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PAPER INFORMAL 8

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EDUCAÇÃO INFORMAL E SUA IMPORTÂNCIA 
 
Autores: Cristiane da Silva Grubert 
Nicole de Andrade Centeno 
Rochelli Silveira Padilha 
Shaiane Machado da Silva 
Tutora Externa: Andréa Witt 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Pedagogia (PED 1001) – Seminário Interdisciplinar VIII 
24/10/2017 
 
RESUMO 
Há poucas décadas se discute educação de uma forma mais ampla, com suas ramificações 
educacionais, sendo a educação informal uma delas. Na educação informal não tem hora para 
aprender, pois ocorre em qualquer ambiente, sem intenção, e não é institucionalizada. A 
transmissão da informação ocorre de forma natural, onde o modo de pensar e de se expressar é 
exercido no ambiente sociocultural em que está inserido, resultando em experiências e práticas que 
não estão vinculadas a uma instituição como na educação formal e não formal. 
 
Palavra – chave: Aprender. Compartilhar. Experiências. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Na educação informal não tem hora para aprender, pois ocorre em qualquer ambiente, sem 
intenção, e não é institucionalizada. “ A casa onde mora , a rua, o bairro, o condomínio, o clube que 
frequenta, a igreja ou local de culto a que se vincula sua crença religiosa, o local onde nasceu etc... 
 
 A transmissão da informação ocorre de forma natural, onde o modo de pensar e de se expressar 
é exercido no ambiente sociocultural em que está inserido, resultando em experiências e práticas 
que não estão vinculadas a uma instituição como na educação formal e não formal. 
 Para uma mediação cultural é preciso pensar em desafios, acreditar no outro, ter confiança em si 
para render frutos do aprender. Tornar-se sensível e ter uma relação efetiva e afetiva com os pares e 
os alunos é alimentar a bagagem cultural de forma contínua e costurar todo aprendizado construído 
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ao longo da vida, que cabe à educação informal e com o conhecimento curricular da educação 
formal. 
 Portanto, a educação informal está presente tanto na educação formal como na educação 
não formal, pois os indivíduos trazem na sua bagagem de vida, histórias de vida regadas de 
inúmeras informações. Porém, na educação formal a não formal interpenetra-se, implementando a 
educação informal com outros saberes, transformando em conhecimento. 
 Somos um, mas na relação com o outro somos relações mediadas pelo contexto em vivemos, e 
que neste esteja presente a cultura para uma formação humana sensível, proporcionando mediação 
cultural. 
 
2 EDUCAÇÃO INFORMAL 
 
 Educação informal é um termo atribuído à educação desenvolvida fora dos estabelecimentos de 
ensino ou que ocorre sem planejamento. Geralmente, é um tipo de educação que ocorre em espaços 
de atividades culturais, com a família, amigos ou grupos de interesse comum. Uma característica 
marcante dessa educação é a aparente naturalidade do processo, ocultando valores, e preconceitos. 
No entanto, os meios educativos informais exercem grande influência na formação dos indivíduos. 
 Os efeitos educacionais no caso da educação informal, trabalha o desenvolvimento de valores, 
desenvolve também a capacidade de enfrentar as diversidades e também a capacidade de recriar, 
refazer, retraduzir, resinificar as condições concretas das vivências cotidianas. 
 Apesar de vários tipos de educação informal, iremos ver um pouco do trabalho realizado pelos 
Desbravadores, também conhecidos como Clube de Desbravadores, são um departamento da Igreja 
Adventista do Sétimo Dia (IASD), que trabalha especificamente com a educação cultural, social e 
religiosa de crianças e adolescentes situadas na faixa etária entre 10 e 15 anos. 
 
2.1 CLUBE DE DESBRAVADORES UMA EDUCAÇÃO INFORMAL 
 
 O clube de desbravadores é um programa religioso centrado no tripé físico-mental-
espiritual, que desenvolve atividades para atender às necessidades e interesses de crianças e 
adolescentes (juvenis) entre 10 e 15 anos de idade, com foco específico nesta faixa etária. 
 Grande parte do programa do clube de desbravadores é construído em torno de atividades 
físicas. Segundo o manual do clube de desbravadores, o foco nisto explica-se porque os jovens entre 
10 e 15 anos de idade estão num estágio de crescimento e desenvolvimento físico muito 
rápido. Segundo a filosofia do clube, atividades que envolvam ação, aventura, desafio e atividades 
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em grupo, oferecem oportunidades para o desenvolvimento de novas atitudes e habilidades que 
produzem o crescimento pessoal, de equipe e espírito de comunidade, que ainda de acordo com a 
filosofia do programa, fazem parte do tripé da “cidadania e lealdade” que prega o respeito para com 
“Deus, Sua criação, e Sua igreja”. 
 Enquanto o clube de desbravadores existe principalmente para os juvenis, um de seus 
propósitos básicos é também reunir pais e membros da igreja através de um envolvimento ativo 
com o clube. O objetivo deste envolvimento é corrigir (ou fazer desaparecer) a lacuna entre 
gerações aproximando juvenis e adultos, para que trabalhem e se divirtam juntos em um vínculo de 
experiência comum. 
 Toda a filosofia dos desbravadores é construída sobre a ideia de que os juvenis e as crianças 
aprendem melhor pelo exemplo, ao invés dos preceitos. A forma como veem os líderes e os valores 
dos pais é utilizada como um modelo espiritual e social a ser seguido. Com isto espera-se 
desenvolver altos princípios morais, atitudes de amor, carinho e determinação, sobressaltando estes 
em todas as atividades desenvolvidas. A filosofia educacional do clube, destaca ainda que os 
juvenis aprendem mais efetivamente numa atmosfera positiva, feliz e segura. Segundo 
a Conferência Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, a atitude dos dirigentes do clube é, 
portanto, um ingrediente vital em garantir o sucesso e a eficácia deste ministério para a juventude, 
pois será ele um dos principais modelos a ser seguido pelos juvenis. 
 
2.2 COMO É ORGANIZADO O CLUBE DE DESBRAVADORES 
 
 Cada clube de desbravadores é administrado por um diretor de clube, vice-diretores 
(normalmente chamados de “associados”), conselheiros, instrutores, capelão, secretário e tesoureiro. 
Os cargos administrativos do clube demandam que pessoas treinadas estejam ocupando a função. A 
conferência Geral do Departamento Jovem instrui que preferencialmente sejam líderes investidos – 
maiores de 16 que cumpriram a “Classe de Líder” ou no mínimo que estejam cumprindo os 
requisitos da Classe de Líder. 
 O clube é dividido em unidades separadas, classificadas por sexo e por idade. Cada unidade 
tem em média seis ou oito desbravadores, acompanhados de um conselheiro, que é o seu líder. A 
unidade funciona como uma célula do clube, ou um “micro clube”, pois também desenvolve um 
cronograma administrativo com um capitão, um secretário e um tesoureiro, além de desenvolver 
atividades práticas e teóricas através da interação entre seus membros. 
 Os clubes também são organizados em “regionais”, que funcionam como agrupamentos de 
vários clubes. Normalmente tem a atribuição de desenvolver atividades de âmbito maior (a exemplo 
de camporis), que demandam mais esforço e planejamento, também dando suporte ao clube, através 
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da “equipe regional”. A regional é coordenada por um coordenador regional, normalmente um líder 
investido. 
 Num âmbito maior está a coordenação local dos campos de desbravadores (missões, 
associações, uniões e divisões), que, assim como as regionais, tem a atribuição de coordenar 
atividades que precise mais planejamento, além de responderem a Associação Geral por todas as 
atividades e trabalhos desenvolvidos em suaregião geográfica. 
 
2.3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
 Várias atividades são desenvolvidas no programa do clube, sendo subdivididas de acordo 
com o tripé educacional do clube, focando o físico, o mental e o espiritual. 
Âmbito físico: 
Como parte do programa oficial, o desenvolvimento físico (prática de atividades físicas) é 
valorizado. Isso se explica na filosofia do clube ao afirmar que os juvenis (entre 10 e 15 anos) estão 
num estágio de crescimento e desenvolvimento físico muito rápido. Várias atividades como 
caminhadas, trilhas na selva, ciclismo, montanhismo, entre outras, tem destaque nas atividades do 
departamento. 
 As atividades dentro e fora da reunião regular do clube focam o desenvolvimento físico. 
Desenvolvem-se jogos, atividades recreativas e brincadeiras, que incentivam a prática de 
exercícios. Até mesmo atividades tradicionais da reunião regular, como a ordem unida (marcha 
com coreografia) na qual trabalha coordenação motora e trabalho em equipe, prezam pelo aspecto 
físico, conjugado com o desenvolvimento mental. 
 As atividades físicas devem em sua essência (dentro da filosofia oficial), entreter e atrair a 
criança e o adolescente, e permitir que a mesma desenvolva seu aspecto mental e espiritual 
conjuntamente. 
Âmbito mental: 
 Como parte do desenvolvimento mental incentiva-se o juvenil a estudar e desenvolver as 
classes e especialidades, que são semelhantes a séries e disciplinas escolares. 
 Embora compreendam também os aspectos físico e espiritual, as classes e especialidades 
trazem um maior benefício no âmbito mental ao desbravador, pois proporcionam um aprendizado 
ampliado sobre os mais diversos assuntos, por exemplo: primeiros socorros, conhecer tipos de 
plantas, aprender a se localizar pelos astros, também aprendem costura, recorte etc... 
Âmbito espiritual: 
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 Embora a parte física exija bastante tempo dentro das atividades, o desenvolvimento 
espiritual é o foco maior do clube. O objetivo central é a levar o juvenil a ter uma experiência diária 
e constante com Deus, fazendo-o refletir acerca da Sua criação e de Seu cuidado para com ele. 
 Em matéria espiritual, leva-se a cabo várias atividades a fim de envolver o juvenil. Destacam-
se trabalhos missionários, estudos bíblicos e trabalhos voluntários. O clube normalmente realiza 
duas reuniões semanais, sendo uma no domingo, onde trabalha o aspecto físico e mental dos 
juvenis, e uma no sábado, onde desenvolve atividades de âmbito espiritual, tais como, visita a asilos 
e orfanatos, doação de alimentos e roupas, distribuição de panfletos religiosos, campanhas contra a 
violência e contra as drogas, campanha contra o tabagismo, entre outras atividades. 
Cidadania cristã: 
 Dentro do âmbito espiritual há a noção de cidadania cristã no clube de desbravadores. Esta é 
parte integrante do trabalho com os juvenis, e estabelece os conceitos (ou o segundo tripé) de 
“cidadania e lealdade” que são três: servir a Deus, à pátria, e ao próximo. O trabalho social de todo 
o departamento é norteado por este conceito. 
 
2 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Quanto à educação informal, tão antiga como a civilização humana, ela sempre pode e deve ser 
incrementada, pois toda nova estrutura mental, seja lá quando, onde e como for adquirida, sempre 
contribui para o enriquecimento da nossa capacidade cognitiva. E esse enriquecimento sempre 
favorece a aprendizagem de qualquer conceito, de qualquer natureza 
 Qualquer que seja o caminho metodológico construído ou reconstruído, é de suma importância 
dar atenção para o papel dos agentes mediadores no processo: os educadores, os mediadores, 
assessores, facilitadores, monitores, referências, apoios ou qualquer outra denominação que se dê 
para os indivíduos que trabalham com grupos organizados ou não. 
 Eles são fundamentais na marcação de referenciais no ato de aprendizagem, eles carregam 
visões de mundo, projetos sociais, ideologias, propostas, conhecimentos acumulados etc. Eles se 
confrontarão com os outros participantes do processo educativo, estabelecerão diálogos, conflitos, 
ações solidárias etc. Eles se destacam no conjunto, e por meio deles podemos conhecer o projeto 
socioeducativo do grupo, a visão de mundo que estão construindo, os valores defendidos e os que 
são rejeitados. 
 Este trabalho teve como finalidade expor um tipo de educação informal, dando como 
exemplo os desbravadores, que ajudam crianças de 10 a 15 anos a compreender e a aprender valores 
que contribuam para a construção do saber físico, mental e espiritual. Criando condições de 
enxergar o mundo a sua volta de maneira crítica sabendo discernir as ações do cotidiano de maneira 
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correta. Trazendo um incentivo de se ver como um ser que possui o seu lugar na sociedade e que 
cada um tem um papel fundamental para este desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
GRAMUNT, Alejandro R. D. B. (2001). Na trilha da aventura: o que todo desbravador tem que 
saber. Maringá: paraná. 
 WHITE, Ellen. Conselho aos Pais Professores e Estudantes. [S.l.]: Tatuí ; São Paulo. Casa 
Publicadora Brasileira 
 WHITE, Ellen. Educação. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira. pp. 195, 536 e 537 
 
 
	Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
	Âmbito físico:
	Âmbito mental:
	Âmbito espiritual:
	Cidadania cristã:

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