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Trocadores de Calor Curso: Processos Químicos Disciplina: Transferência de Calor Prof. Clóvis Trocadores de calor 2 • Os trocadores de calor são dispositivos que permitem a troca de calor entre dois fluidos sem que seja permitida a mistura entre eles. • Trocadores de calor são largamente aplicados nas industrias. • Apresentam diversos tipos: tubo duplo, compactos, casco tubo, placa e quadro e etc. Tipos de trocadores de calor 3 Trocadores de calor 4 O tipo mais simples de trocador de calor é o de tubo duplo. Um fluido no trocador de calor de tubo duplo escoa através do tubo menor, enquanto o outro escoa através do espaço anular entre os dois tubos. Temos dois tipos de arranjos nesses tubos duplos: escoamento paralelo, os fluidos quente e frio entram no trocador de calor na mesma extremidade e avançam na mesma direção. No escoamento contracorrente, os fluidos quente e frio entrem no trocador de calor em extremos opostos e escoam em direções opostas. Trocadores de calor 5 Trocador de calor compacto: permitem o alcance de altas taxas de transferência de calor entre dois fluidos em um pequeno volume e são usados em aplicações com limitações de espaço e peso, tais como automóveis, aviões, etc. Trocadores de calor de circuito impresso (PCHE), possuem diversas aplicações na industria de processos químicos e processamento de combustíveis. Trocadores de calor 6 Em trocadores de calor compactos geralmente os fluidos escoam perpendicularmente um ao outro, escoamento cruzado. Trocadores de calor 7 Com bastante uso na industria temos os trocadores de calor casco e tubo. Trocadores de calor 8 Com bastante uso na industria temos os trocadores de calor casco e tubo. Coeficiente global de transferência de calor 9 Resistência térmica de condução pela parede (wall): Trocadores de calor geralmente trabalha no regime permanente! Resistência térmica total do circuito térmico: Áreas: Coeficiente global de transferência de calor 10 Na análise de trocadores de calor, é conveniente combinar todas as resistências térmicas no caminho do fluxo de calor em uma única resistência R. U é o coeficiente global de transferência de calor, com unidade, Quando a espessura do tubo é pequena, temos Coeficiente global de transferência de calor 11 Para aumentarmos a taxa de transferência de calor podemos aumentar a área de superfície através de aletas. Quando as aletas possuem eficiência menor que a unidade: Coeficiente global de transferência de calor 12 Coeficiente global de transferência de calor: Fator de incrustação 13 Fator de incrustação: devido ao acúmulo de depósitos nas superfícies de transferência de calor. Geram resistências térmicas adicionais caracterizadas pelo fator de incrustação. Na industria de processos químicos outra forma de incrustação é devido a corrosão e incrustações químicas. Para trocador de calor casco e tubo não-aletado: 14 Análise de trocador de calor 15 Escolha de um trocador de calor • Que permita alcançar a mudança de temperatura especificada dada uma vazão mássica (método da diferença de temperatura média logarítmica-LMTD) • Que preveja as temperaturas de saída dos fluidos quente e frio dado determinado trocador de calor (método da efetividade- NTU) Análise de trocador de calor 16 Considerando um trocador de calor trabalhando em regime permanente. Pela primeira lei da termodinâmica: a taxa de transferência de calor perdida pelo fluido quente é igual a taxa de transferência de calor ganha pelo fluido frio Análise de trocador de calor 17 É conveniente combinar a vazão mássica e o calor específico do fluido em uma quantidade chamada taxa de capacidade térmica: Portanto: Note que a única vez em que o aumento de temperatura do fluido frio é igual à queda da temperatura do fluido quente é quando as taxas de capacidade térmica dos dois fluidos são iguais. Condensadores e Evaporadores 18 Quando um dos fluidos (fluido quente ou fluido frio) do trocador de calor passa por uma mudança de fase: (1) o fluido passa do estado gasoso para o liquido (condensação ou liquefação) no condensador; (2) o fluido passa do estado liquido para o gasoso (vaporização) no evaporizador. A taxa de capacidade térmica do fluido durante o processo de mudança de fase deve ser infinito já que a variação de temperatura é praticamente nulo: Onde a taxa de evaporação ou condensação é e o calor latente de vaporização (entalpia de vaporização) é Condensadores e Evaporadores 19 Quando um dos fluidos (fluido quente ou fluido frio) do trocador de calor passa por uma mudança de fase: (a) o fluido passa do estado gasoso para o liquido (condensação ou liquefação) no condensador; (b) o fluido passa do estado liquido para o gasoso (vaporização) na caldeira ou evaporador. Método da diferença de temperatura média logarítmica - LMTD 20 A taxa de transferência de calor no trocador de calor pode ser expressão de forma análoga a lei de Newton do resfriamento: Considerando uma diferença de temperatura média, em um trocador de calor tipo tubo duplo com correntes paralelas temos o balanço de energia: Ou seja, a taxa de perda de calor do fluido quente em qualquer seção do trocador de calor é igual à taxa de ganho de calor pelo fluido frio nessa seção. Método da diferença de temperatura média logarítmica - LMTD 21 Resolvendo as equações acima: Fazendo a diferença: A taxa de transferência de calor na seção diferencial também pode ser escrita: Método da diferença de temperatura média logarítmica - LMTD 22 Substituindo: Integrando da entrada até a saída do trocador de calor: Portanto: Temos a diferença de temperatura média logarítmica: Método da diferença de temperatura média logarítmica - LMTD 23 Portanto: Temos a diferença de temperatura logarítmica foi obtido a partir do perfil real de temperatura dos fluidos no trocador de calor e é a representação exata da diferença de temperatura média entre os fluidos quente e frio: Trocadores de calor de multipasses e escoamento cruzado: Uso do fator de correção 24 • A relação para a diferença de temperatura média logarítmica anterior é válida para trocadores de calor tipo duplo tubo. • A análise de trocadores de calor mais complexos como os trocadores de calor de escoamento cruzado e de casco e tubos com multipasses são dadas através do fator de correção F: Onde a diferença de temperatura média logarítmica é dada para o trocador de calor duplo tubo contra-corrente: Trocadores de calor de multipasses e escoamento cruzado: Uso do fator de correção 25 O fator de correção F é dado graficamente em termos de P e R: Para o caso de trocadores de calor tipo casco e tubo com multipasses temos: Trocadores de calor de multipasses e escoamento cruzado: Uso do fator de correção 26 O fator de correção F é dado graficamente em termos de P e R: Para o caso de trocadores de calor tipo escoamento cruzado temos: 27 28 29 Método da Efetividade-NTU 30 O método da diferença de temperatura média logarítmica (LMTD) é indicado para a determinação do tamanho do trocador de calor para obter temperaturas de saída desejadas, quando as vazões mássicas e as temperaturas de entrada e saída dos fluidos quente e frio são especificadas. NTU = número de unidades de transferência (Number of Transfer Units) Quando desejamos determinar a taxa de transferência de calor e as temperaturas de saídas dos fluidos quentes e frios de para um tipo e tamanho de trocador de calor dado a partir de vazões mássicas e temperaturas de entrada especificadas,o método da efetividade-NTU é mais adequado. Define-se o parâmetro adimensional efetividade da transferência de calor: Método da Efetividade-NTU 31 Define-se o parâmetro adimensional efetividade da transferência de calor: A taxa real de transferência de calor em um trocador de calor é determinado a partir de: Taxas de capacidade térmicas: A diferença de temperatura máxima no trocador de calor: Taxa de transferência de calor máxima possível: É o menor valor entre 32 Método da Efetividade-NTU 33 Determinação da taxa de transferência de calor real: Se: Se: Considerando um trocador de calor de tubo duplo de escoamento paralela, temos a efetividade do trocador de calor: Método da Efetividade-NTU 34 Número de unidades de transferência – NTU: Razão de capacidades c: A efetividade de um trocador de calor é função do número de unidades de transferência (NTU) e da razão de capacidades (c): Efetividade dos trocadores de calor – relações analíticas 35 Efetividade dos trocadores de calor - Gráficos 36 Comparação entre a efetividade dos trocadores de calor 37 Para um determinado NTU e a razão de capacidades térmicas c, o trocador de calor contra corrente tem a maior efetividade, e o de escoamento paralelo a menor. Efetividade dos condensadores ou evaporadores 38 A relação da efetividade para todos os trocadores de calor quando a razão de capacidade é c = 0, será: Relações para NTU quando a efetividade é conhecida 39 40
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