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resumo primeira prova

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INTRODUÇÃO
A teoria do direito é de cunho filosófico. Ela se preocupa com o conhecimento amplo e geral e não apenas com seu aspecto dogmático.
- Epistemologia: 	natureza científica da ciência jurídica;
- Axiologia: 		valor fundamental;
- Sociologia: 		realidade social;
- Dogmática: 	estudo do direito enquanto norma
A realidade jurídica e a teoria do direito pode ser vislumbrada em 3 planos:
- dogmático;
- sociológico;
- filosófico.
O QUE É DIREITO?
A doutrina distingue dois sentidos fundamentais para a palavra Direito:
1) o direito norma, lei ou regra de ação ("norma agendi")
2) o direito faculdade, poder de ação, prerrogativa ("facultas agendi")
Para Rudolf Von Ihering, direito tem 2 sentidos:
1) sentido objetivo: conjunto de princípios jurídicos;
2) sentido subjetivo: transfusão da regra abstrata no direito concreto da pessoa interessada.
Para Thomas Marky, direito tem 2 sentidos:
1) "norma agendi": regra jurídica;
2) "facultas agendi": poder de exigir um comportamento alheio.
Para Paulo Dourado Gusmão, direito tem 3 sentidos:
1) regra de conduta obrigatória (direito objetivo);
2) sistemas dde conhecimento jurídicos (ciência do direito);
3) faculdade ou poderes que tem ou pode ter uma pessoa (direito subjetivo);
Para Miguel Reale, o Direito tem 3 aspectos básicos:
1) aspecto normativo;
2) aspecto fático;
3) aspecto axiológico.
Os 3 aspectos formariam a Estrutura Tridimensional do Direito (fato, valor e norma).
Para André Franco Montoro, o Direito tem 5 realidades fundamentais:
1) o direito norma 		(teoria da norma jurídica); 
2) o direito faculdade 	(teoria dos direitos subjetivos);
3) o direito justo		(axiologia jurídica);
4) o direito ciência 		(epistemologia jurídica);
5) o direito fato social 	(sociologia jurídica).
Segundo Montoro, cada realidade corresponde a um estudo sistemático.
Segundo nosso entendimento, o conhecimento do direito encontra-se em 3 planos:
1) dogmático (norma);
2) sociológico (fato);
3) filosófico (ciência e valor).
DEFINIÇÃO DO DIREITO
> Definição Nominal: 
Direito é aquilo que é conforme a regra.
> Definição Real: 
O direito comporta pelo menos 5 acepções:
1) A de Ciência, correspondente ao conjunto de regras próprias utilizadas pela Ciência do Direito;
2) A de Norma Jurídica, como a Constituição e as demais leis e decretos, portarias etc.;
3) A de poder ou prerrogativa, quando se diz que alguém tem a faculdade, o poder de exercer um direito;
4) A de Fato Social, quando se verifica a existência de regras vivas existentes no meio social;
5) A de Justiça, que surge quando se percebe que certa situação é de direito porque é justa.
A Dogmática do direito estuda a norma jurídica sob o prisma da norma abstrata e o poder de invocar a regra. 
- Teoria da Norma Jurídica;
- Teoria dos Direitos Subjetivos.
A Sociologia investiga o direito como fato social, assim, é encarado como conjunto das condições de existência e desenvolvimento da sociedade coativamente assegurados.
- A Sociedade e o Direito;
- O Direito como Fato Social (Sociologia Jurídica).
A Filosofia do direito investiga os princípios fundamentais e a natureza científica do direito.
- Epistemologia Jurídica;
- Axiologia Jurídica. 
INTRODUÇÃO À DOGMÁTICA DO DIREITO
A Dogmática Jurídica estuda o direito enquanto norma. Não há qualquer questionamento sobre justiça ou aspectos políticos sociais. Estuda-se os elementos componentes e o funcionamento do todo. É um terreno altamente técnico.
Norma: 
- é a diretriz de um comportamento socialmente estabelecido; 
- é o preceito de direito transformado em lei;
- é comando e não um conselho.
Direito Norma
O direito norma significa a lei, a regra social obrigatória.
- direito estatal ou direito não estatal;
- direito positivo ou direito natural;
- ordem ou sistema jurídico (direito objetivo ou direito positivo).
Direito Estatal e Direito Não Estatal
- Direito Estatal: regras jurídicas emanadas do Estado com a finalidade de reger a vida social (CF, CP, CC)
- Direito Não Estatal: normas obrigatórias elaboradas por diferentes grupos sociais particulares institucionalizados e destinadas a reger a vida desses grupos (direito universitário, direito religioso, direito esportivo).
Obs: o direito estatal é dirigido a toda coletividade e o não estatal é dirigido aos membros de determinado grupo social particular institucionalizado.
Direito Positivo e Direito Natural
- Direito Positivo: conjunto de normas estatais em vigor em determinado país numa determinada época.
- Direito Natural: é o ordenamento ideal correspondente a uma justiça superior e suprema (Universal, imutável e eterno ou permanente).
obs: Para John Locke, todos os homens possuem, por natureza, os direitos inerentes, devendo o Estado apenas tutelar estas prerrogativas naturais por meio do direito positivo.
Direito Natural			Direito Positivo
- universal				- singular ou particular
- imutável				- mutável
- surge da nat. Humana		- surge do Estado
Características Fundamentais do Jusnaturalismo:
- A origem dos direitos do homem não é o direito positivo, mas uma ordem jurídica superior e suprema, denominada direito natural.
- Os direitos naturais são a expressão da natureza humana presente em todos os membros da família humana (comum e universal); não é uma concessão graciosa do direito positivo.
- O direito natural existe independentemente d ser reconhecido ou respeitado pelo direito positivo.
Ordem Jurídica
Ordem Jurídica é o conjunto harmônico de normas jurídicas vigentes em um determinado momento histórico e determinada sociedade.
Instituto Jurídico é o conjunto uniforme de regras e princípios jurídicos, com a finalidade de reger determinada matéria. Ex: União estável, propriedade e direitos da personalidade. É uma parte da ordem jurídica.
Direito Objetivo é o conjunto de todas as normas em vigor no Estado. Abrange as normas de direito estatal e não estatal.
Direito Positivo é o conjunto das normas em vigor e emanadas pelo Estado. É o Direito Estatal.
obs: Direito Positivo está dentro do Direito Objetivo.
Direito Faculdade
Direito faculdade = Direito Subjetivo = "Facultas Agendi"
O direito faculdade é:
- a prerrogativa concedida pela lei. 
- é a permissão jurídica.
A Relação entre Direito Objetivo e Direito Subjetivo
- O direito subjetivo é o reconhecimento pelo direito objetivo de um interesse.
- O direito subjetivo é a faculdade, a prerrogativa concedida pelo direito objetivo.
- Direito subjetivo é a faculdade reconhecida ao sujeito ou titular do direito.
- Direito subjetivo é a possibilidade de poder agir. 
- O direito subjetivo é a transfusão da regra abstrata no direito concreto de cada pessoa.
TEORIA DA NORMA JURÍDICA
Segundo André Franco Montoro, o direito emana da sociedade sob múltiplos aspectos:
- como resultado do poder social;
- como reflexo dos objetivos, valores e necessidades sociais;
- como manifestação ou efeito de fatores sociais: históricos, geográficos, técnicos, econômicos, culturais, psicológicos, morais, religiosos etc.
O ponto de partida para o estudo da Teoria da Norma Jurídica é o que a doutrina chama de Fontes do Direito.
FONTES DO DIREITO
Fontes do Direitos são aqueles fatos ou aqueles atos aos quais um determinado ordenamento jurídico atribui a competência ou a capacidade de produzir normas jurídicas.
Teoria das Fontes do Direito
O fundamento da norma jurídica encontra-se na fonte de que ela promana.
Para o positivismo jurídico, o Estado é a única fonte do direito. Afinal, para eles, o direito é um conjunto de normas emanadas do Estado. As fontes subordinadas são fontes de conhecimento jurídico e as hierarquicamente superiores são fontes de qualificação jurídica.
- Sistema jurídico simples: 1 fonte do direito
- Sistema jurídico complexo: várias fontes do direito
Espécies de Fontes do Direito
Para a maioria dos doutrinadores, duas são as classes de fontes do direito:
1) Fontes de produção, materiais ou substanciais;
2) Fontes de conhecimento, cognição ou formais.
Fonte material: elementos que concorrem para a formação do conteúdo da norma.
- Estado: impulsionado pelos fatores e valores sociais
- Grupos Sociais Particulares: impulsionados pelos anseios do grupo
Fonte Formal: modo de manifestação das normas.
- Imediatas ou Primárias: lei e costume.
- Mediatas ou Secundárias: Jurisprudência e Doutrina. 
As Fontes Não Estatais
O Estado não detém o monopólio da elaboração de normas jurídicas. Ou seja, há Grupos Sociais Particulares que possuem poder normativo. Estes grupos são fontes de normas.
André Franco Montoro: Ao lado das normas jurídicas elaboradas pelo Estado, existem outras normas efetivamente obrigatórias e exigíveis, de origem não estatal. Estas normas são de caráter subsidiário e não devem colidir com a legislação em vigor.
- monísmo jurídico: só Direito Estatal tem caráter jurídico.
- pluralismo jurídico: o Direito Estatal e Não Estatal têm caráter jurídico.
Poder Negocial
O contrato, a sentença e atos semelhantes, não contendo disposições abstratas, gerais e permanentes, não participam da natureza da lei.
LEI 
A lei é fonte e instrumento básico para a solução dos problemas jurídicos.
Etimologia:
- legere: ler	a lei é norma escrito, aquilo que se lê.
- ligare: ligar	a lei é o liame entre as pessoas
- Eligere: eleger	a lei é a norma escolhida pelo legislador
A lei possui duas acepções:
- física (natural ou descritiva): relação causal, são as leis físico-matemáticas.
- cultural: norma que é posta pelo homem
	- sociológicas: retratam a realidade, sobretudo enunciam juízos de valor sobre ela.
	- leis éticas ou morais: tem por finalidade regular o agir humano
A lei jurídica tem três sentidos:
- latíssimo: todas as leis, escritas ou costumeiras.
- lato: legislação, indica regras jurídicas escritas.
- técnico-jurídico: norma jurídica aprovada regularmente pelo Poder Legislativo.
Definição de Lei Jurídica
- Sentido Amplo: norma de conduta do homem com seus semelhantes, garantida pela eventual aplicação da força social, tendo em vista a justiça.
- Sentido Restrito e Próprio: regra de direito geral, abstrata e permanente, proclamada obrigatória pela vontade da autoridade competente, e expressa numa fórmula escrita.
O conceito técnico da lei possui 3 elementos: Lei em sentido próprio e pleno.
- material: conteúdo da lei ("regra de direito geral, abstrata e permanente")
- formal: vontade do legislador ("proclamada obrigatória pela vontade da autoridade competente")
- instrumental: fórmula escrita ("expressa numa fórmula escrita")
Obs: Se faltar um destes elementos a lei é considera imperfeita, sendo denominadas:
- leis meramente formais ou leis formais
- leis meramente materiais ou leis materiais

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