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Iniciação ao Hermetismo - Grau II - por Rawn Clark

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Grau II - por Rawn Clark
O Grau II se inicia com uma seção intitulada “Auto-sugestão ou o Mistério do Subconsciente”.
Ela descreve uma técnica relativamente simples, na qual o aprendiz formula uma frase positiva
sobre um aspecto de si mesmo que precisa de melhoras, e então procede, repetindo essa frase
várias vezes, até que se torne enraizada na mente subconsciente.
 
Esta não é uma técnica isolada – não assegurará mudança permanente. Para realmente se criar
uma mudança em si mesmo, a afirmação deve ser unida à ação direta. Isso é elaborado mais
adiante, na seção “Instrução Mágica da Alma”.
 
Esta técnica é mais efetiva em se manter a alternativa positiva na frente da alternativa negativa na
mente consciente de alguém. Ao implantar a afirmação positiva na mente subconsciente, ela
naturalmente aparecerá cada vez que a característica negativa surja. Quando combinada com um
comprometimento à ação direta, há uma enorme vantagem.
 
Na minha experiência, os melhores momentos para fazer esta repetição são imediatamente depois
de acordar e pouco antes de dormir.
 
É muito importante que a afirmação seja feita no tempo presente e de maneira positiva. Por
exemplo, “Eu vou parar de fumar” não é suficiente, porque é negativa e não está no tempo
presente. Muito melhor seria “Eu sou um não-fumante saudável e feliz”. Evite frases que incluam
a palavra “não”.
 
É nesta seção que Bardon introduz a idéia de se trabalhar com um cordão de contas (ou nós) para
se manter controle do número de vezes que uma afirmação é repetida, ou para manter controle do
número de interrupções ocorridas nos exercícios de concentração. Essa é uma ferramenta útil. Eu
trabalho com um pedaço de fibra têxtil, na qual eu amarrei 40 nós simples. A cada repetição ou
interrupção, eu simplesmente movo meu dedo para o próximo nó. Isso é vantajoso, porque me
livra de ter de contar as repetições ou tomar consciência das interrupções. Dessa maneira, manter
um controle não constitui, em si, uma interrupção, ou me distrai da tarefa sendo feita.
 
Mental:
 
O estudante deve ter alcançado o grau recomendado de sucesso com os exercícios de meditação
do Grau I antes de começar esta seção dos exercícios do Grau II. A habilidade de se concentrar é
essencial para o trabalho que segue.
 
Com esta seção de treinamento do Grau II, a atenção é focada nos cinco sentidos materiais. A
prática serve como uma introdução a um tipo de meditação comumente chamada de “visualização
criativa”. Contudo, como em muitas coisas em IAH, isso é mais do que é entendido ou visto como
visualização criativa.
 
Esses exercícios são um primeiro passo importante para o desenvolvimento dos sentidos sutis
astrais e mentais. Eles são feitos para se alcançar as seguintes coisas: 1) Exercitar os poderes de
concentração do estudante; 2) Ensinar ao estudante a como separar um sentido por vez; 3)
Exercitar os sentidos materiais do estudante.
 
A descrição que Bardon oferece desses exercícios é bastante direta e simples. A execução desses
exercícios, porém, pode ser muito difícil para o estudante comum.
 
A maioria dos estudantes nota que os exercícios com um sentido serão mais difíceis do que
aqueles de outro, e isso é absolutamente normal. As razões para isso são duas. A primeira é o fato
de que nos concentramos demais sobre um ou dois sentidos do que outros, e desse modo, alguns
de nossos sentidos não serão tão bem desenvolvidos como outros. Isso é facilmente remediado ao
se concentrar no sentido deficiente, usando-o conscientemente durante o dia. Por exemplo, se
você tem problemas em imaginar o aroma de uma rosa, então cheire algumas rosas e se concentre
em seu cheiro. Preste atenção especial a como as coisas cheiram e isso te ajudará a desenvolver
seu sentido olfatório.
 
A segunda razão para a diferença entre os sentidos do aprendiz tem a ver com o equilíbrio dos
elementos. Cada sentido é relacionado a um elemento, e portanto, quando um elemento está
deficiente, o sentido correspondente também fica deficiente. Quais desses exercícios são fáceis e
quais são difíceis pode te revelar bastante sobre o estado atual de seu equilíbrio elemental. Na
medida em que você trabalha para estabelecer um equilíbrio maior dos elementos em sua
personalidade (veja Grau II, “Instrução Mágica da Alma”), essas discrepâncias entre os sentidos
devem diminuir.
 
Os exercícios com a concentração dos sentidos deveriam ser feitos exatamente como Bardon
descreve. Fique atento para trabalhar com somente um sentido por vez. Por exemplo, se você está
trabalhando com o cheiro de uma rosa, afaste todas as imagens da rosa e todas as lembranças de
rosas que possam aparecer em sua consciência.
 
A sequência dos sentidos deveria ser seguida, também. Os exercícios são apresentados nessa
sequência por uma razão muito boa e você não deveria gastar 5 minutos com visualização,
seguidos de 5 minutos com cheiro, etc., de uma vez só. Cada exercício deve ser dominado antes
de se começar a trabalhar com o próximo.
 
Escolha imagens simples para trabalhar quando você começar a concentração visual. Eu
aconselho contra o uso de imagens ou objetos complexos, como cartas de tarô. Isso tende a tornar
o exercício muito mais difícil para dominar e serve a nenhum propósito neste estágio. Do mesmo
modo, escolha coisas simples para trabalhar com outros sentidos.
 
Por favor, note que, na descrição de Bardon da “concentração dos sentidos sensoriais”, ele se
refere somente a sensações gerais do corpo, como calor e frio, e não a sensações táteis, como as
de aspereza e lisura. Não haverá problemas, porém, em incluir sensações táteis em seu trabalho,
mas isso não é obrigatório.
 
Perguntas e Respostas
 
1) A auto-sugestão realmente funciona? Por quê?
 
Sim, ela funciona, mas não como uma técnica isolada. Para ser verdadeiramente efetiva, deve ser
combinada com ação direta.
 
Essa é uma técnica muito comum nos dias de hoje, e muito foi aprendido sobre a sua causa e
como ela funciona. Cortando toda a linguagem rebuscada e superstição, o fato simples é de que,
ao repetir seu desejo freqüentemente, você mantém o pensamento em sua consciência superficial.
Obviamente, isso também integra o pensamento em sua subconsciência. Contudo, sua importância
principal é te ajudar a manter o pensamento em sua mente consciente, influenciando seus
pensamentos e ações.
 
2) Qual é o melhor modo de criar frases para meu desejo?
 
Sua frase deveria ser inteiramente positiva (sem “não”) e no tempo presente (sem “Eu irei”). Por
exemplo, “Eu sou um não-fumante saudável e feliz” é mais preferível do que “Eu não fumarei”.
 
Mais pra frente, quando se usa auto-sugestão para a auto-mudança, sua frase deveria se referir à
raiz do problema, não seu mero sintoma.
 
3) Eu não consigo visualizar feijões, como eu ultrapasso isso?
 
Número um, continue tentando! Segundo, tente olhar para as coisas com mais atenção. Preste
atenção à cor, textura, tamanho e forma das coisas. Como com os outros exercícios de sentidos,
quanto mais eficientes são seus sentidos físicos, mais fácil será executar esses exercícios
imaginários. Problema persistente com o exercício de visualização pode indicar um desequilíbrio
no Elemento Fogo, portanto, se esse é o seu caso, então trabalhar em retificar seu desequilíbrio do
fogo deve tornar seu exercício de visualização mais fácil.
 
4) Eu estou praticando as visualizações de Bardon. Eu consigo imaginar objetos com os
olhos fechados, mas eu ainda não consigo imaginar objetos com meus olhos abertos.
 
Fazer os exercícios de imaginação com os olhos abertos é difícil porque, com seus olhos abertos,
há mais estimulação visual do que com seus olhos fechados. Quando seus olhos estão fechados,
tudo que você vê é escuridão, e isso te permite a facilmente se concentrar em só sua visualização.
Mas, quando seus olhos estão abertos, todas as imagens do seu ambiente interferem com sua
concentração na visualização.Há várias maneiras de tornar a transição entre os olhos fechados e olhos abertos um pouco mais
fácil. Um método é trabalhar numa sala escura. Isso reduz a quantidade de distrações visuais
durante a fase de olhos abertos e imita a escuridão dos olhos fechados. Uma vez que você consiga
fazer sua visualização de olhos abertos numa sala escura, então, gradualmente, aumente a luz na
sala até que você possa dominar a visualização, com os olhos abertos, numa sala completamente
iluminada.
 
Um segundo método é olhar para uma superfície plana, branca ou preta, quando você criar sua
visualização de olhos abertos. Isso reduzirá, também, a quantidade de distrações visuais.
 
Um terceiro método é fitar uma parede ou um espaço qualquer com seus olhos levemente fora de
foco. Isso embaça o ambiente e diminui distrações visuais.
 
Um quarto método, e provavelmente o mais difícil, é construir sua visualização com seus olhos
fechados e, então, segurando firmemente sua visualização construída, abrir seus olhos. Uma vez
que seus olhos estejam abertos, tente segurar a sua visualização e deixá-la flutuar diante de seus
olhos.
 
A chave, em quaisquer dos casos, é ignorar os detalhes visuais de seu ambiente quando seus olhos
estiverem abertos. Verdadeiramente, você deveria se concentrar somente na sua visualização.
 
Muitos dos exercícios requerem esse tipo de transição do domínio com os olhos fechados para o
domínio com os olhos abertos. Isso é feito para ensinar ao estudante como fazer essas habilidades
coisas que possam ser empregadas em qualquer momento em sua vida diária.
 
Quando qualquer exercício apresentar uma dificuldade pra você, seja inventivo e tente uma
variedade de diferentes métodos para ultrapassar a dificuldade até você achar um método que
funciona melhor pra você. Estou certo de que, no caso acima, há mais do que esses quatro
métodos para ultrapassar sua dificuldade. Eu espero que esses exemplos irão, ao menos, estimular
sua imaginação e inspirá-lo a inventar um método que funciona bem pra você.
 
5) Tudo bem se eu pular de sentido para sentido ou eu deveria seguir a sequência que
Bardon infere?
 
A ordem na qual Bardon apresentou os exercícios dos sentidos é importante e tem razão. É feita
também essa sequência no trabalho de acumulações dos Elementos – você segue a sequência de
Fogo, Ar, Água e Terra. As razões para isso são complexas, mas é suficiente dizer que você pode
confiar em Bardon para isso. Você será sábio se seguir as instruções dele exatamente como está lá.
É fácil favorecer apenas um sentido / Elemento e isso viola o princípio de um treinamento mágico
equilibrado.
 
Astral:
 
Enquanto a Instrução Mágica da Alma do Grau I era sobre a análise da personalidade, os
exercícios do Grau II representam a ação. Aqui, o foco é sobre o que eu chamo de “auto-
aprimoramento”, no qual o estudante começa o processo de transformação do que foi revelado
pela auto-análise para uma manifestação positiva do que ele deseja ser.
 
Bardo recomenda se começar a trabalhar com o aspecto mais forte da personalidade, mas adiciona
a condição de que, se a vontade do estudante é fraca, ele pode começar com um aspecto negativo
menor. Verdade, começar com a coisa que você quer mudar mais é o melhor caminho. Mas, se a
você falta a força de vontade, comece por baixo, aumentado gradativamente sua confiança e a
força de vontade.
 
É de vital importância que você persista com seu item escolhido até que você encontre o sucesso.
Nunca desista na metade. Se você se sentir que não está fazendo nenhum sucesso, gaste algum
tempo repensando sua abordagem ao problema e veja se você pode inventar uma tática melhor.
 
Escolha apenas um item por vez e devote todas as suas energias para a sua transformação.
 
Bardon sugere um ataque triplo, consistindo de meditação, afirmação e ação direta.
 
Meditação: Quando você tiver decidido um item para trabalhar, passe um bom tempo em
contemplação. Tente descobrir tudo sobre esse item. Cada característica negativa serve a um
propósito positivo – o que a torna negativa é que esses aspectos de nós normalmente são formados
como respostas subconscientes. Investigue profundamente no item negativo e tente descobrir o
propósito positivo que se encontra em sua raiz. Então, crie para si mesmo uma maneira mais
positiva de atender essas necessidades enraizadas, uma que seja uma escolha totalmente
consciente, ao invés de um hábito subconsciente.
 
Afirmação: Bastante já foi dito sobre isso na seção de abertura do mistério do subconsciente. O
importante aqui é que a sua afirmação seja feita cuidadosamente. Use o que você aprendeu na
assimilação de conscientes e a magia da água para ajudar nesse processo de auto-aprimoramento.
 
Ação Direta – Existem dois aspectos da ação direta que valem a pena mencionar. O primeiro é o
tipo instantâneo. Simplesmente, isso significa que cada vez que a sua característica negativa surgir
na sua rotina diária, você deve se deter e se concentrar na alternativa positiva. Substitua a sua
resposta negativa com uma positiva. Essa é uma forma muito poderosa de transformação, que
fortalecerá diretamente a sua vontade. O segundo aspecto da ação direta é mais ocasional. Aqui, o
indivíduo deve planejar certas ações que sustentem a alternativa positiva. Por exemplo, se o
propósito raiz por trás da sua característica negativa é te dar uma sensação de conexão com os
outros, ao invés de satisfazer essa necessidade válida com uma maneira negativa, planeje
atividades positivas que lhe trarão mais perto aos outros na sua comunidade ou em sua família.
 
A prática faz a perfeição e, depois do seu primeiro sucesso, você alcançará outros mais rápida e
facilmente. Esse trabalhe muito, muito, muito importante para uma subida mágica firme e nenhum
esforço deve ser poupado. Por sermos seres constantemente em mudança, esse é um trabalho que
nunca termina – só fica mais fácil. Brevemente, você pegará o jeito e o auto-aprimoramento se
tornará uma alegria.
 
Por favor, lembre-se de que o Equilíbrio Elemental não é um estado absoluto ou estático. É uma
coisa que toma a atenção constante. Não se espera que você alcance um equilíbrio absoluto antes
de começar o Grau III. O que é esperado, porém, é que você faça um bom avanço no seu
equilíbrio dos elementos. Um equilíbrio básico dos elementos dentro de sua personalidade é
essencial para o trabalho que se segue. Sem esse equilíbrio básico e o comprometimento a se
melhorar constantemente, o estudante arrisca danos à sua psique e à sua saúde física.
 
Perguntas e Respostas
 
1) Onde eu começo?
 
Seria melhor se você começasse com um item no seu espelho da alma negro que te incomoda
mais. Fique firme com ele até que você o transforme do jeito que você deseja.
 
Conceder a uma vontade fraca é uma prática duvidosa, na minha opinião. Eu sei que Bardon diz
que você pode começar com um item menor e ir chegando gradativamente aos mais importantes.
Mas, realmente, esse não é o melhor método. Uma vontade forte é essencial ao mago, portanto,
porque não dar a si mesmo o favor de cultivá-la desde o início? Esse pode não ser um trabalho
fácil para você, mas nada é impossível. Ao invés de começar com um item pequeno, comece com
um item grande e o trabalhe pouco a pouco.
 
2) Eu deveria mudar apenas minhas características negativas ou eu deveria mudar
também minhas características positivas excelentes demais?
 
Essa é uma questão comum. O trabalho do Grau II deveria ser focado em transformar suas
características negativas mais poderosas. Nesse estágio, a maior utilidade do seu espelho da alma
positivo é ser um guia para a retificação de suas características negativas. Muitas vezes, a resposta
para a pergunta de “qual característica positiva corresponde a esta característica negativa?” se
encontra em seu espelho positivo.
 
Alguns dirão que uma característica positiva em excesso indica um desequilíbrio dos elementos.
Issoé só parcialmente verdadeiro, porque uma abundância excessiva de uma característica
positiva é por si só uma característica negativa, que deve ser colocada no espelho da alma como
tal.
 
3) Ajude-me! Não faço progresso nenhum, o que faço?
 
Bem, eu sei que você está cansado de ouvir isso, mas continue tentando! Algumas vezes, você
precisará voltar e rever sua abordagem de novo. Contemple novamente o item que você deseja
transformar, fique com a certeza de que você penetrou na raiz do problema, e veja se todas as
técnicas para a auto-mudança que você emprega se encaixam perfeitamente no item.
 
Algumas vezes, problemas verdadeiros e demorados com essa parte do trabalho são resultantes de
não possuir o grau de comprometimento requerido. Se esse é o caso, trabalhe em desenvolver seu
comprometimento, bem como a sua habilidade para se assegurar de que a sua mudança desejada é
inevitável, ou, já ocorreu.
 
Material:
 
A Instrução Mágica do Corpo do Grau II se estruturam sobre aqueles exercícios do Grau I. Aqui,
paramos de prestar atenção na respiração normal dos pulmões e vemos o que Bardon chama de
“respiração pelos poros”, ou se respirar com o corpo inteiro.
 
A explicação pseudo-científica por trás da respiração mágica é a de que as células do corpo estão
constantemente se regenerando. Elas morrem e são substituídas numa escala facilmente prevista,
que varia de um tipo de célula para outro. Nossa nutrição e nosso estado mental determinam a
saúde das novas células. Quando praticamos a inalação mágica de uma idéia, essa idéia se integra
à estrutura de nossas novas células e, lentamente, transformamos nossa estrutura física inteira. É,
por isso, importante que a idéia inalada circule pelo corpo inteiro.
 
A técnica de respiração pelos poros é bem simples e requer apenas um pouco de imaginação para
conseguir. Bardon usa a analogia da esponja imergida em água, mas outra boa analogia é aquela
de centralizar a atenção nos ossos físicos do corpo e sugar o ar de lá. De qualquer dos dois modos,
a sensação deveria ser a de que uma pessoa está inalando ar através do corpo inteiro de uma só
vez. Por favor, note que isso não é algo que é meramente visualizado, mas sim SENTIDO pelo
corpo físico inteiro.
 
O primeiro exercício na respiração pelos poros envolve a inalação do que Bardon chama de “força
vital”. Infelizmente, para o novo estudante, Bardon diz muito pouco sobre o que essa energia vital
é. Essa é uma pergunta frequentemente perguntada, portanto eu falarei mais sobre a força vital na
seção de Perguntas e Respostas que se segue.
 
Os exercícios desta seção do Grau II começam com a respiração do corpo inteiro pelos poros de
energia vital. Lembre-se de evitar a alteração do ciclo de respiração durante esses exercícios.
Aqui, justo como com o exercício do Grau I de inalar uma idéia através da respiração dos
pulmões, é a mente que faz o trabalho verdadeiro, não a respiração. Como antes, tome inspirações
vazias para acomodar o tempo de atraso entre o seu processo de imaginação e o seu ciclo de
respiração normal.
 
Quando essa técnica de respiração dos poros da força vital é dominada, o estudante começa a
adicionar uma idéia ao princípio do Akasha (da energia vital ou do próprio ar). Aqui, a idéia é
inalada através do corpo inteiro no mesmo modo que foi inalada no Grau I só com os pulmões.
 
Segue a prática da exalação mágica. Ela continua com os mesmos princípios da inalação mágica,
mas se foca em tirar do corpo / psique um pensamento ou idéia específicos (normalmente o
contrário da idéia inalada). De novo, é importante não forçar uma mudança no ritmo de respiração
normal – tome aquelas expirações vazias necessárias. Se você dominou a inalação mágica, a
exalação deveria ser bem fácil de dominar.
 
Quando focada no mesmo propósito, a inalação mágica combinada com a exalação mágica, a
respiração pelos poros constitui um método muito poderoso para auto-mudança. Seus potenciais
para um impacto positivo sobre a saúde física e psíquica do praticante são enormes.
 
Os exercícios do Grau II fecham com uma seção sobre a disciplina física. Especificamente, fala
da asana primária de trabalho (ou posição do corpo) que o estudante usará no curso do trabalho de
IAH. Bardon recomenda uma postura comum (alguns chamam de postura do “Rei” ou do
“Trono”), mas uma postura que flexione os joelhos funcionará tão bem quanto para a maioria dos
estudantes. Importa pouco qual postura em particular você escolhe para isso, desde que seja uma
posição em que você se sinta confortável. Por exemplo, se você escolher uma asana de lótus e
conseguir executá-la sem as suas pernas adormecerem da perda de fluxo do sangue, então a use,
mas se a asana de lótus adormece suas pernas, escolha outra postura que não tenha esse efeito.
 
Esse exercício poderia (e, na minha opinião, deveria) ser aplicado a QUALQUER postura na qual
o estudante se encontre na vida diária. O objetivo aqui é conseguir a habilidade de ficar em
qualquer posição e ser capaz de alcançar conforto e concentração ininterrupta.
 
Igual ao Grau I, é igualmente importante que o estudante não prossiga para o Grau III antes de
todos os exercícios no Grau II serem dominados. Se uma parte do Grau terminar rapidamente,
você deveria gastar seu tempo melhorando suas habilidades até que você tenha completado os
requerimentos do Grau II.
 
Perguntas e Respostas
 
1) O que é a força / energia vital?
 
Há duas questões sobre a energia vital que, invariavelmente, aparecem: “O que é a energia vital?”
e “Como a energia vital é sentida?”. A primeira questão é menos importante que a segunda neste
estágio do treinamento, mas vale uma resposta.
 
A energia vital é uma energia específica que tem uma constituição específica. É composta dos
Elementos e dos Fluidos de forma que tenha uma afinidade com a matéria viva (animada).
Quando um ser vivo possui energia vital, ela é feita e mantida a partir da energia vital e dos
Elementos e Fluidos do corpo. Portanto, um pedaço de grama terá um arranjo de Elementos e
Fluidos diferente da energia vital de um corpo humano.
 
A energia vital é uma substância astra-mental – não é algo medível por instrumentos materiais
(embora muitos de seus efeitos materiais sejam medíveis). Por ser astra-mental, tem uma
afinidade pela matéria física e afeta diretamente a estrutura das coisas físicas.
 
A composição específica dos Elementos e dos Fluidos que compõem a força vital expressa uma
leve preponderância do Elemento Fogo e do Fluido Elétrico. Ela também expressa a polaridade
positiva dos Elementos e dos Fluidos com uma força maior do que as polaridades negativas. Isso
dá a qualidade da vitalidade refletida por seu nome.
 
Mais frequentemente, é visualizada como um brilho levemente dourado (devido à predominância
do Elemento Fogo e do Fluido Elétrico). É visualizada também, por alguns, como sendo de um
brilho completamente branco ao invés de dourado, mas, em minha experiência, essa não é a
energia vital que Bardon menciona aqui. Esse branco puro (sem cor) é também vital, mas é mais
universal e não é especificamente adaptável à matéria viva, animada. Em outras palavras, a
energia branca e pura terá um maior efeito sobre a estrutura da matéria inanimada, e terá impacto
menos direto sobre a matéria animada do que o impacto da energia de coloração dourada. Pelo
foco aqui do Grau II é nosso corpo físico, eu recomendo altamente que a energia vital tenha uma
aparência dourada.
 
2) Como a força vital é sentida?
 
A principal dica para isso é nome dado a essa energia. Essa energia é bastante vital e estimulante e
energizante ao corpo humano. Quando executa o trabalho do Grau II com a força vital, o aprendiz
deveria sentir essa estimulação nos nervos do corpo inteiro. Pouco mais pode ser dito sobre isso, e
o estudante deve encontrar, através da experimentação, sua conexão a essa energia por si mesmos.
Com essas pistas e direções, você terá poucadificuldade a esse respeito.

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