENTOS/DUZENTAS em diante: TREZENTOS/TREZENTAS, QUATROCENTOS/ QUATROCENTAS e etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais cardinais são invariáveis. Uma das utilização do numeral é para apontar a sucessão de papas, reis, anos, séculos capítulos e etc, nestes casos, empregam-se de 1 a 10 os numerais ordinais. EXEMPLOS: João Paulo II (segundo), PIO IX (nono) De 11 em diante, empregam-se os cardinais. EXEMPLOS: Leão XIII (treze), Capítulo XX (vinte) Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante: EXEMPLOS: Artigo 1.° (primeiro), Artigo 10 (dez), Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um). Pronome:é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de alguma forma. Indica o sujeito da frase e é variável em gênero, número e pessoa. EXEMPLOS: Ele/ela, que, esse/essa, meu/minha Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através do pronome seja coerente em termos de gênero e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado. Os pronomes classificam-se em seis espécies: 1º PESSOAIS – substituem o substantivo , indicando diretamente a pessoa do discurso e pode ter variações como o pronome pessoal do caso RETO (exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito e flexiona em número e gênero apenas na 3ª pessoa); pronome pessoal do caso OBLÍQUO (é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal); pronome pessoal REFLEXIVO (indica 7 que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo); pronome pessoal de TRATAMENTO (A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso interlocutor, utilizam o verbo na terceira pessoa). EXEMPLOS: NÓS lhe ofertamos flores (RETO), Fizemos boa viagem (pronome NÓS está omitido mas pode ser subentendido - RETO), Ofertaram-NOS flores (OBLÍQUO), Eu não ME vanglorio disso (REFLEXIVO), VOSSA Alteza (TRATAMENTO). PRINCIPAIS FORMAS DE UTILIZAÇÃO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO: Vossa Alteza - V.A. (VV.AA.) - príncipes, duques, arquiduques Vossa Eminência - V. Em.a (V. Em.as) - cardeais Vossa Excelência - V. Ex.a (V. Ex.as) - altas autoridades e oficiais das Forças Armadas Vossa Magnificência - V. Mag.a - (V. Mag.as) - reitores de universidades Vossa Majestade - V.M. (VV. MM.) - reis, imperadores Vossa Meritíssima (não se abrevia) - juízes de direito Vossa Paternidade - V.P. (VV.PP.) - abades, superiores de conventos Vossa Santidade - V.S. - papa Vossa Reverendíssima - V. Revm.a (V.Revm.as) - sacerdotes e religiosos em geral Vossa Excelência Reverendíssima – V. Ex.a Revm.a (V. Ex.as Revm.as) - bispos, arcebispos Vossa Senhoria - V.S.a (V. S.as) - tratamentos cerimoniosos Você - v. (vv.) - familiares, pessoas íntimas Senhor - Sr. (Srs.) - distanciamento respeitoso 2º POSSESSIVOS - são palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída). EXEMPLOS: meu, minha, teu, tua, seus, suas, nosso, nossas, vosso, vossos, seu, sua. (Este caderno é MEU). 3ºDEMONSTRATIVOS –determinam, no tempo ou no espaço, a posição de uma certa palavra em relação às outras ou ao contexto. Os pronomes demonstrativos são: ESTE e variações, ISTO = 1ª pessoa ESSE e variações, ISSO = 2ª pessoa AQUELE e variações, PRÓPRIO e variações MESMO e variações, PRÓPRIO e variações SEMELHANTE e variação, TAL e variação. EXEMPLOS: Compro ESSE carro (indica o ESPAÇO – ‘aí’), ESTE ano será bom (indica o TEMPO – ‘presente’). 4º INDEFINIDOS – referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade indeterminada. EXEMPLOS: Alguém, nenhum, todo, muito, pouco. 5º RELATIVOS – representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas. EXEMPLOS: o qual, cujo, quanto, que, quem 6º INTERROGATIVOS – são utilizados na formulação de perguntas. EXEMPLOS: quem, qual, quantos. Verbo: é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz e indicam ‘ação’, ‘estado’ e ‘mudança’ de estado e fenômeno, situando-se no tempo. EXEMPLOS: andar, correr, ficar, chover, nascer. No que concerne à flexão verbal, admite flexão de NÚMERO (singular e plural), PESSOA (flexiona conforme o sujeito do verbo), MODO (indica a atitude 8 do falante em relação ao fato), TEMPO (localiza o fato no tempo), VOZ (indica se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação) OBSERVAÇÕES: O MODO varia em ‘indicativo’, ‘subjuntivo’ e ‘imperativo’. O TEMPO varia em ‘presente’, ‘pretérito perfeito’, ‘pretérito imperfeito’, ‘pretérito mais-que-perfeito’, ‘futuro do presente’ e ‘futuro’. HÁ AINDA TRÊS FORMAS QUE NÃO EXPRIMEM EXATAMENTE O TEMPO EM QUE SE DÁ O FATO, SÃO FORMAS NOMINAIS DO VERBO: INFINITIVO IMPESSOAL E PESSOAL, GERÚNDIO E PARTICÍPIO. Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os seguintes elementos: a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo. EXEMPLO: fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-) b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo. EXEMPLO: fala-r São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (falar) 2ª - Vogal Temática - E - (vender) 3ª - Vogal Temática - I - (partir) c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tempo e o modo do verbo. EXEMPLO: falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.) falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural). EXEMPLO: falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos. Quanto à classificação verbal eles podem ser: a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical. EXEMPLOS: canto cantei cantarei cantava cantasse b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências. EXEMPLOS: faço fiz farei fizesse c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. EXEMPLOS: falir abolir chover trojevar d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular). EXEMPLOS: INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR Anexar Anexado Anexo Dispersar Dispersado Disperso 9 e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. EXEMPLOS: Ir Pôr Ser Saber vou vais ides fui foste ponho pus pôs punha sou és fui foste seja sei sabes soube saiba f) Auxiliares:São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio. EXEMPLOS: Vou espantaras moscas. (verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo) O verbo HAVER é impessoal sendo, portanto, usado invariavelmente na 3ª pessoa do singular quando significa: EXISTIR: Há pessoas que nos querem bem. ACONTECER: Naquele presídio havia constantes rebeliões. DECORRER(referência ao passado): Há meses que não o vejo. REALIZAR-SE: Houve festas e jogos. SER POSSÌVEL, EXISTIR POSSIBILIDADE OU MOTIVO EM FRASES NEGATIVAS SEGUIDAS DE INFINITIVO: Não havia descrer na sinceridade de ambos. O verbo HAVER transmite sua impessoalidade aos verbos que, com ele, formam locução, os quais permanecem invariáveis na 3ª pessoa do singular. EXEMPLO: Vai haver eleições em outubro. Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos. TEMPOS DO INDICATIVO: PRESENTE: quando o fato ocorre no momento em que se fala (Eles estudam silenciosamente); PRETÉRITO IMPERFEITO: quando o fato é de um passado contínuo, habitual, permanente ( Ele andava à toa); PRETÉRITO PERFEITO: refere-se a um fato já concluído (Estudei a noite inteira); PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO: indica uma ação passada em relação a outro passado (A bola já ultrapassara a linha quando o jogador a alcançou); FUTURO DO PRESENTE: aponta um fato futuro em relação ao momento em que se fala (Irei à padaria); FUTURO DO PRETÉRITO: assinala um fato futuro em relação a outro fato passado (Eu jogaria se não tivesse chovido). TEMPOS DO SUBJUNTIVO: PRESENTE: demonstra um fato presente, mas incerto (Talvez eles estudem); PRETÉRITO IMPERFEITO: indica uma hipótese (Se eu estudasse, a história seria outra); PRETÉRITO PERFEITO: aponta um fato passado, mas incerto (Que tenha estudado bastante, é o que espero); PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO: indica um fato passado em relação a outro fato passado, de acordo com as regras do subjuntivo (Se não tivéssemos saído da sala, teríamos terminado a prova tranquilamente); FUTURO: indica um fato futuro já concluído em relação a outro fato futuro (Quando eu voltar, saberei o que fazer). Advérbio: é a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou o próprio advérbio, exprimindo uma circunstância. Os advérbios dividem-se em: LUGAR: aqui, cá, lá, ali, adiante, perto, longe TEMPO: hoje,amanhã,depois, antes, agora, então MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar INTENSIDADE: muito, pouco, mais, menos, tão AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente NEGAÇÃO: não 10 DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza INCLUSÃO: ainda, até, mesmo, também EXCLUSÃO: apenas, exclusivamente, somente ORDEM: depois, primeiramente, segundamente Os advérbios interrogativos referem-se às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa (onde?,aonde?,quando?, como?). Quando há duas ou mais palavras que exercem função de advérbio, temos a locução adverbial, que pode expressar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinariamente por uma preposição. Veja: LUGAR: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para dentro, por aqui, etc. AFIRMAÇÃO: por certo, sem dúvida, etc. MODO: às pressas, passo a passo,de cor, em vão, em geral, frente a frente, etc. TEMPO: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, hoje em dia, nunca mais, etc. Obs.: tanto a locução adverbial como o advérbio modificam o verbo, o adjetivo e outro advérbio. Observe os exemplos: Chegou muito cedo. (advérbio) Joana é muito bela. (adjetivo) De repente correram para a rua. (verbo) Preposição: é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. Essa relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há sentido dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é dependente da união de todos os elementos que a preposição vincula. EXEMPLOS: Chegaram a Porto Alegre / Amigos de João. São preposições essenciais: A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA, DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE E ATRÁS. Algumas palavras ora aparecem como preposições, ora pertencem a outra classe gramatical, sendo chamadas de proposições acidentais: AFORA, CONFORME, CONSOANTE, DURANTE, EXCETO, FORA, MEDIANTE, NÃO OBSTANTE, SALVO, SEGUNDO, SENÃO, TIRANTE, VISTO, ETC. Conjunção:é a palavra que une duas ou mais orações. De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro. CONJUNÇÕES COORDENATIVAS: São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em: 1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. EXEMPLOS: A sua pesquisa é clara e objetiva. / Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório. 2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. EXEMPLO: Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. 3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São 11 elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez. EXEMPLO: Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. 4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. EXEMPLO: Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. 5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. EXEMPLO: Não demore, que o filme já vai começar. Saiba que: As conjunções "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando equivalem a "mas". EXEMPLO: Carlos fala, e não faz. "Senão" é conjunção adversativa quando equivale a "mas sim". EXEMPLO: Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade. Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio. EXEMPLOS: Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta/ Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta A palavra “pois”, quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence. EXEMPLO:Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques. CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. Elas subdividem-se em integrantes e adverbiais: 1. Integrantes :Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos. São elas: que, se. EXEMPLOS:Espero que você volte. (Espero sua volta.)/ Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.) 2. Adverbiais: Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em: a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc. EXEMPLO: Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc. EXEMPLO:Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc. EXEMPLO: Se precisar de minha ajuda, telefone-me. d) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. EXEMPLO: O passeio ocorreu como havíamos planejado. e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. São elas: para 12 que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. EXEMPLO: Toque o sinal para que todos entrem no salão. f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos), etc. EXEMPLO: O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na medida em que. g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas:quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. EXEMPLO: A briga começou assim que saímos da festa. h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. EXEMPLO: O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. EXEMPLO: Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. As Locuções Conjuntivas são os conjuntos de palavras que atuam como conjunção. Essas locuções geralmente terminam em "que" (visto que, desde que, logo que) No entanto, muitas conjunções não têm classificação única, devendo, portanto, ser classificadas, de acordo com o sentido que apresentamno contexto. Sendo assim a conjunção pode ser: 1. Aditiva ( = e) EXEMPLO:Esfrega que esfrega, mas a mancha não sai. 2. Explicativa EXEMPLO: Apressemo-nos, que chove. 3. Integrante EXEMPLO: Diga-lhe que não irei. 4. Consecutiva EXEMPLO: Onde estavas, que não te vi? 5. Comparativa EXEMPLO: Ficou vermelho que nem brasa. 6. Concessiva EXEMPLO: Beba, um pouco que seja. 7. Temporal EXEMPLO: Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel. 8. Final EXEMPLO: Vendo o amigo à janela, fez sinal que descesse. 9. Causal EXEMPLO: "Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." Interjeição: é a palavra que comunica emoção. Elas podem ser de: - alegria (Ah! Oh! Oba!) - animação ( eia! Avante!) - admiração (puxa! Ih! Nossa!) - aplauso (bravo! Viva!) - desejo (tomara! Oxalá!) - dor (aí! Ui!) - silêncio (psiu! Silêncio!) - suspensão (alto! Basta!) As locuções interjetivas são os conjuntos de palavras que têm o mesmo valor de uma interjeição. EXEMPLO: Minha Nossa Senhora! Poxa vida! Deus me livre! Figuras de Sintaxe 13 Também conhecidas como Figuras de Construção são termos responsáveis por modificar um período, quer seja omitindo, invertendo ou repetindo termos para dar expressividade a uma oração. São muito utilizadas por escritores e afins da língua portuguesa para brincar e dar mais ênfase ao que se quer ressaltar e, também, nas provas de concursos públicospara confundir o candidato. ELIPSE Omissão de um ou mais termos facilmente perceptíveis. Podem ser termos existentes em um contexto ou mesmo elementos gramaticais utilizados para a construção da frases como pronomes, preposições, verbos ou conjunções. EXEMPLO: (Eu) Preciso (de) que me ajudem com os simulados. EXEMPLO: Marta perdeu a melhor prova de concurso do ano. (Ela) Decidiu se planejar melhor para as próximas provas. ZEUGMA Tipo de elipse utilizada para não repetir verbo ou substantivo. EXEMPLO: Eu encontrei a resposta. Ela não encontrou! (resposta) EXEMPLO: Cláudia escovou os dentes. Eu, os cabelos. (escovei) EXEMPLO: Ele prefere português; eu, raciocínio lógico para concursos. (prefiro) ANÁFORA Repetição de palavras no início de versos ou de frases para reforçar, dar coerência ou valorizar algum elemento da oração. EXEMPLO: "É pau, é pedra, é o fim do caminho" (Tom Jobim) EXEMPLO: "Ela não sente, ela não ouve, avança! avança!" (Fialho d'Almeida) EXEMPLO: “Se você dormisse, se você cansasse, se você morresse...mas você não morre.” (Carlos Drummond de Andrade) SILEPSE Concordância feita com a ideia e não com a palavra. Pode ser classificada em Silepse de Gênero, Silepse de Número e Silepse de Pessoa. 1) Silepse de gênero: acontece quando há uma discordância entre feminino e masculino. EXEMPLO: Sua Excelência (substantivo feminino) está enganado (adjetivo masculino). 2) Silepse de número: acontece quando há uma palavra ou sujeito coletivo que mesmo estando no singular representa mais de um ser. EXEMPLO: Um bando (substantivo no singular) de moleques gritavam (verbo no plural). 3) Silepse de pessoa: acontece quando o sujeito aparece na terceira pessoa e o verbo na primeira pessoa do plural. EXEMPLO: Os candidatos (3ª pessoa) estamos preparados. (1ª pessoa) PLEONASMO Repetição enfática de um termo ou ideia. Existem dois tipos de pleonasmo: 1) Pleonasmo literário: é utilizado para dar ênfase a alguma ideia por meio de palavras redundantes, tanto sintática, quanto semanticamente. EXEMPLO:"Morrerás morte vil na mão de um forte..." (Gonçalves Dias) 2) Pleonasmo vicioso: é considerado um vício de linguagem e expressam ideias já ditas anteriormente. Eles devem ser evitados, pois são desnecessários e não tem o objetivo de reforçar as ideias. EXEMPLO: Subir para cima, repetir de novo, acabamento final, canja de galinha, descer para baixo, viúva do falecido, introduzir dentro, etc. POLISSÍNDETO Repetição enfática de conjunção entre as orações do período ou dos termos de uma oração. 14 EXEMPLO: "Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua" (Olavo Bilac) ASSÍNDETO Ausência de conjunção coordenativa que são substituídas por vírgulas. EXEMPLO: "Cheguei, vi, venci." HIPÉRBATO Inversão completa de termos da frase. EXEMPLO: Desfilavam os foliões. / Ordem direta: Os foliões desfilavam São importantes, os testes e simulados de concursos públicos, para os concurseiros./ Ordem Direta: Os testes e simulados de concursos públicos são importantes para os concurseiros. ANACOLUTO Corte brusco de uma frase e início imediato de outra, de modo que fique sobrando um termo sem função, ou seja, esse termo fica desconectado do período. EXEMPLO: Espingarda, não me agradam armas de fogo. "Quem o feio ama, bonito lhe parece" (Provérbio Português) Sintaxe: processos de coordenação e subordinação A Sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. Ao emitir uma mensagem verbal, o emissor procura transmitir um significado completo e compreensível. Para isso, as palavras são relacionadas e combinadas entre si. A sintaxe é um instrumento essencial para o manuseio satisfatório das múltiplas possibilidades que existem para combinar palavras e orações. FRASE: é um conjunto de palavras que têm sentido completo. ORAÇÃO: é a frase que apresenta verbo ou locução verbal. PERÍODO: é a frase estruturada em oração ou orações. A oração é composta por termos essenciais, integrantes e acessórios. Dentre os essenciais temos: SUJEITO: é o ser ou termo sobre o qual se diz alguma coisa. Pode ser simples (com um só núcleo – a lua), composto (com mais de um núcleo – a lua e o sol), oculto (quando está implícito - chegaste com certo atraso – suj. oculto:tu), indeterminado (quando não se indica o agente da ação verbal – come-se bem naquele restaurante), inexistente (quando a oração não tem sujeito – choveu ontem). PREDICADO: é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito. Classifica-se em: NOMINAL: aquele que se constitui de verbo de ligação mais predicativo do sujeito (Nosso colega está doente) Os principais verbos de ligação são ‘estar’ ‘ser’ ‘parecer’ e ‘permanecer’; PREDICADO VERBAL: é aquele que se constitui de verbo intransitivo ou transitivo (O avião sobrevoou a praia / Ele precisa de um esparadrapo / Damos uma simples colaboração a vocês); PREDICADO VERBO NOMINAL: é aquele que se constitui de um verbo intransitivo mais predicativo do sujeito ou verbo transitivo mais objeto e predicativo do sujeito ou do objeto (Os rapazes voltaram vitoriosos / Ele morreu rico / Elegemos o nosso candidato). Considera-se termos integrantes da oração aqueles que são necessários para atribuir sentido completo a determinados verbos ou nomes presentes na oração. Nesse sentido, tem- se o OBJETO DIRETO (termo da oração que completa o sentido do verbo transitivo direto – Mamãe comprou peixe), OBJETO INDIRETO (termo da oração que completa o sentido do verbo transitivo indireto – As crianças precisam de carinho), COMPLEMENTO NOMINAL ( termo da oração que complementa o sentido de um nome com auxílio de 15 preposição. Esse nome pode ser representado por um substantivo,adjetivo ou advérbio – Toda criança tem amor aos pais – AMOR), AGENTE DA PASSIVA ( é o termo da oração que pratica a ação do verbo na voz passiva - A mãe é amada pelo filho). Os termos acessórios da oração desempenham uma função secundária, limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo alguma circunstância. São termos acessórios o ADJUNTO ADNOMINAL ( termo que caracterizaou determina os substantivos, pode ser expresso pelos adjetivos, artigos, pronomes, numerais e locuções adjetivas), ADJUNTO ADVERBIAL (exprime circunstância de tempo, lugar, modo, e etc), APOSTO ( é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração – Dr. João, cirurgião dentista), VOCATIVO (é o termo usado para chamar ou interpelar alguém ou alguma coisa – Professor, o sinal tocou). Tratando do período, que conforme citado anteriormente refere-se à frase estruturada em oração, quando este é simples a oração recebe o nome de absoluta. Quando o período é formado por duas ou mais orações, ele recebe o nome de período composto e pode ser ‘coordenado’ ou ‘subordinado’. O período composto por coordenação apresenta orações independentes, que são coordenadas entre si mas não possuem dependência sintática. EXEMPLO: Fui à cidade, comprei alguns remédios e voltei cedo. Já o período composto por subordinação é um conjunto de, pelo menos, duas orações em que uma delas depende sintaticamente da outra. EXEMPLO: É bom que você estude. Em último caso, há os períodos compostos por coordenação e subordinação, aqueles que apresentam tanto orações dependentes como independentes. As orações coordenadas, que são independentes, podem ser SINDÉTICAS (que é introduzida por conjução coordenativa – Viajo amanhã, mas volto logo) e a ASSINDÉTICA ( que é independente e aparece separada por uma vírgula ou ponto e vírgula – Chegou, olhou, partiu) As sindéticas podem ser: ADITIVA: expressa sequência de pensamento (Ele falavae eu ficava ouvindo); ADVERSATIVA: ideia de compensação ou contraste ( mas, porém, contudo, todavida – a espada vence, mas não convence); ALTERNATIVAS: ligam as palavras ou orações de sentido separado ( ou ,ou....ou, já, quer); CONCLUSIVAS: liga uma oração a outra que exprime a conclusão ( logo, pois, portanto, por isto – Ele está mal de notas, logo, será reprovado. EXPLICATIVAS: ligam a uma oração, geralmente com o verbo imperativo, outro que a explica, dando um motivo (pois, porque,portanto, que). Oração intercalada ou interferente é aquela que vem entre os termos de uma outra oração. Exemplo: O réu, disseram os jornais, foi absolvido. A oração intercalada normalmente aparece com os verbos CONTINUAR, DIZER, EXCLAMAR, FALAR e etc. As orações subordinadas dividem- se em três grupos, de acordo com a função sintática que desempenham e a classe de palavras a que equivalem. Podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais. Para notar as diferenças que existem entre esses três tipos de orações, tome como base a análise do período abaixo: Só depois disso percebi a profundidade das palavras dele. 16 Nessa oração, o sujeito é "eu", implícito na terminação verbal da palavra "percebi"."A profundidade das palavras dele" é objeto direto da forma verbal "percebi". O núcleo do objeto direto é "profundidade". Subordinam-se ao núcleo desse objeto os adjuntos adnominais "a" e "das palavras dele ". No adjunto adnominal "das palavras dele", o núcleo é o substantivo "palavras",ao qual se prendem os adjuntos adnominais "as" e "dele". "Só depois disso" é adjunto adverbial de tempo. É possível transformar a expressão "a profundidade das palavras dele", objeto direto, em oração. EXEMPLO: Só depois disso percebi que as palavras dele eram profundas. Nesse período composto, o complemento da forma verbal "percebi" é a oração "que as palavras dele eram profundas". Ocorre aqui um período composto por subordinação, em que uma oração desempenha a função de objeto direto do verbo da outra oração. O objeto direto é uma função substantiva da oração, ou seja, é função desempenhada por substantivos e palavras de valor substantivo. É por isso que a oração subordinada que desempenha esse papel é chamada de oração subordinada substantiva. Pode-se também modificar o período simples original transformando em oração o adjunto adnominal do núcleo do objeto direto, "profundidade". EXEMPLO: Só depois disso percebi a "profundidade" que as palavras dele continham. Nesse período, o adjunto adnominal de "profundidade" passa a ser a oração "que as palavras dele continham". O adjunto adnominal é uma função adjetiva da oração, ou seja, é função exercida por adjetivos, locuções adjetivas e outras palavras de valor adjetivo. É por isso que são chamadas de subordinadas adjetivas as orações que, nos períodos compostos por subordinação, atuam como adjuntos adnominais de termos das orações principais. Outra modificação que podemos fazer no período simples original é a transformação do adjunto adverbial de tempo em uma oração. Observe: Só quando caí em mim, percebi a profundidade das palavras dele. Nesse período composto, "Só quando caí em mim" é uma oração que atua como adjunto adverbial de tempo do verbo da outra oração. O adjunto adverbial é uma função adverbial da oração, ou seja, é função exercida por advérbios e locuções adverbiais. Portanto, são chamadas de subordinadas adverbiais as orações que, num período composto por subordinação, atuam como adjuntos adverbiais do verbo da oração principal. De acordo com a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser: 1)subjetiva: quando exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. EXEMPLO: É fundamental o seu comparecimento à reunião (Sujeito) É fundamental que você compareça à reunião (oração principal) (Oração Subord. Subst.Subjetiva) 2)objetiva direta: quando exerce função de objeto direto do verbo da oração principal EXEMPLO: Todos queremsua aprovação no vestibular (Obj. direto) Todos querem que você seja aprovado (oração principal) (Oração Subord. Subst.Obj. Direta) 17 3)objetiva indireta: quando atua como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de preposição. EXEMPLO: Meu pai insiste em meu estudo. (Obj. indireto) Meu pai insiste em que eu estude. (oração principal) (Oração Subord. Subst.Obj. Indireta) 4)completiva nominal: é quando completa um nome que pertence à oração principal e também vem marcada por preposição. EXEMPLO: Sentimos orgulho de seu comportamento. (Complemento Nominal) Sentimos orgulho de que você se comportou (oração principal)(OraçãoSubord.SubstComp. Nominal) 5)predicativa: exerce papel de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser. EXEMPLO: Nosso desejo era sua desistência. (predicativo) Nosso desejo era que ele desistisse (oração principal)(OraçãoSubord.Subst. Predicativa) 6) apositiva: exerce função de aposto de algum termo da oração principal. EXEMPLO: Ela tinha um sonho: a chegada do seu casamento (aposto) Ela tinha um sonho que o seu casamento chegasse (oração principal)(OraçãoSubord.Subst. Apositiva) Saiba mais: Apesar de a Nomenclatura Gramatical Brasileira não fazer referência, podem ser incluídas como orações subordinadas substantivas aquelas que funcionam como agente da passiva iniciadas por "de" ou "por" , + pronome indefinido. Veja os exemplos: O presente será dado por quem o comprou. O espetáculo foi apreciado por quantos o assistiram. A oração subordinada adjetiva também tem suas variações.Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, elas podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando- o. Nessas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas.Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais denominam-se subordinadas adjetivas explicativas. EXEMPLOS: Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento. (Oração Subordinada Adjetiva Restritiva) *Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um homem específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele momento. O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente. (Oração Subordinada Adjetiva Explicativa) **Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem". Já a oração subordinada adverbial, que é aquela que exerce a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal, pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida por uma das conjunções subordinativas. Classifica-se de acordo com a conjunção que a introduz, do mesmo modo que a classificação dos adjuntos adverbiais e baseia-se na circunstância expressa pela oração. Há as orações subordinadas adverbiais: 18 1)causais:exprimem motivo, razão de algum acontecimento. EXEMPLO: O tambor soa porque é oco. *Principal conjunção subordinativa causal: porque 2)comparativas: estabelecem uma comparação com a ação indicada pelo verbo da oração principal. EXEMPLO: Ele dorme como um urso. *Principal conjunção subordinativa comparativa: como. 3) concessivas: exprimem uma contradição, um fato inesperado, está diretamente ligada à quebra de expectativa. EXEMPLO: Embora fizesse calor, levei agasalho. *Principal conjunção subordinativa concessiva: embora. 4)condicionais: exprimem o que deve ou não ocorrer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal. EXEMPLO: Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time será campeão. *Principal conjunção subordinativa condicional: se. 5)conformativa: exprimem uma regra, um modelo adotado para a execução do que se declara na oração principal. EXEMPLO: Fiz o bolo conforme ensina a receita *Principal conjunção subordinativa conformativa: conforme. 6)finais: indicam a intenção, a finalidade daquilo que se declara na oração principal. EXEMPLO: Aproximei-me dela afim de que ficássemos amigos. *Principal conjunção subordinativa final: a fim de que 7)proporcionais: exprimem ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal. EXEMPLO: À proporção que estudávamos, acertávamos mais questões. *Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: à proporção que 8)temporais:acrescentam uma ideia de tempo ao fato expresso na oração principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. EXEMPLO: Quando você foi embora, chegaram outros convidados. *Principal conjunção subordinativa temporal: quando. 9)consecutivas: exprimem um fato que é consequência, que é efeito do que se declara na oração principal. São introduzidas pelas conjunções e locuções: que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas estruturas tão... que, tanto... que, tamanho... que EXEMPLO: É feio que doi *Principal conjunção subordinativa consecutiva: que. Num período podem aparecer orações que se relacionam pela coordenação e pela subordinação. Assim, tem-se um período misto. EXEMPLO: Eram alunas/ que tiravam boas notas, /mas não estudavam. 1ª Oração 2ª Oração 3ª Oração 1ª Oração: Oração Principal 2ª Oração: Oração Subordinada Adjetiva Restritiva 3ª Oração: Oração Coordenada Sindética Adversativa (em relação à 2ª oração) e Oração Subordinada Adjetiva Restritiva (em relação à 1ª oração). As orações reduzidas são aquelas que têm o verbo numa das formas nominais no gerúndio, infinitivo e particípio. 19 EXEMPLOS: Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU PREPARADO. Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem que ESTIVERAM LÁ Equivalência e transformação de estruturas A equivalência e transformação de estruturas consiste em saber mudar uma sentença ou parte dela de modo que fique gramaticalmente correta. Um exemplo muito comum em provas de concursos é o enunciado trazer uma frase no singular, por exemplo, e pedir que o aluno passe a frase para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é o enunciado dar a frase em um tempo verbal, e pedir que o aluno a passe para outro tempo. Ou ainda a reescritura de trechos, mantendo a correção semântica e sintática. Paralelismo (Semântico e Sintático) Para que toda interlocução se materialize de forma plausível, antes de tudo, as ideias precisam estar dispostas em uma sequência lógica, clara e precisa. Afinal, se por um motivo ou outro houver uma quebra desta sequência, o discurso certamente estará comprometido. Mediante este aspecto, vale dizer que determinados elementos revelam sua parcela de contribuição para que tais pressupostos se tornem efetivamente concretizados, o que é garantido, muitas vezes, pelo paralelismo sintático e pelo paralelismo semântico. Esses se caracterizam pelas relações de semelhança que determinadas palavras e expressões apresentam entre si. Tais relações de similaridade podem acontecer no campo morfológico (quando as palavras integram a mesma classe gramatical), no semântico (quando há correspondência de sentido) e no sintático (quando a construção de frases e orações se apresenta de forma semelhante). Assim, analisemos um caso no qual podemos constatar a ausência de paralelismo de ordem morfológica: EXEMPLO: A tão inesperada decisão é fruto resultante de humilhações, mágoas, concepções equivocadas e agressores por parte de colegas que almejavam ocupar sua função. Constatamos uma nítida ruptura relacionada a fatores de ordem gramatical, demarcada pela exposição de um adjetivo (agressores) em detrimento ao substantivo “agressões”. Ocorre o paralelismo sintático quando a estrutura de termos coordenados entre si é idêntica. EXEMPLO: Ela vende balas e biscoitos. Os termos coordenados são: “balas” e “biscoitos”. Veja que esses termos estão unidos pela conjunção “e” e apresentam a mesma função sintática na sentença: ambos são objetos do verbo “vender”.O paralelismo sintático encontra-se na semelhança dos termos coordenados: veja que tanto a palavra “balas” quanto a palavra “biscoitos” são expressões nominais simples, ou seja, elas se apresentam, na sentença, em uma estrutura sintática idêntica. Já o paralelismo semântico consiste em uma sequência de expressões simétricas no plano das ideias. É a coerência entre as informações EXEMPLO: João gosta de uva e de maçã verde. Sem dificuldade podemos entender a relação semântica entre as expressões “uva” e “maçã verde”: são frutas de que João gosta. Agora veja: Ele gosta de livros de ficção e de ovo mexido. Nesse exemplo, os termos “livros de ficção” e “ovo mexido” não constituem uma sequência lógica e esperada na frase. Temos dificuldade de relacionar a presença de ambos os termos na forma como foram apresentados. Esse é um 20 exemplo de falta de paralelismo semântico. Discurso Direto e Indireto O discurso direto écaracterizado por ser uma transcrição exata da fala das personagens, sem participação do narrador. EXEMPLO: A aluna afirmou: - Preciso estudar muito para o teste. Já o discurso indireto é caracterizado por ser uma intervenção do narrador no discurso ao utilizar as suas próprias palavras para reproduzir as falas das personagens. EXEMPLO: A aluna afirmara que precisava estudar muito para o teste. Algumas considerações na passagem do discurso direto para discurso indireto Mudança das pessoas do discurso: - A 1.ª pessoa no discurso direto passa para a 3.ª pessoa no discurso indireto. -Os pronomes eu, me, mim, comigo no discurso direto passas para ele, ela, se, si, consigo, o, a, lhe no discurso indireto. -Os pronomes nós, nos, conosco no discurso direto passam para eles, elas, os, as, lhes no discurso indireto. -Os pronomes meu, meus, minha, minhas, nosso, nossos, nossa, nossas no discurso direto passam para seu, seus, sua e suas no discurso indireto. Mudança de tempos verbais: -Presente do indicativo no discurso direto passa para pretérito imperfeito do indicativo no discurso indireto. -Pretérito perfeito do indicativo no discurso direto passa para pretérito mais- que-perfeito do indicativo no discurso indireto. -Futuro do presente do indicativo no discurso direto passa para futuro do pretérito do indicativo no discurso indireto. -Presente do subjuntivo no discurso direto passa para pretérito imperfeito do subjuntivo no discurso indireto. -Futuro do subjuntivo no discurso direto passa para pretérito imperfeito do subjuntivo no discurso indireto. -Imperativo no discurso direto passa para pretérito imperfeito do subjuntivo no discurso indireto. Mudança na pontuação das frases: -Frases interrogativas, exclamativas e imperativas no discurso direto passam para frases declarativas no discurso indireto. Mudança dos advérbios e adjuntos adverbiais: -Ontem no discurso direto passa para no dia anterior no discurso indireto. -Hoje e agora no discurso direto passam para naquele dia e naquele momento no discurso indireto. -Amanhã no discurso direto passa para no dia seguinte no discurso indireto. -Aqui, aí, cá no discurso direto passam para ali e lá no discurso indireto. -Este, esta e isto no discurso direto passam para aquele, aquela, aquilo no discurso indireto. EXEMPLOS: Discurso direto: - Eu comecei minha dieta ontem. Discurso indireto: Ela disse que começara sua dieta no dia anterior. Discurso direto: - Vou ali agora e volto rápido. Discurso indireto: Ele disse que ia lá naquele momento e que voltava rápido. Discurso direto: - Nós viajaremos amanhã. Discurso indireto: Eles disseram que viajariam no dia seguinte. Concordância nominal e verbal Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinante se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões. Os principais casos de concordância nominal são: 21 - o artigo, adjetivo, pronome relativo e o numeral concordam em gênero e número com o substantivo (as primeiras alunas da classe foram passear); - o adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vai, normalmente, para o plural (pai e filho estudiosos ganharam o prêmio); - o adjetivo ligado a substantivos de gênero e número diferentes vai para o masculino plural (alunos e alunas estudiosos); - o adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo próximo (trouxe livros e revista especializada); - o adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próximo (dedico esta música à querida tia e sobrinhos) - o adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o sujeito (meus amigos estão atrapalhados); - o pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predicativo no gênero da pessoa a quem se refere (Sua excelência, o Governador, foi compreensivo); - os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier precedido de artigo e o segundo não vão para o plural (já estudei o primeiro e segundo livro) - os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier precedido de artigo e o segundo não vão para o plural (já estudei o primeiro e segundo livros); - o substantivo anteposto aos numerais vai para o plural (já li os capítulos primeiro e segundo do livro); - as palavras MESMO, PRÓPRIO, e SÓ, concordam com o nome a que se referem (ela mesma veio / eles chegaram sós); - a palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere ( obrigado/obrigada); - a palavra MEIO concorda com o substantivo quando é adjetivo e fica invariável quando é advérbio ( quero meio quilo de café/ é meio-dia e meia); - as palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam com o substantivo a que se referem (trouxe anexas as fotografias/trouxe em anexo estas fotos) - os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO,etc, que substituem advérbios em MENTE, permanecem invariáveis (vocês falaram alto demais – altamente) - CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjetivos, sofrem alteração normalmente. No que concerne à concordância verbal, tem-se em casos gerais que: - o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa ( o menino chegou); - sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular (o pessoal ainda não chegou); - se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural (os Estados Unidos são um grande país/ os Alpes são cobertos por neve); - coletivos primitivos seguidos de nome no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural (a maioria das crianças recebeu/receberam prêmios) - o verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o sujeito paciente ( vende-se um apartamento / vendem-se alguns apartamentos); - o pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o verbo para a 3ª pessoa do singular (precisa-se de funcionários) - a expressão UM e OUTRO pede o substantivo que a acompanha no singular e o verbo no singular ou no plural ( um e outro texto me satisfaz/satisfazem); - a expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural ( ele é um dos atores que viajou/viajaram para o sul); - a expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular ou no plural (mais de um jurado fez justiça); 22 - as palavras TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NINGUÈM, quando empregadas como sujeito e derem ideia de síntese, pedem o verbo no singular (as casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição); - os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o sujeito (deu uma hora/ deram três horas); - a expressão É QUE é invariável e o verbo da frase em que é empregada concorda normalmente com o sujeito ( ela é que faz as bolas/eu é que escrevo os programas); - o verbo concorda com o pronome antecedente quando o sujeito é um pronome relativo (ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova / fui eu que fiz a lição); - verbos impessoais, como não possuem sujeitos, deixam o verbo na terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a este sua impessoalidade (ventou muito ontem / pode haver brigas e discussões). A concordância dos verbos SER e PARECER: - nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos pronomes TUDO,NADA,ISTO,ISSO,AQUILO, os verbos SER e PARECER concordam com o predicativo ( tudo são esperanças/ aquilo parecem ilusões/aquilo é ilusão); - nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER concorda sempre com o nome ou pronome posterior (Que são florestas equatoriais?/Quem eram aqueles homens?); - nas indicações de horas, datas e distâncias, a concordância se fará com a expressão numérica (são oito horas / hojesão 19 de setembro); - com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER fica no singular (três batalhões é muito pouco); - quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular (Maria era as flores da casa / o homem é cinzas); - quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER concorda com o predicativo (dançar e cantar é a sua atividade / estudar e trabalhar são as minhas atividades); - quando o sujeito ou o predicativo for o pronome pessoal, o verbo SER concorda com o pronome ( ciência, mestres, sois vós); - quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo, apenas um deles deve ser flexionado ( os meninos parecem gostar dos brinquedos / os meninos parece gostarem dos brinquedos). Regência verbal e nominal A regência é o processo sintático no qual um termo depende gramaticalmente de outro. Regência Nominal Trata dos complementos dos nomes (substantivos e adjetivos). Regência Verbal A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição. EXEMPLO: A mãe agrada o filho. (agradar significa acariciar) A mãe agrada ao filho. (agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer.) Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de "agradar a alguém". Saiba que: o conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar 23 completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os exemplos: Cheguei ao metrô. Cheguei no metrô. No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência culta. Alguns verbos e sua regência correta Crase A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que se dá à "junção" de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição "a" com: o artigo feminino "a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele (s) aquela (s) aquilo e com o "a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave,depende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. EXEMPLO: Vou à igreja Vou a a igreja. (como se lê e como seria “sem crase”) No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave - “crase”. Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome demonstrativo "a" (s) após uma preposição "a": - Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a forma ‘ao’, ocorrerá crase antes do termo feminino. EXEMPLO: Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno. Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna. 24 - Trocar o termo regente acompanhado da preposição ‘a’ por outro acompanhado de uma preposição diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase. EXEMPLO: Começou a brigar. - Cansou de brigar. - Insiste em brigar. Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição "a" ou do artigo "a", é preciso provar que existem os dois. Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino "a" (s), não haverá crase. Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre: - Diante de substantivos masculinos: Andamos a cavalo. Fomos a pé. Passou a camisa a ferro. Fazer o exercício a lápis. Compramos os móveis a prazo. Assistimos a espetáculos magníficos. - Diante de verbos no infinitivo: A criança começou a falar. Ela não tem nada a dizer. Estavam a correr pelo parque. Estou disposto a ajudar. Continuamos a observar as plantas. Voltamos a contemplar o céu. Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos que o "a" dos exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase. - Diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona: Diga a ela que não estarei em casa amanhã. Entreguei a todos os documentos necessários. Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem. Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos. Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho. Quero informar a algumas pessoas o que está acontecendo. Isso não interessa a nenhum de nós. Aonde você pretende ir a esta hora? Agradeci a ele, a quem tudo devo. Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método explicado anteriormente. Troque a palavra feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. EXEMPLO: Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.) Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.) Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.) - Diante de numerais cardinais: Chegou a duzentos o número de feridos. Daqui a uma semana começa o campeonato. Casos em que a crase SEMPRE ocorre: - Diante de palavras femininas: Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega. Sempre vamos à praia no verão. Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores. Sou grata à população. Fumar é prejudicial à saúde. Este aparelho é posterior à invenção do telefone. 25 - Diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda de" (mesmo que a expressão moda de fique subentendida): O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. Usava sapatos à (moda de) Luís XV. O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro. - Na indicação de horas: Acordei às sete horas da manhã. Elas chegaram às dez horas. Foram dormir à meia-noite. Ele saiu às duas horas. Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas: à tarde/ às ocultas/ às pressas/ à medida que/ à noite/ às claras/ às escondidas/ à força / à vontade/ à beça/ à larga/ à escuta/ às avessas/ à revelia/ à exceção de/ à imitação de/ à esquerda/ às turras/ às vezes/ à chave / à direita/ à procura/ à deriva/ à toa/ à luz/ à sombrade/ à frente de/ à proporção que/ à semelhança de/ às ordens/ à beira de Crase diante de Nomes de Lugar Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo "a". Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição
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