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TRABALHO REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

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BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL 
DISCIPLINA: DIREITOS HUMANOS 
DOCENTE:ANDRÉ FRANÇA 
DISCENTES: GABRIELA REGINA, GEISIELE MENDES, JHENNYFER BARROS, 
REBECA FERREIRA, ROSÁRIA MIGUEL E SAMARA ALENCAR 
 
 
 
 
 
 
REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JABOATÃO DOS GUARARAPES 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL 
Atividade direcionada ao docente da disciplina de Direitos 
Humanos, André França, como requisitos necessários a 
obtenção de nota do primeiro semestre de 2019 na Faculdade 
dos Guararapes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JABOATÃO DOS GUARARAPES 
2019 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 O presente trabalho irá inferir sobre a Redução da Maioridade Penal estabelecendo 
o posicionamento do Serviço Social e diversas entidades diante deste dilema, discutido 
historicamente em diversas nações. Irá também expor estatísticas que demonstram o 
posicionamento da população diante do assunto, bem como as consequências causadas pela 
suposta Redução da Maioridade Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
O tema da Redução da Maioridade Penal no Brasil tem causado controvérsias e 
divido opiniões nos mais diferentes grupos da sociedade. Ela trata dos variados esforços, por 
determinados grupos para alterar a legislação e imputar a penalidade para adolescentes abaixo 
de dezoito anos, ou até mesmo trata da redução da idade para aplicação de punição criminal, 
denominada maioridade penal. 
A batalha conta este pensamento não é de hoje. Órgãos como o CFESS (Conselho 
Federal de Serviço Social), vem a anos travando esta batalha, com bastante incidência na luta 
contra a redução da maioridade e tem uma posição bem definida acerca do assunto 
O CFESS é uma organização brasileira reconhecida pela Lei Federal 8662/1993, 
foi criado em 1957 e conta hoje com aproximadamente 90.000 assistentes sociais.1 
É uma entidade com personalidade jurídica e forma federativa, com o objetivo 
básico de disciplinar e defender o exercício da profissão de Assistente Social em todo o 
território nacional. 
O CFESS é uma autarquia pública federal que tem a atribuição de orientar, 
disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício profissional do/a assistente social no 
Brasil, em consonância com os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS). Com parte de 
suas atribuições e de sua plena atuação a entidade vem desenvolvendo ações, políticas para a 
construção de um projeto de sociedade radicalmente democrático, anticapitalista e em defesa 
dos interesses da classe trabalhadora. Tratando também da renovação do conceito do Serviço 
Social, envolvendo para isso diferentes países com suas respectivas particularidades. 
Para o CFESS, reduzir a maioridade penal ou até mesmo aumentar a internação 
do/a adolescente que comete ato infracional traz fortes consequências para o adolescente e só 
exacerba o encarceramento inferindo sobre a classe mais pobres da sociedade, agindo na causa 
e não no efeito. 
O CFESS, em suas prerrogativas chama o Assistente Social para uma ação mais 
profunda diante deste dilema, lutando contra esse movimento avassalador. 
Deve-se entender que a Criança e ao Adolescente são sujeitas de direito em 
condição de desenvolvimento bastante peculiar, sendo por isso necessitada de um politica 
publica diferenciada. 
 
1 Proposta do CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL DO BRASIL (CFESS) para DEFINIÇÃO DE SERVIÇO SOCIAL, 
Hong Kong, 10 de junho de 2010 Conselho Federal de Serviço Social • Gestão “Atitude crítica para avançar na 
luta” 
 
Este mesmo princípio está explícito no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA-
Lei nº 8069/1990) e até em Tratados Internacionais, com os quais o Brasil está engajado, como 
por exemplo a declaração Universal dos Direitos Humanos de 10 de dezembro de 1948 e a 
Convenção dos Direitos da Criança de 20 de novembro de 1989. 
O próprio ECA e o SINASE (Lei nº 12.594/2012) estabelece que se um adolescente 
comete algum tipo de infração deve-se estabelecer medidas socioeducativa , a saber seis: 
advertência , obrigação de reparar o dano , prestação de serviço a comunidade , liberdade 
assistida, semiliberdade, internação, que implica privação de liberdade ,podendo durar ate 3 
anos. Sendo assim o adolescente é sim, responsabilizado por seus atos. 
Segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da Republica (SDH/PR) 
de 2011tem 9,5 internados para 10mil adolescente, havendo um aumento da taxa de 8,8 em 
2010 para 9,5 em 2011.Mostrando assim a tendencia ao crescimento do adolescente com a 
liberdade restrita. 
O debate da responsabilidade penal esbarra também na questão do sistema 
prisional. Pesquisas do censo penitenciário revelam que as unidades de internação têm índices 
de reincidência menores do que as prisões. Os dados não são precisos, mas em 1995/96, a 
Febem registrou cerca de 65% de reincidentes enquanto que nas penitenciárias o índice foi de 
80%. Já em 2003, o índice caiu para 30%, chegando a 12% nas unidades mais próximas do 
perfil do ECA. Os números comprovam que o caminho é investir no sistema socioeducativo, 
ao invés de superlotar as penitenciárias brasileiras. 
Reduzir não trará nenhum benefício, a não ser um retrocesso no campo dos direitos. 
Temos que reorganizar o sistema em função do adolescente enquanto sujeito de direito. 
O movimento de direitos humanos se posiciona contra a redução da maioridade 
penal no Brasil. Existe uma Frente Parlamentar que prioriza a discussão sobre criança e 
adolescente intervindo no Congresso Nacional em favor do ECA. 
 
Reduzir a idade penal diminui a violência? 
O aumento da punição não diminui a violência e os índices de criminalidade 
aumentam. É preciso investir para enfrentar as causas. 
Aumentar o tempo de internação de adolescentes no sistema socioeducativo, só 
agravaria a situação, pois o acumulo da população carcerária, que já ocorre, é repleto de jovens, 
inclusive onde a reincidência é maior em função de todas as inadequações e violações de 
direitos que ocorrem nas penitenciárias. O Brasil é um dos países que mais prendem no mundo. 
 
Um levantamento feito pelo G1 mostra que o país tem hoje 704.395 presos – o que 
equivale a 335 encarcerados a cada 100 mil habitantes. O índice coloca o país na 26ª colocação em uma 
lista com outros 221 países e territórios. Se for levado em conta apenas o número bruto, o país ocupa a 
3ª posição. 
A redução da maior idade penal não funciona, o aumento de tempo da internação contraria 
o ECA, e sabendo como funciona o nosso sistema carcerário brasileiro, a redução da maior idade penal 
traria mais transtorno para um sistema que já é precário. 
Existe uma solução para diminuir o índice de criminalidade cometidas pelos 
adolescentes? 
 A solução para este problema envolve um conjunto de medidas sociais e políticas 
públicas onde o Estado deve suprir a necessidades básicas como educação, moradia, saúde, 
cultura e lazer, além de ações que promovam a qualificação destes jovens para o mercado de 
trabalho. 
No entanto este problema está enraizado nos pilares socias, econômicos e políticos é mais 
fácil prender do que educar. 
 
O que diz a PEC 171/1993? 
 A PEC 171/93 tem como proposta reduzir a maior idade penal de 18 anos para 16 anos. 
 Estabelecendo que são penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, ressalvados os 
adolescentes maiores de 16 anos, que comentem crimes hediondos e assemelhados (art.5º XLIII, CF), 
homicídio doloso, lesão corporal grave, lesãocorporal seguida de morte e roubo majorados. 
 
 
Essa proposta de ementa foi aprovada em segundo turno em agosto de 2015, obteve 320 
votos a favor e 152 votos contra e agora será enviada ao senado federal. 
Isso caracteriza uma estratégia política haja visto que a medida se preocupa apenas com o 
apelo popular, sem considerar de fato a situação real de crianças e adolescentes e com os 
estabelecimentos que se encontram os infratores. Contribuindo assim, para falência das nossas 
instituições governamentais. 
O povo por sua vez carente de justiça, educação, saúde entre outras coisas, assiste sem força 
a este debate, sem, contudo, refletir sobre o tema, se colocando em segundo plano, como a maior 
prejudicada com a decisão. 
Mesmo após a aprovação da PEC, os protestos tanto a favor quanto contra, continuaram. 
Seus defensores e opositores elencaram varias razoes na tentativa de continuar o debate de eliminar o 
mal pela raiz. 
Vejamos a seguir alguns desses argumentos. 
Pro-redução da maioridade penal 
 O argumento que adolescentes de 16 e 17 anos sabem diferenciar o certo do errado 
 Outro argumento forte é que adolescentes de 16 e 17 anos criminosos usam esses jovens 
pra cometer os piores crimes. 
 Os EUA, e alguns países da Europa já praticam a punição para menores, inclusive para 
crianças que comentem crimes hediondos. 
 Outro ponto é o argumento de que as punições para menores de 18 anos são muitos 
brandas, o que acaba por facilitar a reincidência dos delitos e crimes graves. 
 
Contra a redução da maioridade penal. 
 Porque já responsabilizamos adolescentes em ato infracional 
 Porque a lei já existe. Resta ser cumprida! 
 Porque o índice de reincidência nas prisões é de 70% 
 Porque o sistema prisional brasileiro não suporta mais pessoas 
 Porque reduzir a maioridade penal não reduz a violência 
 Porque fixar a maioridade penal em 18 anos é tendência mundial 
 Porque a fase de transição justifica o tratamento diferenciado 
 
 Porque as leis não podem se pautar na exceção 
 Porque reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, não a causa! 
 Porque reduzir a maioridade penal é tratar o efeito, não a causa! 
Uma pesquisa do Data Folha retrata que 84% dos pesquisados se dizem a favor da 
redução da maioridade penal de 18 para 16 anos.2: 
Opinião sobre a redução da maioridade penal, segundo a pesquisa: 
 favoráveis: 84% 
 contrários: 14% 
 indiferentes: 2% 
 
De acordo com a pesquisa, entre favoráveis à redução, 33% defendem que a medida 
deve valer somente para determinados crimes, enquanto 67% acham que ela deve ser aplicada 
a todos os tipos. 
 
2 Levantamento foi divulgado pela 'Folha de S. Paulo'. Segundo jornal, pesquisa foi feita entre 18 e 19 de 
dezembro de 2018 e ouviu 2.077 pessoas em 130 municípios. Por G1 — Brasília14/01/2019 07h55 Atualizado há 
4 meses. 
 
 
Os entrevistados na pesquisa apontaram a idade mínima de 15 anos, em média, para 
que uma pessoa possa ser presa por um crime. Para 45%, a faixa etária mínima deveria ser de 
16 a 17 anos. Todos os recortes: 
 18 a 21 anos: 15% 
 16 a 17 anos: 45% 
 13 a 15 anos: 28% 
 12 anos: 9% 
 
Idade em que pessoa deveria ir para a cadeia por crime que cometeu 
 
 
 
Opinião entre homens e mulheres: 
 mulheres: 17% não apoiam a redução 
 homens: 11% são contrários. 
 
Observando as estatísticas dos posicionamentos, vê-se a extrema necessidade de 
uma luta para mudar o posicionamento indouto da população. Fazendo-a refletir sobre a 
história, levando-a na retórica para entender, por exemplo que, dos 54 países que aderiram a 
redução da maioridade penal, não foi registrado redução da violência, e que o adolescente ou 
 
menor além de cumprir pena em cárcere privado, estará sujeito a todo tipo de vulnerabilidade, 
além de ter alguns direitos retirados. 
O Assistente Social diante desta luta deve se posicionar na defesa da integridade da 
nossa juventude mostrando para a população que quem são afetados, nesta medida arbitrária e 
política, são os jovens marginalizados, os negros, aqueles que moram em periferias, (aqueles 
que já tiveram seus direitos negados), e os mais pobres. 
Deve-se suscitar o debate sobre as causas da violência que é a desigualdade, a 
injustiça social, os aspectos culturais, a intolerância e a discriminação 
Devemos, enquanto Assistentes, elucidar que a redução não resulta na diminuição 
da violência. Pelo simples fato de que trancar jovens de 16 anos em um sistema penitenciário 
falido, que não tem cumprimento com sua função social, é estabelecer uma escola do crime, e 
não assegura a reinserção e reeducação dessas pessoas, muitos menos a diminuição da 
violência.3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 http://www.pj.org.br/nota-da-pastoral-da-juventude-sobre-a-reducao-da-maioridade-penal/ 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
1. https://examedaoab.jusbrasil.com.br/noticias/364174845/reducao-da-maioridade-penal 
2. http://www.cfess.org.br/arquivos/contraamaioridade.pdf 
3. https://ulissesleite.jusbrasil.com.br/artigos/141432535/a-reducao-da-maioridade-
penal-e-uma-das-opcoes-para-solucionar-o-problema-da-criminalidade-no-brasil 
4. https://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_da_maioridade_penal_no_Brasil 
5. https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/01/14/maioria-quer-reducao-da-
maioridade-penal-no-pais-diz-datafolha.ghtml 
6. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8662.htm 
7. http://www.pj.org.br/nota-da-pastoral-da-juventude-sobre-a-reducao-da-maioridade-
penal/

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