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Fenilcetonúria Componentes: André Bandeira; Antônia Márcia; Juliana Lima; Regiane Costa; Metabolismo normal da feninalanina A transformação de fenilalanina em tirosina é catalisada pela fenilalanina hidroxilase. A ausência dessa enzima ou de sua coenzima, a tetraidrobiopterina (BH4), gera aumento nos níveis de fenilalanina e seus derivados na circulação sanguínea. Este defeito genético é conhecido como fenilcetonúria. Fenilcetonúria Clássica É uma doença autossômica recessiva (cromossomo 12) Erro inato do metabolismo de aminoácidos mais comum em população caucasiana (com incidência de 1 em cada 10.000 indivíduos) Ocorre por deficiência da enzima fenilalanina hidroxilase (uma monooxigenase), encontrada no fígado e rins A mutação do gene que codifica a enzima fenilalanina hidroxilase (PAH) origina um espectro de fenótipos que se definem de acordo com a concentração de fenilalanina (Phe) no sangue Fenilcetonúria clássica Fisiopatologia Há um acúmulo de fenilalanina no sangue, urina e no líquido cefalorraquidiano Altas concentrações plasmáticas deste aminoácido pode resultar na ativação de vias metabólicas secundárias do catabolismo da fenilalanina Ex: transaminação da fenilalanina para fenilpiruvato redução: fenilpiruvato é convertido em fenillactato descarboxilação oxidativa: leva ao fenilacetato e feniletilamina Alterações bioquímicas secundárias afetam o metabolismo do triptofano: menor concentração de serotonina no sangue e no cérebro A menor formação de tirosina provavelmente causa uma produção limitada de catecolaminas e melanina Fenilcetonúria clássica 2. Quadro clínico: A fenilcetonúria não tratada leva a sintomas graves, tais como: Inibição do desenvolvimento cerebral (retardamento mental, baixo quociente intelectual) Reflexos tendinosos profundos Hiperatividade Hipertonia muscular Alterações do eletroencefalograma Autismo Deficiência motora Convulsões A síntese anômala de melanina causa uma deficiente pigmentação da pele, cabelos e íris. A excreção de fenilacetato provoca forte odor na urina e no suor Diagnóstico Espectrometria em massa tandem: permite determinar concentrações de aminoácidos, com pequenos volumes de sangue ou plasma. Esse método mede os níveis de Phe e Tyr e a proporção Phe/Tyr. Fluorimetria: as amostras são coletadas em microcapilares, tratadas com ácido tricloroacético e a análise é feita pela adição de ninidrina-peptídeo. A concentração plasmática é determinada pela leitura no fluorímetro. Teste do pezinho: O sangue é armazenado sob a forma de pequenas manchas num papel de filtro contido no cartão de Guthrie, que é posteriormente utilizado para os testes laboratoriais. Fenilcetonúria não-clássica É uma variação da fenilcetonúria que está relacionada à a deficiência de tetrahidrobiopterina (BH4) que é a coenzima necessária para a hidroxilação da fenilalanina em seu metabolismo. O distúrbio resulta em grave doença neurológica progressiva, provavelmente pela falta de síntese dos neurotransmissores serotonina, dopamina e norepinefrina. A partir do estudo de pacientes fenilcetonúricos não tratados, sugere-se que a deficiência do cofator Tetrahidrobiopterina (BH4) atua como inibidor das enzimas tirosina hidroxilase e triptofano hidroxilase, reduzindo a produção de catecolaminas, dopamina e serotonina, o que contribuiria para o retardo mental e a alteração do comportamento. Tipos de fenilcetonúria não-clássica Tipo IV: Deficiência da dihidropteridina redutase, a qual atua na conversão da dihidrobiopterina em tetrahidrobiopterina (BH4) Tipo V: Deficiência de dihidropteridina sintetase, que participa de uma das etapas da síntese da biopterina. Sintomatologia e diagnóstico da fenilcetonúria não-clássica Os sintomas observados em pacientes com deficiência de BH4 são: atraso de desenvolvimento, hipotonia, espasticidade, hiperreflexia e hipersalivação. O diagnóstico baseia-se em concentrações baixas ou normais de biopterina na urina; na medição dos níveis séricos de biopterina e na determinação da atividade de neurotransmissores no líquido cefalorraquidiano. Tratamento para fenilcetonúria não-clássica Suplemento de tetrahidrobiopterina (sapropterina) Administração de tirosina e de precursores de neurotransmissores; Por que uma criança nasce com fenilcetonúria? Fenilcetonúria materna É uma aminoacidopatia caracterizada por níveis elevados de fenilalanina plasmática na gestante. A fenilalanina materna em excesso atravessa a barreira placentária, atingindo níveis plasmáticos fetais de 1,2 a 1,9 vezes mais elevados que no sangue materno. Manifestações clínicas no feto Restrição do crescimento intra-uterino (RCIU); Baixo peso ao nascer; Microcefalia; Retardo mental ; Malformações cardíacas Relato de Caso Paciente E.G.S., 22 anos. Tem 2 filhos com parto cesariano. Primeira gestação: RN, sexo feminino, nascido prematuramente, pesou 1.400 g, apresentou microcefalia e evoluiu com retardo do desenvolvimento psicomotor. Segunda gestação: dosagem de fenilalanina no sangue materno constatando uma concentração de fenilalanina plasmática igual a 24,3 mg/dL (normal <4 mg/dL). Durante o período pré-natal, instituiu-se dieta específica para a mãe, com restrição de fenilalanina. A dieta orientada pelo nutricionista consistia na: Retirada de proteínas de alto valor biológico; Proscrição de grãos e as proteínas de origem animal. Suplementação com hidrolisado proteico. Parto cesariano, RN, do sexo masculino, apresentou, pesou 2.810 g e mediu 45 cm. Triagem sanguínea neonatal do RN, não sendo constatada a fenilcetonúria (fenilalanina plasmática de 0,73 mg/dL). Também não foram encontradas malformações congênitas no RN. Em virtude do tratamento dietoterápico da fenilcetonúria materna. Como foi feito o diagnóstico? Achados clínicos com confirmação por meio de exame laboratorial. Referências http://blogbionut.blogspot.com/2012/09/fenilcetouria-pku-consequencias-e.html https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/%20S.M.R.C.%20Erros%20inatos%20do%20metabolismo%20dos%20aminoácidos,%20julho-2014.pdf https://www.nupad.medicina.ufmg.br/topicos-em-saude/fenilcetonuria/ http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021-75572018000200170&script=sci_arttext&tlng=pt http://conitec.gov.br/images/Incorporados/Sapropterina-final.pdf
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