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1 Marketing Estratégico MARKETING ESTRATÉGICO GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS 1 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS Núcleo de Educação a Distância Gestão Contábil e de Custos CESCON, Prof.º Me. José Antônio Foz do Iguaçu - PR 2014. 88 p. Tecnólogo em Gestão Comercial - EaD CDU: 657.47 NEAD – Núcleo de Educação a Distância Av. Bartolomeu de Gusmão, 1324 - Centro – CEP: 85.852-130 Foz do Iguaçu – Paraná / ead.udc.br / 3574-6900 2 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS APRESENTAÇÃO Prezado(a) Acadêmico(a), Você está participando da disciplina de Gestão Contábil e de Custos na modalidade à distância, ofertada pelo Centro Universitário Dinâmica das Cataratas - UDC. Sabemos que o seu percurso de aprendizagem necessita ser acompanhado e orientado, para que você obtenha sucesso nos estudos e construa um conhecimento relevante à sua formação profissional. Preparamos este material didático com os conteúdos teóricos e as orientações de atividades planejadas pelo professor, possibilitando, assim, guiá-lo no autoestudo ao longo do semestre. Além disso, você conta com o ambiente virtual de aprendizagem como espaço de estudo e de participação ativa no curso. Nele você encontra as orientações para realizar atividades e avaliações on-line, além de recursos que vão enriquecer a proposta deste material didático, tais como links para sites da Internet, vídeos gravados pelo professor e outros por ele sugeridos, textos, animações, ilustrações, dentre outras mídias. Lembre-se, no entanto, de que você deve se organizar para criar sua própria autonomia de estudo. Isso inclui o planejamento do seu tempo de dedicação ao estudo individual e de participação colaborativa no ambiente virtual. Este material é o seu livro-texto e apoio importante no desenvolvimento de sua aprendizagem no curso. Bom estudo! Reitoria UDC On-line 3 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 2 UNIDADE I – ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL (BP) E DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) ......................... 7 1.1. A CONTABILIDADE E SUA IMPORTÂNCIA PARA AS ENTIDADES .................. 7 1.2. CONCEITO DE CONTABILIDADE ....................................................................... 7 1.2.1. Objetivo e finalidade da contabilidade .......................................................... 8 1.2.2. Campo de atuação da contabilidade ............................................................. 8 1.2.3. Demonstrações contábeis .............................................................................. 9 1.3. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL .............................................................................. 9 1.3.1. Ato/Fato administrativo .................................................................................. 9 1.3.2. Classificação dos fatos ................................................................................. 10 1.3.3. Fatos permutativos ....................................................................................... 10 1.3.4. Fatos modificativos ....................................................................................... 10 1.3.5. Fatos mistos .................................................................................................. 10 1.3.6. Método de escrituração ................................................................................ 10 1.3.7. Processos de escrituração ........................................................................... 11 1.3.8. Processo manual ........................................................................................... 11 1.3.9. Processo eletrônico ...................................................................................... 11 1.3.10. Contas .......................................................................................................... 11 1.3.11. Razão ............................................................................................................ 12 1.3.12. Representação gráfica da ficha do razão .................................................. 12 1.3.13. Razonete do tipo “t” .................................................................................... 13 1.3.14. Lançamentos a Débito e a Crédito ............................................................. 13 1.3.15. Contas de Ativo ........................................................................................... 14 1.3.16 Contas do Passivo e do Patrimônio Líquido ............................................. 14 1.3.17 Contas de Receitas e Despesas .................................................................. 14 1.3.18 Despesas ....................................................................................................... 15 1.3.19 Resumo do mecanismo de débito e crédito .............................................. 16 1.3.20 Teoria das Contas ........................................................................................ 17 1.3.21 Contas Patrimoniais ..................................................................................... 17 1.3.22 Contas de Resultado .................................................................................... 17 4 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS 1.3.23 Escrituração no Livro Razão ....................................................................... 17 1.3.24 Escrituração no Livro Diário ....................................................................... 19 1.4 BALANÇO PATRIMONIAL .................................................................................. 20 1.5 ATIVO E PASSIVO ............................................................................................. 20 1.5.1 Bens................................................................................................................. 20 1.5.2 Direitos ............................................................................................................ 21 1.5.3 Obrigações ...................................................................................................... 21 1.5.4 Composição do Ativo e do Passivo .............................................................. 21 1.5.5 Ativo Circulante .............................................................................................. 22 1.5.6 Ativo não Circulante....................................................................................... 23 1.5.7 Passivo ............................................................................................................ 24 1.5.8 Passivo Circulante ......................................................................................... 24 1.5.9 Passivo não Circulante .................................................................................. 25 1.5.10 Patrimônio Líquido ....................................................................................... 25 1.5.11 Critérios de Avaliação do Ativo .................................................................. 25 1.5.12 Custo de Aquisição ou Custo Histórico ..................................................... 26 1.5.13 Custo ou Mercado (custo de reposição) .................................................... 27 1.5.14 Equivalência Patrimonial .............................................................................27 1.5.15 Critérios de Avaliação do Passivo e do Patrimônio Líquido .................... 29 1.5.16 Valor de Face do Documento ...................................................................... 29 1.5.17 Valor Corrigido (Variação da Moeda).......................................................... 30 1.5.18 Valor Corrigido Acrescido de Juros (Variação da Moeda mais Encargos Financeiros) ............................................................................................................. 30 1.6 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO ................................................................. 30 1.6.1 Mensuração .................................................................................................... 30 1.6.2 Estrutura da Demonstração de Resultado ................................................... 31 UNIDADE II – LEITURA E INTERPRETAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (BP E DRE) ......................................................................................... 33 2.1 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................................. 37 2.1.1 Análise Horizontal .......................................................................................... 37 2.1.2 Análise Vertical ............................................................................................... 38 2.1.3 Análise de Quocientes ................................................................................... 41 2.1.4 Quocientes de solvência - Quociente de Liquidez Imediata ....................... 42 2.1.5 Quociente de Liquidez Seco .......................................................................... 43 5 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS 2.1.6 Quociente de Liquidez Corrente ................................................................... 44 2.1.7 Quociente de Liquidez Geral ......................................................................... 45 2.1.8 Quocientes de Garantia de Capital de Terceiros ......................................... 46 2.1.9 Capital de Giro ................................................................................................ 46 UNIDADE III – CUSTOS: CONCEITOS E DEFINIÇÕES ......................................... 48 3.1 ESTOQUE ........................................................................................................... 49 3.2 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS ................................................................. 50 3.2.1 Mercadorias .................................................................................................... 50 3.2.2 Apuração do CMV........................................................................................... 50 3.2.3 Inventário Periódico ....................................................................................... 50 3.2.4 Inventário Permanente ................................................................................... 51 3.2.5 Custo das Compras de Mercadorias ............................................................ 52 3.2.6 Métodos de Avaliação dos Estoques ........................................................... 53 3.2.7 Custo Específico ............................................................................................ 53 3.2.8 PEPS ou FIFO ................................................................................................. 53 3.2.9 UEPS ou LIFO ................................................................................................. 53 3.2.10 Média Ponderada Móvel - (MPM) ................................................................. 54 3.2.11 Custo de Reposição ..................................................................................... 54 3.2.12 Custo dos Estoques e a Legislação ........................................................... 54 3.3 CUSTOS CONCEITOS E CLASSIFICAÇÃO ...................................................... 56 3.3.1 Classificação dos Custos .............................................................................. 56 3.3.2 Classificação dos Custos Quanto à Variação dos Valores de Produção .. 56 3.3.3 Classificação dos Custos quanto à Forma de Distribuição e Apropriação .................................................................................................................................. 58 3.4 PRINCÍPIOS DE CUSTEIO ................................................................................. 58 3.5 SISTEMA DE CUSTEIO DIRETO/VARIÁVEL ..................................................... 59 3.5.1 Sistema de Custeio por Absorção ................................................................ 59 3.6 MÉTODOS DE CUSTEIO ................................................................................... 60 3.7 MÉTODOS DE ALOCAÇÃO DE CUSTOS .......................................................... 61 3.7.1 Método arbitrário ............................................................................................ 62 3.7.2 Método dos Centros de Custos .................................................................... 63 3.7.3 Custeio Baseado em Atividades (Activity Based Costing) ......................... 68 3.7.4 Fases do Desenvolvimento do Custeio por Atividades .............................. 69 3.7.5 Identificação das Atividades ......................................................................... 70 6 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS 3.7.6 Atribuição dos custos aos produtos ........................................................ 73 3.7.7 Por que Implantar o ABC? ............................................................................. 74 3.7.8 ABC – Vantagens e Desvantagens ............................................................... 75 UNIDADE IV – ANÁLISE DOS CUSTOS ................................................................. 81 4.1 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO .......................................................................... 81 4.1.1 Ponto de Equilíbrio......................................................................................... 81 4.1.2 Alavancagem Operacional ............................................................................. 84 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 87 7 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS UNIDADE I – ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL (BP) E DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) 1.1. A CONTABILIDADE E SUA IMPORTÂNCIA PARA AS ENTIDADES Administrar em tempos atuais tem-se tornado um desafio constante aos administradores, a velocidade com que produtos são substituídos ou mesmo sofrem modificações tem lhes tirado o sono. Conduzir uma entidade, qualquer que seja seu ramo de atividade ou mesmo até seu tamanho seja ele em espaço físico ou em volume de vendas requer conhecimentos constantes da estrutura e das modificações desta entidade oriunda de sua atividade. Não é de hoje que as decisões de cunho estratégico dos administradores necessitam além do conhecimento profundo dos seus produtos e de seus mercados, também o real conhecimento da situação econômica patrimonial destas entidades, conhecimento este que se dá através da correta leitura e interpretação das demonstrações contábeis. Estas informações precisam ser em tempo real, pois se assim não o forem, poderão embora corretas, não serem mais úteis para a tomada de decisão. Daí a real importância da contabilidade para as entidades. Devemos, embora saibamos que é de difícil compreensão num primeiro momento desvincular a contabilidade propriamente dita, das imposições fiscais e tributárias, oriundas dos fiscos, tanto nas esferas Municipal,Estadual e Federal. Este assunto, contabilidade tributária será abordado mais adiante em curso específico. 1.2. CONCEITO DE CONTABILIDADE Para abordarmos a importância da contabilidade para as empresas, precisamos antes de tudo conceitua-la: “Contabilidade é a ciência que estuda, registra, analisa e interpreta todos os fatos ocorridos dentro de uma entidade, tendo como propósito o de fornecer informações da composição de um patrimônio, suas 8 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS variações e resultado econômico proveniente da aplicação da riqueza empregada na formação deste patrimônio”. 1.2.1. Objetivo e finalidade da contabilidade A contabilidade tem por objetivo, “o estudo do patrimônio destas entidades”. A contabilidade tem pôr finalidade prestar informações aos gestores de uma entidade para que os mesmos possam ter o controle destas entidades, às tomadas de decisões bem como o planejamento de uma entidade está intimamente ligado à contabilidade. 1.2.2. Campo de atuação da contabilidade O campo de aplicação da contabilidade é vasto, incluindo todas as entidades, sejam elas públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos. Exemplos de entidades públicas (Prefeituras, governo do Estado, etc.). Exemplos de entidades privadas (Restaurantes, lojas, indústrias, etc.). Exemplos de entidade sem fins lucrativos (Clubes, Igrejas, etc.). É importante lembrar que as informações contábeis, não são somente para os administradores destas entidades (empresas), mas também aos que necessitam e utilizam estas informações, mesmo estando fora da entidade. (Ex.: acionistas, fornecedores, clientes, bancos, etc.). A maneira correta de se conhecer o mundo econômico a sua volta é saber interpretar dados das demonstrações econômicas das entidades que se mantêm relações ou se pretenda ter. As demonstrações Contábeis são as melhores fontes de dados para delinear a situação socioeconômica de uma entidade. Um dos mecanismos utilizados para se obter este conhecimento da situação das entidades é através das análises das demonstrações contábeis. O objetivo da análise das demonstrações contábeis é traduzir em informações úteis, os números apresentados nas demonstrações. As maiores dificuldades dos administradores, gestores e empresários em geral é entender de modo racional as demonstrações contábeis. 9 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS Traduzir em informações úteis os números apresentados pela contabilidade na verdade não é tarefa fácil para muitos destas pessoas. 1.2.3. Demonstrações contábeis As principais peças que compõem as demonstrações contábeis são Balanço Patrimonial (BP); Demonstração de Resultado do Exercício (DRE); Demonstração de Fluxo de Caixa (FC), e; Notas Explicativas (NE). 1.3. ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL A escrituração contábil é o registro de operações que modificam o patrimônio de uma entidade, com metodologia própria adotada pela contabilidade. É feita nos livros compatíveis e aceitas pela técnica contábil e pelas legislações comercial e fiscal vigente a época da escrituração. Escrituração contábil é, portanto, os registros dos fatos contábeis, segundo os princípios e as normas técnicas-contábeis aceitas pela legislação, que visa demonstrar a situação patrimonial de uma entidade e seu resultado. 1.3.1. Ato/Fato administrativo Ato administrativo é a tomada de decisão que não origina um registro contábil. Ex.: Pedido de mercadorias. Fato administrativo é a tomada de decisão que origina um registro contábil (altera um patrimônio). Ex.: Compra ou venda de mercadorias. 10 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS 1.3.2. Classificação dos fatos Os fatos que dão origem aos registros contábeis podem ser classificados em três categorias, que são: os fatos permutativos, fatos modificativos e os mistos. 1.3.3. Fatos permutativos Fatos permutativos são aqueles que permutam elementos do ativo e passivo sem interferirem na situação líquida do patrimônio. Provocam as variações qualitativas. Ex.: Aquisição de veículos à vista (+A; -A). 1.3.4. Fatos modificativos Fatos Modificativos são operações que modificam a situação líquida do patrim6onio, aumentando ou diminuindo. Classificam-se em aumentativos e diminutivos. Ex.: Receita de serviços prestados (+A; +PL); Despesas com aluguel (- A; -PL). 1.3.5. Fatos mistos Fatos mistos são as operações que combinam, ao mesmo tempo, um fato permutativo com um fato modificativo. Alteram o patrimônio em qualidade e quantidade e classificam-se em aumentativos e diminutivos. Ex.: Venda de mercadorias com lucro (+A; -A; +PL). 1.3.6. Método de escrituração O método utilizado é das Partidas Dobradas, este método é adotado universalmente desde a sua divulgação em 1494, pelo frei Luca Paccioli. 11 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS O método das partidas dobradas tem como princípio fundamental o pressuposto de que não há devedor sem credor e vice-versa. Melhor explicando isto significa que para cada débito ou mais, haverá um ou mais créditos correspondente de maneira que prevaleça sempre o equilíbrio na equação patrimonial. 1.3.7. Processos de escrituração Processo de escrituração é a forma como os fatos contábeis são registrados nos livros específicos para estes registros. Podem ser de forma manual ou eletrônica. 1.3.8. Processo manual Processo manual é o mais rudimentar e a mais antiga forma de registros dos fatos contábeis. É pouco utilizado atualmente. Consiste em registrar as operações contábeis manualmente. 1.3.9. Processo eletrônico Processo eletrônico é o registro das operações contábeis com o uso de computadores, através do uso de programas pré-estabelecidos numa sequência lógica de códigos, nomes e números. É o processo usado na atualidade, permite agilidade nos registros dos fatos contábeis, bem como facilita a estruturação das demonstrações contábeis de acordo com a necessidade de cada usuário. 1.3.10. Contas As operações realizadas ocasionam aumento ou diminuições do patrimônio. Esses fatos contábeis são lançados ou registrados no que chamamos de CONTA. 12 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS Ex.: O dinheiro que a empresa possui e está na empresa é representado pela conta caixa. O que está no banco e pertence à empresa é representado pela conta banco conta movimento. O investimento efetuado pelos proprietários da empresa é representado pela conta capital social; os gastos que a empresa efetuar com o salário de seus funcionários é representado pela conta despesa com salários, etc. 1.3.11. Razão Razão é a ficha individual de cada conta, antigamente, as contas eram registradas em folhas ou fichas soltas, Hoje o sistema informatizado possibilita o seu registro continuo e eficiente com menor tempo e custo de escrituração. Para cada conta deve existir pelo menos uma ficha de razão. 1.3.12. Representação gráfica da ficha do razão A ficha do razão é representada graficamente da seguinte forma: Conta: (número e nome da conta), código reduzido. Tabela 1: Ficha do razão. Data Origem Lote Conta Histórico Débito Crédito Saldo Fonte: Elaborado pelo autor. Onde: Título: é a descrição da conta. É o nome do elemento patrimonial que ela representa. Conta: é acodificação numérica da conta, e seu nome; Data: é a data da ocorrência do fato; Origem: se é entrada, saída, lançamento, etc.; 13 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS Lote: número de identificação do lote de lançamento; Conta: Contrapartida do lançamento (a outra conta); Histórico: é a descrição do fato registrado; Débito: é o registro do valor lançado a débito na conta; Crédito: é o registro do valor lançado a crédito na conta; Saldo: é a diferença matemática entre os valores do débito e do crédito da conta. O saldo será devedor quando os valores lançados a débito forem superiores aos lançados a crédito. O saldo será credor quando os valores lançados a crédito forem superiores aos lançados a débito. 1.3.13. Razonete do tipo “t” Simplificando a ficha do razão, podemos apresentá-la da seguinte forma. 1.3.14. Lançamentos a Débito e a Crédito As contas possuem dois lados (esquerdo e direito). No lado esquerdo, serão efetuados os lançamentos a débito e, no lado direito, os lançamentos a crédito, sendo que como já mencionado anteriormente o lado esquerdo representa as aplicações e, no lado direito, as origens dos recursos. As contas representativas dos Bens e Direitos terão sempre saldo devedor ou nulo, portanto seus saldos serão sempre do lado esquerdo do razonete. As contas das Obrigações, bem como as do Patrimônio Líquido, terão saldo credor ou nulo, portanto seus saldos serão sempre do lado direito do razonete. 14 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS 1.3.15. Contas de Ativo As contas do ativo representam as aplicações em bens e direitos. Portanto, quando ocorrem aumentos, de bens ou direitos, a conta será debitada e, quando ocorrem diminuições de bens e direitos, a conta será creditada. CONTA DÉBITO CRÉDITO ATIVO (bens e direitos) AUMENTA DIMINUE 1.3.16 Contas do Passivo e do Patrimônio Líquido Representam as obrigações da empresa. Sempre que ocorrem aumentos de obrigações, a conta será creditada e, quando ocorrem diminuições de obrigações, a conta serra debitada. Contas do passivo no mecanismo de débito e crédito. CONTA DÉBITO CRÉDITO PASSIVO (obrigações com 3os) DIMINUE AUMENTA PATRIMONIO LIQUIDO DIMINUE AUMENTA 1.3.17 Contas de Receitas e Despesas As contas de receitas e despesas representam o resultado que a empresa obtém através de sua atividade. Mas o que são receitas e despesas na linguagem contábil? 15 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS 1.3.17.1 Receitas Receitas são todas as entradas ou prováveis entradas (direitos) de numerários (dinheiro) decorrentes da alienação (venda) de um bem ou serviço. As receitas decorrentes da atividade objeto social da entidade, são denominadas, “Receitas Operacionais”, como por exemplo, podemos citar as receitas decorrentes da venda de um produto fabricado pela entidade, uma mercadoria adquirida para revenda ou a receita de um serviço prestado como uma diária de um hotel. As demais receitas são denominadas, “Receitas não Operacionais”, como por exemplo, podemos citar as receitas financeiras decorrente da cobrança de juros de clientes em atraso, estas receitas embora tenham uma ligação com o objeto social da entidade, não são decorrentes da atividade, mas sim consequentes da atividade da entidade. Claro que aqui estamos falando de uma entidade industrial, comercial ou mesmo de uma prestadora de serviços, pois no caso de uma entidade financeira, como um banco, por exemplo, esta receita seria operacional, pois esta atividade é o objeto social deste tipo de entidade. As receitas por representarem origem de recursos, serão creditadas por aumentos e debitadas por diminuições (quando há devoluções, por exemplo). 1.3.18 Despesas Despesas são todos os sacrifícios incorridos para se gerar uma receita. Também aqui as decorrentes das atividades são denominadas de “Despesas Operacionais”, como, por exemplo, o custo do produto fabricado (matéria prima utilizada, mão de obra, energia, depreciação, etc.), o custo da mercadoria vendida (custo da mercadoria acrescida do frete, seguro se houver, diminuída dos impostos recuperáveis) ou o custo do serviço prestado (mão de obra e insumos utilizados na prestação do serviço). Nós acabamos por apresentar um termo novo neste contexto de operação de produtos quer, sejam mercadorias ou serviços, que é o termo “Custos”, de um 16 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS modo geral custo, muito se assemelha ao termo despesa, mas não é a mesma coisa. Oportunamente em capítulo específico abordaremos o assunto. As demais despesas são denominadas de “Despesas não Operacionais”, como, por exemplo, os juros pagos nas obrigações pagas em atraso, os descontos concedidos incondicionalmente, etc. As despesas, por representarem aplicações de recursos, serão debitadas por aumentos e creditadas por diminuições desses recursos. Contas de receitas e despesas no mecanismo de débito e crédito. CONTA DÉBITO CRÉDITO RECEITAS DIMINUE AUMENTA DESPESAS AUMENTA DIMUNUE 1.3.19 Resumo do mecanismo de débito e crédito CONTAS DO QUANDO OCORREM AUMENTOS DIMINUIÇÕES Ativo Debita Credita Passivo Credita Debita Patrimônio líquido Credita Debita Receitas Credita Debita Despesas Debita Credita Na forma de razonete, resumindo os saldos das contas ficariam assim dispostos. Débito Crédito Bens Obrigações Direitos Receitas Despesas Conta 17 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS 1.3.20 Teoria das Contas As demonstrações contábeis no Brasil são elaboradas e apresentadas sob a Teoria Patrimonialista, a qual considera o patrimônio como objeto da contabilidade, estuda as contas sob os aspectos estático e dinâmico e divide as contas em patrimoniais e de resultado. 1.3.21 Contas Patrimoniais Contas patrimoniais são as contas que representam o patrimônio da empresa, ou seja, as contas do Ativo, as contas do Passivo e do Patrimônio Líquido. Ex: Caixa, Bancos, Fornecedores, Capital Social, Lucro do Exercício, Etc. 1.3.22 Contas de Resultado Contas de resultado são as contas de Receitas e Despesas, Ex: Receitas de Vendas, Despesas com Salários Etc. 1.3.23 Escrituração no Livro Razão Vamos supor que duas pessoas formem uma sociedade, como exemplo uma empresa de vendas de determinado produto, por exemplo, produto X. O capital investido por cada um dos sócios é o seguinte: Sócio A - $ 5.000,00 em dinheiro; Sócio B - $ 3.000,00 em Veículo e $ 2.000,00 em Mercadorias. TÍTULO: CAIXA CÓDIGO: 1.1.1 DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO SALDO ANTERIOR 18 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS 02.01 Integralização capital sócio A 5.000,00 5.000,00 TÍTULO: VEÍCULO C CÓDIGO:1.3.2.1-03 DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO SALDO ANTERIOR 02.01 Integralização capital sócio B 3.000,00 3.000,00 TÍTULO: MERCADORIAS CÓDIGO:1.1.4.1-01 DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO SALDO ANTERIOR 02.01 Integralização capital sócio B 2.000,00 2.000,00 TÍTULO: CAPITAL SOCIAL CÓDIGO: 2.3.1.1 DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO SALDO ANTERIOR 02.01 Integral. Capital sócio A e B 10.000,00 10.000,00 Utilizando os Razonetes tipo “T” teremos então: 5.000,00 5.000,00 3.000,00 2.000,00 5.000,00 5.000,00 10.000,00 3.000,00 2.000,00Caixa Capital Social Veículos Mercadorias 19 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS 1.3.24 Escrituração no Livro Diário Existem quatro formas para a escrituração dos lançamentos das operações contábeis no livro diário, a saber: Primeira forma: quando há apenas um débito e um crédito. Ex.: Compra de móveis para escritório com pagamento a vista por $1.000,00. Segunda forma: Quando há apenas um débito e vários créditos. Ex.: Compra de um veículo por $ 5.000,00; sendo $ 3.000,00 pagos de entrada em dinheiro à vista e o saldo restante a pagar a prazo. Terceira forma: Quando há vários débitos e apenas um crédito Ex.: Venda de mercadorias por $ 200,00; sendo $ 100,00 à vista e $100,00 a prazo. Quarta forma: quando existe a escrituração de várias contas debitadas e várias contas creditadas. Ex.: Compra de material de consumo a prazo por $ 50,00 e mercadorias à vista por $ 500,00. Registrando no diário as operações expostas: D ATA L OTE CONTA HISTORICO DEBITO CREDITO 0 3/01 1 Moveis e Utensílio s Referente aquisição de moveis conforme NF 001 fornecedor ABC 1.000,00 0 3/01 1 Caixa Referente pagamento NF 001 fornecedor ABC 1.000,00 0 3/01 4 Veículo Referente aquisição veículo placa AAA-0101 Renavan 203 5.000,00 0 3/01 1 Caixa Referente pagamento entrada compra veículo 3.000,00 0 3/01 3 Fornece dor Referente saldo a pagar compra veículo fornecedor BCA 2.000,00 0 3/01 1 Caixa Referente entrada por venda de mercadorias 100,00 0 3/01 2 Clientes Referente venda à prazo de mercadorias p/ cliente 034 100,00 0 5 Receita Referente saída de mercadorias 200,00 20 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS 3/01 de Vendas conforme NF 003 serie única 0 3/01 3 Material de Expedien te. Referente aquisição material de expediente conforme NF 021 Cia. XY 50,00 0 3/01 3 Compras Referente aquisição de mercadorias conforme NF 031 empresa YX 500,00 0 3/01 3 Fornece dor Referente valor a pagar compra mat. exp. cfe NF 021 Cia. XY 50,00 0 3/01 1 Caixa Referente pagamento compra mercadorias NF 031 empresa YX 500,00 1.4 BALANÇO PATRIMONIAL O balanço patrimonial é a demonstração estática de um patrimônio num determinado momento, é a demonstração da composição financeira e patrimonial da entidade na data em que foi levantada a sua composição. Mas o que é um patrimônio: “patrimônio é o conjunto de bens, direitos (ATIVO) e obrigações (PASSIVO), pertencentes a uma ou a um conjunto de pessoas, quer sejam pessoas físicas ou jurídicas”. 1.5 ATIVO E PASSIVO 1.5.1 Bens Mas o que são Bens na linguagem contábil. Bens são: “Algo que satisfaz uma necessidade (geram benefícios no presente e no futuro), podem ser identificados, quantificados, mensurados e estão sob minha posse direta. Os Bens podem ser assim divididos”: 21 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS Bens tangíveis: são bens corpóreos. Ex.: Veículos, Móveis, Ferramentas, Edificações, etc. Bens intangíveis: são os bens incorpóreos. Ex.: Marcas, Patentes de Invenção, etc. 1.5.2 Direitos E o que são Direitos: “Algo que satisfaz uma necessidade, (geram benefícios no presente e no futuro), podem ser identificados, quantificados, mensurados e estão sob minha posse indireta.”: Ex.: Dinheiro em banco, Contas a receber, Empréstimos concedidos, etc. 1.5.3 Obrigações E o que são Obrigações: “São sacrifícios futuros de um bem ou direito, para a manutenção de um bem ou direito adquirido no passado”. Ex.: Fornecedores; Impostos a pagar, Salários a pagar, Empréstimos contraídos, etc. As obrigações se dividem em obrigações para com terceiros e obrigações para com os sócios ou acionistas. Portanto, podemos afirmar que um patrimônio é composto pôr duas partes, sendo uma POSITIVA e outra NEGATIVA. A parte positiva aqui nós denominamos de ATIVO e a parte negativa de PASSIVO. No passivo incluímos também o patrimônio líquido, que é o Capital inicial e suas variações, ou seja, as obrigações para com os sócios e/ou acionistas. 1.5.4 Composição do Ativo e do Passivo Na forma resumida, o balanço patrimonial não oferece muitos subsídios para quem se utiliza de seus dados, daí que e em atendimento a lei 6404/76 e suas atualizações (Lei 11638/07 e Lei 11941/09), ele é assim subdividido. 22 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO CIRCULANTE Disponível Créditos Estoque Outros Créditos Despesas Antecipadas NÃO CIRCULANTE Realizável à Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível PASSIVO CIRCULANTE Obrigações Sociais e Trabalhistas Obrigações Tributárias Fornecedores Empréstimos e Financiamentos Outras Obrigações Receitas Antecipadas NÃO CIRCULANTE Exigível à Longo Prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Realizado Reservas Prejuízo Acumulados Nota-se que o modelo adotado no Brasil, a montagem do balaço patrimonial, foi elaborada de forma a privilegiar e evidenciar a sua liquidez, ou seja, no lado do ativo classificamos os itens que compõem o patrimônio de uma entidade, pela ordem de solvência, bem como o passivo pela ordem de prioridades de pagamentos. Assim temos que os bens e direitos do disponível, são os itens já realizados (transformados em dinheiro), na sequência vem os direitos adquiridos pela atividade e que teoricamente são na ordem disposta os próximos itens a serem realizados (transformados em dinheiro). Já para o passivo, elegemos como obrigação prioritária os pagamentos dos Salários e Encargos, as Obrigações Tributárias e depois os fornecedores, pois na prática, são eles que dão suporte para a manutenção das atividades da entidade, pois uma entidade com restrições de crédito está fadada ao fracasso. 1.5.5 Ativo Circulante No Ativo Circulante são classificadas as contas de Bens e Direitos que possuem movimentação frequente, este grupo do ativo é dividido nos seguintes subgrupos. 23 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS Ativo Circulante - Disponível: Contas de bens e direitos que estão à disposição da empresa para uso imediato, Ex.: Caixa, Banco Conta Movimento, Aplicação Mercado Financeiro. Ativo Circulante - Créditos: Contas dos direitos que a empresa tem a realizar (receber), e são decorrentes da atividade da empresa. Ex.: Títulos a receber (Boletos Bancários, Duplicatas a Receber, Notas a Receber, etc.). Ativo Circulante - Estoque: Contas dos bens que a empresa possui para revenda, transformação ou para seu uso próprio. Ex.: Mercadorias para revenda, Matéria prima, Produtos de uso e consumo (insumos). Ativo Circulante - Outros Créditos: Contas dos direitos que a empresa tem a realizar e que é consequência de suas atividades. Ex.: Impostos a recuperar, Adiantamentos a Fornecedores, Adiantamento de Férias, etc. Ativo Circulante - Despesas Antecipadas: Contas dos direitos que a empresa possui de bens e serviços pagos antecipadamente. Ex.: Seguros a apropriar, assinatura de jornal a apropriar. 1.5.6 Ativo não Circulante Ativo não Circulante - Realizável á Longo Prazo - Créditose Valores: Contas de direitos a realizar da empresa. Ex.: Clientes, depósitos para litígios, Consórcios acima de 12 meses. No Ativo não Circulante - Investimentos: Contas dos direitos da empresa que são utilizadas para ganho de capital. Ex.: Participações em sociedade coligada, Títulos patrimoniais. No Ativo não Circulante - Imobilizado Tangível: Contas dos bens de produção e/ou sustentação da empresa. Ex.: Imóveis, Edificações, Veículos, Moveis e Utensílios, Máquinas e Equipamentos, Equipamentos de Informática, Ferramentas, Instalações, etc. No Ativo não Circulante - Imobilizado Intangível: Contas dos Direitos de produção e/ou sustentação da empresa. Ex.: Marcas e Patentes, Direitos Autorais, Franquias, Royalts, etc. No Ativo não Circulante – Depreciação Acumulada: Na depreciação acumulada são classificadas as contas redutoras dos bens do ativo permanente que 24 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS sofrem depreciação. Depreciação é o reconhecimento de perda de valor do bem por uso, desgaste ou por este bem tornar-se obsoleto em função de novas tecnologias. 1.5.7 Passivo Representa as obrigações da Entidade para com Terceiros e para com os Sócios ou Acionistas da Entidade. O passivo também é dividido em grupos os quais são assim denominados; Passivo Circulante; Passivo não Circulante; Patrimônio Líquido. 1.5.8 Passivo Circulante O grupo do passivo circulante compreende as obrigações da empresa á curto prazo. É dividido nos seguintes subgrupos: Passivo Circulante – Empréstimos e Financiamento: Contas que representam obrigação da empresa referentes a tomada de recursos para capital de giro e/ou financiamento de bens de produção. Passivo Circulante - Obrigações Sociais e Trabalhistas: Contas representativas das obrigações da empresa para com seu corpo de funcionários. Ex.: Salários a pagar, FGTS a recolher, etc. Passivo Circulante - Obrigações Tributárias: Contas representativas das obrigações com os impostos decorrentes da atividade da empresa. Ex.: IPI, ICMS, Etc. Passivo Circulante - Fornecedores: Contas que representam obrigações da empresa para com terceiro - Créditos de Funcionamento. Ex.: Duplicatas a pagar. Passivo Circulante – Outras Obrigações: Contas que representam outras obrigações da empresa para com terceiros. Ex.: Água, Luz e Telefone a pagar. Passivo Circulante - Receitas Antecipadas: Contas que representam a obrigação da empresa de fornecer um produto ou prestar serviço recebido antecipadamente. 25 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS 1.5.9 Passivo não Circulante É o passivo exigível a longo prazo, compreende as obrigações da empresa a longo prazo; é dividido nos seguintes subgrupos: Passivo não Circulante - Exigível á Longo Prazo - Fornecedores: Contas que representas obrigações com terceiros, decorrentes da atividade da empresa, mas que sua exigibilidade transcenda um ou mais exercício. Passivo não Circulante - Exigível á Longo Prazo - Receitas Futuras: contas semelhantes a da receita antecipada do passivo circulante, mas que sua exigibilidade também transcenda um ou mais exercício. 1.5.10 Patrimônio Líquido Este grupo de contas engloba as obrigações da empresa para os sócios (o capital investido pelos sócios deve dar retorno positivo). É composto das seguintes contas: Patrimônio Líquido - Capital Social: É o investimento inicial dos sócios e suas variações; Patrimônio Líquido - Reservas Legais: Contas representativas das reservas criadas pelo estatuto (S/A), a fim de preservar a solidez da empresa. Ex. Reservas de contingências, de Investimentos, de lucros; Patrimônio Líquido - Lucros /Prejuízos Acumulados: Conta dos lucros/prejuízos anteriores da empresa, mais o resultado do exercício que não foram distribuídos aos sócios ou integralizados ao capital social. 1.5.11 Critérios de Avaliação do Ativo Quanto vale uma entidade? As respostas podem variar consideravelmente de acordo com os argumentos apresentados por quem quer que seja, quem está vendendo sempre quer atribuir um valor maior a sua entidade, e quem está comprando pondera justamente o contrário. Avaliar quanto vale uma entidade não é 26 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS tarefa fácil, existem vários fatores que, ou acrescem ou diminuem o valor real da entidade. Ao se avaliar uma entidade deve ser levado em conta, primeiramente a sua atividade, sua participação no mercado tanto no passado, quanto na atualidade e suas perspectivas para o futuro. Deve ser avaliado a sua carteira de clientes (fundo de comércio), as tecnologias empregadas no seu processo produtivo e, além disso, deve-se também conhecer o seu grau de compromisso e participação frente às novas fronteiras empresariais, no que diz respeito à responsabilidade social e ambiental. A primeira vista avaliamos uma empresa pela sua estrutura, composta pelos seus bens e direitos, o grau de comprometimento destes bens e direitos, face as obrigações para com terceiros e o resultado que esta entidade gera ou pode gerar em termos econômicos. Então, vale dizer que na maioria das vezes os valores expressos nas demonstrações contábeis não representam uma verdade em termos de avaliação do valor das entidades. Pode-se dizer que sim, pois aqui estamos falando em avaliação nos termos de alienação desta entidade (venda). Por isto e para que haja credibilidade e sensatez na elaboração das demonstrações contábeis, devemos seguir as normas e os princípios contábeis. 1.5.12 Custo de Aquisição ou Custo Histórico Em atendimento ao princípio do registro pelo valor original, os bens e direitos são registrados pelo valor da aquisição destes bens e direitos, como por exemplo, o estoque, ou os bens do ativo permanente. É uma avaliação estática que não leva em consideração o caráter dinâmico da economia com suas constantes trocas de preços. É o conceito de avaliação mais comum em contabilidade e é constantemente considerado como um sinônimo de avaliação contábil. O lucro tem origem pela diferença encontrada entre as receitas e as despesas, não levando em conta a época de formação. Porém estes demonstrativos a custo histórico perdem sua relevância para a tomada de decisão quando há flutuações de preços. 27 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS Veremos a seguir que embora tenham sido registrados pelo seu valor original, alguns itens podem ter seu valor modificado. 1.5.13 Custo ou Mercado (custo de reposição) Na avaliação dos estoques nós utilizamos diversos critérios, os quais serão oportunamente comentados, que podem nos indicar que nossos bens no estoque, embora possuam um valor de face (registrado), tem um valor de mercado maior ou menor. Neste caso para fins fiscais a contabilidade pode assumir outro valor que não o registrado, desde que este valor a ser assumido seja menor que o registrado. Gerencialmente para efeitos de apuração, por exemplo, do real valor que pode ser obtido com este estoque a empresa pode adotar o valor a menor tanto quanto o valor a maior. Alguns ramos de atividades, como supermercados, de eletroeletrônicos, já utilizam o custo de reposição como instrumento gerencial. Isto se explica pelo fato de este tipo de avaliação do estoque, permite uma visão á curto prazo, reduzindo assim os riscos de, por exemplo, de que a entidade pode demorar a detectar que determinado produto sofreu aumento ou redução nos seus custos de aquisição. No caso dos supermercados, principalmente os gênerosalimentícios que estão sujeitos a sazonalidades, sofrem constantes e rápidas alterações de custo, as de eletroeletrônicos, mais pela evolução tecnológica, que faz com que seus produtos sejam cada vez mais baratos. 1.5.14 Equivalência Patrimonial As participações permanentes em outras sociedades, classificadas no grupo Investimentos do Ativo não Circulante, tem a sua avaliação pela equivalência patrimonial. Estas participações são aplicações de interesse exclusivamente operacional, destinadas à manutenção, complementação ou diversificação das atividades próprias da entidade, ou exercidas com essa finalidade. São as participações previstas no § 3°, do artigo 2°, da Lei n° 6.404/76: "a entidade pode ter por objeto participar de outras sociedades, ainda que não prevista 28 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS no estatuto, a participação é facultada como meio de realizar o objeto social ou para beneficiar-se de incentivos fiscais". Os resultados e quaisquer variações patrimoniais de uma controlada ou coligada devem ser reconhecidos no momento de sua geração. O artigo 248 da lei 6404/76 determina a obrigatoriedade para as S/A, porém somente para os investimentos relevantes em sociedades coligadas, sobre cuja administração tenha influencia ou de que participe com 20% ou mais do capital social desta. A de se considerar sempre a relevância dos investimentos, quando estes representarem menos de 20%. O artigo 243 da lei 6404/76 atualizada pela Lei 11941/09 estabelece: § 1o São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. § 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. § 5o É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la." Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger/destituir a maioria dos administradores. O controle direto se dá quando a controladora detém diretamente 50% mais 1 do capital votante da controlada, já o controle Indireto se dá quando a controladora detém este controle através de outras coligas ou controladas. O valor do investimento é determinado no final do exercício mediante a aplicação, sobre o valor do patrimônio líquido da coligada ou controlada, da porcentagem de participação no seu capital. No método da equivalência patrimonial a conta investimentos será igual ao valor do patrimônio líquido da coligada ou controlada, proporcional à participação no seu capital. Se o valor do patrimônio da coligada ou controlada aumentar ou diminuir, haverá um aumento ou diminuição proporcional correspondente na conta de investimentos da investidora. 29 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS A lei no seu item III do artigo 248 estabelece que a diferença entre o valor do investimento, pelo método da equivalência e o custo de aquisição, somente será registrado como resultado do exercício quando: a) decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada; b) corresponder, comprovadamente a ganhos e perdas efetivos. Os Acréscimos ou decréscimos na conta de investimento que corresponda a lucro ou prejuízo do período da controlada ou coligada será registrado em contra partida como receita do ano na investidora. Essa receita/despesa entra como outras receitas/ despesas operacionais. Veja aqui a Lei 6404/76 atualizada pelas leis 10303/01, Lei 11638/07 e Lei 11941/09 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm 1.5.15 Critérios de Avaliação do Passivo e do Patrimônio Líquido Da mesma maneira que os itens que compõem o ativo, as obrigações das entidades também podem ser avaliadas de acordo com a circunstância e/ou a finalidade desta avaliação. Assim também os critérios adotados seguem as normas e os princípios contábeis geralmente aceitos. 1.5.16 Valor de Face do Documento É a contabilização da obrigação pelo valor expresso no documento que se está registrando, como por exemplo, compra a prazo de determinado produto. Sabemos que muitas vezes os encargos (juros), decorrentes da dilatação do prazo de pagamento, já está embutido no valor final do produto, mas ele não está destacado, sendo assim entendido como inexistente (no caso de registro em separado dos juros). 30 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS 1.5.17 Valor Corrigido (Variação da Moeda) Nas operações em que se condiciona o pagamento futuro de uma obrigação levando-se em conta a inflação no período, temos então que atualizar este valor da obrigação pelo índice da inflação do deste período, que pode ser mensal, trimestral, semestral ou anual, dependendo dos termos de quando da contratação da operação. Aqui podemos observar claramente a utilização do princípio da prudência. 1.5.18 Valor Corrigido Acrescido de Juros (Variação da Moeda mais Encargos Financeiros) Semelhante ao item anterior, onde atualizam-se as obrigações com a reposição da inflação do período mais encargos financeiros (juros), também de acordo com os termos de quando da contratação da operação. 1.6 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO “Apresentar, em forma resumida, as operações realizadas pela empresa, durante o exercício social, demonstradas de forma a destacar o resultado líquido do período (Fipecafi)”. CONTABILIZAÇÃO: Os procedimentos contábeis adotados na sistemática de contabilização dos fatos podem trazer dificuldades de interpretação dos dados. NOMENCLATURAS: Algumas nomenclaturas utilizadas não são suficientemente elucidativas do que ela representa, ou ainda, podem ser confusas. 1.6.1 Mensuração Na demonstração de resultados as receitas são registradas, quando ocorrem vendas a prazo a valor futuro e de forma cumulativa sem levar em consideração o valor do dinheiro no tempo. 31 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS Enquanto as despesas na sua maioria são registradas a valor da data de ocorrência. No entanto, os valores dos custos das mercadorias e produtos vendidos, são registrados a valores do passado. Assim o resultado apurado não reflete o desempenho obtido pela empresa num dado período, como é a pretensão da demonstração do resultado. 1.6.2 Estrutura da Demonstração de Resultado RECEITA BRUTA (-) Deduções (impostos incidentes, devoluções, descontos incondicionais) = Receita Liquida (-) CPV/CMV/CSV = Lucro Bruto Operacional (-) Despesas Operacionais = Lucro Operacional (+ ) Receitas não Operacionais ( - ) Despesas não Operacionais = Lucro Líquido antes da CS e IR (- ) Provisão para CS e IR Lucro Líquido após CS e IR (- ) Participações Lucro Líquido do Exercício DRE – Receita Bruta – São as entradas (vendas a vista) ou prováveis entradas (vendas a prazo), decorrentes da venda de um produto e/ou serviço – É o objeto social da entidade. DRE – Deduções da receita – São as devoluções de vendas, descontos incondicionais (após o reconhecimento da receita); os impostos e contribuições que incidem diretamente sobre as receitas, tais como o PIS, Cofins, ICMS, ISSQN (atentar para o regime tributário da empresa). Custos - São os sacrifícios incorridos na produção de um bem ou serviço. Custo dosProdutos Vendidos – Insumos consumidos na produção de um produto – Matéria prima, Mão de Obra, Energia Elétrica (utilizados na fabricação), etc. 32 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS Custos das Mercadorias Vendidas – São os custos efetivamente pagos na aquisição da mercadoria para revenda, acrescido do valor do frete, seguro e embalagem (caso estes sejam por conta do comprador), mais os impostos não recuperáveis (IPI), deduzido os impostos recuperáveis (ICMS, PIS, Cofins) dependendo do regime tributário da entidade vendedora e da compradora. Custo dos Serviços Prestados –– Insumos consumidos na produção de um serviço – Mão de Obra, Energia Elétrica, etc. Lucro Bruto – Montante que resulta das Receitas, menos as deduções e os custos de um produto, mercadoria e/ou serviço. Também é conhecido como margem de contribuição, ou seja, quanto que sobra para cobrir as demais despesas da entidade. Despesas Operacionais – São os sacrifícios incorridos para se gerar uma receita – Salários e encargos, aluguéis, material de expediente, uso e consumo, propaganda e publicidade, despesas com vendas, etc. (Exceto o que já foi alocado como custo de produção). Numa empresa estritamente comercial, exceto os custos com as mercadorias vendidas, todas as demais despesas inerentes a atividade são consideradas como despesas operacionais. Receitas e Despesas não Operacionais – São as receitas e despesas que são ou consequência da atividade ou financeiras (caso a entidade não seja deste ramo de atividade). Juros pagos e recebidos, receitas na venda de item do imobilizado, resultado de aplicações financeiras, etc. Lucro/Prejuízo antes do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) - Montante que será base de cálculo do IR e da CSLL. (Ver regime tributário da empresa). Participações – Parcela do lucro líquido, a ser distribuído aos acionistas, empregados e gestores da entidade a título de remuneração (de acordo com o disposto no estatuto e/ou contrato social da entidade). Lucro Líquido – Montante a ser destinado à constituição de reservas, aumento do capital social e/ou distribuído aos sócios ou acionistas. 33 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS UNIDADE II – LEITURA E INTERPRETAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (BP E DRE) Caro estudante, uma vez que conhecemos os elementos que a compõe o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício de uma entidade, passaremos a analisar as relações entre estes elementos, bem como o que eles representam nesta composição. Para facilitar nosso entendimento, apresentamos abaixo um Balanço Patrimonial, bem como a Demonstração de Resultado do Exercício de nossa entidade objeto de análise. ANO X1 ANO X2 AH AV - X1 AV - X2 ATIVO 1.787.085,00 1.559.365,00 -12,74% 100% 100% ATIVO CIRCULANTE 1.137.290,00 931.655,00 -18,08% 63,64% 59,75% DISPONIBILIDADES 547.500,00 360.740,00 -34,11% 30,64% 23,13% Caixa 93.480,00 99.630,00 6,58% 5,23% 6,39% Bancos Conta Movimento 37.730,00 26.625,00 -29,43% 2,11% 1,71% Aplicações Finan. Liquidez Imed. 100.835,00 116.090,00 15,13% 5,64% 7,44% Aplicações Finan. Curto Prazo 315.455,00 118.395,00 -62,47% 17,65% 7,59% CREDITOS 190.300,00 115.435,00 -39,34% 10,65% 7,40% Clientes - Cartões de Crédito 190.300,00 115.435,00 -39,34% 10,65% 7,40% OUTROS CREDITOS 15.370,00 17.440,00 13,47% 0,86% 1,12% Aluguel Sala 1 7.785,00 8.820,00 13,29% 0,44% 0,57% Aluguel Sala 2 7.585,00 8.620,00 13,65% 0,42% 0,55% ADIANT. A EMPREGADOS 0,00 1.995,00 0,00% 1,73% Adiantamento de Férias 0,00 1.995,00 0,00% 0,13% IMPOSTOS A RECUPERAR 2.245,00 745,00 -66,82% 0,13% 0,05% Inss a Recuperar 745,00 745,00 0,00% 0,04% 0,05% Antecipação refis 1.500,00 0,00 -100,00% 0,08% 0,00% INVESTIMENTOS TEMPORARIOS 1.605,00 6.350,00 295,64% 0,09% 0,41% Consórcio 1.605,00 6.350,00 295,64% 0,09% 0,41% ESTOQUE DE MERCADORIAS 357.955,00 427.080,00 19,31% 20,03% 27,39% DESPESAS ANTECIPADAS 22.315,00 1.870,00 -91,62% 1,25% 0,12% Seguros a Apropriar 0,00 1.870,00 0,00% 0,12% Juros a apropriar 22.315,00 0,00 -100,00% 1,25% 0,00% ATIVO NAO CIRCULANTE 649.795,00 627.710,00 -3,40% 36,36% 40,25% REALIZAVEL A LONGO PRAZO 9.700,00 9.700,00 0,00% 0,54% 0,62% Créditos e Valores 9.700,00 9.700,00 0,00% 0,85% 1,04% IMOBILIZADO TANGIVEL 640.095,00 618.010,00 -3,45% 35,82% 39,63% Terrenos 262.810,00 262.810,00 0,00% 14,71% 16,85% Instalações 305.315,00 305.315,00 0,00% 17,08% 19,58% MAQUINAS E EQUIPAMENTOS 57.485,00 59.430,00 3,38% 3,22% 3,81% Equipamentos de Informática 52.990,00 54.935,00 3,67% 2,97% 3,52% Equipamentos de Comunicação 2.935,00 2.935,00 0,00% 0,16% 0,19% Equipamentos de Segurança 1.560,00 1.560,00 0,00% 0,09% 0,10% VEICULOS 546.735,00 580.135,00 6,11% 30,59% 37,20% MOVEIS E UTENSILIOS 102.905,00 102.905,00 0,00% 5,76% 6,60% DEPRECIACÕES ACUMULADAS -635.155,00 -692.585,00 9,04% 35,54% 44,41% Dep. Acum. Maq. Equipamentos -124.080,00 -142.230,00 14,63% 6,94% 9,12% Dep. Acumulada Veículos -456.305,00 -488.240,00 7,00% 25,53% 31,31% Dep. Acum. Moveis Utensilios -54.770,00 -62.115,00 13,41% 3,06% 3,98% BALANÇO PATRIMONIAL - EMPRESA DIDÁTICA LTDA 34 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS ANO X1 ANO X2 AH AV - X1 AV - X2 PASSIVO -1.787.085,00 -1.559.365,00 -12,74% 100,00% 100,00% PASSIVO CIRCULANTE -209.678,00 -316.858,00 51,12% 11,73% 20,32% OBRIG. TRABALHISTAS/SOCIAIS -95.854,00 -103.676,00 8,16% 5,36% 6,65% Salários e Ordenados a pagar -27.776,00 -29.260,00 5,34% 1,55% 1,88% Pensão Alimenticia a repassar -288,00 -308,00 6,94% 0,02% 0,02% Indenizaçòes Trabalhistas a pagar -7.000,00 -11.000,00 57,14% 0,39% 0,71% Prolabore a pagar -2.550,00 -2.563,00 0,51% 0,14% 0,16% Provisão de Férias a pagar -28.042,00 -28.301,00 0,92% 1,57% 1,81% Inss a recolher -12.544,00 -13.312,00 6,12% 0,70% 0,85% Fgts a recolher -4.108,00 -4.216,00 2,63% 0,23% 0,27% Inss s/processo trab. a recolher -2.219,00 -3.105,00 39,93% 0,12% 0,20% Taxas e Contribuições a recolher -1.570,00 -1.762,00 12,23% 0,09% 0,11% Inss s/ provisão férias a recolher -7.514,00 -7.585,00 0,94% 0,42% 0,49% fgts s/ provisão férias a recolher -2.243,00 -2.264,00 0,94% 0,13% 0,15% OBRIGAÇÕES FISCAIS TRIBUTÁRIAS -28.361,00 -31.451,00 10,90% 1,59% 2,02% Icms a recolher -13.203,00 -15.222,00 15,29% 0,74% 0,98% IRPJ a recolher -6.108,00 -6.024,00 -1,38% 0,34% 0,39% CSLL a recolher -5.273,00 -5.260,00 -0,25% 0,30% 0,34% Pis Comulativo a Recolher -651,00 -861,00 32,26% 0,04% 0,06% Cofins Comulativo a Recolher -3.007,00 -3.978,00 32,29% 0,17% 0,26% Retenções Impostos a recolher -119,00 -106,00 -10,92% 0,01% 0,01% FORNECEDORES -61.235,00 -154.645,00 152,54% 3,43% 9,92% OUTRAS OBRIGAÇOES A PAGAR -24.228,00 -27.086,00 11,80% 1,36% 1,74% Copel a pagar -19.553,00 -21.481,00 9,86% 1,09% 1,38% Sanepar a pagar -347,00 -579,00 66,86% 0,02% 0,04% Telefone a pagar -4.328,00 -5.026,00 16,13% 0,24% 0,32% PASSIVO NÃO CIRCULANTE -100.000,00 -100.000,00 0,00% 5,60% 6,41% EXIGIVEL A LONGO PRAZO -100.000,00 -100.000,00 0,00% 5,60% 6,41% Contrato com mutuo a pagar -100.000,00 -100.000,00 0,00% 5,60% 6,41% PATRIMONIO LIQUIDO -1.477.407,00 -1.142.507,00 -22,67% 82,67% 73,27% CAPITAL SOCIAL REALIZADO -660.000,00 -660.000,00 0,00% 36,93% 42,32% RESERVAS DE LUCROS -901.879,00 -454.572,00 -49,60% 50,47% 29,15% LUCROS/PREJUÍZOS ACUMULADOS 84.472,00 -27.935,00 133,07% -4,73% 1,79% PREJUIZOS ACUMULADOS 84.472,00 84.472,00 0,00% -4,73% -5,42% LUCROS ACUMULADOS (do exercicio) 0,00 -112.407,00 0,00% 7,21% BALANÇO PATRIMONIAL - EMPRESA DIDÁTICA LTDA 35 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS ANO X1 ANO X2 AH AV - X1 AV - X2 ATIVO 1.787.085,001.559.365,00 -12,74% 100% 100% ATIVO CIRCULANTE 1.137.290,00 931.655,00 -18,08% 63,64% 59,75% DISPONIBILIDADES 547.500,00 360.740,00 -34,11% 30,64% 23,13% Caixa 93.480,00 99.630,00 6,58% 5,23% 6,39% Bancos Conta Movimento 37.730,00 26.625,00 -29,43% 2,11% 1,71% Aplicações Finan. Liquidez Imed. 100.835,00 116.090,00 15,13% 5,64% 7,44% Aplicações Finan. Curto Prazo 315.455,00 118.395,00 -62,47% 17,65% 7,59% CREDITOS 190.300,00 115.435,00 -39,34% 10,65% 7,40% Clientes - Cartões de Crédito 190.300,00 115.435,00 -39,34% 10,65% 7,40% OUTROS CREDITOS 15.370,00 17.440,00 13,47% 0,86% 1,12% Aluguel Sala 1 7.785,00 8.820,00 13,29% 0,44% 0,57% Aluguel Sala 2 7.585,00 8.620,00 13,65% 0,42% 0,55% ADIANT. A EMPREGADOS 0,00 1.995,00 0,00% 1,73% Adiantamento de Férias 0,00 1.995,00 0,00% 0,13% IMPOSTOS A RECUPERAR 2.245,00 745,00 -66,82% 0,13% 0,05% Inss a Recuperar 745,00 745,00 0,00% 0,04% 0,05% Antecipação refis 1.500,00 0,00 -100,00% 0,08% 0,00% INVESTIMENTOS TEMPORARIOS 1.605,00 6.350,00 295,64% 0,09% 0,41% Consórcio 1.605,00 6.350,00 295,64% 0,09% 0,41% ESTOQUE DE MERCADORIAS 357.955,00 427.080,00 19,31% 20,03% 27,39% DESPESAS ANTECIPADAS 22.315,00 1.870,00 -91,62% 1,25% 0,12% Seguros a Apropriar 0,00 1.870,00 0,00% 0,12% Juros a apropriar 22.315,00 0,00 -100,00% 1,25% 0,00% ATIVO NAO CIRCULANTE 649.795,00 627.710,00 -3,40% 36,36% 40,25% REALIZAVEL A LONGO PRAZO 9.700,00 9.700,00 0,00% 0,54% 0,62% Créditos e Valores 9.700,00 9.700,00 0,00% 0,85% 1,04% IMOBILIZADO TANGIVEL 640.095,00 618.010,00 -3,45% 35,82% 39,63% Terrenos 262.810,00 262.810,00 0,00% 14,71% 16,85% Instalações 305.315,00 305.315,00 0,00% 17,08% 19,58% MAQUINAS E EQUIPAMENTOS 57.485,00 59.430,00 3,38% 3,22% 3,81% Equipamentos de Informática 52.990,00 54.935,00 3,67% 2,97% 3,52% Equipamentos de Comunicação 2.935,00 2.935,00 0,00% 0,16% 0,19% Equipamentos de Segurança 1.560,00 1.560,00 0,00% 0,09% 0,10% VEICULOS 546.735,00 580.135,00 6,11% 30,59% 37,20% MOVEIS E UTENSILIOS 102.905,00 102.905,00 0,00% 5,76% 6,60% DEPRECIACÕES ACUMULADAS -635.155,00 -692.585,00 9,04% 35,54% 44,41% Dep. Acum. Maq. Equipamentos -124.080,00 -142.230,00 14,63% 6,94% 9,12% Dep. Acumulada Veículos -456.305,00 -488.240,00 7,00% 25,53% 31,31% Dep. Acum. Moveis Utensilios -54.770,00 -62.115,00 13,41% 3,06% 3,98% BALANÇO PATRIMONIAL - EMPRESA DIDÁTICA LTDA 36 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS Descrição - Valores em R$ ANO X1 ANO X2 AH AV - X1 AV - X2 RECEITA OPERACIONAL BRUTA -1.823.273,00 -2.058.201,00 12,88% 100,00% 100,00% Vendas Mercado Interno -1.454.413,00 -1.401.963,00 -3,61% 79,77% 68,12% Vendas Mercado Externo -368.860,00 -656.238,00 77,91% 20,23% 31,88% DEDUCOES DA RECEITA BRUTA 326.756,00 293.564,00 -10,16% -17,92% -14,26% Devoluções de vendas 0,00 2.448,00 0,00% -0,12% IMPOSTOS S/VENDAS 326.756,00 291.116,00 -10,91% -17,92% -14,14% ICMS sobre vendas 236.689,00 207.023,00 -12,53% -12,98% -10,06% PIS sobre receita bruta 8.834,00 7.796,00 -11,75% -0,48% -0,38% COFINS sobre receita bruta 40.776,00 35.985,00 -11,75% -2,24% -1,75% Imposto Renda s/ receita bruta 21.675,00 21.588,00 -0,40% -1,19% -1,05% Contrib. Social s/ receita bruta 18.782,00 18.724,00 -0,31% -1,03% -0,91% RECEITA LIQUIDA OPERACIONAL -1.496.517,00 -1.764.637,00 17,92% 82,08% 85,74% CUSTO MERCADORIAS VENDIDAS 774.520,00 761.947,00 -1,62% -42,48% -37,02% LUCRO BRUTO -721.997,00 -1.002.690,00 38,88% 39,60% 48,72% DESPESAS OPERACIONAIS 642.975,00 724.131,00 12,62% -35,26% -35,18% DESPESAS COM PESSOAL 295.770,00 265.558,00 -10,21% -16,22% -12,90% Salários e ordenados 181.525,00 151.731,00 -16,41% -9,96% -7,37% Encargos sociais - Inss e Fgts 53.627,00 63.120,00 17,70% -2,94% -3,07% Despesas com estagiários 10.400,00 2.393,00 -76,99% -0,57% -0,12% Vale transporte 9.805,00 8.895,00 -9,28% -0,54% -0,43% Despesa com alimentação 32.623,00 21.008,00 -35,60% -1,79% -1,02% Assistencia médica e social 2.255,00 4.394,00 94,86% -0,12% -0,21% Uniformes e equip segurança 5.535,00 14.017,00 153,24% -0,30% -0,68% DESPESAS GERAIS 46.460,00 62.560,00 34,65% -2,55% -3,04% Material de uso e consumo 46.160,00 62.150,00 34,64% -2,53% -3,02% Jornais e revistas 300,00 410,00 36,67% -0,02% -0,02% UTILIDADES E SERVIÇOS 159.965,00 284.905,00 78,10% -8,77% -13,84% Serviços de terceiros PJ 21.520,00 54.062,00 151,22% -1,18% -2,63% Energia elétrica 84.910,00 100.056,00 17,84% -4,66% -4,86% Agua e esgoto 1.835,00 2.146,00 16,95% -0,10% -0,10% Telefone 20.235,00 20.218,00 -0,08% -1,11% -0,98% Correios e malotes 14.237,00 34.593,00 142,98% -0,78% -1,68% Fretes e despachos 17.228,00 73.830,00 328,55% -0,94% -3,59% OCUPAÇÃO E MANUTENÇÃO 135.600,00 103.667,00 -23,55% -7,44% -5,04% Depreciação e amortização 128.403,00 96.520,00 -24,83% -7,04% -4,69% Manutenção de benfeitorias 1.570,00 1.885,00 20,06% -0,09% -0,09% Seguros 4.862,00 2.757,00 -43,29% -0,27% -0,13% Manutenção de veículos 485,00 623,00 28,45% -0,03% -0,03% Bens de pequeno valor 280,00 1.882,00 572,14% -0,02% -0,09% IMPOSTOS, TAXAS E TRIBUTOS 5.180,00 7.441,00 43,65% -0,28% -0,36% Contribuição sindical 2.185,00 4.697,00 114,97% -0,12% -0,23% Impostos e taxas municipais 1.020,00 1.185,00 16,18% -0,06% -0,06% Impostos e taxas federais 745,00 445,00 -40,27% -0,04% -0,02% Impostos e taxas estaduais 1.230,00 1.114,00 -9,43% -0,07% -0,05% LUCRO OPERACIONAL -79.022,00 -278.559,00 252,51% 4,33% 13,53% DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO - EMPRESA DIDÁTICA 37 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS LUCRO OPERACIONAL -79.022,00 -278.559,00 252,51% 4,33% 13,53% RESULTADO FINANCEIRO LIQUIDO 163.494,00 166.152,00 1,63% -8,97% -8,07% DESPESAS FINANCEIRAS 169.056,00 168.075,00 -0,58% -9,27% -8,17% Juros e multas s/ tributos 32.487,00 78.910,00 142,90% -1,78% -3,83% Despesas bancárias 52.455,00 29.620,00 -43,53% -2,88% -1,44% Encargos s/ emprestimos 53.544,00 23.780,00 -55,59% -2,94% -1,16% Despesa c/cartão de crédito 30.570,00 35.765,00 16,99% -1,68% -1,74% RECEITAS FINANCEIRAS -5.562,00 -1.923,00 -65,43% 0,31% 0,09% Juros recebidos -5.439,00 -1.693,00 -68,87% 0,30% 0,08% Receita sobre aplicação -123,00 -230,00 86,99% 0,01% 0,01% Lucro/prejuizo antes do IR e CSLL 84.472,00 -112.407,00 -233,07% -4,63% 5,46% LUCRO/PREJUIZO DO EXERCÍCIO 84.472,00 -112.407,00 -233,07% -4,63% 5,46% Caro acadêmico, as demonstrações contábeis aqui apresentadas, contemplam uma gama de elementos que retratam fielmente o que ocorre com as entidades no nosso dia a dia e possibilitam uma análise que permita uma compreensão adequada destas demonstrações. Poderíamos aqui apresentar um BP e uma DRE mais simplificada, mas isto enfraqueceria o seu aprendizado. 2.1 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Iniciando nossa leitura dos dados que compõe as Demonstrações Contábeis (BP e DRE). 2.1.1 Análise Horizontal Inicia-se a leitura, comparando a evolução dos componentes do BP e da DRE de um exercício para o outro (ano). Isto nós chamamos de Análise Horizontal. Como já conhecemos os elementos que compõem o BP e a DRE e o que eles representam, podemos iniciar nossa análise pelo Ativo Circulante, temos, por exemplo, que as disponibilidades que são os recursos livres que podem ser usados imediatamente sofreram uma redução de 34,11% (360.740,00 dividido por 547.500,00), note que a redução se deu basicamente na conta Aplicação Financeira à Curto Prazo com uma redução superior a 62% neste item, o que significa que a empresa resgatou parte de suas aplicações. 38 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS Nesta mesma linha, verificamos que os direitos a receber decorrentes da atividade da empresa (créditos) são formadosexclusivamente por Cartões de Crédito, isto significa que a empresa tem como política de vendas a prazo, somente com esta forma de pagamentos, o que torna o risco com inadimplência ser praticamente zero. Neste item também há uma redução, só que ela é ligeiramente mais acentuada e está na ordem de 39% (115.435,00 dividido por 190.300,00). Outro item que merece especial atenção no Ativo Circulante é o de Estoque de Mercadorias para revenda. No nosso exemplo temos também uma variação para mais na ordem de 19,31%. (427.080,00 dividido por 357.955,00). Neste caso houve um incremento no estoque o que pode explicar em parte a redução das disponibilidades da entidade. Você pode fazer analisar agora as variações dos demais componentes do Ativo, e faça também dos componentes do Passivo. Lembre-se que quando você for fazer este tipo de cálculo para análise e o resultado da divisão de um componente entre dois períodos for menor que 1 (um), subtraia este 1 e você terá quanto este componente reduziu em relação ao ano anterior, caso o resultado seja superior a 1, também subtraia de 1 e você quanto este componente aumentou em relação ao ano anterior. Não esqueça aqui de multiplicar o resultado por 100, e você terá em porcentagem esta evolução, tanto para mais quanto para menos é que chamamos de análise horizontal. 2.1.2 Análise Vertical Outra análise que podemos fazer é comparar quanto que cada componente representa de seu grupo, por exemplo, quanto que as Disponibilidades representam do total do Ativo, ou quanto que as obrigações com Fornecedores representam do total do Passivo, este tipo de análise é chamado de Análise Vertical. Assim temos em nosso exemplo – Disponibilidade em X1 = a R$ 1.747.500,00 de Total do Ativo em X1 = a R$ 3.887.085,00, o que dá uma participação de 45%, e em X2 = a R$ 1.560.740,00 de Total do Ativo em X2 = a R$ 3.659.365,00, que nos dá uma participação de 43%. Isto significa que do total dos 39 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS Bens e Direitos (Ativo) 45% estão livres em X1 e 43% em X2, notamos que quase não houve alteração. Seguindo a mesma linha de trabalho, verificamos que para os direitos a receber decorrentes da atividade da empresa (Créditos) temos a seguinte situação. Créditos em X1 = a R$ 190.300,00 de um Total do Ativo em X1 = a R$ 3.887.085,00, o que dá uma participação de aproximadamente 5%, e em X2 = a R$ 115.435,00 de um Total do Ativo em X2 = a R$ 3.659.365,00, que nos dá uma participação de 3%, ou seja, tanto para X1, quanto para X2, o montante a receber de terceiros é muito baixo, o que nos leva a deduzir de que a política de vendas da entidade e efetuada quase que na totalidade por cartão de crédito e que realmente não há inadimplência. Observamos que quando projetamos para 12 meses o volume de vendas com cartão (partimos da premissa de que o prazo médio das vendas a prazo é de 30 dias). Se analisarmos estes direitos tanto em X1 quanto em X2 em relação às Receitas destes períodos, onde temos Créditos de X1 = R$190.300,00 vezes 12 = R$ 2.283.600,00 e de X1 = 115.435,00 vezes 12 = R4 1.385.220,00. Claro que as vendas não se mantiveram neste volume o ano todo, pois o total das receitas (vendas) em X1 foi de R$ 1.823.273,00 e em X2 foi de R$ 2.058.201,00. Podemos notar uma pequena alteração na política de vendas um de X1 para X2, neste caso em X2 o volume de vendas a prazo representa 67% do total das vendas. Seguindo nossa análise, vamos verificar quanto que os estoques representam do total do Ativo. Em X1 o estoque de mercadorias para revenda era de R$ 357.955,00, isto representa 30% do total do Ativo e em X2 o estoque de R$ 527.080,00 representa 33% do total do ativo. Aqui vamos fazer uma análise, primeiro comparando o estoque com os Fornecedores para sabermos quanto deste estoque está comprometido na geração de Receita para pagamento destes fornecedores e em segundo comparando o Custo das mercadorias vendidas com o estoque para analisarmos a giro deste estoque. No primeiro caso temos que em X1 os Fornecedores representam apenas 5% do valor do estoque e em X2 representam 12,5%. Isto significa que a política de compras à vista e a adotada pela entidade. Já no segundo caso temos que apenas 20% das receitas em X1 é custo das mercadorias vendidas e em X2, isto representa apenas 18%. O que podemos verificar é a empresa mantém um elevado valor em estoque, e que fossemos estender este giro de estoque, veríamos de que ele gira apenas 1/5 de seu estoque por ano e que levaria 5 anos para girar integralmente 40 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS seu estoque, Há aqui de dizer que é preciso (recomendável) que se saiba qual é o ramo de atividade da empresa. A empresa objeto deste estudo é uma empresa comercial no ramo de armarinhos. Cabe ressaltar, por exemplo, se tivéssemos analisando um posto de combustível o giro seria inúmeras vezes o montante do estoque. Até apodemos notar que tanto para X1, quanto para X2 80% dos seus recursos (bens e direitos) estão no Ativo Circulante, ou seja, estão em giro frequente e apenas 20% estão no imobilizado que dão sustentação à atividade da entidade. Passamos agora à análise dos componentes do Passivo. As Obrigações Trabalhistas e Sociais representam em X1 R$ 95.854,00 e em X2 R$ 103.676,00 com um crescimento de X1 para X2 na ordem de 8%. Já em relação ao total do Passivo de R$ 3.887.085,00 para X1 e de R$ 3.659.365,00 para X2, temos um índice de 2,5% para X1 e de 2,8% para X2, que é um índice bem baixo. O segundo grupo objeto de análise no Passivo é as Obrigação Tributárias, temos que estas representam em X1 R$ 28.362,00 e em X2 R$ 31.451,00, com uma variação de período para o outro de quase 11%. Já em relação ao total do Passivo de R$ 3.887.085,00 para X1 e de R$ 3.659.365,00 para X2, temos um índice de 0,7% para X1 e de 0,8% para X2, que também é um índice bem baixo. O terceiro grupo objeto da análise é o dos Fornecedores, temos que estes representam em X1 R$ 61.235,00 e em X2 R$ 154.645,00, com uma variação de período para o outro de 252%. Já em relação ao total do Passivo de R$ 3.887.085,00 para X1 e de R$ 3.659.365,00 para X2, temos um índice de 4% para X1 e de 1,5% para X2, que também é um índice bem baixo. Notamos que neste índice houve um incremento nas compras a prazo no final do exercício (partimos da premissa de que as compras são efetuadas tendo um prazo meio de 30 dias para pagamento). Pegando o grupo todo das obrigações para com terceiros no curto prazo (passivo circulante) temos que em X1 estes representam 5,4% (R$209.678,00 dividido por R$3.887.085,00) e para X2 estes representam 8,7% (R$316.858,00 dividido por R$3.659.365,00). Já as obrigações para com terceiros à longo prazo, não sofreram alterações (empréstimos com mútuos – pessoas relacionadas com a empresa), mantiveram o montante R$ 200.000,00 tanto para X1 quanto para X2 representam 5,1% em relação ao total do Passivo de R$ 3.887.085,00 para X1 de 5,5% de R$ 3.659.365,00 para X2. Assim as obrigações para com terceiros tanto a curto quanto 41 PÓ S-GRADUAÇÃO GESTÃO CONTÁBIL E DE CUSTOS à longo prazo representam 10,5% do total do passivo para X1 e de 12% para X2, o restante 89,5% em X1 e 88% em X2, estão no Patrimônio Líquido, ou seja, são recursos dos sócios e ou acionistas. Desta forma, se pegarmos o Capital Social da entidade vamos verificar que ele representa 17% do total do ativo para X1 e 18% para X2, o restante são recursos que foram gerados pelas atividades da empresa. As Reservas de lucros representam 75% do total do Passivo para X1 e de 67% para X2, ainda
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