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Multa e Comunicação na Mobilidade Urbana

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CARINE CARVALHO MORAES
CRIS ALVES
DANIELE CRISTINE S. TOMAZ
FRANCIDALVA FERREIRA DOS SANTOS
GILVAN FREITAS
JAILSIANE MOURA DE ANDRADE
JAQUELINE GOMES SILVA
JULIANA DE JESUS AZEVEDO SANTOS
MAYRA SANTOS GALVÃO
RENAN PINHEIRO SANTOS
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
SÃO LUÍS/MA
2017
Questão 1
Quais variáveis do macroambiente foram favoráveis para a criação do projeto Carona Legal? Quais variáveis foram suas principais barreiras?
Existem vários cenários favoráveis e desfavoráveis que poderiam contribuir ou não para a implantação de um sistema de caronas em empresas públicas e privadas da cidade, sendo um dos mais importantes a população da capital do Rio Grande do Sul. A principal variável dentro do macro ambiente a ser implantado esse sistema, tratou-se da população da capital Gaúcha, cujo segundo o senso demográfico do IBGE em 2010, era de 10.695.532 habitantes. Com 37% da população, a região Metropolitana apresentava a área mais densa, pois é dividida em 32 municípios, contudo somente a capital abrigava 1.409.351 pessoas.
Observando a distribuição etária da cidade, a EPTC, revelava uma diminuição na taxa de fertilidade e de imortalidade, com uma concentração maior de adultos e idosos. Sob o ponto de vista econômico, o aumento da renda, colocou Porto Alegre entre as capitais com maior renda per capita do Brasil, refletindo uma necessidade de repensar as condições de mobilidade, sendo assim aumentando o número de fabricação de veículos que eram de 424.463 veículos em 2005 e quase duplicando até o ano de 2010, onde foram fabricados 701.273 veículos, sendo 510.987 somente de automóveis. Havia, naquele momento, mais pessoas em deslocamento com condições de pagar por soluções mais flexíveis de transporte, como o automóvel. Dessa forma, eram visíveis a queda de usuários no transporte coletivo e o aumento do número de automóveis, fazendo com que Porto Alegre tivesse em torno de 2,04 habitantes por veículo. 
Já se tratando de variáveis que eram colocadas como barreiras, se desenhava o deslocamento pendular entre a região metropolitana e a capital, envolvendo 343.297 pessoas, maiores de 15 anos de idade, que trabalhavam ou estudavam fora de seu município de residência. Assim, a estrutura e o sistema viário precisavam ser maximizados para receber tal fluxo em condições que não esgotassem a capacidade do sistema. Essa situação tendia a se agravar, pois a região metropolitana de Porto Alegre oportunizava o surgimento de novos empreendimentos, atraindo não apenas mão de obra para sua construção, mas estimulando a modificação em seu entorno, sendo ela física ou econômica. Além do mais, haviam desenvolvimentos de outros negócios, com a supervalorização de áreas adjacentes. Logo todas essas mudanças, exigiriam um mais completo estudo da infraestrutura.
Questão 2 
Em sua opinião, qual é o papel da multa e da comunicação para a educação das pessoas para uma mobilidade urbana? 
A educação é fundamental para um trânsito mais seguro nas ruas e estradas do país, e permite uma boa convivência entre os atores do trânsito. Segundo Mariano (2016) o trânsito pode melhorar muito com a melhora da percepção de riscos e com educação. E tudo começa com uma melhora na comunicação, sendo ela um dos principais veículos para a melhoria na experiência de tráfego. 
São vários os usuários do trânsito, com perfis distintos, existe assim uma diversidade de pensamentos, esse fator dificulta a comunicação no trânsito e com isso não existe segurança absoluta, pois na maioria das vezes os usuários não se comunicam de forma clara uns com os outros, o que possibilita risco de acidentes. Mariano (2016) ressalta que um dos maiores problemas enfrentados no trânsito é a intolerância, resultante de uma combinação do perfil de cada pessoa com o tanto que ela sabe, ou pensa que sabe. São variados os modos de pensar, a maneira de agir de cada pessoa, a uma situação inesperada que pode ocorrer no trânsito. Nesse aspecto se torna significativo o investimento em campanhas educacionais, para promover o respeito entre as pessoas, para um bem comum a todas, a mobilidade urbana. Os trabalhos de comunicação e educação devem ser de longo prazo com o objetivo de formar cidadãos para o trânsito, que envolva todos os públicos, crianças, jovens, adultos e idosos, pois todos eles no seu dia a dia compõem o trânsito.
 De acordo com Botelho (2015) é necessário que as pessoas sejam educadas desde cedo, pois tudo o que acontece no trânsito é imprudência por falta de conhecimento, falta de educação no trânsito, tanto do pedestre quanto do motorista. A culpa nem sempre é só do motorista. O pedestre, mesmo que ele não venha a ter uma carteira de habilitação, deve ter conhecimento do trânsito, por que ele também pode provocar um acidente. Portanto, é imprescindível que os órgãos representantes tenham consciência da amplitude do público presente no trânsito, e saiba comunicar e direcionar suas campanhas educacionais, para que todos possam ter conhecimento que existe uma relação de mão dupla, onde a segurança, depende tanto dos condutores (motoristas, motociclistas e ciclistas), quanto dos pedestres, para que todos sejam beneficiados com uma melhor mobilidade urbana.
A comunicação é essencial, e o seu uso deve ser contínuo buscando sempre evitar o perigo, que é causado muitas vezes por imprudência ou imperícia por parte dos condutores, quando deixam de se comunicar com outros usuários do trânsito através do uso correto da sinalização e até mesmo quando não sabem ou não compreendem a mensagem transmitida através de determinada placa de sinalização, por exemplo, ou por parte do pedestre que não utiliza o local adequado para a travessia ou quando a faz é em momento inoportuno. Dessa forma não realizam ações que são necessárias para a segurança e fluidez de todos os usuários.
Existem meios utilizados para monitorar os condutores, e com a ajuda da tecnologia esses métodos têm se tornado mais eficazes e os equipamentos utilizados garantem a punição dos usuários que cometem as infrações no trânsito. Ao contrário das repressões e imposições, a comunicação e a educação têm um efeito maior e duradouro. D’amico e Silva (2013) destacam que existe uma percepção clara que multa não educa. É apenas um instrumento repressivo que faz lembrar o indivíduo de que ele está vivendo em sociedade. O papel dos usuários pode sempre se inverter, pois conforme Oliveira (2015) você, que agora caminha, poderá, daqui a pouquinho, estar atrás de um volante, pedalando uma bike ou pilotando uma moto pelas ruas do País. Por isso ande, caminhe, pedale, pilote e dirija com plena consciência de seu papel fundamental para a segurança sua e de todos os demais atores do trânsito.
 A comunicação é fundamental e traz o senso de responsabilidade de cada cidadão. É necessário que os recursos obtidos através das multas sejam investidos na melhoria da educação no trânsito e que sempre possa ser feita em longo prazo, é importante que os Centros de Formação de Condutores estejam conscientes do quão significativo é seu papel na educação dos futuros condutores, utilizando a comunicação para transmitir um perfil de cidadão do trânsito que a sociedade moderna deseja e que busquem sempre garantir uma melhor performance para a mobilidade urbana, por meio dos recentes condutores, e que as mídias possam estar atentas ao tema em questão, a mobilidade urbana, informando ao público a importância das suas ações positivas para que a mobilidade urbana possa ser concretizar.
Questão 3
 Se um projeto de carona solidária fosse lançado para a população de Porto Alegre, como a comunicação integrada poderia romper as barreiras culturais?
Há uma preocupação cultural sobre "dar e receber caronas". Para romper essa barreira, a comunicação integrada deve voltar-se para consolidar a boa imagem da Carona Solidária em Porto Alegre e os benefícios que ela poderá trazer para a cidade tanto na mobilidade urbana quanto na preservação do meio ambiente. A Co.De deveria criarações de comunicação institucional, interna e mercadológica para estimular a reflexão sobre o tema e impactar não somente os alunos, pais, professores e colaboradores, como também todos os cidadãos, levando a ideia para escolas da rede pública municipal e estadual, para líderes comunitários e para os empresários da cidade.
Quando as grandes empresas aderissem à campanha, incentivando os seus colaboradores a utilizarem a Carona Solidária, elas estariam incentivando, de uma certa forma, toda a cidade. Além disso, o projeto deveria ser implementado em repartições públicas como o Detran de modo que o próprio governo pudesse dar o exemplo.
As próprias pessoas que utilizam a carona solidária poderiam encorajar outras pessoas a utilizarem. Quando estivessem oferecendo ou usufruindo da carona, as pessoas poderiam filmar o interior do carro durante o trajeto e postar nas redes sociais, dessa forma, as pessoas que assistissem os vídeos teriam mais confiança para fazer o mesmo.
A comunicação integrada poderia romper as barreiras culturais da cidade usando essas estratégias e incorporando na alma da empresa, ou seja, na missão, na visão e nos valores, a ideia da Carona Solidária para promover a responsabilidade ambiental e social. Mas, para que o projeto obtenha resultados concretos na cultura da cidade, é preciso formar cidadãos através de projetos educacionais de longo prazo.
Questão 4
Além do projeto carona solidária, quais outras propostas poderiam ser apresentadas,no âmbito da responsabilidade socioambiental, para evitarque mais veículos ocupassem as ruas?
O primeiro passo seria investir em educação, nesse caso todas as instituições de ensino poderiam inserir em sua grade curricular aulas sobre educação ambiental, esse contexto entraria a mobilidade urbana sustentável, com objetivo de debater e promover possíveis mudanças em nível individual e social;
Elaboração de projetos de ciclovias, resultando em ciclovias adequadas para utilização, assim, como exemplo o governo criaria postos com bicicletas disponíveis para uso compartilhado por parte dos cidadãos, como também utilizar os meios de comunicação para incentivar o uso de bicicletas por meio de campanhas;
Investimentos nos transportes coletivos, oferecendo conforto, pontualidade, frequência e cobertura do trajeto, aliados à uma tarifa condizente aos usuários do transporte, sendo que esses fatores resultarão em qualidade desses transportes perante a população;
 Projetos que estimulem o uso de biocombustíveis e meios de transportes bioeconômicos;
 Estímulo para a adoção de projetos que visem a minimização ou a não utilização de automóveis por parte do governo e da população, como: um dia que mobilize toda a cidade para evitar o uso de automóveis e como alternativa o uso de bicicletas ou automóveis movidos à eletricidade;
 Aumentar as vias para pedestres e ciclistas para diminuir a circulação de carros;
 Criar mais opções de mobilidade para a população e que causem menos impactos à natureza;
 Implementação do uso de parquimetros ( que é um sistema de estacionamento rotativo), onde o veículo pode permanecer no local apenas por apenas 2 horas para estimular as pessoas a procurarem novas alternativas para locomoção.
Questão 5 
Além do projeto carona legal, quais outras alternativas poderiam ser apresentadas, no âmbito da comunicação integrada, para estimular a adesão de pessoas por carona solidarias?
A comunicação integrada pressupõe não apenas um diálogo produtivo, mas um planejamento conjunto, campanhas institucionais eficazes, sensibilizando as pessoas sobre os benefícios e impactos que o projeto causará econômica, cultural e ambientalmente.
É necessário um investimento para a área de educação no trânsito, com ênfase na comunicação e conscientização, e para a eficácia desse investimento, faz-se necessário uma implantação na grade curricular a partir do ensino fundamental.
Para estimular a adesão de maneira rápida e eficaz, será necessário estratégia de marketing social que visam mudança de comportamento, canais de divulgação como: Site, Web rádio, Facebook, Instagram, panfletos e cartazes com apelo de mudança de comportamento.
Promover e realizar eventos culturais, palestras educativas em estabelecimentos comerciais, órgãos públicos, escolas, ações educativas públicas e privadas mostrando saídas viáveis com a implantação de conceito de transporte sustentável.
É importante ressaltar outro ponto importante, que será o meio ambiente, ou seja, ao adotar a carona solidária, o participante impactará diretamente na emissão de carbono.
A redução de carros nas ruas representa toneladas a menos de carbono lançada na atmosfera. O objetivo do projeto carona solidária é reduzir o trânsito nas cidades, otimizar o tempo e dar mais conforto e comodidade a quem precisa encarar o ônibus todos os dias, consolidando a carona solidária como alternativa viável e parte da rotina. O desafio será auxiliar as pessoas a mudarem completamente uma rotina de comportamento que se encontra enraizada em seus sistemas.
Referências
OLIVEIRA, José Carlos . Trânsito seguro: qual é o papel do cidadão - motorista, pedestre ou ciclista - para melhorar o trânsito?. 5. Disponível em: <http://485127-TRANSITO-SEGURO-QUAL-E-O-PAPEL-DO-CIDADAO---MOTORISTA,-PEDESTRE-OU-CICLISTA---PARA-MELHORAR-O-TRANSITO-BLOCO-5.html>. Acesso em: 27 jan. 2018.
MARIANO, Celso. Comunicação no trânsito é fundamental. Disponível em: <http://portaldotransito.com.br/opiniao/transito-e-a-sociedade/comunicacao-no-transito-e-fundamental-iii/>. Acesso em: 27 jan. 2018.

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