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ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
CONCEITOS BÁSICOS: ESTRUTURAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, DE ACORDO COM AS LEIS Nº 11.638/07 E 11.941/2009.
Conceitos Básicos
Gastos
Gastos é o sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).
Investimento
O investimento é todo gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos (a matéria prima que é um gasto contabilizado temporariamente como investimento circulante, a máquina é um gasto relativo a um investimento permanente).
Despesa
As despesas se referem a bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente com o objetivo de obtermos de receitas. As despesas são itens que reduzem o patrimônio líquido e que têm essa característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas.
Desembolso
Desembolso é o pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço.
Perda
As perdas são bens ou serviços consumidos de forma anormal e involuntária.
Desperdício 
O desperdício é todo o consumo intencional, que por alguma razão não foi direcionado à produção de um bem ou serviço. 
Custos
Os custos são gastos relativos a bens ou serviços utilizados para a produção de outros bens ou serviços, eles são reconhecidos no momento da sua utilização para fabricação de um produto ou execução de um serviço.
Receita 
As receitas são as variações patrimoniais positivas que ocorrem em uma entidade, e é representada pela entrada de ativos, sob a forma de dinheiro ou de direitos a receber, que correspondem à venda de mercadorias, de produtos, ou prestação do serviço. A receita pode originar, também, de juros e outros ganhos eventuais, tais como: venda de ativo do Imobilizado, rendimentos de aplicações financeiras, etc.
Contas de Resultados 
As contas de resultados são representadas pelas contas de Receitas, Despesas e Custos que formam o resultado da sociedade e são discriminadas na Demonstração de Resultados.
Lembrando que:
Débito e Crédito
As contas são movimentadas através de débitos e de créditos nelas lançados (os débitos não significam dívidas ou estar em débito com alguém, e os créditos não significam direitos ou ter crédito com alguém, ou ainda, ter crédito para comprar em uma loja). 
Convencionalmente, as contas do ativo e as contas de despesas são de natureza devedora, ou seja, de débito, enquanto as contas do passivo e as contas de receitas são de natureza credora, ou seja, crédito. 
Esse PRINCÍPIO representa a base do sistema de ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL, que utiliza um artifício bastante prático, chamado CONTA.
Dessa forma:
	CRÉDITOS (ORIGEM) – CAPITAL, OBRIGAÇÕES E RECEITAS.
DÉBITOS (APLICAÇÃO) – BENS, DIREITOS E DESPESAS.
	A TODO CRÉDITO CORRESPONDE UM DÉBITO DO MESMO VALOR E A SOMA DOS CRÉDITOS É SEMPRE IGUAL À DOS DÉBITOS, É O MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS.
Concluindo sobre esse método...
	TODO AUMENTO EM CONTA DO ATIVO É UM DÉBITO. TODA REDUÇÃO É UM CRÉDITO. TODO AUMENTO EM CONTA DO PASSIVO É UM CRÉDITO. TODA REDUÇÃO É UM DÉBITO.
1. Demonstração do Resultado
A Demonstração de Resultados apresenta os aumentos e reduções causadas no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa. As receitas representam aumento do Ativo, através de ingresso de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro proveniente das transações. 
O art. 187 da Lei nº 6.404/76 determina que a apuração de resultado seja feita através da Demonstração de Resultado, que é a apresentação de forma ordenada, de todas as receitas, custos e despesas ocorridas no exercício social da empresa.
A lei 11.638/08 eliminou a conta de Lucros Acumulados e definiu que o resultado apurado deverá ser reinvestido, conta de Reservas, ou distribuídos, conta de Participações e Dividendos.
Contas da Demonstração de Resultados
As Receitas podem ser provenientes das operações da entidade (receitas operacionais) ou outras receitas operacionais. Receitas operacionais são as decorrentes das vendas de mercadorias, produtos ou serviços e de multas e juros recebidos e outras Receitas Operacionais (rendimentos de aplicação financeira, entre outras). 
As Outras Receitas/Despesas Operacionais são aquelas provenientes de atividades que não estão ligadas às atividades operacionais da empresa, como por exemplo: a venda de um bem do Ativo Imobilizado ou dos Investimentos, ou o resultado positivo de uma Equivalência Patrimonial.
As Despesas podem ser decorrentes das atividades operacionais da Empresa despesas operacionais ou Outras despesas operacionais. As Despesas operacionais se dividem em Despesas Administrativas, Despesas Financeiras e Outras Despesas Operacionais.
Os Custos Operacionais são os gastos diretamente relacionados com a atividade da entidade, ou seja, numa indústria, os Custos Operacionais são aqueles necessários à produção do bem e que irão dar origem ao Custo do Produto Vendido (CPV); numa empresa prestadora de serviço, são os necessários à prestação do serviço e que irão compor o Custo do Serviço Prestado (CSP); numa empresa comercial, os custos operacionais são aqueles necessários à aquisição da mercadoria para comercialização que compõem o Custo da Mercadoria Vendida (CMV).
Estrutura da Demonstração do Resultado
A Demonstração do Resultado é a demonstração contábil que evidencia a situação econômica da entidade, ou seja, se a empresa obteve lucro ou prejuízo como resultado de suas operações em um determinado período.
Receita
A receita corresponde, em geral, às vendas de mercadorias, produtos ou prestação de serviços. A receita é refletida no balanço através da entrada de dinheiro registrada no Caixa ou Bancos C/ Movimento (receita de venda à vista) ou entrada em forma de direitos a receber (receita a prazo) registrada na conta Duplicatas a Receber ou Clientes.
A receita bruta, de acordo com o art. 279 do RIR/99, deve ser constituída pelo produto da venda de bens (mercadorias ou produtos), pelo preço dos serviços prestados e pelo resultado auferido nas operações de conta alheia (como por exemplo, comissões auferidas na venda de bens ou serviços por conta de terceiros).
Deduções de Vendas
vendas canceladas (devoluções);
descontos incondicionais concedidos (constantes da nota fiscal de venda dos bens ou da fatura de serviços que não dependam de evento posterior à emissão de tais documentos); 
IPI incidente sobre as vendas; 
ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços;
PIS sobre faturamento - Programa de Integração Social, COFINS sobre Faturamento - Contribuição para Fins Sociais;
ISSQN - Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza.
Conceito de Receita Líquida
O valor da receita líquida de vendas e serviços será a receita bruta diminuída das vendas canceladas, dos descontos concedidos incondicionalmente e dos impostos incidentes sobre vendas.
Custo das Mercadorias, Produtos e Serviços Vendidos
São os custos operacionais da empresa, ou seja, o gasto necessário para atender à atividade fim da empresa, dessa forma, uma empresa comercial tem o Custo da Mercadoria Vendida - CMV, uma empresa industrial possui o Custo do Produto Vendido - CPV e uma empresa de serviços possui o Custo do Serviço Prestado – CSP.
Despesas Operacionais
Nesse grupo observamos despesas diretamente ligadas às áreas administrativas, financeiras e comerciais da empresa, e que são necessárias para a obtenção de receitas, sendo contempladas as despesas com vendas, despesas administrativas, despesas financeiras e outras despesas operacionais.
As Despesas com Vendas são os gastos com a comercialização e distribuição das mercadorias, produtos ou serviços, ou seja, as comissões sobre vendas, despesas com propaganda e publicidade, embalagens, provisão para devedores duvidosos, e outras.
As Despesas Administrativas são os gastos necessários para o funcionamentoda empresa sendo classificadas em Despesas com Pessoal (honorários, salários, encargos e benefícios), Despesas Gerais (aluguel, seguro, energia, telefone, material de expediente, depreciação, amortização e outras).
As Despesas Financeiras são os gastos necessários para financiar as operações da empresa, a remuneração dos capitais de terceiros investidos na sociedade sendo compostas pelas contas de despesas de juros (juros passivos), descontos concedidos, variações monetárias passivas e IOF - Impostos sobre Operações Financeiras.
As Outras Despesas Operacionais são aquelas que não se enquadram nas outras três categorias, mas são operacionais como o Resultado Negativo de Equivalência Patrimonial.
No grupo de Despesas Operacionais consta, também, as Receitas Financeiras e das Outras Receitas Operacionais, observando que as receitas têm natureza credora e são origens de recursos.
Receitas Financeiras são aquelas decorrentes das atividades operacionais da empresa e que envolvem juros e correções de valores da empresa em poder de terceiros (direitos e contas a receber), podendo ser classificadas em: Juros ativos (juros de aplicação financeira, de mora, cobrados em duplicatas a receber); os Descontos Condicionais Obtidos, referentes aos descontos obtidos dos fornecedores. As variações monetárias ativas são os ganhos com base na inflação e cambiais.
Outras Receitas Operacionais são as provenientes das contas: receita de aluguel, reversão de provisão, receita de dividendos, receita de deságio e de equivalência patrimonial.
Encerramento do exercício
Apurar o Resultado significa confrontar as receitas, as despesas e os custos da sociedade, após os devidos lançamentos de ajustes para a elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício.
Nesse contexto, é necessário elaborar o balancete de verificação, efetuar os lançamentos dos ajustes (depreciação, amortizações e outros), sem seguida elaborar o balancete de verificação, encerrar as contas de resultado e transferir o saldo apurado para a conta do patrimônio líquido. 
Após esse procedimento elabora-se a Demonstração do Resultado e o Balanço Patrimonial.
O encerramento das contas de resultado é o momento em que se encerra toda a conta de resultado que foram movimentadas do período, as receitas e as despesas e os lançamentos dos ajustes.
Para esse encerramento é utilizada uma conta transitória (Apuração do Resultado do Exercício), que recebe todos os saldos das contas (receitas, despesas e ajustes) através da transferência. As contas de saldo credor são debitadas e creditadas na conta de Apuração do Resultado do Exercício. As contas de saldo devedor são creditadas e debitadas na conta de Apuração do Resultado do Exercício.
2. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
O balancete de verificação é um demonstrativo contábil que contêm a relação das contas e seus saldos, extraídos do livro Razão, e possibilita a conferência desses saldos uma vez que o total dos débitos tem que ser igual ao total dos créditos. 
Os lançamentos de ajustes são aqueles que ocorrem nas contas de receitas e despesas, como exemplo: as receitas antecipadas de aplicações financeiras com prazo de resgate superior a um exercício financeiro, as despesas depreciação e as despesas antecipadas, e outras, de acordo com o regime de competência.
Após esse procedimento, realiza-se a transferência do saldo da conta de Apuração do Resultado para a conta de Patrimônio Liquido, isto é, o saldo encontrado é transferido para uma conta do patrimônio liquido (lucros ou prejuízo do exercício), zerando o saldo da conta de Apuração do Resultado do Exercício.
3. BALANÇO PATRIMONIAL
O balanço patrimonial é uma demonstração contábil que tem como objetivo evidenciar, de forma quantitativa e qualitativa, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade.
O Balanço Patrimonial evidencia o equilíbrio patrimonial, seja, o equilíbrio entre as origens e aplicações de Recursos.
No Balanço Patrimonial, as contas de origens (PASSIVO e PATRIMÔNIO LIQUIDO) têm saldo credor e são compostas pelas contas de obrigações e do Patrimônio Líquido.
As contas de Aplicação (ATIVO) têm saldo devedor e são compostas pelas contas de Bens e Direitos.
A estrutura do Balanço Patrimonial é formada pelo Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido.
O balanço patrimonial consiste em uma apresentação das contas classificadas por grupos, de acordo os elementos do patrimônio que registrem, sendo que esse agrupamento visa facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da entidade em uma determinada data. No Brasil, a Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações) apresenta as normas para a elaboração das Demonstrações Contábeis.
Obrigatoriedade de apresentar o Balanço Patrimonial
De acordo com o art. 176, ao final de cada exercício social, com base na escrituração mercantil da empresa, é obrigatória a elaboração das demonstrações contábeis (Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração de Fluxo de Caixa, Demonstração do Valor Adicionado e Notas Explicativas).
Exercício social
Conforme o art. 175, o exercício social terá a duração de um ano e a data do término será fixada no estatuto da companhia. Normalmente o exercício social coincide com o ano calendário, iniciando em 1º de janeiro e com término em 31 de dezembro de cada ano. 
Composição do Balanço Patrimonial
 O Balanço Patrimonial é constituído pelo:
O Ativo compreende todos os bens, os direitos e outras aplicações de recursos controlados pela entidade, que são capazes de gerar benefícios futuros.
O Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações da entidade para com terceiros, como resultado de eventos ocorridos que exigirão no futuro, ativos para o seu pagamento ou liquidação.
O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, sendo que o seu valor é a diferença entre o valor do Ativo e o valor do Passivo.
Ativo 
O Ativo representa os bens e os direitos da entidade e demonstra onde foram aplicados seus recursos, está subdividido em Circulante e Não Circulante. O Ativo Não Circulante se divide em Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. As contas do Ativo se classificam em ordem decrescente de acordo com o grau de liquidez.
Ativo Circulante
No Ativo Circulante registramos os bens e direitos de curto prazo, de rápida movimentação e que são facilmente convertidas em numerário, tais como: as disponibilidades, os direitos realizáveis até 31 de dezembro do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. Classificam-se nesse grupo as contas de Disponibilidades (caixa, Bancos e Aplicações Financeiras de Curto Prazo); Direitos (Duplicatas a Receber), Estoques e Despesas pagas antecipadamente (aluguéis, seguros, etc.) 
Disponível: Nesse subgrupo do Ativo Circulante nós incluímos todas as contas de maior grau de liquidez do ativo, ou seja, as disponibilidades imediatas da empresa, como dinheiro em caixa, cheques recebidos e ainda não depositados e saldo de depósitos bancários movimentáveis à vista, e ainda, os títulos e aplicações financeiras de liquidez imediata. Principais contas: Caixa, Bancos C/ Movimento e Aplicações Financeiras.
Clientes: Essa conta compreende os valores a receber decorrentes das vendas efetuadas pela empresa.
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: Essa é uma conta redutora de Duplicatas a receber, que representa as prováveis perdas relativas às aos créditos com clientes.
Estoques de Produtos acabados: Essa conta registra os produtos já fabricados e já em condições de venda.
Estoques de Mercadorias: São apresentados nessa conta os valores relativos às mercadorias adquiridas para comercialização.
Aplicações Financeiras: As aplicações de curtíssimo prazo devem ser englobadas às disponibilidades; entretanto, as de maior prazo devem constituir um item à partedo Ativo Circulante ou Realizável Longo Prazo.
Ativo Não Circulante
No Ativo Não Circulante são registradas as aplicações de recursos que não se deseja ou não se pode realizar, isto é, vender e transformar em dinheiro, são os bens e direitos de caráter permanente da empresa. 
Realizável a Longo Prazo
Esse grupo compreende, teoricamente, as mesmas contas do Ativo Circulante (exceto disponibilidades), cujo prazo de realização seja superior a 31 de dezembro do ano subseqüente.
Investimentos
De acordo com o art. 179, inciso III, esse grupo é composto por: Bens não destinados à manutenção das atividades da empresa (obras de arte, imóveis para aluguel, terrenos e outros), e Participações permanentes no capital de outras sociedades (Ações de coligadas, Ações de Controladas, etc.).
Imobilizado 
De acordo com o art. 179, inciso IV, esse grupo é formado pelos bens e direitos destinados à manutenção das atividades operacionais da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive as propriedades industriais ou comerciais (patentes e marcas). As contas que formam o Ativo Imobilizado da empresa são: Tangível – Imóveis, Veículos, Móveis e Utensílios, Máquinas e Equipamentos, Terrenos em uso, etc.
A Lei 11.638/07 criou o grupo dos Intangíveis – Benfeitorias em imóveis de terceiros, Marcas, Patentes (adquiridas), Concessões obtidas, etc.
Passivo
No Passivo registramos as obrigações para com terceiros, públicos ou privados, assumidas pela entidade objeto de contabilização, indicando tudo o que ela deve, está subdividido em: Circulante, Exigível a Longo Prazo e Resultados de Exercícios Futuros.
As contas se classificam em ordem decrescente de acordo com a prioridade de pagamento.
Passivo Circulante
O Passivo Circulante compreende todas as obrigações da empresa vencíveis no prazo de um ano ou, se o ciclo operacional for maior que um ano, as obrigações vencíveis em período superior a 31 de dezembro do ano subsequente à data do Balanço. Essas obrigações devem ser tanto as conhecidas (duplicatas a pagar, salários a pagar), como as calculáveis com precisão (juros e outras variações monetárias), quanto às calculáveis apenas aproximadamente (provisões para férias, 13º salário dos empregados). Principais contas: Fornecedores, Duplicatas a Pagar, Tributos a Recolher, Salários e Encargos Sociais, Empréstimos e Financiamentos de Instituições Financeiras.
Duplicatas descontadas: Essa conta indica o desconto antecipado das Duplicatas a Receber em estabelecimentos bancários, é uma conta credora, registrada no Passivo Circulante.
Passivo Não Circulante
No grupo do Passivo Não Circulante registramos as obrigações vencíveis após 31 de dezembro do ano subseqüente, são as operações realizadas por contratos firmados pela empresa com instituições financeiras (como Banco de Investimentos ou de Desenvolvimento).
Patrimônio Líquido
O Patrimônio Líquido representa o valor que os proprietários da empresa aplicaram no negócio. Se a empresa obtiver lucro no período em que apurou o balanço, o valor do seu patrimônio líquido aumenta, se apurar prejuízo, o valor do seu patrimônio líquido diminui. 
Conforme o art. 182 da Lei. 6.404/76, alterado pela Lei 11.638/07 esse grupo é formado: a Parte positiva – Capital Social, Reservas e Lucros; e a Parte Negativa (contas retificadoras) – Capital a Realizar, Prejuízos Acumulados e Ações em Tesouraria. 
Capital Social: Nessa conta registramos o montante de capital subscrito.
Reservas de Capital: Nessa conta são apresentados os valores relativos ao Ágio na emissão de ações ou conversão de debêntures e partes relacionadas; o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; os prêmios recebidos na emissão de debêntures, doações e subvenções para investimentos; e a correção monetária do capital realizado.
Reservas de Reavaliações: Nessa conta registramos os valores relativos ao aumento de elementos do Ativo em virtude de novas avaliações, documentadas por laudo técnico.
Reservas de Lucros: Nessa conta constituímos valores relativos a lucros gerados pela companhia.
De acordo com o Art. 182, §1º e §2º, as reservas são partes do resultado positivo obtido pela empresa (lucros), destinados para uso posterior, e podem ser divididas em: Reservas de Capital, Reservas de Reavaliação e Reservas de Lucros.
Reservas de Capital são geradas por valores recebidos dos proprietários ou de terceiros. As reservas que compõem as Reservas de Capital são: Reserva de Ágio na Emissão de Ações, Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias, Reservas de Alienação de Bônus de Subscrição, Reservas de Prêmios Recebidos na Emissão de Debêntures, Reserva de Doações para Investimentos, Reserva de Subvenções para Investimentos e Reserva da Correção Monetária do Capital realizado.
O art. 182, §4º, dispõe que as reservas de lucro são destinações do lucro líquido apurado pela empresa com suas atividades operacionais e suas destinações são: Dividendos a distribuir ou a Pagar e Parcela para aumento do Capital e Lucros Acumulados.
A reserva legal é a única reserva que é obrigatória nas companhias por ser uma imposição da Lei Societária 6.404/76. A reserva Legal é constituída com 5% do lucro liquido do exercício, antes de qualquer outra destinação e seu saldo não pode exceder a 20% do capital realizado mais a correção monetária deste capital.
Reservas de Lucros ou Prejuízos Acumulados: Nessa conta apresentamos os valores referentes aos lucros ou prejuízos gerados pela companhia, que ainda não receberam destinação específica.
Capital próprio é aqueles que pertencem à entidade, ou seja, o Patrimônio Líquido formado pelo Capital Social, Reservas e Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Capital de Terceiros são aqueles valores que a empresa tem a obrigação de pagar a terceiros, ou seja, Passivo Circulante e Passivo Não Circulante.
Notas Explicativas 
De acordo com o art. 176, parágrafo 4º, as demonstrações publicadas (Balanço Patrimonial, Demonstração do resultado do Exercício e outras), devem ser complementadas pelas Notas Explicativas, outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis, que sejam necessários para melhor entendimento da situação patrimonial da empresa e os resultados apurados pela sua atividade.
As notas explicativas devem indicar:
Principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais (estoques, imobilizados, etc.), o cálculo da depreciação, amortização e exaustão, da constituição das provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para perdas prováveis na realização de elementos do ativo;
Os investimentos relevantes em outras sociedades;
Aumento no valor de elementos do ativo proveniente de reavaliações de ativos;
Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e demais responsabilidades;
As taxas de juros contratadas, as datas de vencimentos e as garantias dadas às obrigações de longo prazo;
Número, espécies e classes das ações do capital social;
As opções de compra de ações outorgadas exercidas no período (exercício social atual);
Os ajustes dos exercícios anteriores;
Os eventos subseqüentes à data do encerramento do exercício que sejam relevantes.
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
ATIVO NÃO CIRCULANTE
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ESTRUTURAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, DE ACORDO COM AS LEIS Nº 11.638/07 E 11.941/2009.
Demonstrações Contábeis:
- Balanço Patrimonial;
- Demonstração do Resultado; 
- Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados – DLPA;
- Demonstração dos Fluxos de Caixa, está regulada por essa Norma aprovada pela Resolução do CFC nº 1.125/08, sua obrigatoriedade começa para as demonstrações contábeis a partir do exercício social findo em 31 de dezembro de 2008;
- Demonstração do Valor Adicionado, obrigatória somente pelas companhias abertas, mas Conselho Federal recomenda sua elaboração como parte das demonstrações contábeis para todas as sociedadesque divulgam demonstrações contábeis; e
- Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, também obrigatória somente pelas companhias abertas, que inclui a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
A Resolução do CFC nº 1.157/09, aprova o Comunicado Técnico CT 03 – que apresenta esclarecimentos sobre as Demonstrações Contábeis. 
Demonstração de Resultados
A Demonstração de Resultados apresenta os aumentos e reduções causadas no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa. As receitas representam aumento do Ativo, através de ingresso de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro proveniente das transações. 
A Demonstração de Resultado apresenta de forma ordenada, todas as receitas, custos e despesas ocorridas no exercício social da empresa. 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 
	RECEITA BRUTA DE VENDAS DE BENS OU SERVIÇOS
( - ) IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS
( - ) DEVOLUÇÕES E ABATIMENTOS
( = ) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS
( - ) CUSTO DA MERCADORIA, PRODUTO OU SERVIÇO VENDIDO
( = ) LUCRO BRUTO
( - ) DESPESAS OPERACIONAIS
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
DESPESAS COMERCIAIS
DESPESAS FINANCEIRAS
RECEITAS FINANCEIRAS
LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL 
( - ) OUTRAS DESPESAS/RECEITAS OPERACIONAIS
( = ) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA
( - ) PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA
( - ) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO
( = ) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Balanço Patrimonial
	ATIVO
	PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	Ativo Circulante 
	Passivo Circulante
	Ativo Não Circulante
	Passivo Não Circulante
	 Realizável a Longo Prazo
	Patrimônio Líquido
	 Investimento
	 Capital Social
	 Imobilizado
	 Reservas de Capital
	 Intangível
	 Reservas de Lucros
	
	 Prejuízos Acumulados
REFERÊNCIAS
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 8ª Ed. São Paulo: Atlas, 2006.
IUDICIBUS, Sérgio de; MARTINS, Elizeu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. 7ªed. São Paulo: Atlas, 2007.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Contabilidade Intermediária: Textos, Exemplos e Exercícios Resolvidos. 2ªed. São Paulo: Atlas, 2005.
SZUSTER, Natan et all. Contabilidade Geral. São Paulo: Atlas, 2007.
SANTOS, José Luiz dos, e GOMES, José Mário Matsumura. Contabilidade Intermediária. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 2003.
www.lopesdesa.com.br link artigos sobre Contabilidade.
www.cfc.org.br links da Revista Brasileira de Contabilidade e Resoluções.
www.crcba.org.br links da biblioteca e Boletim Eletrônico.
Ordem decrescente de Liquidez
Ordem Decrescente de Exigibilidade
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Marilúcia Bicalho Braga

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