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NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS

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NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS
Introdução
	Primeiros Socorros são as primeiras providências tomadas no local do acidente. É o atendimento inicial e temporário, até a chegada de um socorro profissional.
Quais são essas providências?
Realizar uma rápida avaliação da vítima;
Aliviar as condições que ameacem a vida ou que possam agravar o quadro da vítima, com a utilização de técnicas simples;
Acionar corretamente um serviço de emergência local.
As técnicas de Primeiros Socorros têm sido divulgadas para toda a sociedade, em todas as partes do mundo. E agora, uma parte delas vai estar disponível para você, aqui neste curso. Levem-nas a sério, pois elas podem salvar vidas. E não há nada no mundo que valha mais que isso.
Tópico 1 - Avaliação do acidente e proteção do acidentado
A primeira atitude é avaliar o local do acidente. Ao chegar ao local de um acidente ou ao lugar em que se encontra um acidentado, deve-se assumir o controle da situação e realizar uma rápida e segura avaliação da ocorrência.
Tente obter o máximo de informações possíveis sobre o ocorrido. É importante também:
 a)  evitar o pânico e procurar a colaboração de outras pessoas, dando ordens breves, claras, objetivas e concisas;
 b)  manter os curiosos afastados, a fim de evitar confusão e ter espaço para que se possa trabalhar da melhor maneira possível.
Observe rapidamente se existem perigos para o acidentado e para quem estiver prestando o socorro nas proximidades da ocorrência. Por exemplo: fios elétricos soltos e desencapados; tráfego de veículos; andaimes; vazamento de gás; máquinas funcionando.
Avalie o acidentado na posição em que ele está. Sempre que possível deve-se manter o acidentado deitado de costas até que seja examinado e até que se saiba quais os danos sofridos.
Atenção! Não se deve alterar a posição em que se acha o acidentado, sem antes refletir cuidadosamente sobre o que aconteceu e qual a conduta mais adequada a ser tomada.
Se o acidentado estiver inconsciente, coloque sua cabeça em posição lateral antes de avaliar seu estado geral. É preciso tranquilizar o acidentado e transmitir-lhe segurança e conforto. A calma do acidentado tem um papel muito importante na prestação dos primeiros socorros. O estado geral do acidentado pode se agravar se ele estiver com medo, ansioso e sem confiança em quem está cuidando dele.
Tópico 2 - Avaliação e exame do estado geral do acidentado
A avaliação e exame do estado geral de um acidentado de emergência clínica ou traumática é a segunda etapa básica na prestação dos primeiros socorros. Ela deve ser realizada simultaneamente ou imediatamente após a avaliação do acidente e proteção do acidentado.
O exame deve ser rápido e sistemático. Observe as seguintes prioridades:
Estado de consciência: avaliação de respostas lógicas (nome, idade, etc);
Respiração: movimentos torácicos e abdominais com entrada e saída de ar normal pelas narinas ou boca;
Hemorragia: avaliar a quantidade, o volume e a qualidade do sangue que se perde e se ele é arterial ou venoso;
Pupilas: verificar o estado de dilatação e simetria (igualdade entre as pupilas);
Temperatura do corpo: observação e sensação de tato na face e extremidades.
Tenha uma ideia bem clara do que se vai fazer, para não expor desnecessariamente o acidentado e tenha o cuidado de não movimentá-lo excessivamente. Verifique se há ferimento e em seguida faça um exame rápido das diversas partes do corpo.
Se o acidentado está consciente, pergunte por áreas dolorosas no corpo e incapacidade funcionais de mobilização. Peça para apontar onde é a dor e para movimentar as mãos, braços, etc.
 
Cabeça e Pescoço
Verifique sempre o estado de consciência e a respiração do acidentado.
Apalpe o crânio com cuidado, à procura de fratura, hemorragia ou depressão óssea.
Faça o mesmo com o pescoço, procurando verificar o pulso na artéria carótida e observando frequência, ritmo e amplitude. Corra os dedos pela coluna cervical, desde a base do crânio até os ombros, procurando alguma irregularidade.
Solicite que o acidentado movimente lentamente o pescoço de um lado para o outro e verifique se há dor nessa região. Em caso de dor, pare qualquer mobilização desnecessária.
Pergunte sobre a sensibilidade e a capacidade de movimentação dos membros, verificando a suspeita de fratura na coluna cervical.
Coluna Dorsal 
Na coluna dorsal, correr a mão pela espinha do acidentado desde a nuca até o sacro. Pergunte ao acidentado se ele sente dor. A presença de dor pode indicar lesão da coluna dorsal.
 
Tórax e Membros
Veja se há lesão no tórax, se há dor quando o acidentado respira ou se há dor quando o tórax é levemente comprimido. Solicite que ele movimente de leve os braços, verificando a existência de dor ou incapacidade funcional. Localize o local da dor e procure deformação, edema e marcas de injeções.
Verifique se há dor no abdome e procure por todo tipo de ferimento, mesmo que seja pequeno. Muitas vezes, um ferimento de bala é pequeno e não sangra, mas é profundo, com consequências graves.
Apertar cuidadosamente ambos os lados da bacia para verificar se há lesões. Solicitar à vítima que tente mover as pernas e verificar se há dor ou incapacidade funcional.
Não permitir que o acidentado de choque elétrico ou traumatismo violento tente se levantar prontamente, achando que nada sofreu. Ele deve ser mantido imóvel, pelo menos para um rápido exame nas áreas que possam ter sofrido alguma lesão. O acidentado deve ficar deitado de costas ou na posição em que se sinta mais confortável.
Exame do acidentado inconsciente
O acidentado inconsciente é uma preocupação, pois, além de se ter poucas informações sobre o seu estado, podem surgir complicações devido à inconsciência.
O primeiro cuidado é manter as vias respiratórias superiores desimpedidas, fazendo a extensão da cabeça, ou mantê-la em posição lateral para evitar aspiração de vômito. Limpar a cavidade bucal.
O exame do acidentado inconsciente deve ser igual ao do acidentado consciente, só que com cuidados redobrados, pois os parâmetros de força e capacidade funcional não poderão ser verificados. Além disso, por estar inconsciente, o acidentado não apresenta respostas a estímulos dolorosos.
A observação das seguintes alterações deve ter prioridade acima de qualquer outra iniciativa:
Falta de respiração;
Falta de circulação (pulso ausente);
Hemorragia abundante;
Perda dos sentidos (ausência de consciência);
Envenenamento.
Observações:
1.  Para que haja vida é necessário um fluxo contínuo de oxigênio para os pulmões. O oxigênio é distribuído para todas as células do corpo através do sangue impulsionado pelo coração. Alguns órgãos sobrevivem algum tempo sem oxigênio, outros são severamente afetados. As células nervosas do cérebro podem morrer após 3 minutos sem oxigênio.
2.  Por isso mesmo é que algumas alterações ou alguns quadros clínicos, que podem levar a essas alterações, têm prioridade quando se aborda um acidentado vítima de mal súbito. São elas:
Obstrução das vias aéreas superiores;
Parada cardiorrespiratória;
Hemorragia de grandes volumes;
Estado de choque (pressão arterial, etc);
Comas (perda da consciência);
Convulsões;
Envenenamento;
Diabetes;
Infarto do miocárdio e
Queimaduras em grandes áreas do corpo.
3.  É importante ter sempre disponível os números dos telefones e os endereços de hospitais e de centros de atendimento de emergência; socorro especializado para emergências cardíacas; plantão da Comissão Nacional de Energia Nuclear; locais de aplicação de soros antiveneno de cobra e de outros animais peçonhentos e centro de informações toxicofarmacológicas.
Módulo 3 - Como acionar o socorro?
Quanto mais cedo chegar um socorro profissional, melhor para as vítimas de um acidente. Solicite-o de forma mais rápida possível.
Hoje, em grande parte do Brasil, nós podemos contar com serviços de atendimento às emergências. O chamado Resgate, ligado aos Corpos de Bombeiros, os SAMUs, os atendimentos das próprias rodovias ou outros tiposde socorro, recebem chamados por telefone, fazem uma triagem prévia e enviam equipes treinadas em ambulâncias equipadas. No próprio local, após uma primeira avaliação, os feridos são atendidos emergencialmente para, em seguida, serem transferidos aos hospitais.
São serviços gratuitos, que têm, em muitos casos, números de telefone padronizados em todo o Brasil. Use o seu celular, o de outra pessoa, os telefones fixos, telefones dos acostamentos das rodovias, os telefones públicos.
A seguir estão listados os telefones de emergência mais comuns.
Tópico 3 – Como Acionar Socorro 
	Serviços e telefones
	Quando acionar
	Resgate do Corpo de Bombeiros - 193
	Vítimas presas nas ferragens.
Qualquer perigo identificado como fogo, fumaça, faíscas, vazamento de substâncias, gases, líquidos, combustíveis ou ainda locais instáveis como ribanceiras, muros caídos, valas etc.
Em algumas regiões do país, o Resgate-193 é utilizado para todo tipo de emergência relacionada à saúde. Em outras, é utilizado prioritariamente para qualquer emergência em via pública.
	SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) - 192
	Qualquer tipo de acidente.
Mal súbito em via pública ou rodovia.
O SAMU foi idealizado para atender qualquer tipo de emergência relacionada à saúde, incluindo acidentes de trânsito. Pode ser acionado também para socorrer pessoas que passam mal dentro dos veículos. O SAMU pode acionar o serviço de Resgate ou outros, se houver esta necessidade.
Procure saber se existe e como funciona o SAMU em sua região.
	Polícia Militar - 190
	Acione sempre que ocorrer uma emergência em locais sem serviços próprios de socorro.
Acidentes nas localidades que não possuem um sistema de emergência poderão contar com o apoio da Polícia Militar local.
Estes profissionais são a única opção nesses casos, mesmo que não possuam os equipamentos e materiais necessários para o atendimento e transporte de uma vítima.
	Serviços Rodoviários Federais ou Estaduais
	Acione sempre que ocorrer qualquer emergência nas rodovias. Todas as rodovias devem divulgar o número do telefone a ser chamado em caso de emergência. Pode ser da Polícia Rodoviária Federal, Estadual, do serviço de uma concessionária ou do serviço público próprio.
O número único de telefone desses serviços varia de uma rodovia para outra. Muitas rodovias dispõem de telefones de emergência nos acostamentos, geralmente (mas nem sempre) dispostos a cada quilômetro. Basta retirar o fone do gancho, aguardar o atendimento e passar as informações solicitadas pelo atendente. 
O Serviço de Atendimento ao Usuário-SAU é obrigatório nas rodovias administradas por concessionárias. Executa procedimentos de resgate, lida com riscos potenciais e realiza atendimento às vítimas. Seus telefones geralmente iniciam com 0800.
Mantenha o número dos telefones das rodovias que você utilizasempre atualizado e anote o número da emergência logo que entrar na estrada.
Tópico 4 – Acidente Ocular
Você verá agora alguns acidentes e situações mais comuns e quais atitudes devemos tomar caso elas ocorram. A ordem de apresentação se dará pela ordem alfabética e não por maior ou menor incidência.
A saúde dos olhos merece atenção especial. A visão é um dos mais importantes meios de comunicação com o ambiente. Cerca de 80% das informações que recebemos são obtidas por intermédio dela. O cuidado com os olhos vai desde a visita periódica ao oftalmologista para medição da acuidade visual, verificação de alterações e até mesmo recomendações para a proteção contra os raios ultravioletas, o que inclui o uso de óculos escuros quando há exposição excessiva ao sol.
OBS.: Acuidade visual é o grau de aptidão do olho, para discriminar os detalhes espaciais, ou seja, a capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos.
Às vezes no trabalho ou mesmo num momento de lazer pode acontecer um acidente ocular, como queimadura por produtos químicos, trauma, perfurações ou ainda a entrada de um corpo estranho. Nesse caso, os olhos devem receber cuidados especiais até o momento do atendimento médico. Saiba como fazer os primeiros socorros para cada caso de acidente com os olhos:
Corpo estranho: pequenas partículas de madeira, areia, poeira, vidro, até mesmo insetos, como formiga ou moscas, que podem penetrar tanto nos olhos como no nariz e no ouvido.
Sintomas: sensação de areia, dor que se manifesta mais intensamente ao piscar e lacrimejamento.
Nunca tente remover o corpo estranho sozinho, principalmente se ele estiver posicionado na córnea, evitando assim maiores complicações. Cubra o olho afetado com um pano limpo e procure um médico oftalmologista para que ele possa removê-lo.
É essencial que o paciente seja observado pelo oftalmologista até completa cicatrização da lesão para excluir a possibilidade de uma infecção.
Como complicações, podemos citar: úlcera de córnea e opacificações corneanas (que podem levar à diminuição da acuidade visual).
Queimadura química: é considerada uma verdadeira emergência. Ocorre geralmente em laboratórios ou instalações industriais e até mesmo em casa.
Nesse caso, lave o olho lesado com água corrente ou soro fisiológico abundante por um período aproximado de 20 minutos.
Após a medida inicial, procure imediatamente um oftalmologista. Se possível, leve o nome ou o rótulo do produto à consulta para identificação do tipo de agente químico.
Como complicações, podemos citar: olho seco, úlcera de córnea e, em casos mais extremos, perfuração corneana. 
Faísca de solda: é a forma mais comum de radiação que causa lesão.
Sintomas: manifestam-se em torno de 6 a 12 horas após a exposição, com dor intensa, vermelhidão, lacrimejamento e sensibilidade à luz.
O mais importante desta lesão é que ela pode ser evitada pelo simples uso de óculos de proteção. Após os primeiros sintomas, procure um oftalmologista. Normalmente, a medicação e a oclusão por 24 e 48 horas diminuem a dor e auxiliam na cicatrização e prevenção de infecções.
 Até que possa ser devidamente medicado, mantenha os olhos fechados para alívio dos sintomas. Geralmente, essas queimaduras têm boa resposta ao tratamento adequado evoluindo para cura sem nenhuma sequela.
 Trauma (batida) com ou sem perfuração (corte): apesar dos olhos serem protegidos pelas pálpebras e pelos reflexos de piscar e de afastar a cabeça à aproximação de qualquer objeto, os ferimentos oculares representam um número significativo entre os casos de atendimento de emergência no serviço de oftalmologia.
A ocorrência de lesões do globo ocular é normalmente relacionada a acidentes de trabalho ou domésticos, este último acometendo mais frequentemente as crianças. Destacam-se, ainda, perfurações provocadas por fogos de artifício. A maioria dos acidentes envolvendo crianças acontece dentro ou nas proximidades de casa ou escola, com objetos como tesoura, faca, vidro, arames, etc.
Evite mexer no globo ocular se suspeitar que ele foi perfurado. O pronto atendimento oftalmológico no caso de trauma ocular é geralmente fator determinante da recuperação visual.
Lentes de contato: todo usuário de lente de contato deve ficar atento a qualquer sintoma estranho à sua rotina. Ao sentir dor ou observar que seu olho está vermelho, lacrimejando ou sensível à luz ou ainda perceber baixa acuidade visual e secreção, suspenda o uso das lentes e procure seu médico para uma avaliação.
Tópico 5 – Afogamentos
 Vários são os motivos que podem levar a um afogamento. Até mesmo um bom nadador pode se deparar com imprevistos em um caso de afogamento, por exemplo: cãibra ou mau jeito em membros.
Ondas mais fortes, enchentes e inundações são situações que também podem resultar em acidentes, da mesma forma que uma pessoa que se joga ao mar sem saber nadar.
Ter cautela é importante. Não nade se o mar estiver agitado e não vá para áreas de maior profundidade, principalmente se não souber nadar ou se estiver sob o efeito de álcool ou drogas.
 Com bebês e crianças o cuidado deve ser redobrado: um bebê nunca deve ser deixado sozinho no banho,praia ou piscina.
Os danos causados pelo afogamento são muitos, a começar pela asfixia provocada pela obstrução do aparelho respiratório. Geralmente, os sinais são: agitação, dificuldade respiratória, inconsciência, parada respiratória e parada cardíaca.
Os primeiros socorros em caso de afogamento merecem alguns cuidados. Se um bombeiro salva-vidas estiver presente, ele saberá quais os procedimentos corretos para resgatar a vítima. Caso contrário, algumas dicas importantes devem ser seguidas:
Em primeiro lugar, tente tirar a vítima da água utilizando uma corda, boia, remo ou um pedaço de madeira;
Se não conseguir retirá-la da forma anterior e se você souber nadar muito bem, entre na água e aproxime-se da vítima pelas costas, segurando-a e mantendo-a com a cabeça fora da água. Tente acalmá-la e evite que ela o agarre;
Se a vítima estiver inconsciente, inicie a respiração boca-a-boca ainda dentro da água;
Retire a vítima da água de modo que o peito fique mais alto do que a cabeça;
Fora da água, coloque a vítima deitada de lado, com a cabeça mais baixa que o corpo;
Se a vítima apresentar ausência de pulso e pupilas dilatadas, inicie uma massagem cardíaca. Para estimular a circulação, massageie com força os braços e as pernas da vítima;
Aqueça a vítima com uma coberta ou com roupa seca e leve-a para o hospital mais próximo.
Tópico 6 – Água Viva
 Elas são quase transparentes e têm a consistência gelatinosa. A água-viva parece um animal inofensivo, mas quando entra em contato com a pele humana pode provocar queimaduras leves e até irritações graves.
Na costa brasileira não há espécies deste animal que levem à morte, mas em outros países, como a Austrália, por exemplo, há registros de casos fatais.
Estes animais possuem células chamadas de cnidoblastos, que liberam uma substância urticante que irrita a pele.
Outro animal, confundido com a água-viva, é a caravela, que possui tentáculos que podem medir até três metros de comprimento. As caravelas vivem em mar aberto e as correntes marinhas acabam arrastando estes animais até as praias. Se os tentáculos destes animais entrarem em contato com a pele humana, podem causar inchaço, vermelhidão, muita dor e coceira.
Com a alta incidência de casos no verão, é importante saber como socorrer uma vítima de queimadura desse tipo.
Primeiros Socorros
Em caso de contato com a água-viva ou com a caravela, lave imediatamente a área com água do mar ou vinagre. A água doce não é recomendada. A mudança de ph faz com que as células urticantes explodam, agravando a queimadura;
Não use nenhuma substância caseira, como óleos ou pasta de dentes;
O uso de anestésicos, anti-histamínicos e antibióticos tópicos e outros medicamentos sem orientação médica não é indicado;
Encaminhe a vítima ao pronto-socorro mais próximo;
Lembre-se de que só um médico poderá avaliar o quadro clínico da vítima.
Tópico 7 – Coque Elétrico
 O corpo humano é um bom condutor de eletricidade. O contato direto com a corrente elétrica pode ser fatal. Embora algumas queimaduras por choque pareçam menos sérias, elas podem causar perigosos danos internos, especialmente no coração, nos músculos ou no cérebro.
As consequências de um choque elétrico em um indivíduo dependem da intensidade da voltagem a qual ele foi exposto, da rota da corrente pelo corpo, do estado de saúde da vítima, da rapidez e da adequação do tratamento.
O choque elétrico pode provocar danos como:
Parada cardíaca devido ao efeito elétrico no coração;
Destruição do músculo, do nervo e tecido percorridos pela corrente elétrica;
Queimaduras térmicas pelo contato com a fonte elétrica.
Causas mais frequentes do choque e as principais reações provocadas no organismo
Contato acidental com partes expostas de aparelhos ou instalações elétricas;
Crianças pequenas que mordem ou mastigam fios elétricos ou enfiam objetos em tomadas elétricas;
Raios;
Faiscamento ocasionado por "arco voltaico" nas linhas de distribuição de alta tensão;
Mecanismo ou atividade profissional relacionada com exposição à corrente elétrica.
Primeiros Socorros 
1.  Se for possível e seguro, desligue a corrente elétrica. Tire o fio da tomada, remova o fusível da caixa de luz ou desligue o interruptor. Geralmente, apenas o desligamento do aparelho elétrico que está provocando o choque não é suficiente para cortar a corrente elétrica.
2.  Chame o serviço de emergência médica.
3.  Se a corrente elétrica não pode ser desligada, use um objeto não condutor, como uma vassoura, cadeira, tapete ou um capacho de borracha para empurrar a vítima para longe da fonte da corrente. Nunca use um objeto molhado ou metálico. Se possível, fique perto de alguma coisa seca e não condutora, como uma esteira, capacho ou uma pilha de jornais. Não tente socorrer uma vítima que esteja perto de linhas ativas de alta voltagem.
4.  Depois que a vítima conseguiu se livrar da fonte de eletricidade, verifique a sua respiração e o seu pulso. Se não houver sinais vitais, se estiverem muito fracos ou lentos e, caso você ou alguém próximo tenha treinamento em primeiros socorros, inicie as técnicas de reanimação cardiorrespiratória.
5.  Se a vítima apresentar queimaduras, tire as peças de roupa que saiam facilmente e lave a área queimada com água fresca corrente até que a dor diminua. Faça os primeiros socorros para queimaduras.
6.  Se a vítima estiver desmaiada, pálida ou mostrar sinais de choque, coloque-a deitada com a cabeça levemente mais baixa que o tronco e as pernas elevadas. Cubra a pessoa com um cobertor ou um casaco quente.
7.  Fique com a vítima até o socorro médico chegar.
8.  Os acidentes por choque elétrico normalmente estão associados com explosões ou quedas, o que pode causar ferimentos externos ou internos e ocultos. Evite mover a cabeça ou o pescoço da vítima se houver suspeita de ferimento da coluna. Faça os primeiros socorros apropriados para ferimentos ou fraturas.
O que não se deve fazer
Não toque na vítima com suas mãos expostas enquanto a pessoa ainda estiver em contato com a fonte de eletricidade.
Não remova a pele morta nem fure bolhas se o caso for de queimadura.
Não coloque gelo, manteiga, medicações, roupas coladas, felpudas ou bandagem adesiva sobre a queimadura.
Não toque na pele de alguém que está sendo eletrocutado.
Não fique a menos de seis metros de alguém que está sendo eletrocutado por uma corrente elétrica de alta voltagem até que a energia seja desligada.
Não mova uma vítima de ferimento por choque elétrico a menos que haja um perigo imediato.
Prevenção
Use protetores em todas as tomadas da casa para segurança das crianças.
Mantenha os fios elétricos fora do alcance das crianças.
Ensine seus filhos sobre os perigos da eletricidade.
Evite correr riscos em casa e no trabalho. Sempre siga corretamente as instruções para o uso de aparelhos elétricos.
Evite usar aparelhos elétricos enquanto estiver tomando banho ou estiver molhado.
Nunca toque em aparelhos elétricos enquanto estiver mexendo em torneiras ou tubulação com água.
Sinais e sintomas do choque elétrico
Queimaduras na pele;
Dormência, formigamento;
Fraqueza;
Contrações musculares;
Dores musculares;
Fraturas ósseas;
Dor de cabeça;
Danos auditivos;
Doença repentina;
Arritmias cardíacas;
Parada cardíaca;
Dificuldade respiratória;
Inconsciência.
Tópico 8 – Convulsão
 Quando uma pessoa está tendo uma crise convulsiva, provavelmente ela cai no chão de maneira desamparada, tem movimentos involuntários e não consegue evitar danos a si mesma. Os movimentos incontroláveis podem durar alguns minutos, com ou sem perda de consciência.
Atitudes como espumar pela boca, morder os lábios e a língua, apresentar sudorese, corpo rígido, contração no rosto e liberar urina ou fezes também são comuns.
Não é preciso ser epilético para apresentar essas crises. Situações como febre muito alta em crianças com menos de cinco anos, hipoglicemia, alcalose, uso de drogas e outros fatores podem desencadear o processo.
Primeiros socorros
Não interfira nos movimentos convulsivos, mascertifique-se de que a pessoa não esteja se machucando.
Remova objetos perigosos do alcance da vítima e afaste-a de locais perigosos como escadas, portas de vidro, máquinas em funcionamento e outros.
Coloque um travesseiro, ou algo macio embaixo da cabeça da pessoa para evitar traumatismos cranianos.
Afrouxe a roupa da vítima na região da cintura e do pescoço.
Retire da boca da vítima próteses dentárias móveis (dentaduras e pontes).
Coloque a cabeça da vítima de lado para evitar a asfixia por secreções.
Não coloque objetos rígidos, como colheres, canetas etc., na boca da vítima.
Tente introduzir um pano dobrado entre os dentes da vítima para evitar que ela morda a língua.
Não jogue água fria na vítima.
Quando a convulsão passar, mantenha a vítima deitada. Se ela quiser dormir, deixe.
Depois, é preciso procurar um hospital para o diagnóstico e tratamento adequados.
Tópico 9 – Derrame ou AVC
Um AVC (Acidente Vascular Cerebral) ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe ou é bloqueado por um coágulo sanguíneo. Uma parte do cérebro fica privada de oxigênio, o que pode provocar a paralisia de um lado do corpo ou perda da fala.
Sintomas
A vítima queixa-se de:
Fraqueza ou entorpecimento em um dos lados do corpo.
Dores de cabeça fortes.
Visão enevoada ou dupla, náuseas ou tonturas.
Zumbidos nos ouvidos.
Fique atento se:
Há perda de tônus nos músculos da face.
Dificuldade em articular as palavras ou perda da fala.
Saliva a escorrer da boca.
Pupilas com tamanhos diferentes.
Perda de controle da bexiga ou dos intestinos.
Perda da consciência.
Primeiros socorros
1.  Se a vítima estiver inconsciente, coloque-a na posição lateral de segurança.
2.  Se a vítima estiver consciente, coloque-a numa posição confortável.
3.  Desaperte a roupa em volta do pescoço, peito e cintura para facilitar a respiração e a circulação.
4.  Se a vítima não consegue falar ou é difícil de entendê-la, tente tranquilizá-la para que fique mais calma.
5.  Não lhe dê de comer nem de beber porque a vítima pode sufocar ou ter dificuldade para engolir.
6.  Procure imediatamente um hospital, pois se trata de uma emergência médica.
Tópico 10 – Diarreia
Denomina-se diarreia quando o volume ou o número de evacuações aumenta. Também pode ocorrer diminuição na consistência das fezes, que ficam pastosas. O intestino (dividido em grosso e delgado) funciona, normalmente, absorvendo e eliminando líquidos e substâncias. Quando sua função está alterada, há um desequilíbrio entre eliminação e absorção e a pessoa pode apresentar diarreia.
Diversas causas podem provocar diarreia:
Desordens psicogênicas ou diarreia "nervosa".
Infecções intestinais bacterianas, viróticas ou parasitárias de diversas origens.
Fatores intestinais como envenenamento por metal pesado, terapia antibiótica, fístula gastrocólica e carcinoma do intestino.
Efeitos adversos de medicamentos.
Doença pancreática (diarreia gordurosa).
Doença neurológica.
Deficiência nutricional.
Alergia alimentar.
Fatores dietéticos. O exagero na ingestão de fibras pode ocasionar diarreia transitória.
Ingestão excessiva de laxativo.
Além da diarreia propriamente dita, é comum o desconforto abdominal, cólica, plenitude (sensação de estufamento), excesso de flatos (gases), mal estar generalizado, náuseas e vômitos.
Primeiros Socorros
Em caso de diarreia, existe o risco de desidratação, principalmente em pessoas debilitadas por outras doenças, em idosos e em crianças. Para controlar a situação até o recebimento de socorro médico especializado, deve-se acalmar a vítima, mantê-la em repouso confortavelmente e, sempre que possível, iniciar imediatamente a hidratação oral com soro caseiro, dando à vítima três colheres de sopa a cada 15 minutos.
Receita para o soro caseiro:
1 copo de 250 ml de água fervida ou filtrada
1 colher de sopa de açúcar
1 colher de chá de sal de cozinha
Tópico 11 – Engasgo
Engolir um objeto ou se engasgar com algum pedaço de alimento são acidentes que ocorrem com certa frequência. À primeira vista, pode parecer um incidente sem muita gravidade, mas se a vítima não for socorrida da maneira correta, as consequências podem ser graves.
Os primeiros socorros para esses casos dependem da condição do acidentado, principalmente se ele ainda consegue respirar. Conheça os procedimentos corretos de socorro às vítimas, de acordo com cada situação. 
Primeiros socorros
Se a vítima consegue falar, respirar ou tossir é uma obstrução parcial das vias aéreas. Nesse caso:
1.  Tranquilize-a e diga para tossir.
2.  Pode-se aplicar a técnica da tapotagem, que consiste em uma série de pancadas no dorso do acidentado.
3.  Se a vítima se recuperar rapidamente, deixe-a descansar.
Se a vítima não consegue falar, respirar ou tossir é uma obstrução total das vias aéreas. Nesse caso:
1.  Se a vítima está consciente, abrace-a por trás enquanto ela se mantém em pé.
2.  Efetue a Manobra de Heimlich: coloque uma mão fechada na linha média do abdômen, entre o umbigo e a extremidade inferior do esterno e ponha a outra mão sobre a primeira. Exerça pressão dirigida de baixo para cima e de frente para trás contra o seu próprio corpo com pancadas secas.
3.  Efetue esta manobra até que o objeto engolido seja expelido.
4.  Se a vítima está inconsciente coloque-a deitada de costas e ajoelhe-se de forma que as pernas delas fiquem entre as suas. Apoie uma das mãos sobre o estômago da vítima, logo abaixo das costelas. Cruze a outra mão por cima da primeira e exerça pressão dirigida de baixo para cima, dando pancadas secas. Efetue essa manobra até que o corpo estranho seja expelido.
5.  Se com estas manobras não conseguir desobstruir as vias aéreas e a vítima continuar sem respirar, inicie imediatamente a ressuscitação cardiopulmonar.
No caso de a vítima ser criança com menos de um ano:
1.  Coloque o bebê de barriga para baixo apoiado sobre a sua mão e ao longo do antebraço, com a cabeça mais baixa que o tórax. Dê-lhe cinco pancadas nas costas, entre as omoplatas, com a força adequada ao peso da criança.
2.  Alterne com cinco compressões torácicas realizadas com os dedos anelar e médio. Repita os procedimentos se necessário.
Sintomas
Dificuldade em respirar
Dificuldade em falar
Respiração ruidosa e sibilante
Pele do rosto congestionada com lábios azulados
Mão em volta da garganta
Perda da consciência
Tópico 12 – Infarto do Miocárdio
É importante ficar atento às queixas de dor e mal-estar das pessoas próximas a nós. Elas podem dar indícios importantes do começo de um infarto e, se a ajuda vier em tempo, pode prevenir uma parada cardiorrespiratória.
A maioria das vítimas de infarto agudo do miocárdio apresenta dor torácica. Esta dor é descrita classicamente com as seguintes características:
a) Dor angustiante e insuportável na região precordial (terço inferior e atrás do osso esterno) e em toda a face anterior do tórax;
b) Compressão no peito e angústia, sensação de constrição (aperto);
c) Duração maior que 30 minutos;
d) Dor não diminui com repouso;
e) Irradiação no sentido da mandíbula e membros superiores, particularmente do membro superior esquerdo e eventualmente para o estômago (epigástrio - região superior e medial do abdome).
Outros sinais e sintomas
A grande maioria das vítimas apresenta alguma forma de arritmia cardíaca, palpitação, vertigem e desmaio. Deve-se atender às vítimas com quadro de desmaio como prováveis portadoras de infarto agudo do miocárdio, especialmente se apresentarem dor ou desconforto torácico antes ou depois do evento.
Suor intenso, palidez e náusea, além de vômitos e diarreia.
A vítima apresenta-se, muitas vezes, estressada com "sensação de morte iminente".
Quando há complicação pulmonar, a vítima apresenta edema pulmonar caracterizado por dispneia (alteração nos movimentos respiratórios) e expectoração rosada.
Choque cardiogênico.
Muitas vezes, a dor de um ataque cardíaco pode ser confundida, por exemplo, com a dor epigástrica (de uma indigestão, ou de uma hérnia de hiato esofágico).Primeiros socorros
Procure socorro médico ou um hospital com urgência.
Não movimente muito a vítima, pois o movimento ativa as emoções e faz com que o coração seja mais solicitado.
Observe com precisão os sinais vitais.
Mantenha a pessoa deitada, em repouso absoluto na posição mais confortável, em ambiente calmo e ventilado.
Obtenha um breve relato da vítima ou de testemunhas sobre detalhes dos acontecimentos.
Tranquilize a vítima, procurando inspirar-lhe confiança e segurança.
Afrouxe as roupas.
Evite a ingestão de líquidos ou alimentos.
No caso de parada cardíaca, se houver alguém próximo com treinamento em primeiros socorros, aplique as técnicas de ressuscitação cardiorrespiratória.
Verifique se a vítima traz nos bolsos remédios de urgência. Aplique os medicamentos segundo as bulas, desde que esteja consciente.
Ressuscitação cardiorrespiratória
A ressuscitação cardiorrespiratória, muito importante para o atendimento em caso de parada cardiorrespiratória, tem como principal objetivo manter a vítima respirando e com o coração proporcionando o bombeamento do sangue para os diversos sistemas do corpo humano, durante o tempo que se espera por atendimento médico.
Veja os passos a seguir:
1. Deite a vítima em uma superfície dura com a barriga para cima.
2. Incline a cabeça da vítima e tracione o queixo para trás. A extensão da cabeça permite a elevação da mandíbula para que o ar passe livremente.
3. Caso haja uma pessoa socorrendo a vítima, deve-se fazer dois movimentos respiratórios após quinze compressões cardíacas, verificando o pulso a cada quatro ciclos. Caso haja duas pessoas socorrendo-a, deve-se realizar um movimento respiratório para cada cinco compressões cardíacas, verificando o pulso a cada quatro ciclos. Não pare a ressuscitação, mantenha o ritmo até a chegada do socorro ou até a recuperação dos movimentos cardíacos e respiratórios espontâneos.
Movimentos respiratórios: puxe bastante ar e cole a sua boca na boca da vítima e insufle (sopre), até que haja elevação do tórax. As narinas da vítima devem ser fechadas com os dedos polegar e indicador, para evitar a saída do ar que está sendo insuflado.
Compressões cardíacas: ache o local da massagem cardíaca externa, colocando a mão dois dedos acima do Apêndice Xifóide. As mãos devem ser sobrepostas, dedos entrelaçados e somente uma das mãos em contato com o osso esterno. As compressões fazem com que o sangue circule, substituindo assim o trabalho que seria feito pelo coração.
Pesquisas comprovam que pacientes que receberam a ressuscitação cardiorrespiratória possuem uma maior taxa de sobrevivência, pois a ressuscitação garante a manutenção da respiração e circulação da vítima até o atendimento médico.
Tópico 13 – Insolação
É causada pela ação direta e prolongada dos raios de sol sobre o indivíduo. Caracteriza-se pela perda súbita de consciência e falência dos mecanismos reguladores da temperatura do organismo.
Este tipo de incidente afeta geralmente as pessoas que trabalham com exposição excessiva a ambientes muito quentes ou que sofrem exposição demorada e direta aos raios solares.
Pode ocorrer também sem a perda da consciência e afetar pessoas suscetíveis, mesmo que não estejam expostas a condições de calor excessivo.
Nos casos muito graves de insolação, pode haver lesões generalizadas nos tecidos do organismo, principalmente nos tecidos nervosos; pode ocorrer também a destruição das funções renal, hepática, cardiovascular e cerebral, levando à morte.
Sintomas
Cefaléia (dor de cabeça)
Tonteira
Náusea
Pele quente e seca (não há suor)
Pulso rápido
Temperatura elevada
Distúrbios visuais
Confusão
Respiração rápida e difícil
Palidez (às vezes desmaio)
Temperatura do corpo elevada
Extremidades arroxeadas
Primeiros Socorros
Remover a vítima para um local fresco, à sombra e ventilado.
Remover o máximo de peças de roupa da vítima.
Se estiver consciente, deverá ser mantido em repouso e recostado (cabeça elevada).
Pode-se oferecer bastante água fria ou gelada ou qualquer líquido não alcoólico para ser bebido.
Se possível deve-se borrifar água fria em todo o corpo da vítima, delicadamente.
Podem ser aplicadas compressas de água fria na testa, pescoço, axilas e virilhas. Tão logo seja possível, a vítima deverá ser imersa em banho frio ou envolta em panos ou roupas encharcadas.
Baixar gradativamente a temperatura do corpo da vítima de golpe de calor é o objetivo inicial do primeiro socorro, e tem demonstrado ser uma medida extremamente eficaz.
Tópico 14 – Queimaduras
Acidentes com fogo, água quente e vapor podem causar danos irrecuperáveis para o corpo humano.
Dependendo da localização, extensão e grau de profundidade, a queimadura pode desfigurar a pessoa e até colocar sua vida em risco, pois atinge o maior órgão do corpo humano, que é a pele.
A pele tem um papel importante de proteção contra infecções. Por isso, quanto maior a superfície atingida, mais risco a pessoa corre. 
As queimaduras são classificadas de acordo com a profundidade atingida. Quando atingem apenas a epiderme, causando vermelhidão são classificadas como de primeiro grau. As de segundo grau queimam toda a epiderme e parte da derme, provocando bolhas no local atingido. Já as queimaduras de terceiro grau, consideradas graves, atingem toda a epiderme, a derme e outros tecidos mais profundos, podendo chegar até os
Primeiros socorros
Queimaduras de Primeiro Grau (provocadas por luz solar ou chamuscação pouco intensa)
Lave bem o local com água corrente na temperatura ambiente por no máximo um minuto. Tempo suficiente para esfriar o local e impedir que a lesão aumente, além de aliviar a dor e evitar o aprofundamento da queimadura. Exceder o tempo de 1 minuto pode induzir a hipotermia.
Não aplique gelo ou qualquer outra substância no local.
Se o acidentado sentir sede, dê um copo d'água com uma pitada de sal. Mas cuidado para a pessoa não se engasgar.
Queimaduras de Segundo grau (provocadas por chamuscação ou Iíquidos ferventes) ou de Terceiro grau (provocadas por chama direta):
Lave bem o local com água corrente na temperatura ambiente por 1 minuto;
Proteja o local atingido com compressa de gaze ou pano bem limpo umedecido, ou ainda, com papel alumínio;
Não fure as bolhas que podem surgir no local,
Não aplique pomadas, cremes, manteiga, pasta de dente ou qualquer outra substância no local atingido;
Não retirar roupas ou partes de roupa que tenham grudado no corpo do acidentado, nem retirar corpos estranhos que tenham ficado na queimadura após a lavagem inicial.
Não dar medicamentos para o acidentado;
Remover joias e roupas que possam sufocar ou aumentar o desenvolvimento da queimadura;
Levar o acidentado imediatamente para o hospital.
Tópico 15 – Sangramentos
Basta alguém cortar o dedo para surgirem receitas milagrosas com objetivo de conter o sangue. No entanto, pó de café e outras substâncias, além de não funcionar, podem causar complicações.
Um dos métodos mais indicados para estancar temporariamente pequenos sangramentos consiste em elevar a parte atingida a um nível superior ao do coração e, depois, aplicar pressão direta sobre o ferimento com uma compressa seca por pelo menos 5 minutos. Mas atenção: não eleve a parte atingida caso a pessoa sinta dor ou exista suspeita de fratura.
 
Outros dois métodos são o ponto de pressão e a aplicação do torniquete:
Ponto de pressão
O método do ponto de pressão impede que o fluxo de sangue chegue ao ferimento, pois comprime a artéria lesada e não o corte em si. Ao comprimir a artéria contra o osso mais próximo, a pessoa estanca o sangue vindo da artéria. Veja como proceder em regiões diferentes do corpo.
Na cabeça
Deve-se comprimir a artéria temporal contra os ossos laterais da cabeça com os dedos indicador, médio e anular.
Nas mãos e nos braços
Neste caso, o ponto de pressão está na artéria braquial (a mesma utilizada para medida de pressão arterial), localizada na parte interna do braço.
Nas pernas e nos pés
O ponto de pressão é encontrado próximo à regiãoinguinal (virilha), local por onde passa a artéria femoral. Nesta região, a artéria passa por trás dos músculos, por isso a compressão deve ser forte até atingi-la.
Torniquete
É importante lembrar que o método de torniquete é arriscado e só deve ser usado em último caso, quando o sangramento for muito intenso e os métodos de pressão direta e ponto de pressão não estancarem o sangue.
Se mal utilizado, o torniquete pode colocar a vítima em perigo, pois impede totalmente a passagem de sangue pela artéria.
Como fazer um torniquete:
Eleve o membro ferido de forma que fique acima do nível do coração.
Amarre uma faixa de tecido longa e limpa acima do ferimento, faça duas voltas no tecido e dê meio nó (nunca use fios, cordas ou outros materiais).
Coloque uma vareta ou um objeto semelhante no meio do nó, e depois faça um nó completo.
Gire a vareta para apertar o torniquete e depois fixe-a com as pontas do tecido.
A cada 10 ou 15 minutos gire a vareta no sentido inverso para afrouxar o torniquete.
Procure imediatamente um hospital.

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