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Tipologias dos Desenhos de Estudo

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Medicina FTC – 2019.2 Catarina Viterbo e Nathália Oliveira 
TIPOS DOS DESENHOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
• O que é epidemiologia? 
• Estudo da distribuição das doenças nas populações e dos fatores que influenciam ou determinam 
esta distribuição. 
• Estudo da distribuição e determinantes de estados relacionados à saúde ou eventos em populações 
específicas e a aplicação desse estudo para o controle dos problemas de saúde. 
• Abordagem dos fenômenos da saúde-doença-cuidado por meio da quantificação, usando bastante 
o cálculo matemático e as técnicas estatísticas de amostragem e de análise. 
“Epidemiologia é essencialmente uma ciência populacional, que se baseia "nas ciências sociais para 
compreensão da estrutura e da dinâmica sociais (...), na matemática para noções estatísticas de 
probabilidade, inferência e estimação (...), e nas ciências biológicas para o conhecimento do substrato 
orgânico humano onde as manifestações observadas encontrarão expressão individual”(SUSSER, 1987) 
Epidemiologia investiga vários fenômenos diferentes. Toda vez que a gente faz uma investigação 
epidemiológica. Epidemiologia é um campo da saúde coletiva que trabalha com denominadores 
populacionais para determinar a magnitude, a ocorrência dos problemas (para saber se esse é um 
problema importante), mortalidade, incidência, ver possíveis fatores de risco e de progressão, o 
comportamento da doença, que é a distribuição dela no ciclo de vida, no tempo e no espaço de acordo 
com variáveis diferentes para ver medidas de aplicação de medidas de controle, de erradicação, de 
redução de danos a depender do nível daquele problema que estamos estudando, se é mortalidade ou 
se é ocorrência. Vamos estar sempre trabalhando no contexto antes com a causa e o efeito, que é a 
magnitude e forma as estratégias de resolver o problema. Faz a trilha de causalidade e desfecho. 
Estudo da distribuição das doenças nas populações e dos fatores que influenciam ou determinam esta 
distribuição. 
Estudo da distribuição e determinantes de estado relacionados à saúde ou eventos em população 
específicas e a aplicação desse estudo para o controle dos problemas de saúde 
Abordagem dos fenômenos da saúde-doença-cuidado por meio da quantificação, usando bastante o 
cálculo matemático e as técnicas estatísticas de amostragem e de análise 
Epidemiologia é essencialmente uma ciência populacional, que se baseia nas ciências sociais para 
compreensão da estrutura e da dinâmica sociais, na matemática para noções estatísticas de 
probabilidade, inferência e estimação, e nas ciências biológicas para o conhecimento do substrato 
orgânico humano onde as manifestações observadas encontrarão expressão. 
Eu trabalho dentro da epidemiologia sempre com amostra populacionais para determinar a magnitude, 
ocorrência dos problemas – importante, não é, magnitude, transcendência – comportamento da 
doença, nos ciclos de vida, no tempo, no espaço, de acordo com variáveis diferentes para achar 
medidas para redução de danos, controle, etc. sempre trabalhando no contexto do antes, a causa e 
efeito, e formas e estratégias para resolver o problema. 
Quais as premissas fundamentais da epidemiologia? 
Doenças e agravos e a ausência de saúde não são distribuídos ao acaso na população. 
• Não é sorte, não é de qualquer jeito. Então tudo tem razões, essas razões vão estar relacionadas 
com características que podem predispor ou proteger com uma variedade de problemas. Todas 
as pessas vão estar mais predispostas. 
Cada indivíduo possui certas características que predispõem ou protegem contra uma variedade de 
diferentes doenças 
• Todas as pessoas estarão mais predispostas ou mais protegidas para uma gama diferente de 
problemas. Ás vezes eu estou protegida para um e exposta para outro. 
Essas caracteristicas são primariamente genéticas ou determinadas pela exposição a determinados 
fatores ambientais. 
• Então, sempre vai ter na balança genética e ambiente. A depender do que está investigando um 
vai ser mais determinante do que o outro. 
Aspectos principais da epidemiologia 
Estudo epidemiológico dos determinantes de saúde-enfermidade isso vai dar um avanço no 
conhecimento etiológico-clinico 
Toda doença, todo problema de saúde que é novo, precisa-se fazer um estudo para determinar o perfil, 
sintomatologia, fatores de risco, diagnóstico e prognóstico daquela doença. Se não é novo pode ter uma 
mudança de perfil na mesma doença porque eu tenho variantes, novos tipos clinicose isso faz com que 
as doenças se comportem de diferentes formas, com diferentes etiologias, com diferentes prognósticos, 
tudo isso decorrendo de um efeito só. 
O câncer de estômago não vai ter uma gênese só. Então se eu tenho somente uma pessoa isolada eu 
não tenho a complexidade do problema de uma maneira geral, então quando eu tenho cada passo eu 
junto todos os casos eu consigo juntar tudo isso eu vou ter muito mais informações, eu vou ter um 
aprimoramento sobre aquele quadro clínico, sobe a relação etiológica e com a clínica porque eu estou 
pegando vários dados e estou juntando, então vou ter uma relação muito maior do que pode acontecer. 
Análise da situação de saúde. Planejamento e organização das ações de saúde. 
Se vocês estão, em qualquer nível, precisamos ter noção do que tem no hospital. Se chega uma mulher 
em trabalho de parto com síndrome de HELP protocolo vermelho e no hospital não tem bolsas de sangue 
para reposição volêmica, quem será responsabilizado por isso? Nós. 
Saber como um hospital funciona facilita a sua vida e diminui as consequências para a sua carreira. 
Entretanto, a manutenção da vocês como profissionais. Isso também é planejamento. Se você é 
plantonista, precisa verificar se há material disponível para atendimento de todos aqueles que estão sob 
sua responsabilidade. O estudo da epidemiologia é uma ferramenta de trabalho. 
Avaliação de tecnologias e processos no campo da saúde. Isso vai ser prática cotidiana. Eficácia, 
efetividade e eficiência. 
O que eu vou utilizar? Que prescrição fazer? Um medicamento X para a mesma doença vai ser bom para 
uma pessoa e não vai ser para outra porque uma pode ter comorbidades e a outra não, uma pode estar 
utilizando medicamentos que a outra não. Então é necessário saber a efetividade de determinados 
medicamentos, saber como ele funciona sobre as diversas pessoas que lidaremos. 
Objetivos e aplicações 
Se eu estou vendo etiologia e fatores de risco, porque vocês também vão educar as pessoas, acompanhar. 
Tem que tentar ajudar essas pessoas de todo jeito. 
Extensão, magnitude e transcendência. Doenças que tem uma alta incidência, uma alta prevalência, mas 
uma baixa transcendência, ou seja, o impacto dela é baixo. Entretanto, eu tenho outras pouco frequentes, 
mas um caso já gera um impacto, ou pela disseminação que é muito rápida ou pela letalidade que é 
muito alta, então eu tenho uma transcendência alta nesse problema. 
• Identificar a etiologia ou causas da doença e os fatores de risco e de proteção principais 
• Determinar a extensão da doença encontrada na comunidade – grau de importância da doença 
– magnitude e transcendência; planejamento de serviçoes; treinamento de agentes de saúde; 
• Estudar a história e o prognóstico da doença – qual a sua letalidade?qual a sua temporalidade? 
Por que existe a Classificação de risco de Manchester ? Aquela que tem a pulseirinha de várias cores, 
da azul a vermelha, está relacionado com prognóstico, letalidade. Por que tem aquelas escalas de 
gravidade ? Para você ver o que você vai atender primeiro. 
• Avaliar medidas preventivas e terapêuticas e modelos de assistência à saúde novos ou existentes 
– O rastreamento de câncer de próstata através do PSA, melhora a sobrevidados homens com 
câncer de próstata? O PSA caiu porque nos estudos demonstraram que ele não é tão sensível assim. 
• Proporcionar as bases para o desenvolvimento de políticas relacionadas a problemas sociais, 
ambientais, genéticos e/ou de outras naturezas no que diz respeito a prevenção de doenças e 
agravos e à promoção da saúde. – Não adianta só você tratar e o problema se tornar recorrentes, 
como gestações na adolescência, parasitoses infantis, hipertensão – pessoas que não usam o 
medicamento corretamente. 
Na prática vamos trabalhar com variáveis, pois as características das pessoas são variáveis. As 
características dessas pessoas são modificáveis, na prática eu vou tentar fazer com que a pessoa mude e 
crie bons hábitos e o que não é modificável vai servir para conhecer e identificar os grupos de alto risco 
e estabelecer relações, se vai ter um risco maior ou menor em determinados problemas. 
Fundamentos da epidemiologia 
• Principal objetivo e aplicação da epidemiologia: identificar os subgrupos na população que tem maior 
risco de adoecer; 
• Direcionar esforços preventivos – programas de rastreamento para detecção precoce de doenças; 
identificar os fatores específicos ou características que os coloquem em alto riso e então tentar 
modificá-los. 
• Características modificáveis: obesidade, dieta, tabagismo entre outros fatores comportamentais –
possibilidade de desenvolvimento e implantação de novos programas preventivos para reduzir ou 
modificar as exposições específicas ou fatores de risco. 
• Características não modificáveis: idade, sexo e raça –possibilita identificar os grupos de alto risco. 
Possibilidades de prevenção: abordagens populacionais inespecíficas e/ou direcionadas a grupos 
de alto risco 
Prevenção terciária – tem como propósito prevenir complicações em pessoas que já desenvolveram 
sinais e sintomas de uma doença diagnosticada – fase clínica da doença. Reabilita-se. Evita-se o óbito – 
corrigir as complicações que ficaram. 
Prevenção secundária – Diagnóstico precoce, extremamente importante. Envolve identificar as pessoas 
nas quais uma doença já começou, mas que ainda não desenvolveram sinais clínicas e sintomas (fase 
pré-clínica da doença) 
Ex. testes de rotina de sangue oculto fezes podem detectar o CA de cólon no inicio de sua história natural. 
Diagnóstico precoce. 
Prevenção primária – ação para prevenir o desenvolvimento de uma doença em uma pessoa que está 
bem e ainda não tem a doença em questão. Proteção de saúde e prevenção específica. 
Melhoraremos qualidade de vida, diminuindo agudizações, óbitos; quanto mais formarmos o vínculo, 
mais os pacientes retornarão; 
Aplicações e fundamentos da Epidemiologia 
EPIDEMIOLOGIA E PRÁTICA CLÍNICA: prática da medicina –diagnóstico, prognóstico e seleção de 
terapia depende de dados populacionais 
• Diagnóstico – correlação da auscultação, achados cirúrgicos ou de necropsia e de cateterização e 
angiografia em um grande grupo de pacientes 
• Prognóstico – se baseia em grandes grupos de pacientes com a mesma doença, que foram 
observados no mesmo estágio de evolução e que receberam o mesmo tratamento. 
Detecta-se se normalmente tem um bom prognóstico ou ruim, se é curável, qual a duração média dessa 
doença, a depender da sintomatologia quanto tempo é preciso se considerar para que a pessoa esteja 
livre daquela doença. 
• Seleção de terapia apropriada – ensaios clínicos randomizados que estudam o efeito do tratamento 
em grandes grupos populacionais. 
Vários estudos que foram publicados e que vão dizer que a terapia apropriada para o diagnóstico feito 
é a X; existem aquelas que serão testadas no paciente, as que são mais caras, as mais baratas, etc. 
Medidas de Morbidade 
Incidência e prevalência – Casos novos são 
incidência, a prevalência são os casos existentes que 
vão depender das imigrações, emigrações, dos 
óbitos, das curas. 
A prevalência é pontual, vemos a variação, se tem 
muita entrada e pouca saída, aumenta a prevalência, 
se temos uma incidência normal e um aumento no 
número de óbitos, diminuímos a prevalência, e se for 
equilibrado, há uma manutenção da prevalência. 
Coeficiente de incidência – o risco de ter a doença. No caso, zika. Para cada 100 mil habitantes, até a 
quinta semana epidemiológica de 2019, existem algumas áreas que já tiveram uma maior incidência da 
doença; 
Taxa de mortalidade – por 100 mil habitantes. Prematura,30 até 50 anos de idade mais ou menos, por 
doenças crônicas não transmissíveis. Mas temos tido um aumento do risco de morte prematura por 
doenças que eram tipicamente de idosos – Série histórica de 2010 a 2016 com o crescimento desse perfil; 
Denominador é a população e as doenças crônicas no numerador; em ambos, a mesma faixa etária. 
As DCNT que estão matando adultos jovens: neoplasias, doenças do aparelho circulatório, diabetes e 
doenças respiratórias crônicas – isso em doenças registradas por certificados de óbitos. 
Mortalidade proporcional – Multiplica por 100. Tudo é óbito. Tanto no numerador quanto no 
denominador. De cada 100 óbitos, quantos foram por aquilo que eu estou investigando. 
Até o início da adolescência há mais óbitos por causas naturais, e a partir dos 13 anos há uma inversão 
na proporção, aumentando a quantidade de óbitos de causas externas. 
A partir dos gráficos de pizza – Depende do que estamos vendo. Ver a proporção por 100% dos grupos 
de causas. 
Taxas especiais: 
• Curva de Nelson de Morais que mede a qualidade de vida da região. A gente ainda tem mortalidade 
de menores de um ano maior do que o esperado. 
• Mortalidade proporcional, ou seja, de todos os óbitos que aconteceram a proporção está indo para 
o que se espera, que seria que a população morra mais a medida que vai envelhecendo. Então, se a 
gente está tendendo para ter uma maior proporção óbitos correspondendo ao envelhecimento 
populacional é o que se espera de uma região que tem um padrão de saúde mais favorável. 
• Taxas de mortalidade infantil: mortos/nascidos vivos – em menores de 1 ano! Mas ainda acontece 
uma subnotificação dos casos. O comitê relata que ainda há muita perda de informação tanto do 
óbito infantil quanto o óbito materno. 
• Taxa de mortalidade materna: Quase 3x o do Chile, o que está mais próximo da gente 
geograficamente falando. 
Razão de morte materna: mortes durante ou depois do parto por 100 mil nascidos vivos. A região Norte 
é a que tem a pior razão de morte materna. 
Letalidade 
Número de pessoas que morrem/número de pessoas que tem a doença; 
Mede a severidade da doença, é importante para ver o prognóstico de determinada doença. Classifica 
também o risco da doença. 
A relação entre a incidência e a letalidade, se pararmos para pensar em serviço de saúde, olhando o 
gráfico nós percebemos que há uma desproporção por uma questão de atraso no diagnóstico, atraso no 
atendimento, uma dificuldade operacional do serviço de saúde. 
Quando a incidência está alta, a letalidade está baixa, isso porque quanto mais casos eles estão 
atendendo, mais eles se preocupam, então tem uma maior ênfase no diagnóstico e tratamento. 
Se está não está em surto, se não tá em época de ocorrência, ocorre uma subnotificação, e então os casos 
se proliferam e as pessoas não tratam corretamente, não estão esperando ou prevendo aquela doença 
naquele momento. Muito comum em dengue, leptospirose e meningite bacteriana. 
As doenças infectocontagiosas tem muito esse padrão de se não está em surto, em época de ocorrência, 
se ainda não tem um grande número de casos registrados não se dá muita importância. Foi o que 
aconteceu com o sarampo. Geralmente quando esse paciente chega o profissional de saúde não está 
esperando encontrar esse caso, ocorreuma demora no diagnóstico e ocorre uma piora nesse quadro 
clínico. 
A meningite viral tem uma maior magnitude enquanto a MB tem uma maior transcendência e uma menor 
magnitude, uma maior letalidade – é necessário o diagnóstico precoce para que o tratamento seja feito 
de modo correto e possa evitar óbitos por doenças que podem ser curadas. Esses óbitos geralmente 
ocorrem por um atraso da assistência. 
Os infectologistas indicam que se a pessoa tiver uma suspeita dessas doenças ir para um hospital publico 
porque as pessoas são treinadas para tratar, existem as semanas epidemiológicas, então não se observa 
só os casos confirmados, mas o casos suspeitos também, então por causa disso é mais rápido o 
atendimento a suspeita diagnóstica é muito mais rápida no público do que no privado, se for algo de 
suspeita de ser infectocontagioso. 
TIPOLOGIA DOS DESENHOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Inquéritos ou seccionais são também chamados de estudos de prevalência. 
Ensaios comunitários e ensaios clínicos sãos os estudos de intervenção. 
Estudos de coorte e de caso controle 
Que é a posição do investigador e o que é essa referência temporal, porque isso ai é a nomenclatura de 
todos os estudos epidemiológicos. 
 
Tipo operativo 
O desenho de estudo vai ser agregado ou individuado. 
Individuado: é aquele estudo em que coletamos dados de cada pessoa da amostra. Não importa se o 
dado é primário ou secundário. 
Coleta os dados de cada pessoa da amostra. Não importa se o dado é primário (coletando os dados da 
população nós mesmos) ou secundário. Eu sei quem é quem. 
Agregado: Temos uma informação pronta. Temos a medida sumarizada. Por exemplo, o índice 
pluviométrico, temos a densidade de Aedes, e eu tenho o coeficiente de incidência de dengue que eu 
peguei nos boletins epidemiológicos. Então eu vou pegar essas três medidas sumarizadas e vou colocar 
no mapa da Bahia. Eu já tinha os coeficientes de incidência, aí eu pintei no meu mapa, eu não calculei 
esses coeficientes, eu já peguei pronto. 
Além disso, peguei o índice pluviométrico desse período de cada município e peguei a densidade de 
Aedes e coloquei no mapa. Eu tenho três medidas sumarizadas diferentes e eu fui colocando ali para ver 
se combinava. Isso é um estudo ecológico, pegar diferentes medidas sumarizadas e tentar correlacionar 
com a hipótese. Mas eu posso ter uma densidade alta de Aeges, mas que não estejam infectados, e não 
posso relacionar isso com um alto coeficiente de incidência de dengue. 
A partir disso, eu posso levantar uma hipótese: Em Seabra os índices pluviométricos foram baixíssimos, 
mas eu tive um nível de infestação alto pelo Aedes e eu tive uma alta taxa de incidência de dengue. Eu 
posso confirmar porque houve uma alta taxa de aedes as pessoas tiveram mais dengue? Não, porque eu 
não tive essas pessoas, eu não sei essa relação. 
Eu posso ter um alto índice de dengue mas eu não posso falar do risco de adoecer, eu só posso falar se 
meu estudo for individuado, porque eu não sei se as pessoas se protegem o não se protegem. Vitória da 
Conquista pode ter um índice de infestação predial muito alto, mas eu acabei de vir de um surto de outro 
ano então eu estou com garantia de imunidade de grupo então a taxa está baixa por isso e não porque 
eu não tenho um monte de aedes contaminados. 
Como eu não fui no local e não fiz o estudo no local, como eu não coletei dados das pessoas eu jamais 
vou fazer uma associação confirmada, o que eu vou fazer é levantar uma hipótese, eu vou dizer que é 
possível que em Seabra tenha tido uma maior incidência de zika devido a alta índice de infestação predial, 
daí eu preciso fazer um outro estudo de base populacional na área para poder corroborar isso. 
No agregado, eu não tenho contato com as pessoas, eu não fui lá, não coletei dados. Eu tenho medidas 
sumarizadas que fui colocando no tempo e espaço tentando correlacionar essas medidas e criar uma 
hipótese. 
Os estudos ecológicos fazem isso, sejam eles de base geográfica, sejam eles temporais. Normalmente a 
gente pega várias medidas agregadas diferentes para poder criar uma hipótese associativa. Também são 
usados nos ensaios comunitários, só que eles são de intervenção, só que eu aplico a medida na área, 
num agregado populacional, não tenho os dados e cada indivíduo. 
Também eu posso ter feito toda a pesquisa, ter meu banco de dados pronto, só que além disso eu já fiz 
os cálculos de incidência e prevalência, já fiz a letalidade e agora eu quero fazer um estudo novo e agora 
quero pegar tudo aquilo que tenho e construir um estudo ecológico. Isso é possível porque as medidas 
já foram sumarizadas 
Estudos que são ensaios comunitários: eles são de intervenção, mas eu aplico a medida na área, num 
agregado populacional, não tenho dados sobre cada indivíduo. 
Estudos ecológicos 
Posição do investigador: 
Observacional: não aplico nada na população. Eu faço questionário, coleto dados, tudo vira banco de 
dados, mas eu não apliquei nenhuma medida para ver o efeito da resposta dessa medida naquelas 
pessoas. Não houve nenhum tipo de intervenção. Não houve a aplicação de fármacos, por exemplo, 
para ver a eficácia. Podem ser confirmatórios. 
Intervenção: Mas se eu testo algo naquelas pessoas. Por exemplo, se eu estiver fazendo um curso de 
extensão em analgésicos, para ver se aprendemos mais sobre prescrição, vamos fazer uma prova agora, 
fazemos o curso e depois fazemos uma prova para ver se houve compreensão e efetividade do curso que 
eu apliquei. Eu estou vendo o antes, o durante e o depois. Há intervenção. 
Referência Temporal 
Transversal: É um corte no tempo. É o hoje, que a gente aprendeu em prevalência é o retrato. Significa 
exposição e efeito observados ao mesmo tempo. O estudo de base populacional pode ser transversal 
também, se eu coloco no meu questionário tudo que eu quero de exposição eu já vou ter no questionário 
o efeito no mesmo momento. 
Por exemplo, eu quero ver HAS no pessoal da Clínica FTC, quero ver se essas pessoas têm adesão ao 
medicamento. Faço o questionário (com várias variáveis) – perguntas de exposição, eu também posso 
ver se ela é hipertensa, que pode ser HAS auto referida ou pelo protuário. Então eu estou vendo tudo de 
exposição e efeito ao mesmo tempo. 
Longitudinal: Exposição e efeito em momentos de tempo diferentes. Então, por exemplo, eu tenho 
todos os hipertensos hoje, e pesquiso se eles tiveram a exposição no passado. Faço um estudo 
retrospectivo, que é aquele de caso controle. Pergunta-se sobre o passado para se fazer uma correlação 
com o presente da pessoa. Ou eu tenho o momento presente, em que as pessoas estão livres da doença, 
e eu vou desconfiar que a HAS é decorrente do estresse, e vejo o risco de desenvolvimento de HAS no 
futuro, então eu observo essas pessoas até o futuro, para ver se ela irá desenvolver a HAS. Estudo 
prospectivo – efeito no futuro, que é o coorte. 
Longitudinal**: Quando a gente faz um estudo de série temporal, a ideia é que a longitudinalidade é 
porque eu tenho anos de estudo, não é de exposição e efeito. 
Denominações correntes 
• Estudos ecológicos 
• Estudos de tendência ou séries temporais 
• Ensaios comunitários 
• Inquéritos, seccionais 
• Coorte, prospectivos; Caso-controle, retrospectivos 
• Ensaios clínicos 
Estudos Seccionais/Transversal/Survey: 
São descritivos por excelência 
Descrevem características da amostra 
Examina associações entre variáveis a partir da razão de prevalência e CRIA HIPÓTESES. Ele é descritivo. 
Pontos positivos: Só coleta dados uma vez, há uma perda menor de participantes, é mais rápido e mais 
barato; útil no planejamento de saúde e levantamento de hipóteses; 
Problema: não estabelece relação causal, ou seja,não esclarece sobre relação de causa e efeito entre os 
eventos; faz apenas um exame pontual de relação exposição-doença na trajetória temporal; não é bom 
para estudar doenças raras porque eu preciso de uma amostra populacional aleatória, preciso fazer um 
cálculo amostral para saber qual o tamanho da amostra que eu preciso colocar nesse trabalho. 
Estudos ecológicos: 
Parte de variações geográficas ou temporais observados na ocorrência das doenças em populações para 
identificar possíveis fatores explicativos; 
Vantagem: 
• Rápido e barato 
• Facilidade analítica 
• Detecção de aumento relativamente pequeno nas proporções e agravos/doenças 
• Alternativa eficiente para rastrear ou monitorar doenças 
Negativos: vulnerabilidade à falácia ecológica (inferência causal sobre um fenômeno individual a 
partir de resultados de estudos ecológicos); baixo poder analítico – não faz associações causais eu crio 
hipóteses. 
Falácia ecológica: inferência causal sobre um fenômeno individual a partir de resultadosde estudos 
ecológicos. 
Caso controle 
Concebido especialmente para investigar associações etiológicas em doenças raras. Não é so para 
doenças rara e normalmente 
Vantagem 
• População reduzida para o estudo 
• Útil para doenças raras 
• Permite examinar associação entre exposição e doença 
• Facilidade de realização com dados secundários a baixos custos 
Desvantagem: 
• Não é adequado para exposições raras – Imagine uma exposição rara para eu achar? Se o meu N já é 
pequeno, para achar uma exposição rara, vai ser ainda mais difícil; 
• Não estima medidas de morbidade 
• Informações retrospectivas sobre a exposição 
• Dificuldade de identificar população do estudo – Para cada caso eu preciso de um controle que é o 
seu par. Se eu tenho um caso de um homem com 30 anos e tem uma doença, eu preciso de um 
homem de 30 anos que não tem a doença. Esse pareamento é um pouco difícil de ser feito. 
Vieses: memória, seleção e diagnóstico. A mémoria porque pode nem todo mundo se lembrar da 
exposição Seleção é quando a gente coloca um indivíduo em um grupo errado. 
Coorte 
É o melhor para todo mundo porque os resultados dos estudos de coorte são resultados que nos 
podemos utilizar mesmo que tenham sido feitos em outro lugar. 
Estratégia de investigação em que grupos de pessoas SEM A DOENÇA EM ESTUDO são avaliadas de 
acordo com a exposição a uma causa potencial e comparados em relação a incidência ou mortalidade da 
doença. 
Vantagem: 
• Determinação cronológica clara 
• Simples seleção de controles 
• Excelentes dados sobre exposição e doença 
• Vários desfechos são simultaneamente estudados 
Desvantagens: 
• Vulnerável a perdas 
• Inadequado para doenças de baixa frequência 
• Alto custo relativo 
• Viés de informação e seleção. 
• Um tempo muito longo para o desenvolvimento da pesquisa 
Estudos de Intervenção 
Avalia-se a resposta de uma dada experimentação. Ensaios clínicos 
Para garantir a eficácia desse estudo daquilo que eu estou testando preciso garantir a homogeneidade 
interna. Eu preciso ter certeza que meu grupo placebo, experimental são semelhantes. Eu não posso ter 
grupo placebo de pessoas mais velhas e um grupo experimental de pessoas mais jovens. Eu não posso 
ter um grupo experimental cheio de comorbidades e o placebo saudável. Eles precisam ser homogêneos. 
Homogeneidade dos 2 grupos melhora validade interna do estudo porque diminui a oportunidade de 
variação externa ao efeito da exposição – preciso saber que meu grupo placebo e meu grupo 
experimental são semelhantes. Então isso me garante a validade interna, e garante que o efeito do que 
eu estou aplicando é SOMENTE daquilo. 
A exclusão de participantes limita a generalização, reduzindo a validade externa. – A externa é 
heterogênea. O mundo real ele é heterogêneo.

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