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AD2 - CULTURA BRASILEIRA

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO – POLO ANGRA DOS REIS 
DISCIPLINA DE CULTURA BRASILEIRA – AD2 
MIRELLA SIQUEIRA BARROS – 1711510002 
 
Através de um profundo estudo sobre o a história do carnaval e da cultura dos 
desfiles e escolas de samba, sobretudo no estado de Santa Catarina, a autora nos introduz 
num universo de relações humanas que ilustram a trajetória de luta e resistência do povo 
brasileiro, que caracterizam a identidade das comunidades que produzem este 
“espetáculo”. Estabelecendo uma cronologia, o respectivo texto marca o pontapé inicial na 
década de 40 com a criação das escolas que que se configuram como um dos principais 
mecanismos de introdução das camadas populares. A trajetória de resistência já pode ser 
visualizada quando percebe-se que a priori havia uma aversão as camadas populares de 
origem negra, posteriormente sendo revertida pelos descendentes de escravos que 
elaboravam formas organizativas de caráter cultural que foram lentamente adquirindo 
relevância social e política, o que não necessariamente modificou a situação econômica 
do negro inserido na sociedade. Estes, vão passo a passo dominando o território do 
carnaval, ora aproveitando dos elementos europeus ora introduzindo elementos de origem 
negra. A elite começa a perder importância e as camadas de origem popular começam a 
delinear um “perfil” do carnaval, isto proporcionou a ocupação do espaço social e político 
além da penetração na opinião pública, dando visibilidade a estas camadas (populares). 
Seguindo esta trajetória cronologicamente, no período da ditadura militar, o traço 
africano é visto como fundamental na construção da brasilidade, já que o país vivia um 
movimento cultural que buscava “autenticidade nacional”. Estrategicamente, vendo este 
apoio do Poder Público e popular, as escolas de samba buscavam de institucionalizar, 
trabalhavam temáticas sociais, entretanto não assumem ideologias nem a função de 
“instrumento de conscientização”, pode-se dizer que as escolas de samba atuaram de certa 
forma como mediadoras, equilibrando e estreitando os laços afetivos das classes sociais. 
Porém, o objetivo real das escolas era lutar pela supremacia cultural das camadas 
populares e predominantemente negras, validamos isso posteriormente com o acirramento 
do regime militar onde as escolas reforçam e expandem a temática e cultura afro-brasileira, 
inclusive no espaço das elites. Enfrentavam também algumas resistências de outros 
grupos étnicos, o que cravava uma luta por hegemonia cultural, contudo, é possível 
observar que as escolas se consolidavam nos meios de comunicação, opinião pública e 
seguiam penetrando em diversos outros espaços, assim os conflitos no “Mundo do Samba” 
e no “Carnaval” que muitas vezes foi anunciado com preocupações de ter morrido, 
permanece, finca raízes, se recria e se diversifica. 
 A autora nota a trajetória histórica e as mudanças de paradigmas que o carnaval 
proporcionou e o reflexo que trouxe em um processo educacional informal. A educação 
através da conscientização e enaltecimento dos valores culturais, do senso comum, da 
memória oral, conhecimentos sensoriais, etc. Além da conquista de projetos de inclusão 
social, ao introduzir a comunidade na elaboração física do carnaval, gerando emprego. 
Atualmente os desfiles têm a cor como um atrativo explorado pelo turismo, que associa a 
“negritude” ao samba. O turismo cultural e educativo como os demais segmentos é 
dinâmico e interdisciplinar e possui potencial à ser explorado. Desta forma ainda há muito 
a se capacitar e otimizar no que se refere ao carnaval e ao legado que a cultura africana 
nos privilegiou.

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