LINHA DO TEMPO DO CURSO DE NUTRIÇÃO NO BRASIL

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NUTRIÇÃO APLICADA 1
Professora: Kelly Maia Magalhães
Criação do 
primeiro curso 
para formação 
profissional do 
nutricionista (São 
Paulo)
1939Escola de 
Dietistas (Buenos 
Aires): marco 
inicial da 
formação dos 
Dietistas 
1933
Instituto 
Nacional de 
Nutrição 
(Argentina)
1926PRIMEIRA GUERRA 
MUNDIAL
1914-1918
Primeiro curso 
universitário de 
Dietista, realizado 
Universidade de 
Toronto no 
Canadá
1902
HISTÓRICO DA FORMAÇÃO EM NUTRIÇÃO NO BRASIL
Foram criados os 
cursos técnicos de 
nível médio para 
formação de 
nutricionistas-dietistas, 
embriões dos atuais 
cursos de graduação 
em nutrição.
PEDRO 
ESCUDERO
1940
1944
1948
1949
1956
Curso de 
graduação em 
nutrição da 
Universidade do 
Rio de Janeiro 
(UNI-RIO)
Curso de 
graduação em 
nutrição da 
Universidade 
Estadual do Rio de 
Janeiro (UERJ).
Curso de graduação 
em nutrição do 
Instituto de Nutrição 
Josué de Castro da 
Universidade 
Federal do Rio de 
Janeiro (UFRJ).
Criação da 
Associação 
Brasileira de 
Nutricionistas 
(ABN): 31 de 
agosto..
Escola de 
Nutrição da 
Universidade 
Federal da 
Bahia (UFBA).
HISTÓRICO DA FORMAÇÃO EM NUTRIÇÃO NO BRASIL
1957
1962
1967
1968
1974
Curso de graduação 
em nutrição do 
Departamento de 
Nutrição da 
Universidade 
Federal de 
Pernambuco (UFPE) 
Reconhecimento 
da profissão 
como de nível 
superior
Regulamen-
tação da 
profissão.
Curso de 
graduação em 
nutrição da 
Universidade 
Federal Fluminense 
(UFF).
Segundo 
currículo mínimo
Estabelecia o primeiro 
currículo mínimo e 
fixava a duração de três 
anos para a formação.
HISTÓRICO DA FORMAÇÃO EM NUTRIÇÃO NO BRASIL
1978
1979
1991
1996
II PRONAN:
Acelerado processo de 
criação de novos 
cursos para formação 
de nutricionistas no 
Brasil.
Lei nº 6.583, de 20 
de outubro de 
1978, que cria os 
Conselhos Federal 
e Regionais de 
Nutricionistas
Processo de 
criação de 
Associações 
Profissionais →
Sindicatos
Lei nº 
8.234
Lei de Diretrizes 
e Bases da 
Educação (LDB
1976
HISTÓRICO DA FORMAÇÃO EM NUTRIÇÃO NO BRASIL
Em dezembro de 2018, do total de 709 cursos existentes, 77 foram
realizadas em instituições públicas e 632 em instituições privadas,
oferecendo um total de 101.691 vagas por ano. Portanto, entre agosto de
2009 e dezembro de 2018, houve aumento de 181,5% no número de
cursos presenciais, com aumento de 195,1% na iniciativa privada, que é
responsável por 89,1% do total dos cursos de graduação em nutrição do
país. Por sua vez, o aumento do número de vagas dobrou no período
(206,8%), principalmente no setor privado (NEVES, 2019).
Com base nos dados estatísticos do CFN, foi possível identificar um aumento médio de 8.248
nutricionistas por ano no período de 2010 a 2017. O crescimento anual variou de 4.562 (2015) a
10.783 (2010) novos nutricionistas por ano (Tabela 1). Em 2017, havia 126.539 nutricionistas
inscritos nos 10 conselhos regionais do país, praticamente o dobro de 2009 (60.554 nutricionistas)
(GABRIEL et al., 2019).
A análise para o ano de 2017 apontou para uma mudança de posicionamento no estado do
Ceará, agora entre os 10 principais estados com maior número de nutricionistas. A diferença entre
os dois períodos estudado foi maior nos estados da região Nordeste, passando da terceira para a
segunda posição no ranking brasileiro com maior número de nutricionistas, e com maior
crescimento percentual entre os períodos estudados (8,1%) (GABRIEL et al., 2019).
Há cerca de sessenta anos emergia no Brasil a profissão de 
nutricionista. Àquela época, frente à tortuosa tarefa de construção da 
nacionalidade brasileira e de implantação das bases para a consolidação 
de uma sociedade capitalista urbano-industrial, o principal desafio que se 
colocava a este profissional era a superação do perfil epidemiológico 
nutricional daquele contexto, caracterizado sobretudo pelas doenças 
carenciais (desnutrição protéico-calórica, hipovitaminose A, pelagra, 
anemia ferropriva, etc.), associadas às condições de 
"subdesenvolvimento", de pobreza, de fome, de desigualdades regionais. 
Nos dias atuais, àquele perfil epidemiológico sobrepuseram-se as 
doenças nutricionais degenerativas (obesidade, diabetes, dislipidemias, 
etc.), associadas às condições de "desenvolvimento" e de "modernidade" 
existentes no país e, assim, novos dilemas e desafios são apresentados 
aos nutricionistas.
REFERÊNCIAS
GABRIEL, C. G.; OLIVEIRA, J. T. C.; SILVA, B. L.; FAGUNDES, A. A.; SILVA, T. C.; SOAR, C. 
Nutritionist’s job market: 80 years of history. Revista de Nutrição, v. 32. 2019.
NEVES, J.; ZANLOURENSI, C. B.; DOMENE, S. M. A. BATISTA, B.; CALADO, C. L. A.; 
VASCONCELOS, F. A. G. Eighty years of undergraduate education in nutrition in Brazil: An
analysis of the 2009-2018 period. Revista de Nutrição, v. 32. 2019.
VASCONCELOS, F. A. G.; CALADO, C. L. A. Profissão nutricionista: 70 anos de história no Brasil. 
Revista de Nutrição, v. 24, n. 4. 2011.