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HISTÓRIA DA PROFISSÃO DO NUTRICIONISTA

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HISTÓRIA DA PROFISSÃO DO NUTRICIONISTA
15.03.2018
AULA II
PROFESSORA: SORAIA MARTINS DE CARVALHO
No cenário mundial...
A emergência do campo da Nutrição, seja como ciência, política, social e/ou profissão, é um fenômeno característico do início do século XX;
Foi no período entre as duas Guerras Mundiais que foram criados os primeiros centros de estudos e pesquisas, os primeiros cursos para formação de profissionais especialistas e as primeiras agências condutoras de medidas de intervenção em Nutrição;
Na América Latina, a emergência da Nutrição foi fortemente influenciada pelo médico argentino Pedro Escudero, criador do Instituto Nacional de Nutrição em 1926, da Escola Nacional de Dietistas em 1933 e do curso de médicos “dietólogos” da Universidade de Buenos Aires;
VASCONCELOS, 2002
Pedro Escudero criou as Leis da Alimentação. Setenta e cinco anos depois esses quatro enunciados ainda são consideradas a base de uma alimentação saudável. As Leis de Escudero expressam, de forma simples, as orientações para uma dieta que garante crescimento, manutenção e desenvolvimento saudáveis.
1ª Lei da Quantidade
Leis da Alimentação
2ª Lei da Qualidade
3ª Lei da Harmonia
4ª Lei da Adequação
Curiosidade!
No Brasil...
O campo da Nutrição teria emergido no decorrer dos anos 1930-1940, período do governo Getúlio Vargas, quando houve investimentos no setor urbano-industrial do país;
Entretanto, desde o século XIX, já existiam estudos sobre a alimentação da população brasileira, como os estudos sobre doenças carenciais relacionadas à alimentação e de hábitos alimentares da população brasileira, tais como aqueles desenvolvidos pelos médicos Gama Lobo sobre “avitaminose A” e Nina Rodrigues sobre o consumo de farinha de mandioca;
Alguns autores mencionam o livro de Eduardo Magalhães, Higiene Alimentar, publicado em 1908, outros, os estudos desenvolvidos, a partir de 1906, por Álvaro Osório de Almeida no campo da Fisiologia da Alimentação. 
VASCONCELOS, 2002
No Brasil...
Na década de 1930, tanto no Rio de Janeiro como em São Paulo e, posteriormente, em Salvador e no Recife, duas correntes bem definidas e distintas do saber médico confluíram para a constituição do campo da Nutrição:
VASCONCELOS, 2002
1- Perspectiva biológica: preocupados com aspectos clínico-fisiológicos relacionados ao consumo e à utilização biológica dos nutrientes, cuja atuação era voltada para o individual, o doente, a clínica, a fisiologia e o laboratório.
2- Perspectiva social: preocupados com aspectos relacionados à produção, à distribuição e ao consumo de alimentos pela população brasileira, cuja atuação era voltada para o coletivo, a população, a sociedade, a economia e a disponibilidade de alimentos, como as obras Josué de Castro. 
Quem foi Josué de Castro?
Primeiros estudos populacionais
Em 1932, sob a influência de Escudero, Josué de Castro realizava a pesquisa As Condições de Vida das Classes Operárias no Recife, uma investigação baseada na metodologia de orçamento e padrão de consumo alimentar entre quinhentas famílias de três bairros operários desta cidade;
Considerado o primeiro inquérito dietético-nutricional do Brasil, teve ampla divulgação nacional e serviu de base para a regulamentação da lei do salário mínimo e da formulação da chamada ração essencial mínima, estabelecida por intermédio do Decreto-Lei no 399, de 30 de abril de 1938.
Em 1933, o sociólogo Gilberto Freyre, publicava o seu clássico Casa-Grande & Senzala, até então, o primeiro e mais completo ensaio sociológico sobre o padrão e os hábitos alimentares da sociedade brasileira;
Também em 1932, Nelson Chaves, publicava seus primeiros artigos científicos nos campos da Endocrinologia e Fisiologia Nutricional.
VASCONCELOS, 1999
Primeiras ações públicas em Alimentação e Nutrição
Primeiras medidas e instrumentos da Política Social de Alimentação e Nutrição;
1- A instituição do salário mínimo, em 1º de maio de 1940, o qual teve como base de cálculo o que se convencionou chamar de ração essencial mínima (ou cesta básica);
2- A criação do Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS);
3- Em 1945 foi criado a Comissão Nacional de Alimentação (CNA), pelo Decreto nº 7.328, destinada ao estudo de todos os assuntos relacionados à alimentação da população brasileira. 
4- Em 1952, primeiro Plano Nacional de Alimentação e Nutrição (Programa de Alimentação Escolar).
Criação de mecanismos e espaços institucionais necessários à formação profissional, seja através de estágios, viagens de estudos ou cursos realizados no exterior, seja através da criação dos primeiros cursos para formação de profissionais em Alimentação e Nutrição;
O principal desafio do profissional era a superação do perfil nutricional da população da época, marcado pelas doenças carenciais (desnutrição, hipovitaminose A, pelagra, anemia ferropriva, etc), relacionadas com as condições de pobreza, fome e desigualdade social.
VASCONCELOS, 2002
Formação do nutricionista brasileiro
O primeiro curso para formação de nutricionistas foi criado em 1939, no Instituto de Higiene de São Paulo (atual Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo);
Em 1940, tiveram início os cursos técnicos do Serviço Central de Alimentação do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários (IAPI), os quais deram origem, em 1943, ao Curso de Nutricionistas do Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS) (atual Curso de Nutrição da Universidade do Rio de Janeiro - UNI-RIO);
Em 1944, foi criado o Curso de Nutricionistas da Escola Técnica de Assistência Social Cecy Dodsworth (atual Curso de Nutrição da Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ);
Em 1948, teve início o Curso de Dietistas da Universidade do Brasil (atual Instituto de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ).
VASCONCELOS, 2002
Fase: emergência da profissão (1939-49)
A ênfase do processo de formação do nutricionista, neste período, foi a capacitação de profissionais para atuação tanto em Nutrição Clínica (Dietoterapia), como em Alimentação Institucional (Alimentação Coletiva), este por “vontade governamental, em momento de busca de legitimação social, constituindo-se em instrumento de alívio de tensões sociais” (Ypiranga & Gil, 1989);
Na área do desenvolvimento científico--tecnológico e de organização dos profissionais do campo da Nutrição, devem ser enfatizadas:
Fundação, em 1940, da Sociedade Brasileira de Nutrição (SBN), entidade de caráter técnico-científico e cultural que passaria a defender os interesses dos profissionais do setor, particularmente, dos médicos nutrólogos;
Criação dos Arquivos Brasileiros de Nutrição, em maio de 1944, primeira revista científica brasileira neste campo específico do conhecimento;
Fundação da Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN), em 31 de agosto de 1949, primeira entidade brasileira criada com o intuito de representar e defender os interesses dos nutricionistas/dietistas, bem como desenvolver estudos e pesquisas no campo da Nutrição. Em função disso, a partir de então, a data 31 de agosto passou a ser comemorada como o “dia do nutricionista”.
VASCONCELOS, 2002
Fase: consolidação da profissão (1950-75)
Em 1950, foram criados mais dois cursos para formação de nutricionistas e no final da década de 60 existiam sete cursos no Brasil:
Incluindo, o Curso de Nutricionistas da Universidade da Bahia, por iniciativa do médico Adriano de Azevedo Pondé, e, por iniciativa do médico Nelson Ferreira de Castro Chaves, foi fundado o Instituto de Fisiologia e Nutrição da Faculdade de Medicina de Recife.
A partir dos anos 1960, passou-se a discutir, no âmbito da comunidade latino-americana de Nutrição, a formação de “um profissional de nível universitário, qualificado por formação e experiência, para atuar nos Serviços de Saúde Pública com o fim de melhorar a nutrição humana, essencial para a manutenção do mais alto nível de saúde” (Ypiranga & Gil, 1989);
No período pós-segunda guerra mundial,emerge o Campo da Nutrição e Saúde Pública, quando uma nova ordem político-econômica começou a ser estabelecida no plano internacional.
VASCONCELOS, 2002
No contexto internacional, foram criadas agências especializadas da Organização das Nações Unidas (ONU), com o intuito de administrar os conflitos desta nova ordem mundial, tais como o United Nations International Children’s Emergency Fund (UNICEF), a Food and Agriculture Organization (FAO), a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS);
No caso do Brasil, o processo de institucionalização do campo da Nutrição em Saúde Pública tem sido associada à fundação, em 1957, do Instituto de Fisiologia e Nutrição da Faculdade de Medicina de Recife, primeiro curso brasileiro a formar profissionais voltados para a atuação no campo da Nutrição em Saúde Pública;
Ao final deste período, ressaltam-se o reconhecimento dos Cursos de Nutricionistas como de nível superior, em 1962, e a aprovação da lei de regulamentação da profissão, em 1967.
Fase: consolidação da profissão (1950-75)
VASCONCELOS, 2002
Fase: evolução (1976-84)
Em 1972, criação do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN): 
Projeto de Aquisição de Alimentos em Áreas de Baixa Renda (PROCAB)
Programa de Abastecimento de Alimentos Básicos em Áreas de Baixa Renda (PROAB)
Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (PRONAN)
2. Discussão em torno da formação profissional: estabelecimento de uma carga horária total de 2880 horas, a ser integralizada com uma duração de 4 anos; realização dos I e II Diagnósticos dos Cursos de Nutrição, com objetivos de avaliar a formação do nutricionista em todo o território nacional (Bosi, 1988). 
 No período de 1975 a 1981, expandiu-se, assustadoramente, de 7 para 30 o número de cursos de Nutrição existentes no país, representando um aumento de cerca de 443%.
Curiosidade!
VASCONCELOS, 2002
Fase: ampliação (1984-2000)
Processo de expansão do número de Cursos de Nutrição muito mais intenso do que no período anterior;
Atuais Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Nutrição, urge pela defesa de um perfil para o nutricionista brasileiro que o identifique como profissional:
“com formação generalista, humanista e crítica. Capacitado a atuar, visando à segurança alimentar e a atenção dietética, em todas as áreas do conhecimento em que alimentação e nutrição se apresentem fundamentais para a promoção, manutenção e recuperação da saúde e para a prevenção de doenças de indivíduos ou grupos populacionais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, pautado em princípios éticos, com reflexão sobre a realidade econômica, política, social e cultural”.
VASCONCELOS, 2011
Calado (2000) demonstrou 106 cursos de Nutrição no Brasil:
64 (60,4%) Região Sudeste; 
23 (21,7%), Região Sul; 
8 (7,5%), Região Nordeste; 
8 (7,5%), Região Centro-Oeste; e
3 (2,8%), Região Norte 
2.7834 profissionais registrados
Atualmente há 431 cursos de Nutrição autorizados.
73 em instituições públicas
346 em instituições privadas
12 em instituições especiais
81.745 profissionais registrados
Fonte: site da ASBAN
Curiosidade!
VASCONCELOS, 2002
E atualmente, qual o cenário da profissão do Nutricionista?
Atividade de pesquisa
Objetivos:
1- conhecer como está o cenário atual da profissão do Nutricionista;
2- identificar o quantitativo de profissionais, perfil sociodemográfico, e campo de atuação (Nutrição Clínica, Saúde Coletiva, Alimentação Coletiva...);
3- Elencar os principais desafios da profissão.
Pesquisa para ser entregue individualmente, em formato de texto no Word, respondendo as três questões enunciadas acima.
Data da entrega: 12 de Abril de 2018
Por onde começar: 
Leitura do texto - Vasconcelos FAG; Calado, CLA. Profissão nutricionista: 70 anos de história no Brasil. Rev. Nutr., Campinas, 24(4):605-617, jul./ago., 2011.
Pesquisas nos sites: da Asbran, FNN, FEBRAN, CFN, CRN5
Referências bibliográficas
Associação Brasileira de Nutrição. Histórico do nutricionista no Brasil-1939 a 1989: coletânea de depoimentos e documentos. São Paulo: Atheneu; 1991. 
 Vasconcelos FAG. O nutricionista no Brasil: uma análise histórica. Rev Nutr. 2002; 15(2):127-38. doi: 10.1590/S1415-52732002000200001. 
Vasconcelos FAG; Calado, CLA. Profissão nutricionista: 70 anos de história no Brasil. Rev. Nutr., Campinas, 24(4):605-617, jul./ago., 2011.
 Ypiranga L, Gil MF. Formação profissional do nutricionista: por que mudar? In: Cunha DTO, Ypiranga L, Gil MF, organizadores. Anais do 2° Seminário Nacional sobre o Ensino de Nutrição. Goiânia: FEBRAN; 1989. 
Bosi MLM. A face oculta da nutrição: ciência e ideologia. Rio de Janeiro: UFRJ; 1988.

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