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Epidemiologia pode ser conceituada como "ciência que estuda o processo saúde- doença em coletividades humanas, analisando a distribuição de fatores determinantes do risco de doenças, agravos e eventos associados à saúde, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, danos ou problemas de saúde e de proteção, promoção ou recuperação da saúde individual e coletiva, produzindo informação e conhecimento para apoiar a tomada de decisão no planejamento, administração e avaliação de sistemas, programas, serviços e ações de saúde". Pode ser também definida como "o estudo dos fatores que determinam a frequência, a distribuição das doenças nas coletividades humanas e os fatores determinantes responsáveis por essa distribuição" → Sua finalidade última é contribuir para a melhoria de vida e o soerguimento do nível de saúde das coletividades humanas → A atenção da epidemiologia está voltada para as ocorrências em escala massiva de doença e de não doença envolvendo grupos sociais/comunidades/coletivos → O universo dos estados particulares de ausência de saúde é estudado pela epidemiologia sob a forma de doenças infecciosas (sarampo, difteria, malária etc.), não infecciosas (diabetes, bócio endêmico, depressão etc.) e agravos à integridade física (acidentes, homicídios, suicídios, violências) → Processo saúde doença é um qualitativo empregado para adjetivar genericamente um contexto social, que é a passagem do estado de saúde para um estado de doença → Basicamente estuda a frequência das doenças, as causas que levam a essas doenças, a distribuição dessas doenças. É o estudo do processo saúde-doença em uma determinada população → A epidemiologia tem 3 pilares Clínica: é onde se coleta os dados, onde se tem o contato com a população• Estatística: é utilizada para se tomar medidas, propor intervenções, avaliar situações e estimar riscos • Social: a epidemiologia é uma medicina voltada para a população, as doenças dependem de culturas subjetivas etc. • → Causalidade: o estudo pela busca da identificação da causa para determinado efeito. A teoria mais geral postula que alguns eventos ou estados da natureza são causas de efeitos específicos Ou seja, um fator (bactéria, vírus...) desencadeava uma doença• → Os conceitos de causalidade estabelecidos no início da vida são muito primitivos para servir de base para teorias científicas Como por exemplo, o Bacilo de Koch gerando a tuberculose; ou um conjunto de sujeira que se transformava em um patógeno e gerava a doença; ou espíritos causavam doenças • → Com o passar do tempo, começaram a ver que não necessariamente existe só uma determinada causa causando aquela determinada doença → Como essa ideia de causa-efeito era muito primitiva, era preciso novas teorias. Era preciso teorias que explicassem problemas de causalidade multifatorial, confundimento, interdependência de efeitos, efeitos diretos e indiretos, categorias de causalidade e sistemas ou redes de causalidades → Causa da ocorrência: um evento, condição ou característica antecedente necessários para o surgimento de tal doença no momento que ela ocorreu, contanto que outras condições sejam fixas. Ou seja, para acontecer uma doença, existe um conjunto de fatores. Um desequilíbrio nesse conjunto de fatores é capaz de promover a doença • Por exemplo, uma pessoa tem imunidade alta e entrou em contato com o vírus da gripe. Nada acontece. Mas caso a imunidade abaixe (desequilíbrio), a doença se desenvolve • O que se pode perceber é que não é apenas o Bacilo de Koch que promove a doença, há também vários outros fatores a serem analisados • → Causa suficiente e componente Causa suficiente: conjunto de fatores necessários para gerar aquela doença (conjunto mínimo de condições e de eventos que sejam suficientes para o evento ocorrer). É um conjunto de várias causas Exemplo: baixa imunidade, alta carga de bactérias/carga viral, pessoa subnutrida, contato íntimo com um doente - Tipo, precisa ter água parada pra ter dengue? Não, mas contribui- • Causa componente: cada uma das condições e/ou eventos componentes da causa suficiente • Causa necessária: é a causa componente que sempre deve estar presente para que a doença ocorra (como ser picado pelo mosquito da dengue que tem o vírus) Por exemplo, a pessoa pode ter HIV, desnutrição, baixa imunidade, todos os fatores que contribuem para uma doença, mas se a pessoa não tiver contato com a bactéria, a doença não ocorre - • → Modelo biomédico (unicausal) Século XVII• Doença como desajuste nos mecanismos de adaptação do organismo, produzindo perturbação na estrutura ou função de órgão, sistema ou organismo. Esse modelo ainda não conseguia ver que as doenças eram causadas por conjuntos de fatores e não por um fator isoladamente. O corpo é como se fosse uma máquina e a doença fosse uma engrenagem que está ruim • Era um modelo muito restrito a doenças infecciosas, pois não conseguia explicar doenças crônicas, ou outras situações que não tivessem um patógeno • Passível de abordagem pela Patologia: mecanismos etiopatogênicos, é um modelo focado no microrganismo que causa a doença - Clínica médica: abordagem semiológica e terapêutica Ou seja, existia um patógeno causando uma doença, e por meio da anamnese e pela história do paciente, identificar aquele patógeno e tratar paciente ▪ - • Clinicamente classificadas em agudas (doença ativa no momento) ou crônicas (doença que o organismo conseguiu controlar, mas não conseguiu curar) • Patologicamente classificadas em infecciosas e não-infecciosas• → Características Individual (não foca nas relações), curativo (não previne, só combate)- Centrado na figura do médico, especialista (fragmentação), hospitalocêntrico - Fragmentado (não olha a pessoa como um todo)- • Crítica ao modelo biomédico Foi um modelo que não prevenia e não aceitava práticas não tradicionais de cura - Foi um modelo muito importante na orientação das ações contra doenças infecciosas (porque ajudou a identificar alguns patógenos que provocavam doenças, o que nos ajudou a desenvolver tratamentos, formas de combate...) Fez as pessoas tomarem banho, drenarem pântanos, limparem fossas... ▪ - Limitação explicativa para as doenças não-infecciosas (porque em doenças não-infecciosas não existe um patógeno provocando a doença) - Perda de potência com a transição epidemiológica (essa transição epidemiológica diz que a maioria da população passa a ter doenças não infecciosas (hipertensão, diabetes, câncer)) e maior relevância das doenças crônicas não-transmissíveis - • Modelo processual Século XX• Ele já começa a pensar um pouco mais na doença como o efeito de uma série de fatores e não necessariamente apenas do patógeno (há causas internas e externas), pensa na multicausalidade • Começa a pensar na formação doença desde antes da exposição ao patógeno até o processo de cura e/ou reabilitação • Tenta instrumentalizar métodos de prevenção e controle de doenças e problemas de saúde Pois a partir do momento que eu sei que existem outras causas além do patógeno, eu posso começar a intervir para impedir que a pessoa, apesar de ter tido contato com o patógeno, não tenha a doença, pois se eu impedir uma das causas suficientes, a pessoa não vai desenvolver a doença - Então, vão ter vários momentos em que eu consigo intervir para impedir a doença - • Abrange a compreensão de etapas no meio externo e meio interno (o meio social também interfere no processo de adoecimento, não é só a alteração no meio interno (patógeno) que promove a doença) • O modelo processual é o conjunto de processos interativos compreendendo as inter-relações do agente etiológico, do meio ambiente e do homem (hospedeiro suscetível). Compreendendo o processo desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperaçãoou morte • O processo saúde-doença é visto de forma dinâmica• → Diferentemente do modelo biomédico, que só se preocupa com você quando você fica de fato doente, o modelo processual começa a se preocupar com você logo antes de você ficar doente • Modelo Esse modelo compreende o momento pré-patogênico (envolve desde o primeiro estímulo para a doença, incluindo a força do patógeno para provocar a doença). O período pré-patogênese envolve as causas para provocar as doenças, essa parte que ocorre fora do ambiente interno do indivíduo pode também ser chamada vertente epidemiológica Nesse período, o interesse é dirigido para as relações suscetível- ambiente ▪ - Há também a vertente patológica, que é o período de patogênese, ou seja, quando o indivíduo acaba ficando doente e apresenta sintomas, sinais... Nesse período, o interesse são as modificações que se passam no organismo vivo ▪ - Por fim, temos o desenlace, que envolve a cura, a morte, a invalidez- • Período pré-patogênico: como mencionado, esse modelo leva em consideração outros fatores que não são unicamente o patógeno, pois não é só o contato com o vírus/bactéria que vai promover a doença, são vários outros fatores Fatores sociais Fatores socioeconômicos Associação inversa entre capacidade econômica e capacidade de adquirir doença ▫ ▫ ▪ - • Maria Eduarda Silva Dias Epidemiologia segunda-feira, 21 de setembro de 2020 11:01 Página 1 de P3 As 3 causas suficientes são para a mesma doença, porque uma doença pode ser causada por diversos fatores (diversas causas componentes que formam uma causa suficiente), mas tem um fator que é crucial para desenvolver a doença. • Pode ser que o paciente tenha a causa necessária mas não tenha a causa suficiente, então ele não desenvolve a doença (ex: tem contato com a bactéria mas está saudável) • Para ter causa suficiente, é necessário a causa necessária. Mas ter a causa necessária não necessariamente terá a doença, pois precisa das outras causas • Critérios de Hill Força de associação: quanto mais forte uma associação, mais provável que seja causal (quando estudamos uma doença e vemos que um fator está sempre presente quando a doença acontece, é provável que seja a causa da doença) • Consistência: devem ser feitos outros estudos que mostrem o que aquela causa está provocando a doença • Especificidade: exposição específica causa a doença Um patógeno vai causar x doença (Bacilo de Koch provoca tuberculose, o vírus da HIV provoca AIDS). E não há outro patógeno que causa essa doença - • Temporalidade: a causa deve ser anterior à doença• Gradiente biológico: efeito dose-resposta (quantidade de patógeno que causa aquela doença). Alguém que é exposto ao vírus do HIV, se for uma exposição baixa, a chance de contaminação é muito menor - • Plausibilidade biológica: a associação deve ter uma explicação plausível, concordante com o nível atual de conhecimento do processo patológico. Ou seja, é preciso ter uma explicação plausível para um patógeno causar uma doença • Coerência: os achados devem seguir o paradigma da ciência atual Para determinar que um patógeno causa uma doença, você deve seguir o método científico - • Evidências experimentais: mudanças na exposição mudam o padrão da doença Quando você muda o parâmetro do seu estudo, o padrão da doença é alterado - • Analogia: quando já existe um estudo determinado com uma doença semelhante e você consegue fazer comparações e tirar conclusões HIV e HTLV- • → outros fatores que não são unicamente o patógeno, pois não é só o contato com o vírus/bactéria que vai promover a doença, são vários outros fatores Fatores sociais Fatores socioeconômicos Associação inversa entre capacidade econômica e capacidade de adquirir doença ▫ Grupos sociais economicamente favorecidos estão menos sujeitos à ação dos fatores ambientais ▫ Segundo Renaud (1992), os pobres São percebidos como mais doentes e mais velhos São 2 a 3 vezes mais propensos a enfermidades graves Permanecem doentes mais frequentemente (a fase patogênica dura mais tempo) Morrem mais jovens Tem mais filhos que nascem com baixo peso (baixo peso está relacionado com doenças) Tem taxa de mortalidade infantil mais elevada ▫ É melhor remover esses fatores ou modificar a estrutura? Se eu der renda a essa população, o índice de doenças vai mudar? Mas seria melhor eu mudar a estrutura geral da sociedade (mudar a educação, transportes, rendas, moradias, saneamento...) do que só remover alguns fatores ▫ ▪ Fatores sociopolíticos São indissociáveis da totalidade▫ Locais onde há totalitarismo, corrupção, ditadura... Há mais chance das pessoas terem doenças ▫ ▪ Fatores socioculturais Preconceitos, hábitos culturais, crendices, comportamentos e valores ▫ ▪ Fatores psicossociais Ausência de relações parentais estáveis, falta de cuidados maternos na infância, falta de apoio no contexto social em que vive, carência afetiva de ordem geral, condições de trabalho extenuantes ou estressantes, marginalidade, promiscuidade, agressividade, competição... ▫ ▪ - Fatores ambientais São componentes do ambiente físico: situação geográfica, solo, clima, recursos hídricos e topografia, agentes químicos e agentes físicos ▪ - Fatores genéticos Determinam a maior ou menor suscetibilidade das pessoas quanto à aquisição de doenças ▪ - Todos esses fatores do período de pré-patogênese, com o conhecimento deles, a gente pode criar formas de prevenção para evitar as doenças - Período patogênico Houve a interação do indivíduo (suscetível) com o com o estímulo (todos os fatores + a causa necessária, que geralmente é o patógeno). Então, ocorrem alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas, o que faz o indivíduo apresentar sinais e sintomas. - Se o corpo consegue debelar os estímulos antes do desenvolvimento da doença, ficamos só no período de pré-patogênese - • Prevenção Primária Ocorre no período pré-patogênese, ou seja, antes da doença ocorrer. Essa prevenção trabalha para evitar ou reduzir ao máximo a chance da doença ocorrer ▪ Promoção da saúde Moradia, escolas, lazer, alimentação, campanhas, etc.▫ ▪ Proteção específica Imunização, vacinação, saúde ocupacional, higiene, proteção contra acidentes, aconselhamento genético, controle de vetores, redução da exposição a compostos tóxicos, fluoretação da água, leis laborais ▫ ▪ - Secundária Já é no período de patogênese, ou seja, a doença já ocorreu. Então, você corre contra o tempo para evitar desfechos piores (morte, invalidez...) com o diagnóstico precoce, por exemplo. ▪ Diagnóstico precoce e tratamento Rastreamento, exames mensais, autoexame, acesso à saúde de forma facilitada, intervenção médica e clínica precoce ▫ Exame é sempre diagnóstico precoce▫ ▪ Limitação de danos/incapacidade▪ - Terciária É a reabilitação da pessoa em que não foi possível evitar/limitar a doença na prevenção primária nem secundária ▪ Terapia ocupacional, inclusão na sociedade e no mercado de trabalho, próteses e órteses, educação da sociedade para que haja aceitação ▪ - OBS: Ao tratar a pessoa que tem diabetes/hipertensão, você faz uma prevenção secundária para que a doença não leve à morte, mas ao mesmo tempo, é uma prevenção primária para que a pessoa não tenha um AVC (você trata antes que ocorra o quadro) - Quaternária Não fazer mal ao paciente (ex: pedir mais exames que o normal, e qualquer alteração insignificante, fazer um alarde, o que pode vir a deixar o paciente ansioso e preocupado) ▪ Evitar tratamentos e procedimentos desnecessários ▪ Diminuir a incidência de latrogenias (erros médicos)▪ - • Crítica ao modelo processual Avança em relação ao biomédico ao reconhecer a saúde-doença como processo de múltiplas e complexas determinações - É um modelo linear, ocorre de forma linear esquemática. Sendo que a doença pode ser circular - Representa apenas um quadro esquemático comum a algumas enfermidades- • Modelo sistêmicoSéculo XXI• Surge como uma revolução científica, sugerindo a substituição do modelo processual (linear, causa-efeito) pelo modelo sistêmico (circular, padrão interativo) • Princípio da não somatividade Um sistema não pode ser entendido como a mera soma de suas partes (todas as partes estão interagindo entre elas para gerar um resultado) - A análise dos segmentos isolados não pode se aplicar ao conjunto como um todo - Assim como o modelo processual, assume que as doenças ocorrem por diversos fatores, só que no modelo sistêmico, os fatores são simultâneos, ocorrem ao mesmo tempo (renda baixa diminui o índice de escolaridade, o que consequentemente diminui a qualidade de vida (higiene, alimentação...)), diferentemente do modelo processual, onde tudo era linear - As causas-efeitos são cíclicos e cinéticos- • → Crítica ao modelo sistêmico As relações humanas não se enquadram tão bem à teoria geral dos sistemas, as vezes esses aspectos são deixados de lado - • Página 2 de P3 Representa apenas um quadro esquemático comum a algumas enfermidades- A determinação da saúde não se restringe à causalidade das patologias- Epidemiologia Descritiva A epidemiologia descritiva surge como uma forma de tentar mostrar o impacto de uma doença na sociedade → Perguntas básicas Onde, quando e sobre quem ocorre determinada doença? Essa é a pergunta foco da epidemiologia descritiva, porém, dessa pergunta base, podemos desenvolver várias outras perguntas Há grupos especiais mais vulneráveis?- Há associação com alguma época do ano ou estação?- Há diferença entre regiões?- Indivíduos idosos são mais atingidos que crianças?- Tem diferenças entre classes sociais?- Países mais pobres são mais afetados que países ricos?- A doença está crescendo ou decrescendo com o passar do tempo?- • → Resumidamente a epidemiologia descritiva tem a tríade pessoa (sobre quem?), lugar (onde?) e tempo (quando?) → O objetivo central da epidemiologia descritiva é delinear o perfil epidemiológico das populações permitindo intervenções de saúde coletiva contextualizadas por meio do estudo desses eventos em função do tempo (data do início dos sintomas, data da cura ou do óbito, meses de maior ocorrência de um agravo), do lugar (endereço, características socioambientais do local de moradia) e da pessoa (sexo, idade, renda, estado civil, escolaridade, estilo de vida) → Exame da distribuição de uma doença em uma população e observação dos acontecimentos básicos de sua distribuição em relação ao Tempo, Espaço e Pessoas → Ela é importante justamente quando se tem pouco conhecimento sobre a frequência, a história natural e os determinantes de uma doença (ex: Covid-19, não adianta saber que X pessoas morreram, é preciso saber se ela afeta mais idosos do que jovens, o que a epidemiologia descritiva mostra) → Estudos típicos: estudos transversais (fornecem uma noção de como está a doença naquele momento específico, como se fosse uma foto) e relatos de caso → Variáveis: tempo, espaço e pessoas → A epidemiologia descritiva serve de base para a epidemiologia analítica É de fato o processamento e a análise das informações obtidas na fase descritiva. Tem o objetivo básico de avaliar (não apenas descrever) se a ocorrência de um determinado evento é diferente entre indivíduos com exposições diferentes Ou seja, é a epidemiologia descritiva que diz "idosos são mais afetados que jovens", enquanto a epidemiologia analítica tenta descobrir o porquê - • Estes são estudos realizados com o objetivo específico de testar hipóteses• Estudos típicos: longitudinais (coorte e caso-controle), são estudos onde se sabe a situação da doença naquele momento e acompanha indivíduos com disposições diferentes (estuda indivíduos que foram expostos e que não foram expostos) • Variáveis: hospedeiro, agente e ambiente• → A capacidade de levantar pistas conducentes a estudos causais dá a abordagem descritiva significados especiais que transcendem a sua simples capacidade de descrever o fenômeno. Ou seja, ela descreve o fenômeno, o que levantas pistas que serão utilizadas pela epidemiologia analítica (o principal erro da epidemiologia analítica é começar a trabalhar sem ter a base da epidemiologia descritiva) Para empreender um estudo epidemiológico analítico você deve primeiro Saber onde, quando e quem observar- Saber que variáveis precisam ser controladas- Ser capaz de formular hipóteses plausíveis - • → Conceitos básicos Intervalo de tempo Quantidade de tempo transcorrido entre dois eventos sucessivos e tomados em consideração, abstraída a marcação cronológica. Ou seja, é quanto tempo transcorreu entre dois eventos Entre o primeiro e o segundo caso da doença se passaram x dias▪ - • Intervalo cronológico Um intervalo de tempo datado e definido por marcos cronológicos tirados do calendário oficial O primeiro caso da doença foi dia X e o segundo, dia Y▪ - • Período • → Podem ser agrupadas em Variáveis geopolíticas Uso importante para efeito de comparações em nível internacional, pois é uma variável que diz mais a respeito de países - Essas variáveis permitem análises comparativas tanto entre países semelhantes quanto entre países completamente opostos (ricos x pobres) - Permite o monitoramento do estado de saúde das nações e avaliação do progresso no controle de doenças e na melhoria da qualidade de vida - Permite comparar e monitorar os países baseado nas diferenças entre eles, como por exemplo Condicionantes geográficos (inclusive clima)▪ Fatores ecológicos▪ Fatores socioeconômicos▪ Diferenças na constituição genética▪ Cultura e costumes▪ Diferenças de classes sociais▪ - • → Exemplos: "países de américa", "países do terceiro mundo"- Os dados podem ser coletados de forma sistemática (sistema/base de dados) ou não sistemática (inquéritos) Quando você faz de forma não sistemática, você pode acabar não tendo um grupo tão diverso/que não representa a população ▪ A forma sistemática permite a comparação com outros países, desde que garantidas metodologias semelhantes ▪ - Os dados de origem sistemática tem fidedignidades diferentes devido a Diferenças político-culturais ▪ Nível de desempenho dos serviços de estatísticas de saúde▪ Facilidade de atendimento médico/acesso à saúde (em países com renda mal distribuída, grande número de pessoas adoece e morre sem ter tido contato com um médico) ▪ Diferenças no registro e processamento de dados▪ Confusão semântica (nomes iguais dados a coisas diferentes ou nomes diferentes dado ao mesmo evento, diferença de nomenclatura entre países) ▪ Diferentes níveis de certeza no diagnóstico de doenças (a disponibilidade de profissionais e meios diagnósticos, sobretudo aqueles de alta complexidade, pode estar comprometida. O nível de certeza dos diagnósticos varia com o nível de desenvolvimento das nações) ▪ - Variáveis político-administrativas São critérios arbitrários de organização dos estados, podendo separar artificialmente áreas homogêneas ou unir áreas díspares do ponto de vista fisiográfico, ecológico, social ou de estrutura produtiva - Não leva tão em conta costumes, hábitos, culturas, características da população, pois populações diferentes podem habitar o mesmo bairro, por exemplo - As unidades administrativas apresentam características que auxiliam na tomada de decisões, pois você tem noção da: Área delimitada ▪ Informações censitárias (denominadores)▪ Dados sistemáticos referentes aos eventos (numeradores)▪ Dados sobre a estrutura: quantas unidades de saúde, quanto de pessoal técnico, agentes de saúde, atendimentos, etc. ▪ - • Variáveis geográficas Os fatores geográficos são itens intelectualmente isolados de seu contexto próprio, os quais, na realidade concreta do lugar, estão intimamente associados, compondo sistemas ecológicos - Levam em conta o solo, as águas, o clima, a flora, a fauna e como isso foi - • Página 3 de P3 Intervalo cronológico Um intervalo de tempo datado e definido pormarcos cronológicos tirados do calendário oficial O primeiro caso da doença foi dia X e o segundo, dia Y▪ - • Período Denominação da ordem geral que se dá a partes de tempo delimitadas, marcadas cronologicamente e especificadas "Verão dos últimos 5 anos" (os meses do verão são um período do ano)▪ - • Distribuição cronológica Relação entre uma sequência de marcos cronológicos sucessivos e uma variável de frequência - É ver a evolução de uma doença ao longo do tempo- Objetivos da distribuição cronológica Registrar a história do evento▪ Mostrar o tipo de variação que caracteriza o evento Cíclico: aumenta... Diminui..... Aumenta....▫ Errático: não segue um padrão▫ Sazonal: pico da doença em certas estações do ano▫ ▪ Revelar a tendência secular▪ Manifestar o caráter endêmico ou epidêmico da doença Só se sabe se uma doença é epidêmica se analisarmos o passado dela ▫ ▪ - • Principais usos na epidemiologia Avaliação de medidas de controle É possível ver se as medidas de controle estão sendo eficazes ou não - • Compreensão de eventos inusitados Analisando os anos anteriores você pode ver o quão rápido uma doença está avançando e o quão preocupante ela é - • Detecção de epidemias Você analisa o histórico da doença e vê qual era a média de infectados, se passar disso, a doença pode estar se tornando uma epidemia - • → Nível endêmico e limiar epidêmico→ Linha sazonal de base: é a média esperada de infectados para aquela doença• Limiar epidêmico: o limite de infectados para não ser considerado uma epidemia• Entre o limiar epidêmico e a linha sazonal de base, temos a faixa endêmica, a partir do momento que essa linha passa o limiar epidêmico, já é considerado uma epidemia • Epidemia instantânea Um aumento muito grande do número de casos em questão de dias• Ela acaba em questão de dias• → Tipos de variações Variação atípica A doença tem algumas variações mas elas são atípicas- São alterações na frequência dos agravos à saúde resultantes de acontecimentos não previsíveis - • → Variação periódica cíclica Tem-se subidas e descidas mais ou menos uniformes- São variações com ciclos periódicos e regulares- Flutuações temporais que ocorrem em um período maior que 1 ano- • Variáveis geográficas Os fatores geográficos são itens intelectualmente isolados de seu contexto próprio, os quais, na realidade concreta do lugar, estão intimamente associados, compondo sistemas ecológicos - Levam em conta o solo, as águas, o clima, a flora, a fauna e como isso foi modificado pelo ser humano - Espaço geográfico é uma determinada porção localizada da superfície terrestre, construída pelas rugosidades, águas correntes e estanques, solo, clima, fauna e flora; ocupada, modificada e organizada por uma população socialmente estruturada, acrescida dos resultados objetivos de intervenção do homem no decurso da história - A paisagem é o reflexo deste espaço, sendo resultante da confluência de: Dos condicionantes básicos, físicos, químicos e morfológicos, que formam o substrato abiótico ▪ Da existência e dinamismo do componente biótico, formado pela flora e pela fauna ▪ Da atuação do homem em decorrência de suas necessidades sociais e econômicas ▪ - Há, portanto, dois tipos de elementos, dependendo da ação organizadora do homem: Elementos naturais: independentes de intervenção humana (topografia, hidrografia, solo, clima, fauna e flora nativos) ▪ Elementos artificiais: acrescentados pelo homem à paisagem modificada: represas, edificações, plantações, etc. ▪ - Evidência de fator ambiental (quanto um fator ambiental influencia na doença) Doença atinge todos os grupos étnicos da áreas (pode ser uma evidência de que é o local que influencia a doença) ▪ Não atinge populações semelhantes de outras áreas ▪ Imigrantes são atingidos▪ Emigrantes deixam de ser atingidos▪ Populações animais da área também são atingidas▪ - • As variáveis relacionadas à pessoa independem do tempo e espaço, portanto, não devem ser confundidas com as variáveis populacionais → Características gerais Idade Variável com maior quantidade de relatos em estudos de epidemiologia- Os vários grupos etários são bastante diferentes entre si em função dos riscos próprios, das doenças características e da interação do meio ambiente - • Sexo Sob o ponto de vista epidemiológico, essa diversidade biológica e social, dentro da unidade da espécie, implica disparidades quanto à exposição a riscos - O número de nascimentos vivos masculinos é sempre superior aos femininos- Somente para algumas poucas causas, dentre as que afligem ambos os sexos, a mortalidade feminina é maior que a masculina - Os registros indicam que mulheres ficam doentes com mais frequência, porém, morrem menos - • → Características familiares Estado civil• Idade dos pais• → Características étnicas Raça • Cultura • Religião• Lugar de nascimento • → Nível socioeconômico Ocupação• Renda pessoal, familiar ou per capita• Nível de instrução• Tipo e zona de residência• → Ocorrências durante a vida intrauterina e ao nascer Idade materna ao nascer• Número de fetos gestados• Características e ocorrências do parto• → Características endógenas Constituição física• Estado nutricional• Doenças intercorrentes • → Ocorrências acidentais Estresses• Acidentes• → Hábitos e atividades Atividades ocupacionais• Medicamentos usados• → Página 4 de P3 Tendência secular: Contingência sistemática da frequência de doenças ou de óbitos, num período suficientemente longo de anos ▪ Com o passar dos anos, a tendência da doença é aumentar ou diminuir? Por exemplo, a da tuberculose é diminuir. Mas o COVID-19, por outro lado, não dá pra analisar pois se trata de um período curto ▪ Mudanças na tendência ocorrem por Alteração dos fatores condicionantes (uma cidade que não tinha saneamento básico passou a ter) ▫ Mudança da composição etária (pois pode influenciar o cálculo de taxas não ajustadas por idade, como alguns tipos de câncer e aumento nos casos de AVE (acidente vascular encefálico)) ▫ Mudança na classificação/melhores meios de diagnóstico (métodos diagnósticos que detectam a doença antes o suficiente a ponto de reduzir a mortalidade) ▫ Mudanças na sobrevida dos pacientes acometidos por determinada doença (por melhoria do tratamento, por exemplo) ▫ ▪ - Variação periódica sazonal Relação entre a incidência da doença e a temperatura - Ciclos ocorrem em um período de 1 ano e coincidem com as estações do ano Exemplo: aumento de casos de leptospirose em metrópoles brasileiras associado à maior precipitação pluviométrica no verão. Infecções respiratórias agudas durante o inverno no Sul do país ▪ - • Estresses• Acidentes• Hábitos e atividades Atividades ocupacionais• Medicamentos usados• Uso de inseticidas, drogas lícitas e ilícitas• Atividade física• Lazer • → OBS: Esperança de vida é quanto se espera que a pessoa viva com base na expectativa de vida do local → Indicadores de saúde O diagnóstico de saúde populacional necessita de dois fatores, a necessidade e a complexidade Necessidade: necessidade que a população tem em receber um atendimento/tratamento • Complexidade: é a capacidade e a dificuldade de se estabelecer um método de intervenção que seja capaz ou não de tratar certas doenças Doenças com baixa necessidade e alta complexidade possuem alvos pequenos - Já doenças com alta necessidade e baixa complexidade são exatamente os alvos (grandes) de políticas públicas de saúde - • → Existe uma dificuldade para se medir saúde, porque a saúde não é uma situação objetiva. Porém, considera-se que para diagnósticos é preciso ter ou não a doença → Os indicadores e estudos acabam possibilitando a compreensão do comportamento de determinada doença dentro de uma população → Coeficiente (taxa) Relações entre os números de eventos reais e os que poderiam acontecer• Exemplo: coeficiente de mortalidade geral (seria o total de óbitos sobre toda a população que poderia morrer), coeficientede mortalidade infantil, coeficiente de mortalidade por câncer de próstata etc. • São medidas de risco (probabilidade), ou seja, é o risco de você possuir a doença. Tipo o coeficiente de AIDS (todo mundo que tem AIDS sobre quem tem chance de contrair AIDS, logo, calcula-se a chance se alguém vir a ter AIDS) • → Prevalência É o termo que descreve a força com que subsistem as doenças nas coletividades, ou seja, é a quantidade de doentes em uma determinada população • Relação entre o número de casos conhecidos (casos antigos e novos) de uma dada doença e a população • Calculado pelo número de casos conhecidos de uma doença / população de expostos Casos conhecidos = casos anteriores + casos novos (diagnosticados desde a data da computação anterior) - casos de cura/morte - • Importante para avaliar o tamanho/força dessa doença nessa população • Importante também para o planejamento de ações em função do número de doentes existentes na comunidade • Úteis para estudos epidemiológicos de indicação e identificação de fatores de risco para doenças • Prevalência (número de casos conhecidos de uma doença) varia de acordo com Acréscimo de doentes: casos novos + doentes que imigram- Decréscimo de doentes: curas, óbitos + doentes que emigram- • → Página 5 de P3 Exemplo: coeficiente de mortalidade geral (seria o total de óbitos sobre toda a população que poderia morrer), coeficiente de mortalidade infantil, coeficiente de mortalidade por câncer de próstata etc. • São medidas de risco (probabilidade), ou seja, é o risco de você possuir a doença. Tipo o coeficiente de AIDS (todo mundo que tem AIDS sobre quem tem chance de contrair AIDS, logo, calcula-se a chance se alguém vir a ter AIDS) • Razão (índice) Relações entre frequências atribuídas da mesma unidade (conjunto)• Apresentadas na forma percentual• Exemplo: índice de mortalidade infantil proporcional (morte de crianças até 1 ano de vida/total de óbitos gerais), índice de Swaroop & Uemura (usado para avaliar o desenvolvimento dos países, sendo calculado pelo número de óbitos de pessoas com 50 anos ou mais/total de óbitos gerais) • → Conceito: comportamento das doenças e agravos à saúde em uma população exposta. É o agravamento da saúde. É qualquer condição que leve ao processo de adoecimento. Denota-se morbidade o conjunto dos indivíduos que adquiriram doenças num dado intervalo de tempo, sendo uma avaliação do adoecer dentro de uma população • → A morbidade mostra o comportamento das doenças e dos agravos à saúde na população É importante para correção de decisões ou ações específicas necessárias ao controle de determinadas doenças • É muito importante na medicina clínica, pois se avalia o quadro clínico da doença, e a partir disso, tomar as atitudes necessárias para o tratamento • → Características importantes A morbidade sempre será referente a uma população definida (tempo e espaço também definidos) exposta a contrair a doença Por exemplo: população = conjunto dos que estão expostos a contrair a doença em espaço e tempo determinados (trabalhadores em britagem na indústria X no ano Y) - • O nome e o conceito da doença deve ficar bastante claro e também os métodos diagnósticos utilizados • A OMS propõe uniformização nas denominações de doenças incentivando o uso do CID-10 para facilitar a utilização dessas informações de maneira mais generalizada • → De certa forma ideal, quando estabelecido o coeficiente de morbidade, todos os indivíduos membros da população exposta devem ter chances iguais de serem examinados → Calculada pelo número de casos de uma doença / a população de expostos→ Sempre que o objetivo final for a reforma ou a escolha de ações para controle de doenças ou agravos à vida, as estatísticas de morbidade serão as informações basilares que vão auxiliar a tomada de decisão → Inquérito epidemiológico É o estudo das condições de morbidade por causas específicas (é avaliar o adoecimento da população), efetuado em amostra representativa ou no todo de uma população definida e localizada no tempo e no espaço • Revela a magnitude que assume uma doença em uma população global• Podem ser executados por entrevista (dados recolhidos diretamente do informante, representando a família), inquéritos epidemiológicos (amostrais ou censitários), exame clínico e registro (vigilância epidemiológica, registros de atendimentos e registros policiais) • Excluídos os dados recolhidos em censos domiciliares ou em inquéritos por amostragem, que têm caráter episódico, a grande massa de informações sistemáticas de casos de doenças ou agravos chega aos serviços de epidemiologia por meio do(a): Vigilância epidemiológica: é o conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou a prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos. Essa definição foi mais ampla que a anterior ("É a busca para a detecção da existência de casos de uma doença, com vistas no desencadeamento de medidas urgentes, destinadas a bloquear a transmissão"), pois requisitou que o sistema não se restringisse apenas ao controle das doenças infecciosas, mas que sua área de atuação se estendesse à vigilância da própria saúde ▪ Todos os serviços de saúde, desde os mais simples até os mais complexos passam por um controle chamado vigilância epidemiológica, o qual avalia as doenças ▪ É manter o controle de avaliar todos os determinantes e condicionantes da saúde daquela população ao longo do tempo ▪ Salas de situação de qualidade de vida = tem o objetivo de construir e expor o diagnóstico de condições de vida e da situação de saúde de sua população em seu sentido mais amplo ▪ - • → Registro de atendimento a doentes: são todos os registros mantidos por hospitais, maternidades, ambulatórios, laboratórios e clínicas particulares, seja por prontuários, seja por AIHs. O registro de internações hospitalares através das AIH (autorização de internação hospitalar) tem sido muito utilizado para análise de morbidade no Brasil - Registros policiais: estatísticas sobre mortes e eventos violentos, como suicídios, acidentes de trânsito, acidentes de trabalho, homicídios, etc - Podem ser censitários ou amostrais (conveniência ou populacionais • São caros e de difícil execução • Prevalência pontual/instantânea/momentânea É a traçada a partir de uma única data específica (dia, semana, mês ou ano), ou seja é medida pela frequência da doença num ponto definido no tempo - • Prevalência lápsica/por período É a traçada a partir de um intervalo de tempo- • Prevalência em doenças agudas Tende a se estabilizar, porque ou o paciente evolui rápido pra cura ou rápido para o óbito - Logo, ela tende a diminuir se a incidência diminuir também. Porém, se a incidência se manter constante, a tendência é que a prevalência se estabilize/se mantenha constante - • Prevalência em doenças crônicas São casos em que óbitos e curas são difíceis, então, naturalmente a prevalência tende a aumentar, mesmo se a incidência se manter constante - • Tratamentos e relação com a prevalência Os tratamentos, no caso de doenças crônicas, como aumentam a sobrevida, impedindo que você morra, mas ao mesmo tempo, eles não te curam, então as doenças se mantêm ao longo da população, ou seja, a prevalência vai aumentando - Já no caso de doenças agudas, eles tendem a diminuir a prevalência, porque promovem a cura - • Incidência Intensidade com que acontece a morbidade em uma população, podendo ser pensada como a "velocidade de crescimento". • Ou seja, são os casos novos de uma doença em um determinado período de tempo (dia, semana, mês, ano) • Calculada pelo número de casos de uma doença que ocorrem em uma unidade de tempo / população de expostos no período referido • Pode ser calculado de 2 maneiras Numerador como o número de pessoas doentesno determinado período Número de pessoas que estiveram resfriadas em 1 ano / população de expostos no período referido (descarta-se os resfriados (além do primeiro) ocorridos na mesma pessoa ▪ Usado mais quando se quer fazer uma busca ativa▪ Indica o número de resfriados que se espera ocorrer▪ - Numerador como a frequência de eventos relacionados a doença (internações, casos diagnosticados, etc.) Número de resfriados em 1 ano / população de expostos no período referido (deve-se entender que várias ocorrências podem ter-se dado com uma única pessoa) ▪ Usado mais quando se quer reavaliar os dados▪ Indica a possibilidade de as pessoas terem um resfriado naquele ano▪ - • Coeficientes de incidência são, portanto, medidas do risco de adoecer ou ter um agravo Se a incidência está alta, há um risco maior de adoecer- Porém, se a prevalência está alta, há um risco maior de você estar doente- • Em casos de surtos, o coeficiente de incidência se chama coeficiente de ataque• Quando o surto está relacionado a um caso índice (uma pessoa que iniciou toda essa cadeia), chama-se coeficiente de ataque secundário Coeficiente de ataque secundário = número de casos novos surgidos a partir do contato com o caso-índice/número total de contatos com o caso-índice - • → Relação entre a prevalência e a incidência Coeficiente de incidência e velocidade de defecção iguais: prevalência constante• Coeficiente de incidência menor que a velocidade de defecção: prevalência diminui• Coeficiente de incidência maior que a velocidade de defecção: prevalência aumenta • → Levando em conta o tempo de duração da doença, e considerando a incidência e a duração da doença constantes, P = I X D Porém, isso é complicado pois é raro a incidência se manter constante em doenças agudas (em crônicas, até pode ser) • → Quociente entre as frequências absolutas de óbitos e o número de expostos ao risco de morrer, ou seja, é todo mundo que morreu / a população residente total → As estatísticas de mortalidade, integrando as estatísticas de saúde, aproximam gestores → Índice de Swaroop & Uemura/razão de mortalidade proporcional Percentagem de pessoas que morreram com 50 anos ou mais em relação ao total de óbitos ocorridos em uma determinada população • É usado para determinar a situação de desenvolvimento dos países Os países desenvolvidos tendem a ter esse índice perto de 1 (ou seja, a cada 100 pessoas que morrem, quase todas têm mais de 50 anos), já os desenvolvidos, abaixo de 0,5 ou 0,25 - • Vantagens do índice• → Página 6 de P3 Quociente entre as frequências absolutas de óbitos e o número de expostos ao risco de morrer, ou seja, é todo mundo que morreu / a população residente total → As estatísticas de mortalidade, integrando as estatísticas de saúde, aproximam gestores e profissionais das muitas áreas do conhecimento de uma realidade, na maioria das vezes, passível de mudanças → Coeficientes de mortalidade geral Quantifica a intensidade do risco de morrer que uma população tem por viver em determinada área e em determinado ano sem especificar as causas, o sexo, a idade... • Calculado como o número total de óbitos por todas as causas ocorridos em uma determinada área e em determinado ano/população da mesma área e ano • É utilizado na avaliação do estado sanitário de áreas determinadas, inclusive, é o coeficiente mais utilizado para se avaliar os níveis de saúde de diversos países • A qualidade dos dados depende do acesso da população aos serviços de saúde e da vigilância Pois em locais mais pobres, as pessoas geralmente não tem muito acesso aos serviços de saúde e aí as pessoas acabam morrendo, porém, nós não sabemos a devida causa. Ou seja, acaba que não há esse controle efetivo - Além disso, também depende da qualidade dos dados de mortalidade dependem da qualidade dos registros médicos e da acurácia na determinação dos diagnósticos - • No brasil, são registrados pelo SIM e podem ser acessados pelo site do datasus• → Óbito por residência Óbitos por residência fixa• → Óbito por ocorrência Depende do lugar em que você morreu• → Se eu sou de João Pessoa e morri em Bayeux, eu conto nas mortes por ocorrência de Bayeux e nas por residência em João Pessoa → Coeficiente de mortalidade infantil Mede o risco de morte para crianças menores de 1 ano• Sofrem distorções pela qualidade do registro de nascidos vivos e óbitos em menores de 1 ano • Subnotificação importante em áreas mais pobres, apesar se existirem algumas estimativas, principalmente no Brasil, porém, em áreas como África e Ásia, há uma subnotificação extrema • Esse índice é um bom indicador da situação das estradas da vida, sendo tipicamente associado às condições das situações ambientais e sociais e das estruturas de assistência à vida ofertadas à população • Calculada pelo número de óbitos em menores de 1 ano, residentes em uma área, no ano considerado / total de nascidos vivos de mães residentes nessa área, no referido ano • → Coeficiente de mortalidade por causas Total de óbitos por determinada causa, ou grupo de causas/total de óbitos por todas as causas no mesmo período Não expressa o risco de os membros de uma população morrerem por uma dada doença, demonstra apenas a contribuição dos óbitos ocorridos por determinada causa no total geral de óbitos - • Desde 1976 se padronizou que o atestado de óbito deve conter a causa da morte, porém, o erro de preenchimento ainda é um grande desafio • Óbitos sem assistência médica (o que é muito comum em áreas pobres e rurais) podem ser atestado por 2 testemunhas como "morte natural", porém, dependendo do perfil da pessoa falecida, pode se abrir uma investigação acerca da causa • → O coeficiente de mortalidade por doenças transmissíveis mede de certa forma as condições de saneamento e a eficiência dos serviços de prevenção, controle e tratamento Calculado pelo número de óbitos de determinada doença ocorridos na população residente em uma área e no ano considerado / população residente nessa área e nesse ano expostos à doença • → Coeficiente de letalidade É o maior ou menor poder que tem uma doença em provocar a morte das pessoas que adoeceram por ter essa doença • A letalidade das doenças varia com a idade, o sexo, as condições socioeconômicas, o estado imunitário do indivíduo, a virulência do bioagente, a eficácia do tratamento (no caso das doenças infecciosas) • Permite avaliar a gravidade de uma doença, além de avaliar, de maneira indireta, a resolutividade dos serviços de saúde e o acesso a estes • A letalidade de uma doença é resultado de 3 fatores: a patogenicidade do agente da doença, a resistência do indivíduo e a eficácia do tratamento Em caso de mudança no coeficiente de letalidade, a eficácia do tratamento e a qualidade das informações são as primeiras justificativas mais prováveis, por dependerem da organização do serviço, enquanto as demais variações, ligadas à natureza, são menos instáveis e pouco prováveis - • Calculado pelo número de óbitos por determinada doença ocorridos na população residente em uma área e no ano considerado / número de casos dessa doença nessa área e nesse ano • → É usado para determinar a situação de desenvolvimento dos países Os países desenvolvidos tendem a ter esse índice perto de 1 (ou seja, a cada 100 pessoas que morrem, quase todas têm mais de 50 anos), já os desenvolvidos, abaixo de 0,5 ou 0,25 - • Vantagens do índice Simplicidade do cálculo- Disponibilidade de dados na maioria dos países- Possibilidade de comparabilidade nacional e internacional- Dispensa dados da população- • Além de permitir a análise da tendência de mortalidade em uma mesma área geográfica ao longo de uma série histórica, também permite a comparação entre diversos países Índice igual ou superior a 75% (países desenvolvidos)- Índice variando de 50 a 74% (países desenvolvidos ou em desenvolvimento)- Índice variando de 25 a 49% (países em desenvolvimento)- Índice inferior a25% (países subdesenvolvidos)- • Curvas de mortalidade proporcional (Curvas de Moraes) Avaliação gráfica do total de mortos em cada grupo etário• Os índices de Moraes são calculados pelo total de óbitos decorridos em um certo grupo etário específico/total de óbitos ocorridos • → Índice de mortalidade infantil proporcional Óbitos em menores de 1 ano em relação ao total de óbitos em todas as idades• Esse índice ajuda a quantificar os problemas de saúde que estão acometendo o grupo infantil • → Esperança de vida/ Expectativa de vida É o número médio de anos de vida que se espera que um indivíduo venha a viver após ter atingido determinada idade, pressupondo que as probabilidades de morte continuem as mesmas • É um indicador importante para avaliar os países • Relação importante com as condições socioeconômicas• Diferenças importantes entre os sexos, em questões de hábitos e costumes os quais tornam os homens mais vulneráveis a acidentes e doenças que potencializam a precocidade na morte • Cálculo através da tábua de vida• → A tendência da esperança de vida é sempre aumentar• Esperança de vida ao nascer É expresso pelo número de anos de vida que se espera que um indivíduo possa a ter a partir de seu nascimento, sendo influenciado pelas condições culturais, socioeconômicas, ambientais, estilo de vida... • O aumento da esperança de vida ao nascer de uma população sugere melhoria das condições de vida e de saúde nessa população • → A OMS propõe como indicadores globais Coeficiente de mortalidade geral• Índice de Swaroop & Uemura• Esperança de vida• → E como indicadores específicos Coeficiente de mortalidade infantil Porque a mortalidade infantil está relacionada diretamente com condições do parto (ou seja, o acesso à saúde, a qualidade da saúde) e com o acesso à saúde durante o período pré-natal - • Coeficiente de mortalidade por doenças específicas• → Além destes, no Brasil usamos Curvas de mortalidade proporcional (Curvas de Moraes)• Quantificação das curvas de mortalidade proporcional (é a numeração dos resultados das Curvas de Moraes) • → Página 7 de P3 resultados das Curvas de Moraes) Epidemiologia clínica e medicina baseada em evidências Com o avanço da medicina, temos uma grande quantidade de opções diagnósticas, terapêuticas e preventivas desenvolvidas, e o vasto corpo de evidências para apoiar a escolha de cada uma dessas opções passaram a exigir do médico e do paciente um critério de apoio à decisão capaz de assegurar o máximo de benefício com o mínimo de risco e custo → A medicina baseada em evidências é o uso consciente, explícito e judicioso das melhores evidências atuais disponíveis para a tomada de decisões acerca do cuidado dos pacientes. Ou seja, é tomar as decisões clínicas cujas evidências atuais apontam que trará maior benefício para o paciente As decisões sempre devem levar em conta os benefícios, riscos e custos• É preciso que se conheça os tipos de estudos e os níveis de evidências• → A MBE visa decidir o tratamento segundo as melhores e mais consistentes evidências científicas; não no que o médico acredita, mas no que está demonstrado. Deseja-se sabe o que é mais seguro, eficiente, efetivo e o que pode trazer mais benefício para todas as partes. É por isso que a decisão deve ser criteriosa, haja vista que há uma grande quantidade de informações disponíveis e nem todas tem a mesma qualidade → Em cenários clínicos reais, outros tipos de evidências competem pela atenção do clínico e podem influenciar as decisões médicas. Ou seja, há diversos fatores, além das evidências mais novas, que irão influenciar na decisão médica MB em eminência: colegas mais experientes acreditam que a experiência supera a evidência • MB em veemência: substituição das evidências pelo volume e pela estridência• MB em eloquência: elegância e eloquência verbal• MB em providência: decisão é deixada na mão de Deus• MB em segurança: o medo de um processo é um estímulo poderoso para o excesso de investigação e tratamento (você escolhe medidas que nem sempre são as mais eficazes, mas são as que te evitam um processo) • → A principal ferramenta da MBE é a epidemiologia clínica O objetivo da epidemiologia clínica é desenvolver e aplicar métodos de observação clínica que conduzam a conclusões válidas evitando o engano por erros sistemáticos e aleatórios, ou seja, busca as melhores condutas, buscando as que tem maior grau de evidência para apresentá-las para a população • A epidemiologia clínica avalia os aspectos clínicos de uma determinada doença em populações, sendo sustentada pelos 4 princípios da bioética (Não maleficência, beneficência, autonomia e justiça) • → Em outras palavras, a MBE se utiliza das provas científicas existentes e disponíveis no momento, com validade interna e externa para a aplicação de seus resultados na prática clínica → Objetivos da MBE Melhorar a prática clínica e a pesquisa científica• Oferecer os melhores testes diagnósticos, tratamentos e informações acuradas sobre prognóstico, riscos e prevenção • Causar mais benefícios do que malefícios ao paciente com a investigação do tratamento • Respeitar medos, angústias, valores culturais e preferências dos pacientes • → A MBE é necessária, mas não suficiente para promover cuidados de alta qualidade aos pacientes. Além da evidência e das habilidades clínicas, é necessário que o médico tenha habilidade para ouvir, sensibilidade e capacidade para lidar com o sofrimento alheio e que se utilize de uma abordagem ampla com a visão humanística e das ciências sociais → O contexto onde o médico trabalha também deve ser levado em consideração (há dificuldade em realizar um exame adequado ou prescrever um medicamento eficaz por falta de condições financeiras ou estruturais). Nesse caso, o médico e os outros profissionais da saúde devem lidar com a frustração de não poder utilizar a melhor conduta → Cada decisão clínica deve ser dirigida às circunstâncias particulares de cada paciente → Questões clínicas Anormalidade: é tudo aquilo que foge do normal, seja uma condição patológica ou uma variação anatômica • Prevenção: tentativa de postergar ou evitar que uma doença apareça• Causa: fator que leva e precede a determinada doença• Diagnóstico: descobrir a doença que está causando os sintomas• Frequência: quantidade de vezes que um fenômeno ocorre• Risco: chance de um efeito acontecer• → A medicina baseada em evidências surge da necessidade de se ter informações seguras, baseadas em investigações e estudos sistematizados sobre questões clínicas específicas e propõe que a prática médica deva seguir o rigor do método científico → Devido à multiplicidade de informações, há a necessidade de buscar informações mais seguras, baseadas em investigações sistematizadas (pesquisas) sobre questões clínicas específicas → O desenvolvimento das evidências passa por várias fases, desde os estudos pré- clínicos até os experimentos capazes de expressar o benefício real dos pacientes → No topo: fontes de informações com evidências mais robustas, ou seja, com maior chance de gerar uma decisão clínica segura No topo sempre temos revisões sistemáticas e metanálises São informações filtradas por médicos especialistas sobre vários artigos- • Quanto mais vamos descendo a pirâmide, menos conseguimos afirmar que aquelas evidências são possíveis de serem inferidas para a população Pesquisas in vitro: por ser uma célula funcionando em um ambiente controlado, tem-se uma evidência baixa de que aquilo pode funcionar na população geral - • → É difícil que um profissional de saúde sozinho tenha tempo para analisar criticamente os resultados de cada uma dessas pesquisas (de cada artigo novo que é postado). Assim, esse trabalho é feito coletivamente em várias instâncias e depois divulgados através de revisões sistemáticas, protocolos clínicos, diretrizes, etc. Para nós recebermos essa informação já "filtrada" → Para levar tudo isso em conta,as evidências são caracterizadas em níveis de evidências, que, por sua vez, respaldam os graus de recomendações a serem dados sobre a adoção ou não de uma conduta. As evidências são divididas em graus de recomendação Há vários sistemas para classificação dos níveis de evidência e dos graus de recomendação • Quanto menor o grau de recomendação, menos confiável é a evidência• → Existem 2 tipos de evidências Disease Oriented Evidence (DOE): evidência orientada para a doença, ou para desfechos laboratoriais, ou para desfechos clínicos intermediários, como: alterações em valores de exames, mas não em problemas; redução de um procedimento, mas não de um problema de saúde; redução de uma doença, mas sem redução da perda que ela trazia Vê as coisas que afetam a doença em si- Por exemplo, vê a alteração de um valor em um exame, sem se importar se isso melhorou ou não a vida do paciente - Não muda o desfecho- "Esse remédio reduz a carga viral pela metade"- • → Pacient Oriented Evidence that Matters (POEM): evidência orientada para desfechos de interesse do paciente, como qualidade de vida, função, morbimortalidade Vê se houve mudança na qualidade de vida do paciente- Muda o desfecho- "Esse remédio reduz a mortalidade pela metade"- • Página 8 de P3 Diagnóstico: descobrir a doença que está causando os sintomas• Frequência: quantidade de vezes que um fenômeno ocorre• Risco: chance de um efeito acontecer NNT: número necessário para tratar (número necessário de pessoas dentro de um grupo em que uma delas vai ter um desfecho positivo) - NND: número necessário de desfecho (número necessário de pessoas dentro de um grupo em que uma delas vai ter um desfecho negativo) - O ideal é ter NNDs altos e NNTs baixos- • Prognóstico: expectativa da evolução clínica do paciente. O que se espera do paciente no futuro • Tratamento: tentativa de mitigar ou curar certa doença• Variáveis São os atributos dos pacientes e os eventos clínicos que podem ser medidos• Tipos de variáveis Variável preditora ou independente (causa) É o que pode explicar o surgimento de determinada doença▪ É o que pode causar o aparecimento de certa doença (efeito)▪ Variável relacionada a causa▪ - Variável dependente ou de desfecho (efeito possível) É um efeito possível que pode advir de uma certa causa▪ E a capacidade de alterar o resultado▪ Variável relacionada a efeito▪ - • Podem ainda existir variáveis externas que afetam a relação entre as duas Não é necessariamente uma causa mas é algo que interfere no efeito (fator sociocultural, financeiro... Etc.) - • → Desfechos de saúde Desenlace ou morte: desfecho ruim, principalmente se for antes do tempo• Doença: um conjunto de sintomas, sinais físicos e anormalidades laboratoriais• Desconforto: sintomas como dor, náusea, etc.• Deficiência funcional: limitação da capacidade de desempenhar as atividades normais • Descontentamento: reação emocional à doença e ao seu cuidado (é algo que afeta a saúde mental do paciente) • Despesa: custo para o indivíduo e para a sociedade• → Populações e amostras População: são todas as pessoas em um cenário definido (tempo e espaço definido) • Amostra: subconjunto de pessoas em uma população definida (é uma parte do todo). Deve-se buscar a maior representatividade possível • Inferência: julgamento racional com base em dados de que as características da amostra assemelham-se àquelas da população de origem É a capacidade de dizer que os resultados de uma amostra condizem com os resultados da população - • → Vieses (erros sistemáticos) É qualquer tendência na coleta, análise, interpretação, publicação ou revisão de dados que possa levar a conclusões que sejam sistematicamente diferentes da verdade • Os vieses distorcem os resultados para uma direção ou outra• A maioria se enquadra em 3 categorias Viés de seleção Ocorre quando são feitas comparações entre grupos de pacientes que diferem em outros determinantes do desfecho, além do que está sendo estudado Estudar o câncer de pulmão na população de São Paulo e no interior de Minas Gerais mas não considerar a poluição de São Paulo ▫ ▪ - Viés de aferição Ocorre quando os métodos de aferição são diferentes entre os grupos de pacientes Exemplo: fazer uma pesquisa sobre pressão arterial e o esfigmomanômetro estar dando erro ▫ ▪ - Viés de confusão Ocorre quando dois fatores estão associados e o efeito de um se confunde e/ou é distorcido pelo efeito do outro Estudo sobre o câncer de pulmão em tabagistas, mas esses tabagistas trabalham em uma fábrica que produz muita fumaça, tem-se a dúvida se o câncer é pelo fumo ou pela fumaça da fábrica ▫ É quando você faz uma associação sem avaliar as variáveis de maneira individual ▫ ▪ - • → Acaso (erro aleatório) Mesmo sem eu ter os erros sistemáticos (vieses), os acasos também induzem o estudo ao erro • É gerar resultados tanto abaixo como acima do valor verdadeiro• Divergência entre a observação em uma amostra e o valor verdadeiro na • → Fontes de evidências Artigos originais: constitui a base das revistas médicas. Localizar os artigos capazes de responder nossas perguntas, sem perder muito tempo, não é uma tarefa fácil. Por isso, são pouco utilizados no dia a dia do clínico • (é por isso que se recorre às) Revisões sistemáticas: as revisões sobre artigos originais para atualizar algum conhecimento são comuns em revistas médicas. Quando as revisões são feitas com técnicas específicas e explícitas podem ser chamadas de revisões sistemáticas. Quando utilizamos ferramentas estatísticas para sumarizar as medidas de efeito dos vários estudos em uma única medida de efeito estamos diante de uma metanálise • → Diretrizes (guidelines) é o conjunto de recomendações clínicas para o manejo de um determinado problema clínico, em geral produzidas por uma iniciativa de uma agência governamental ou de uma sociedade médica • Avaliação crítica de tópicos: síntese de evidências sobre uma questão gerada no cotidiano da prática • Livro-texto: tem a vantagem de apresentar grande densidade de condutas de forma organizada e sendo facilmente acessível. A maior desvantagem é a rápida desatualização • Portais eletrônicos: Up to Date, Best Practice, Dynamed• Metodologia PICO: ajuda a buscar a evidência que estou procurando P - paciente• I - intervenção• C - comparação• O - outcoming (resultado)• → Por que práticas baseadas em evidências? Nossa atualização e performance clínica se deterioram com o tempo• As informações que ganhamos na nossa graduação não vão ficar atualizadas pra sempre, então temos que ficar nos atualizando • A educação continuada tradicional não melhora nossa performance• Surgem novos e mais importantes tipos de evidências• Demanda por evidências que apoiem decisões clínicas e gerenciais• Pressões por maior qualidade na assistência à saúde• Necessidade de justificar intervenções ou gastos• → Passos para a aplicação prática (5 etapas para aplicação das evidências da literatura médica aos problemas do paciente) Quando a assistência aos nossos pacientes cria necessidade de informação temos que: Converter as necessidades em perguntas (quanto mais precisa melhor) Deve-se considerar se as evidências são aplicáveis ao paciente, ser capaz de individualizar os resultados para o paciente e avaliar se as evidências são consistentes com as necessidades do paciente ▪ - Buscar a melhor evidência para respondê-la (utilizando estratégias e fontes) É a busca por respostas, é buscar a melhor evidência disponível com a máxima eficiência ▪ Caso não seja encontrada uma resposta após a busca na literatura, existem 3 possibilidades: a estratégia de busca não foi eficaz, a população de pacientes na questão é muito específica (seria necessário aumentar o tamanho da amostra) ou não existe evidência ou a única evidência encontrada não é confiável ▪ - Fazer um avaliação crítica quanto a validade e aplicabilidade do estudo Avaliar criticamente as evidências encontradas emtermos de validade/proximidade com a verdade e utilidade/aplicabilidade clínica ▪ Avalia a validade interna e externa dos artigos escolhidos▪ - Discussão com os envolvidos: pacientes, família, gestores, porque tudo que for decidido precisa estar em acordo - Aplicar os resultados da nossa prática Aplicar os resultados da avaliação crítica na prática clínica▪ A experiência clínica é importante▪ - Avaliação do desempenho (para sempre melhorar) Avaliar o desempenho clínico constantemente▪ É a avaliação do desempenho no processo de busca da literatura e na descoberta de uma resposta à questão clínica, bem como na avaliação da resposta do paciente ao tratamento empregado ▪ - • → Página 9 de P3 Acaso (erro aleatório) Mesmo sem eu ter os erros sistemáticos (vieses), os acasos também induzem o estudo ao erro • É gerar resultados tanto abaixo como acima do valor verdadeiro• Divergência entre a observação em uma amostra e o valor verdadeiro na população, devida exclusivamente ao acaso, chama-se variação aleatória • A estatística pode ser utilizada para estimar até que ponto o acaso é responsável pelos resultados de um estudo clínico • O acaso é "dar o azar" de o resultado ser diferente do esperado• → Validade interna e externa Validade interna é o grau em que os resultados de um estudo estão corretos para a amostra de pacientes sob análise. É determinada pela forma como o delineamento, a coleta de dados e as análises são conduzidos e é ameaçada por todos os vieses e variações aleatórias já discutidas Em outras palavras, é o quão "certinho" foi aquele estudo- Se você fizer o estudo certinho, ele tem validade interna- • Validade externa é o grau de veracidade dos resultados de uma observação em outros cenários. É a capacidade de generalização O quanto os resultados daquele estudo podem ser expandidos para o restante da população - • O melhor que o pesquisado pode fazer acerca da capacidade de generalização é garantir a validade interna, fazer com que a população do estudo se enquadre na questão de pesquisa, descrever os pacientes do estudo cuidadosamente e evitar estudos com pacientes tão incomuns que seja difícil generalizar os resultados para outros pacientes • → As melhores decisões são feitas com base nesse equilíbrio (melhor evidência da pesquisa sendo aplicada com habilidade e experiência clínica e de acordo com os valores do paciente e com o contexto cultural onde eles estão inseridos (seus valores culturais, religiosos e suas crenças)) → Bases fundamentais para a prática da MBE As decisões clínicas devem ser baseadas na melhor evidência científica disponível• O problema clínico deve determinar o tipo de evidência a ser pesquisada• A identificação da melhor evidência significa usar princípios epidemiológicos e bioestatísticos • As conclusões derivadas de evidências são úteis somente se influenciarem o manuseio de pacientes ou as decisões sobre políticas de saúde • O desempenho de quem pratica MBE deve ser satisfatoriamente avaliado• → Diagnóstico É uma decisão clínica baseada em probabilidade, diante da anamnese, de investigações, nós vamos direcionando nosso pensamento a uma certa conclusão, mas nunca temos 100% de certeza • O que aumenta essa probabilidade? Dados iniciais Anamnese▪ Exame físico▪ Questionários▪ - Exames complementares - • → Testes diagnósticos Quando utilizar um teste sensível? Quando não se pode correr o risco de deixar de dar um diagnóstico Doenças com alta letalidade- Screening (rastreamento) Câncer colo de útero... Etc▪ Pode dar falso positivo em rastreamento, mas ele pode servir como uma base inicial, então depois você faz um exame muito específico ▪ - Doadores de sangue- • → Quando utilizar um teste específico? Para confirmar algo• → Página 10 de P3 Dados iniciais Anamnese▪ Exame físico▪ Questionários▪ - Exames complementares Exames laboratoriais▪ Exames de imagem▪ - Acompanhamento do paciente ao longo do tempo (longitudinalidade) Durante o acompanhamento, vamos saber se o diagnóstico estava certo ou errado ▪ Resposta terapêutica▪ Melhora ou piora dos exames▪ - Os dados iniciais, os exames complementares e o acompanhamento, se bem administrados, vão gerar o nosso diagnóstico, ou seja, são nossos testes diagnósticos • Testes diagnósticos Procedimentos utilizados para diminuir o grau de incerteza de diagnósticos (ou seja, uma boa anamnese, é um teste diagnóstico) • Outros usos de testes na medicina Identificar/confirmar doença ou situação relacionada a saúde- Avaliar a gravidade do quadro clínico (há casos clínicos típicos, e então, é preciso avaliar a gravidade do caso em questão, então se pede exames de imagem... De sangue... Para que se possa avaliar o quão grave é e decidir qual será a conduta (internar na UTI ou deixar na enfermaria)) - Estimar o prognóstico- Monitorar a resposta a uma intervenção- • → O que é anormal? Incomum Algo que ocorre com pouca frequência- Porém, essa concepção é pouco prática para o contexto médico, pois pode sim existir alguém que tem uma condição pouco comum mas não necessariamente precisa de um tratamento - • Associado a doença Desvio do bom estado de saúde- Essa teoria também tem falhas, pois pessoas além do ponto de corte podem ser consideradas sadias - Depende da pessoa e de quem avalia, pois as vezes você está com dor, mas considera isso algo normal - • Tratável O anormal é o tratável- A partir de um nível que o tratamento leve a um desfecho melhor (a pessoa pode ter um resultado de exame alterado, mas não necessariamente ela precisa de tratamento, não necessariamente ela é doente) - Parece ser a teoria mais adequada - • → Tipos de dados Nominais Não há ordem (sequência/hierarquia) entre os dados- Podem ser dicotômicos- Ex: tipo sanguíneo, sexo, presença ou ausência de sopro Não há ordem entre A, B, AB ou O▪ - • → Ordinais Há uma hierarquia, uma sequência entre os dados, mas os intervalos não são definidos - Ex: edema de membros inferiores (+ a 4+) 1 cruz é menor que o de 4 cruzes▪ - • Intervalares Há uma ordem (sequência) inerente e o intervalo entre valores sucessivos é igual Dados contínuos: assumem qualquer valor, se limitando pela capacidade do aparelho de medição (Ex: peso, PA, exames bioquímicos) ▪ Dados discretos: assumem apenas valores específicos (Ex: número de filhos) ▪ - • Para ordinais e intervalares é mais difícil dizer o limite entre o normal e o anormal• Validade de um teste diagnóstico Validade conceitual Existe uma explicação concreta baseada em paradigmas científicos, a qual permita que aquele teste meça o que você quer medir - • → Validade operacional É o lado estatístico do teste- É a capacidade do teste em transformar o teórico em variáveis possíveis de serem avaliadas - Depende da sensibilidade, da especificidade, do VPP e do VPN- • Padrão-Ouro Testes que possuem uma probabilidade de erro pequena, ou seja, há alta acurácia• Teste diagnóstico utilizado como referência para determinar as populações sadias e doentes • Geralmente são caros, de difícil execução e geralmente um teste que gera desconforto no paciente • → Pode dar falso positivo em rastreamento, mas ele pode servir como uma base inicial, então depois você faz um exame muito específico ▪ Doadores de sangue- Quando utilizar um teste específico? Para confirmar algo Doença com carga psicológica muito grande- Evitar iatrogenia- Doenças com tratamento "pesado"- • → Curva ROC→ Acurácia A quantidade de vezes em que o teste acerta- É calculada pelo verdadeiro positivo + verdadeiro negativo- VP + VN / TOTAL- • A curva ROC existe porque para uma mesma doença, pode ter mais de um teste diagnóstico. Então é importante saber qual deles tem maior acurácia, ou seja, é utilizada para estabelecer comparações • Teoricamente, o teste A é o melhor teste, porém não necessariamente, apesar da sua maior acurácia, ele pode ser mais caro, pode ser mais invasivo... • Qual o melhorponto de corte do teste? Conforme eu mudo o ponto de corte, a sensibilidade aumenta e a especificidade diminui ou vice versa, são coisas antagônicas. Então, precisamos de um ponto de equilíbrio • O melhor ponto de corte é o que possui menor distância até o ponto ideal (0;1)• → Página 11 de P3 Total de doentes: A + C→ Total de pessoas sadias: B + D→ Pessoas que tem teste positivo: A + B→ Pessoas que tem teste negativo: C + D→ A = verdadeiro positivo→ B = falso positivo → C = falso negativo→ D = verdadeiro negativo→ Nenhum teste é 100% perfeito, nenhum teste é capaz de ter só verdadeiro positivo e verdadeiro negativo. Sempre terá um falso no meio do caminho, seja falso positivo ou falso negativo. → Sensibilidade Capacidade do teste de detectar os doentes entre os doentes (que é o A, no caso do C, o teste não detectou a pessoa doente) • S = A/A+C• → Especificidade Capacidade do teste de detectar as pessoas sadias entre as pessoas sadias• E = D/B+D• → A sensibilidade e a especificidade são propriedades do teste, então se você aplicar o teste no Brasil ou na China, o teste é o mesmo, então, a sensibilidade a especificidade são as mesmas A sensibilidade e a especificidade não variam com a prevalência, quem sofre influência da prevalência é o VPP e o VPN • → Valor preditivo Probabilidade do resultado do teste estar verdadeiro• "uma pessoa testou positivo, qual a chance do teste ser verdadeiro?", ou seja, qual a chance do teste ter detectado uma pessoa realmente doente • VPP = A/A+B (Os verdadeiros positivos sobre todos os resultados que deram positivo, seja verdadeiro ou não) Chance do positivo ser verdadeiro- VPP = Valor Preditivo Positivo- • VPN = D/C+D Chance do negativo ser verdadeiro- VPN = Valor Preditivo Negativo- • → Em casos de testes muito sensíveis, como a mamografia, que naturalmente é um exame muito sensível, se o resultado vier negativo, não é possível ter dúvidas se é um falso negativo, certamente é um verdadeiro negativo, então eu posso afirmar que a pessoa não tem a doença Ou seja, em um teste muito sensível, é bom quando o resultado vem negativo, pois é certeza que não é falso negativo • → Em casos de testes com uma especificidade muito alta, se o resultado vier positivo, não é possível ter dúvidas se é um falso positivo, certamente é um verdadeiro positivo, então eu posso afirmar que a pessoa tem a doença Ou seja, em um teste muito específico, é bom quando o resultado vem positivo, pois é certeza que não é falso positivo • → Variáveis contínuas Apesar das variáveis contínuas assumirem diversos valores, é estabelecido um limite que subdivide os grupos amostrais para análise dicotômica (tudo acima dele é considerado patológico e tudo abaixo dele é considerado normal) • Dessa forma, é quase impossível criar testes perfeitos, pois o limiar do adoecimento é meramente individual • Modificar o limite vai sempre alterar a sensibilidade e especificidade de um teste• Esse limite também é chamado de "cutoff point" ou "ponto de corte"• → Variando o ponto de corte→ Levando o ponto de corte mais para a esquerda (diminuindo o ponto de corte)• Associando testes Testes em série/sequência Você faz o primeiro teste, espera sair o resultado. Dependendo do resultado, você faz o segundo teste... - São feitos quando você não tem pressa / exames são caros / incômodos / de alto risco - Sensibilidade: diminui- Especificidade: aumenta- Detalhe: só faz o segundo teste se o primeiro der positivo- • Testes em paralelo Pedir um bando de teste junto sem ter noção do resultado de cada um individualmente - São feitos quando você tem pressa / é uma emergência / se trata de uma doença grave / com alto potencial lesivo - Sensibilidade: aumenta- Especificidade: diminui- Detalhe: só pode dar o resultado negativo se todos os exames derem negativos - • → Na prática Devemos aplicar os testes conhecendo as prevalências (probabilidade pré-teste) Se eu fazer um ECG em uma pessoa saudável que não tem sinais de infarto e sem saber disso e o exame der positivo, eu vou achar que é um infarto, ou seja, é um caso de FP - Antes de você passar algum teste, a possibilidade de pré-teste é a probabilidade dele estar doente - Se a prevalência for baixa e o exame der positivo, pode ser FP- Estimativa de prevalência Experiência pessoal▪ Compilação de dados locais▪ Estudos populacionais▪ Pesquisa clínica▪ - • Os agravos têm prevalências diferentes nos diferentes cenários de atendimento do sistema de saúde Achar uma pessoa com distrofia de Duchene num ambulatório especializado x na USF - • → A probabilidade de pré-teste (prevalência) pode aumentar ou diminuir com anamnese e exame físico • Variação dos dados Os dados podem assumir diversos valores, sempre dependendo do contexto em que sua coleta ocorre • Principalmente dependendo da aferição e do que foi aferido• Variação dependente da aferição Dependente da capacidade dos instrumentos de aferição- Depende dos aferidores, coletadores ou observadores- Pode ser diretamente afetado por um erro sistemático ou por um erro aleatório- Ou seja, totalmente relacionad o ao delineamento e a organização do estudo- Ex: aferir a pressão de uma pessoa magra com um manguito para pessoas obesas - • Variação dependente da biologia Surge por mudanças que ocorrem de maneira natural, mudanças biológicas comuns que surgem ao longo do tempo - Intraindivíduo (variação em um indivíduo só, o nosso corpo mesmo tem o metabolismo diferente ao longo do dia) e interindivíduos (variação em vários indivíduos diferentes) - • Variação total Resultado de todas as variações avaliadas em uma determinada amostragem- As variações vão interferir nos dados coletados e vão interferir nos trabalhos também - • → Desempenho das aferições Validade (acurácia) Mede aquilo que devia realmente medir Uma cânula intrarterial tem mais acurácia ao medir a pressão arterial do que um esfigmomanômetro ▪ - Geralmente associado a fatores concretos- Fatores subjetivos são avaliados por questionários padronizados e já previamente estruturados em outros estudos - Interfere diretamente na sensibilidade, na especificidade e nos valores preditivos - • Precisão (confiabilidade) Apesar de repetidas aferições, é preciso que se tenha os mesmos resultados- Feito por pessoas e instrumentos diferentes em diferentes momentos e em - • → Página 12 de P3 Levando o ponto de corte mais para a esquerda (diminuindo o ponto de corte)• Eu diminui os falsos negativos e aumentei os falsos positivos- Aumenta a sensibilidade, pois o FN diminuiu- Diminui a especificidade, pois o FP aumentou- Levando o ponto de corte mais para a direita (aumentando o ponto de corte)• Eu diminui os falsos positivos e aumentei os falsos negativos- Diminui a sensibilidade, pois o FN aumentou- Aumentei a especificidade, pois o FP diminuiu- É preciso buscar um ponto de corte em que eu consiga minimizar os resultados falsos, ou seja, uma falsa harmonia entre os falsos negativos e falsos positivos • O VPP vai mudar de acordo com a prevalência (VPP & Prevalência) Se a prevalência aumenta, o VPP aumenta• O VPN é o contrário• → Se eu aumento a sensibilidade, eu aumento o VPP (VPP > VPN)→ Se eu aumento a especificidade, eu aumento o VPN (VPN > VPP)→ Desenhos de pesquisa em epidemiologia Divisão dos estudos Tipo operativo Agregado: resultados geralmente mais gerais, tipo resultados populacionais- Individuado: resultados mais individuais- • Posição do investigados Observacional: ele só observa o estudo, ou seja, ele não vai, de forma alguma, interagir de modo a intervir no resultado final - Intervenção (experimental): o investigador vai estar abordando diretamente essa população, seja para estabelecer um tratamento ou um experimento... Contestar uma terapia... - • Referência temporal Transversal: como o nome diz, é um corte no tempo, é um retrato do tempo de uma determinada população em uma determinada situação - Longitudinal:
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