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1 Apostila De Contabilidade para não Contadores Disciplina GESTÃO INDUSTRIAL II CURSO: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Profª.: Edson Almeida 2 Fundamentos da Contabilidade Informações sobre a disciplina Ementa: Elementos básicos da contabilidade. Demonstrações Financeiras relativas a resultados e ao patrimônio. Objetivo: Proporcionar ao aluno compreensão dos fundamentos contábeis e sua aplicação na organização com (fins lucrativos ou sem fins lucrativos), bem como as condições para compreensão e análise dos principais demonstrativos contábeis na sua utilização em gestão da organização. 3 Conteúdo Programático: CAPITULO l – A Contabilidade Conceito Objetivo e finalidade Campo de Aplicação da Contabilidade Formas de Sociedades Técnicas Contábeis Princípios Fundamentais de Contabilidade CAPITULO lI – O Patrimônio Conceito Componentes Patrimoniais Aspecto do Patrimônio Conceito de Capital Equação Fundamental do Patrimônio Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais CAPITULO lII – As contas Conceito Débito, Crédito e Saldo Contas Patrimoniais e de Resultado Plano de Contas CAPITULO lV – A Escrituração Conceitos e Métodos Lançamentos Contábeis Lançamentos Processo de Escrituração Livros Contábeis Balancete de Verificação Operações Típicas das Empresas CAPITULO V – O Balanço Patrimonial Conceito Importância, Finalidade e Forma de Apresentação Notas Explicativas Modelo de Balanço Patrimonial CAPITULO VI – Demonstração do Resultado do Exercício e a DLPA Conceito Estrutura da DRE 4 SUMÁRIO 1 Apresentação da Disciplina 2 Plano da disciplina 3 Unidade1 – A Contabilidade 4 Unidade 2 – O patrimônio 5 Unidade 3 – As contas 6 Unidade 4 – A Escrituração 7 Unidade 5 – O Balanço Patrimonial 8 Unidade 6 – A DRE e DMPL 9 Considerações Finais 10 Referências 11 Anexos 5 Apresentação da Disciplina Inicialmente vale esclarecer que o estudo dos Fundamentos da Contabilidade irá auxiliá-lo na compreensão da importância desta ciência no desenvolvimento das organizações. A partir de uma abordagem conceitual dos Fundamentos da Contabilidade, juntamente com suas características e classificação, estudaremos o seu desenvolvimento desde os conceitos primários com o objetivos de atingir o seu entendimento e importância no cotidiano das organizações. Plano da Disciplina A disciplina Fundamentos da Contabilidade baseias-se no estudo do Patrimônio e suas variações, das contas que envolvem a contabilidade e da escrituração. Os demonstrativos contábeis possuem os seguintes objetivos: conhecer as diferentes terminologias que envolvem a contabilidade, compreender a escrituração e sua importância no contexto contábil, analisar o Balanço Patrimonial, identificar as contas patrimoniais e de resultado. O conteúdo programático foi dividido em unidades. Abaixo um resumo do que você irá estudar em cada uma delas: Unidade 1: A Contabilidade Em nossa primeira unidade iniciaremos nossos estudos dos Fundamentos da Contabilidade, conhecendo alguns conceitos que vão ajudar no entendimento da disciplina. Objetivo: Conhecer as conceituações sobre a contabilidade, sua finalidade e importância. Unidade 2: O Patrimônio Em nossa segunda unidade veremos que o objetivo do estudo desta ciência chamada Contabilidade e o Patrimônio. Objetivo: Conhecer as conceituações sobre bens, direitos, obrigações e o Patrimônio Líquido. Unidade 3: As contas Na terceira unidade estudaremos as contas patrimoniais e contas de resultado. Objetivo: Classificar as contas e separá-las em contas patrimoniais e contas de resultado; entender a natureza das contas e os respectivos saldos . 6 Unidade 4: A Escrituração Já na quarta unidade estudaremos a escrituração contábil onde iremos aprender como se faz os lançamentos contábeis, e o momento em determinada conta será debitada e creditada. Objetivo: Compreender os métodos, lançamentos contábeis, o Balancete de Verificação,e as operações típicas das empresas. Unidade 5: O Balanço Patrimonial Nessa unidade estudaremos o Balanço Patrimonial que irá proporcionar o entendimento da separação de todas as contas patrimoniais em seus devidos grupos. Objetivo: Compreender o conceito e a finalidade do Balanço Patrimonial, a forma de apresentação, a classificação das contas, e os critérios de avaliação do Ativo e Passivo. Unidade 6: A demonstração do Resultado do Exercício e a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados. E para finalizar, na última unidade veremos que o que o estudo do Demonstrativo do Resultado possibilita o entendimento da destinação de todas as contas de resultado, bem como a classificação de todos os lucros obtidos pela empresa e suas destinações. Assim esse estudo terá como objetivo de possibilitar o entendimento das mudanças ocorridas no lucro anterior, bem como destinações do lucro atual da empresa. Objetivo: Compreender as formas de apresentação de acordo com a Lei nº 6.404/76, bem como a transferência do lucro líquido para reserva. 7 1. A contabilidade Conceito Objetivo e Finalidade Campo de Aplicação da Contabilidade Formas de Sociedade Técnicas Contábeis CONCEITO O que é contabilidade? A palavra contabilidade deriva do latim computare (contar, computar, calcular). Apesar disso, não se deve confundir contabilidade com matemática. Ciência que estuda o patrimônio do ponto de vista econômico e financeiro, bem como os princípios e as técnicas necessárias ao controle, à exposição e à análise dos elementos patrimoniais e de suas modificações. O 1º Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado no RJ 08/1924, definiu a Contabilidade como: “A ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro dos atos e fatos de uma administração econômica” A Contabilidade é uma ciência que desenvolveu uma metodologia própria com a finalidade de: Controlar o patrimônio das empresas Apurar o resultado das atividades das empresas Prestar informações às pessoas que tenham necessidade na avaliação da situação patrimonial e do desempenho dessas empresas. A função de prestar informações é de fundamental importância, porque elas são necessárias ao processo de tomada de decisões pelos administradores de uma entidade, bem como pelos demais usuários da contabilidade. Função Administrativa da Contabilidade A função administrativa da contabilidade é controlar o patrimônio. Patrimônio – É um conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa física ou jurídica ou a uma entidade, que possam ser avaliados em dinheiro. 8 Função Econômica da Contabilidade A função econômica da contabilidade é apurar o resultado. Resultado – Diferença entre o valor das receitas e o valor das despesas/custos. O resultado pode ser: Positivo ou lucro; Negativo ou prejuízo; Nulo. Receitas – São entradas de elementos para o ativo da empresa, decorrentes de uma transação com terceiros, na forma de bens ou direitos que provocam aumento do patrimônio da empresa. Despesas – São gastos com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de receitas. Custos – São gastos relacionados à atividade de produção, ou seja, são os gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens e serviços numa empresa industrial ou prestadora de serviços. No caso de uma empresa comercial, o custo é diretamente ligado à venda de mercadorias. EMPRESA: É uma unidade de produção, resultante da combinação dos três fatores da produção ( natureza, trabalho, e Capital) A principal função da Contabilidadeé fornecer informações sobre o Patrimônio: Patrimônio – é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, avaliado em moedas. 9 Formas Jurídicas de Constituição das Empresas. Quando uma pessoa jurídica e criada ela se estabelece juridicamente, ganhando uma característica que compõe sua denominação social. No Brasil quais são os tipos de formas jurídicas mais comuns? Classificação das empresas As empresas podem ser classificadas considerando-se três aspectos: aspecto econômico aspecto administrativo aspecto jurídico Aspecto econômico No que se refere ao aspecto econômico, as empresas classificam-se em três grandes grupos ou setores de atividade: a. Setor primário, em que se relacionam as empresas cujas atividades se identificam diretamente com o cultivo e a exploração do solo, com a finalidade de obter alimentos, matérias primas e combustíveis. b. Setor secundário, em que relacionam as empresas de transformação, ou seja, as empresas industriais. Pela utilização dos fatores de produção, essas empresas elaboram, por diversos processos, um produto diferente do original, para posterior comercialização. c. Setor terciário, em que se relacionam as atividades de comércio e de prestação de serviços. A empresa comercial atua como intermediária entre o produtor e o consumidor, por meio da compra de mercadorias para revenda. Por outro lado, a empresa de serviço atua na prestação de serviços por meio de pessoas e equipamentos. Aspecto administrativo Quanto ao aspecto administrativo, as empresas classificam-se em estatais, mistas e privadas. A empresa estatal ou pública é aquela cujo capital social é controlado totalmente pelo poder público. 10 A empresa mista é classificada como pessoa jurídica de direito privado, sendo constituída somente como sociedade anônima. a empresa privada, cujo capital e administração são de total responsabilidade da iniciativa particular. Aspecto Jurídico No que se refere ao aspecto jurídico, as sociedades comerciais podem ser classificadas em dois grandes grupos: empresa individual e empresa societária. Empresa individual – É aquela que pertence a uma só pessoa (empresas sem sócios). Esse único dono será responsável por todos os resultados da empresa. Nesse grupo enquadra – se, principalmente as pequenas empresas, como o pequeno comércio, o agricultor, uma simples prestação de serviço e o industrial quase artesão. O empresário individual (anteriormente chamado de firma individual) é aquele que exerce em nome próprio uma atividade empresarial. É a pessoa física (natural) titular da empresa. O patrimônio da pessoa natural e o do empresário individual são os mesmos, logo o titular responderá de forma ilimitada pelas dívidas. Microempreendedor Individual – MEI Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 81.000,00 por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um MEI legalizado. Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais. 11 Além disso, o MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Assim, pagará apenas o valor fixo mensal. EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) é aquela constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não poderá ser inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. O titular não responderá com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa. A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. Ao nome empresarial deverá ser incluído a expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada, caso contrário a responsabilidade do empresário individual passará a ser ilimitada e o mesmo será responsável pela dívida. A EIRELI também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade As atividades intelectuais que não sejam prestadas de modo puro, aliando-se a outras, constituem, na verdade, elemento de empresa e devem, por isso, adotar a forma de sociedade empresária, registrando se nas juntas comerciais. Empresas societárias No que se refere ainda ao aspecto jurídico, o Novo Código Civil (NCC) brasileiro, que entrou em vigor a partir de 2002, define como sociedade empresária toda sociedade de pessoas que tem por objetivo a produção ou circulação de bens ou serviços com finalidade de lucros. As sociedades devem ter seus documentos de constituição registrados no Registro Público de Empresas Mercantis ( Junta Comercial ) No Brasil, as sociedades obedecem basicamente à seguinte classificação: a. Sociedade em Cota de Participação. b. Sociedade em Comandita Simples. c. Sociedade em Comandita por Ações. d. Sociedade em Nome Coletivo. e. Sociedades por Cotas de Responsabilidade Limitada. 12 f. Sociedade Anônima A sociedade por cotas de responsabilidade limitada e a sociedade anônima são os dois principais tipos de empresa societária. As demais sociedades não são muito comuns. Algumas delas quase em desuso. A sociedade por cota de responsabilidade limitada foi institucionalizada no Brasil em 1919. Nessas sociedades limitadas, o capital é representado por Cotas e distribuído aos sócios de acordo com o aporte financeiro de cada um. A responsabilidade limitada de cada sócio irá até o valor de suas respectivas participações em cotas em sociedade; deve-se considerar, para esse efeito, que o capital da sociedade se encontre totalmente integralizado. Em caso de existirem cotas não integralizadas, qualquer cotista, mesmo os que se acham com suas obrigações para com a sociedade atualizadas, pode ser chamado a complementar a parcela descoberta do capital. Finalmente, a responsabilidade limitada de cada cotista desse tipo de sociedade irá até o valor do capital social, e não ao valor de suas respectivas cotas. SOCIEDADE LIMITADA: Sociedade limitada é aquela que realiza atividade empresarial, formada por dois ou mais sócios que contribuem com moeda ou bens avaliáveis em dinheiro para formação do capital social. A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor do capital social, porém respondem solidariamente pela integralização da totalidade do capital, ou seja, cada sócio tem obrigação com a sua parte no capital social, no entanto poderá ser chamado a integralizar as quotas dos sócios que deixaram de integralizá-las. Mais de 90% das empresas no Brasil são Ltdas. Nome: denominação ou nome fantasia, firma ou razão social, acrescidas da expressão “Ltda”. Um mecânico que possui uma oficina de automóveis com equipamentos, ferramentas, empregados etc. para atender seus clientes. O mesmo podemos dizer da cabeleireira que possui um salão com cadeiras especiais para corte e lavagem de cabelos, shampoos, cremes, secadores, cadeiras de manicure, estufa de esterilização, armazenadores de esmaltes e escovas de cabelo, ajudantes etc. A sociedade simples poderá se quiser, adotar as regras que lhe são próprias ou, ainda, um dos seguintes tipos societários: sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples ou sociedade limitada. A sociedade anônima – é o tipo de empresasocietária que mais se tem desenvolvido nos últimos anos. Seu capital é dividido em parcelas, as quais são representadas por valores mobiliários denominados ações. 13 Uma sociedade anônima ( ou companhia ) tem seu capital expresso em ações, de mesmo valor nominal, as quais podem ser livremente negociadas no mercado. Na S/A, a responsabilidade do acionista é limitada ao montante subscrito ou adquirido de ações. Em caso de insolvência da companhia, somente o patrimônio da sociedade é atingido Tipos de Sociedade anônimas A sociedade anônima pode ser classificada em dois tipos: sociedade anônima de capital aberto ( companhia aberta ) e sociedade anônima de capital fechado ( companhia fechada ) A sociedade anônima, cujo o capital é dividido em ações, será classificada como companhia aberta na hipótese de ter seus valores mobiliários ( ações ou debêntures ) admitidos á negociação no Mercado de Valores Mobiliários. *Obs1. Ações são títulos representativos de uma parcela do capital social de uma empresa. *Obs2. Debêntures são títulos de dívidas, contraídas por uma empresa no mercado, o credor desta dívida é conhecido por “debenturista”. As ações e debêntures são nominativos e negociadas no mercado. As ações constituem-se na menor parcela ( fração ) de capital social da sociedade anônima. As vantagens dos investidores na aquisição de ações podem ser definidas em quatro itens: a. Dividendos: é uma parte dos resultados da empresa, determinada em cada exercício social e distribuída aos acionistas sob forma de dinheiro. Todo acionista tem o direito de receber, no mínimo, o dividendo obrigatório fixado por lei. A legislação brasileira, criou também a figura dos “Juros do Capital Próprio - JCP”, a qual pode ser entendida como um pagamento de parcela do lucro líquido auferido no exercício. b. Bonificação: é a emissão e distribuição gratuita aos acionistas em quantidade proporcional à participação do capital, de novas ações emitidas em função do aumento de capital efetuado por meio da incorporação de suas reservas. De forma eventual pode ocorrer pagamento de bonificação em dinheiro. c. Valorização: da mesma forma que as instituições financeiras, os subscritores de capital poderão ainda beneficiar-se das valorizações de suas ações no 14 mercado, ganho que dependerá do preço de compra, da quantidade de ações emitidas. d. Direito de subscrição: como os atuais acionistas da empresa gozam do direito de serem previamente consultados em todo aumento de capital, esse direito pode também constituir-se em outro tipo de remuneração aos investidores. Isso ocorre quando o preço fixado pelo mercado de determinada ação apresenta-se valorizado em relação ao preço de lançamento. Órgão representativo das sociedades anônimas Para o perfeito funcionamento e equilíbrio da sociedade anônima, são estabelecidos órgãos representativos em sua estrutura de funcionamento interno, estabelecendo a cada um deles funções específicas. Os órgãos representativos previstos por nossa legislação são: Assembleia geral Conselho de administração Diretoria Conselho fiscal A assembleia geral é órgão máximo representativo dos acionistas da empresa. Conhecida como o poder legislativo da sociedade anônima, quando convocada tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia e tomar as resoluções que achar convenientes a sua defesa e desenvolvimento. São de competência privada da assembleia geral de acionistas, entre outras resoluções: Reformar o estatuto social; Autorizar a emissão de debêntures e partes beneficiárias; Deliberar sobre as demonstrações financeiras apresentadas pelas administradores da cia; Deliberar sobre a destinação do lucro líquido produzido no exercício e distribuição de dividendos; Autorizar os administradores a confessar falência e pedir concordatas etc.; Deliberar sobre transformação, fusão, incorporação e cisão da companhia. 15 A Assembleia Geral ( AG ) poderá ser considerada Ordinária (AGO) ou Extraordinária (AGE). A Assembleia Geral Ordinária é convocada pelo menos uma ver por ano, nos quatros primeiro meses seguintes ao término do exercício social, para, entre outras deliberações: a. tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras; b. deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; c. eleger os administradores e os membros do Conselho Fiscal, quando for o caso. A Assembleia Geral Extraordinária é convocada eventualmente a qualquer tempo para deliberações de matérias fora do âmbito da AGO, por exemplo, é pertinente a uma AGE, reformar o estatuto social da companhia, sua dissolução e liquidação, eleger destituir liquidantes e julgar-lhes as contas etc. A diretoria, considerada o órgão executivo e de representação da companhia, será composta por dois ou mais diretores, acionistas ou não, eleitos e destituíveis a qualquer tempo pelo conselho de administração, ou se inexistente, pela assembleia geral. O número máximo de diretores, sua eleição e forma de substituição, o prazo de gestão e as distribuições e poderes de cada um são estabelecidos pelo estatuto social da empresa. O Conselho de Administração pode ser entendido como u órgão de deliberação privativo dos diretores, sendo obrigatória sua constituição nas companhias de capital aberto e nas de capital autorizado. O conselho de administração, segundo a lei das sociedades por ações, será composto por, no mínimo, três membros, eleitos pela assembleia geral da companhia. Compete, entre outras deliberações, ao conselho de administração: a) fixar orientação geral dos negócios da companhia; b) eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes atribuições; c) fiscalizar a gestão dos diretores, examinar a qualquer tempo, os livros e papéis da companhia, solicitar informações sobre contratos celebrados e em vias de celebração; d) escolher e destituir os auditores independentes; e) manifestar sobre relatórios da administração e as contas da diretoria; f) deliberar quando autorizado pelo estatuto, sobre emissão de ações etc. O Conselho Fiscal – é o órgão fiscalizador da sociedade, mas especificamente dos atos praticados pelo conselho de administração e diretoria. É composto por no mínimo três e, no máximo, cinco membros, e suplentes em igual número, acionistas ou não, eleitos por assembleia geral da sociedade. 16 Compete basicamente ao conselho fiscal os atos dos administradores da empresa; opinar sobre o relatório anual da administração, opinar sobre propostas relativas à modificação do capital social, emissão de debêntures, distribuição de dividendos, etc. Governança Corporativa A análise dos demonstrativos financeiros publicados pelas empresas deve refletir de forma correta e elucidativa, a situação econômica e financeira da empresa, o risco e a viabilidade do negócio. A governança Corporativa está voltada basicamente a dois grandes objetivos: otimizar o desempenho da empresa; atender, da melhor forma, as expectativas de todas as parte interessadas, os stakeholders. Empresário - Conceito Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços. Contrato Social O contrato Social, em linhas gerais, estabelece o regime jurídico, as regras para o funcionamento, liquidação da Sociedade, e necessita ser registrado no órgão competente. O Contrato Social é o instrumento jurídico de maior relevância dentro da empresa na medida em que, na observância da lei, tem o condão de adquirir, resguardar, transferir, conservar e/ou modificar direitos entre os sócios. Em outras palavras, o contrato social é a ferramenta hábil a proteger a empresa das relações existentes entre ela, seus sócios e terceiros. 17 Objeto da ContabilidadeO objeto da Contabilidade é o Patrimônio. A contabilidade surgiu da necessidade que as pessoas têm de controlar o que possuem, o que tem a receber e pagar, o que lucrar, etc. Finalidade da Contabilidade A contabilidade tem a finalidade principal assegurar o controle do Patrimônio, fornecendo informações sobre a sua composição e variações objetivando avaliar o resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus objetivos. Assim, a informação contábil utilizada com suas finalidades básicas: a de controle e a de planejamento. A contabilidade é um dos principais sistemas de controle de dados das empresas, destinados a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto da contabilidade. Também fornece informações, tais como, sobre as condições de expandir-se, necessidades de reduzir custos ou despesas, necessidades de buscar recursos subsidiando os administradores e proprietários ao planejamento. As pessoas interessadas nas informações contábeis As pessoas que têm interesse na divulgação das informações contábeis podem ser divididas em dois grupos: Público interno – os administradores, e os acionistas ou sócios controladores; Os administradores necessitam das informações contábeis para melhor desempenhar as funções de gestão do patrimônio. Para eles, essas informações podem ser úteis ao planejamento, ao controle, à tomada de decisões. Público externo - os acionistas ou sócios não controladores, bancos, fornecedores, governo, entre outros. Por força da legislação tributária, a Contabilidade também apura os valores devidos pelas empresas ao Governo. Utiliza as informações para calcular e arrecadar impostos e ainda, faz análise setorial e global da economia. Entre as funções da Contabilidade, temos: Função administrativa – controlar o patrimônio Função econômica – nas empresas, consiste em apurar o lucro ou prejuízo, ou seja calcular o resultado econômico 18 Função financeira - condições de pagar suas dívidas fluxo de caixa ( Contas a Receber e Contas a Pagar) Campo de aplicação da Contabilidade O campo de aplicação da Contabilidade é bastante amplo. Ela atua onde estiver Patrimônio. Está presente em qualquer empresa, seja constituída para fins lucrativos ou não; também está presente nas Instituições de Direito Público. Muitas pessoas possuem Patrimônio que justificam plenamente a utilização da Contabilidade pra captar, registrar, acumular, resumir e interpretar as suas variações. O principal campo de aplicação da contabilidade são as aziendas. Azienda é o patrimônio considerado juntamente com a pessoa que tem sobre ele poderes de administração e disponibilidade. Seu conceito reúne o patrimônio e a pessoa que o administra. CONTABILIDADE FUNÇÃO ADMINISTRATIVA FUNÇÃO ECONÔMICA CONTROLAR O PATRIMÔNIO APURAR O RESULTADO PRESTAR INFORMAÇÕES Administradores Sócios ou Acionistas Investidores Credores Outros 19 Azienda = Patrimônio + Gestão Gestão é o ato de administrar, de gerir os bens, direitos e obrigações, além dos recursos humanos. “Empresa” e “azienda” têm significados diferentes: a primeira é uma espécie da segunda. Empresa é uma azienda com finalidade lucrativa. A contabilidade também é aplicada às entidades sem finalidade lucrativa, como é o caso da União, dos estados, dos municípios das autarquias. A contabilidade é uma só, apenas recebe denominações próprias no campo em que atua. Recebe a seguinte classificação: Contabilidade Comercial: desenvolvida em empresas que se dedicam à compra e venda de mercadorias; Contabilidade Pública: Aplicada nas entidades ligadas ao poder público (União, Estados e Municípios) Contabilidade Bancárias: Adotada para o controle do patrimônio das instituições financeiras ( Bancos comerciais e de investimentos, corretoras, distribuidoras, financeiras ligadas ao sistema financeiro, sujeitas às normas estabelecidas pelo Banco Central do Brasil – BACEN) Contabilidade Industrial: Aplicada nas empresas que têm a finalidade de produzir bens( bens de consumo, veículos, móveis) Também conhecida como contabilidade de custos. Contabilidade Agropecuária: Exercida para o controle do Patrimônio das entidades agrícolas e pecuárias. Titular do Patrimônio O titular do patrimônio pode ser pessoa física ou jurídica. Pessoa Física – A pessoa natural ou física é o ser humano, sem distinção de sexo, idade, raça. A partir do momento em que nasce com vida, a pessoa natural pode ser titular de um patrimônio, quer dizer, é capaz para adquirir bens, e direitos e contrair obrigações. Pessoas Jurídicas – Além de reconhecer a personalidade da pessoa natural, a lei também atribui personalidade à pessoa jurídica (ente moral) Em regra, as pessoas jurídicas são resultantes da união de duas ou mais pessoas físicas e/ou jurídicas, para o desenvolvimento de atividades de interesse comum. 20 Características S A LTDA Capital Social (composição) Ações Quotas Sócios Acionistas Quotistas Documento Principal Estatuto Social Contrato Social Participação dos Sócios nos Lucros Dividendos Dividendos Lei - Reguladora Principal 6.404/1976 – e alterações 11.638/07 e 11.941/09 Novo Código Civil- 10406/02 Remuneração dos Sócios – Pro - Labore (Pelo trabalho, a favor do trabalho) / Dividendos Obs.1 - 6.404/76 Principais Artigos – Art.175 ao art. 205 diretamente ligado a contabilidade. Obs.2 – As sociedades Anônimas poder ser: Abertas – Ações negociadas em bolsa de valores; Fechadas. Obs.3 – Ações: Ordinárias – Com direito a voto; Preferenciais – Não tem direito a voto, mas tem preferência nos dividendos. S / A → pode ter seu capital todo em ações Ordinárias. Obs.4 – Comissão de Valores Mobiliários - CVM→ é uma Autarquia Federal vinculada ao Ministério da Fazenda que tem por objetivo regular e fiscalizar o mercado de capitais. Técnicas Contábeis As técnicas que a contabilidade utiliza para atingir seus objetivos são: Escrituração Contábil: É a técnica de efetuar os registros dos fatos que afetam o Patrimônio da entidade, passíveis de valorização monetária, deve ser efetuada em ordem cronológica através dos lançamentos em livros próprios (comerciais e fiscais) Demonstrações Contábeis: Destinada ao repasse das informações aos usuários da Contabilidade, no que diz respeito à situação patrimonial e suas variações, 21 pois de forma sintética as informações são divulgadas mediante demonstrações padronizadas, quais sejam: Empresas Capital Aberto - Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstrações do Lucros e Prejuízos Acumulados, Demonstrações do Fluxo de Caixa e Demonstração do Valor Agregado; Empresas Capital Fechado Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstrações do Lucros e Prejuízos Acumulados, Demonstrações do Fluxo de Caixa. Auditoria Contábil: Consiste no exame de livros, documentos, relatórios e no levantamento de informações para verificar se as demonstrações financeiras representam de fato a situação econômica e patrimonial da empresa e se foram elaboradas de acordo com os princípios fundamentais de Contabilidade. Trata-se de uma revisão contábil que pode ser feita por: Auditores Internos: Funcionários da empresa que verificam internamente se as normas estão sendo seguidas pelos departamentos; Auditores externos ( independentes): Profissionais liberais ou empresas especializadas que verificam os procedimentos executados para atestar a veracidade das informações contidas nas demonstrações contábeis. Análise de Balanços: Permite a análise e interpretações das Demonstrações Contábeis, visando avaliar o desempenho das entidades em determinados períodos. E também o estudo das situações econômico-financeiras das empresas visa à elaboração de relatórios detalhados, interpretadose escritos em uma linguagem acessível aos usuários das informações. 22 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE De acordo com a resolução 750/93 do CFC, os princípios são os seguintes: Princípio da Entidade; Princípio da Continuidade; Princípio da Oportunidade; Princípio do Registro pelo Valor original; Princípio da Atualização Monetária; (Revogado) Princípio da Competência; Princípio da Prudência. Entidade → não se deve confundir o patrimônio da Entidade com aquele de seus sócios ou proprietários. Continuidade → enquanto existir a entidade deve haver a contabilização dos fatos que afetam o patrimônio. Oportunidade → todo fato que afeta o patrimônio deve ser imediatamente contabilizado, mesmo havendo somente razoável certeza com relação aos valores. Registro pelo Valor Original → os itens patrimoniais devem ser contabilizados pelos seus valores originais das transações com terceiros. Atualização Monetária → deve se reconhecer nos registros contábeis a variação pelo poder aquisitivo da moeda. Competência → as receitas e despesas são contabilizadas em função da ocorrência de seus fatos geradores, independentemente das entradas e saídas de dinheiro. Exemplificando: Numa venda feita em agosto para recebimento em setembro, a receita de venda deverá ser contabilizada no mês de agosto; 23 O aluguel do mês de agosto, que será pago somente em setembro, deve ser contabilizado como despesa do mês de agosto. Prudência → diante de opções igualmente válidas, deve-se adotar o menor valor para os itens do ativo e o maior para os itens do passivo. RESUMO: Princípios Fundamentais de Contabilidade “ O objetivo principal dos princípios fundamentais de contabilidade é padronizar a ciência contábil, de modo que o leitor das informações contábeis possa compreendê- las e compará-las com informações contábeis de outras empresas ou grupos empresariais”. LEITURA COMPLEMENTAR: RIBEITO, Osni Moura. Contabilidade Básica Fácil.São Paulo:Saraiva, 2013 FERREIRA, Ricardo. Contabilidade Básica. São Paulo: Ferreira, 2011 FERRARI, Ed Luiz. Contabilidade Geral. São Paulo: Ímpetrus, 2005 24 2. O Patrimônio Conceito. Componentes Patrimoniais. Aspecto do Patrimônio. Conceito de Capital. Equação Fundamental do Patrimônio. Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais Objetivo da Unidade: Conhecer as conceituações sobre bens, direitos, obrigações e Patrimônio Líquido Conceito: Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade avaliados em moeda. Componentes Patrimoniais: Patrimônio é o conjunto formado, de um lado por todas as aplicações feitas pela empresa em bens e direitos (ATIVO) e, de outro, pelas origens desses recursos representadas pelas obrigações. PATRIMÔNIO ATIVO (Aplicações) PASSIVO (Origens) Bens Obrigações - Capitais de Terceiros Direitos Patrimônio Líquido - Capitais Próprios Ativo O ativo representa os bens e os direitos aplicados na empresa, isto é, o lado positivo do Patrimônio. Bens - São coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. São elementos materiais e imateriais à disposição de uma entidade, que concorrem para que a mesma alcance seus objetivos. Os bens materiais ( ou corpóreo) – como o próprio nome diz, são aqueles que possuem corpo, matéria. Por sua vez, dividem-se em: Bens móveis: Os que podem ser removidos de seus lugar. Exemplos: (mesas, veículos, máquinas, dinheiro, mercadorias, etc.; 25 Bens imóveis: Os que não podem ser deslocados do seu lugar natural. Exemplos: casas, terrenos, edifícios, etc. Os Bens imateriais (ou incorpóreos) são aqueles que não possuem corpo, ou seja, não tem matéria. São determinados gastos que a empresa faz, os quais, por sua natureza, devem ser considerados parte do seu Patrimônio. Ex. Benfeitorias em imóveis de terceiros, fundo de comércio, patentes e marcas. Direitos são todos os valores que a empresa tem a receber de terceiros (terceiros, no caso são os clientes, os fregueses da empresa). Esses Direitos geralmente aparecem com os nomes dos elementos seguidos da expressão a Receber. Exemplo: Elemento Expressão Duplicatas A Receber Promissórias A Receber Aluguéis A Receber Passivo São dívidas para com outras pessoas físicas ou jurídicas. São denominadas obrigações exigíveis, compromissos que serão exigidos (reclamados). Recebe a denominação técnica de origens de capitais de terceiros. Essas obrigações aparecem com os nomes dos elementos seguidos da expressão a Pagar. Exemplo: Elemento Expressão Duplicatas A Pagar Salários A pagar Impostos A Pagar Aluguéis A pagar Patrimônio Líquido – também conhecido como Situação Líquida, representa os recursos próprios da empresa. Aparece sempre ao lado direito do gráfico, formando a equação do Patrimônio da empresa, ou seja, é a diferença algébrica entre o Ativo (A) e o Passivo (P). O Capital Social, as Reservas, os Lucros ou Prejuízos Acumulados são os componentes do Patrimônio Líquido ( PL ) recebendo a denominação técnica de origens de Recursos Próprios. BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES = SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL 26 O Capital é a principal fonte de recursos do grupo do Patrimônio Líquido, pois representa a soma dos valores que o proprietário investiu ( colocou ) na empresa. O Lucro é o principal objeto da empresa. No final do exercício a empresa poderá obter Lucro ou Prejuízo. Quando houver lucro poderá ser distribuído entre os sócios ou formação de reservas. Havendo prejuízo poderá ser compensado com futuros lucros. Quanto às Reservas, representam a parte do lucro não distribuído aos sócios, reservados para determinados fins (reserva legal, aumento de capital). Aspecto do Patrimônio O Patrimônio pode ser visto sob dois aspectos interessados à Contabilidade: Qualitativo e Quantitativo. Qualitativo: Consiste em qualificar os bens, direitos e obrigações, através dos nomes que identificam cada componentes de acordo com sua natureza: PATRIMÔNIO ATIVO PASSIVO BENS – Caixa (dinheiro) OBRIGAÇÕES: Duplicatas a Pagar Veículos Salários a Pagar Móveis DIREITOS – Duplicatas a Receber PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Capital Social Notas Promissórias Reservas de Lucros Quantitativo: Consistem em dar a estes bens, direitos e obrigações seus respectivos valores. BALANÇO PATRIMONIAL Em R$ ATIVO PASSIVO BENS 35.000 OBRIGAÇÕES 15.000 Caixa ( Dinheiro ) 1.000 Duplicatas a Pagar 10.000 Veículos 30.000 Salários a Pagar 5.000 Móveis 4.000 DIREITOS 5.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 25.000 Duplicatas a Receber 2.000 Capital Social 24.000 Notas Promissórias 3.000 Lucro 1.000 TOTAL DO ATIVO....................... 40.000 TOTAL DO PASSIVO.................. 40.000 27 Conceito de Capital Você sabe a diferença entre Capital e Patrimônio? Na Contabilidade, de maneira geral, o termo Capital significa recursos. Capital Próprio, portanto, denota recursos (financeiros e materiais ) dos proprietários (sócios ou acionistas aplicados na Empresa. Capital de terceiros significa recursos de outras pessoas ( físicas ou jurídicas ) A importância que os proprietários investem inicialmente na empresa contabilmente, é denominada Capital ou Capital Nominal. Em caso dos sócios se comprometerem a investir certa quantia na empresa, esse Capital será denominado Capital Subscrito (assinado, comprometido ). Ao cumprirem o contrato firmado, fornecendo dinheiro ou outros bens e valoresà empresa, os proprietários integralizam o capital ( realização do capital ). Capital a Realizar é, portanto, a parte do capital comprometido (subscrito) ainda não realizado. O capital autorizado diz respeito à autorização da pelo estatuto social. É o limite máximo que o capital poderá atingir, sem que haja alteração do estatuto social ( sociedades anônimas ). Em contabilidade, a palavra capital é habitualmente utilizada para representar a importância com que os proprietários do patrimônio iniciam suas atividades. Após determinado período de atividades, essa importância inicial sofre modificações, pois o objetivo das empresas ( entidades com fins lucrativos) é exatamente o aumento de sua riqueza. Enfim, o Capital representa as origens de recursos e pode ser próprio e de terceiros, e o Patrimônio compõe-se de uma parte positiva, denominada Ativo, e de uma parte negativa, denominada Passivo. Importante: O Ativo é formado por bens e direitos e o passivo, por obrigações. O excesso do Ativo sobre o Passivo é o Patrimônio Líquido; esta parcela aparece do Passivo, para complementar a igualdade entre o total do ativo e o do passivo, igualdade essa que denominamos de Equação Patrimonial. Observação: às obrigações também são chamada de Passivo Exigível. Equação Fundamental do Patrimônio A – P.Ex = PL A = Ativo ( bens e direitos ): lado positivo do Patrimônio 28 P.Ex. = Passivo (obrigações): lado negativo do Patrimônio PL = Patrimônio Líquido ( Situação Líquida ): Diferença entre o ativo e o passivo exigível Vejamos agora a representação gráfica dos Estados Patrimoniais Patrimônio Líquido Passivo ( Positivo) A>P.Ex. = PL ( + ) positivo Balanço Patrimonial Ativo Passivo Bens 200 Obrigações 180 Direitos 100 Situação Líquida 120 Total 300 Total 300 A diferença de R$ 120 é chamada Situação Liquida, e será colocada do Passivo. É chamada Situação Líquida Positiva ou Superavitária porque o total dos elementos positivos ( Bens + Direitos ) supera o total dos elementos negativos ( obrigações ) em 120. Patrimônio Líquido Passivo ( Negativo) A<P.Ex. = PL ( - ) negativo Balanço Patrimonial Ativo Passivo Bens 200 Obrigações 340 Direitos 100 Situação Líquida (40) Total 300 Total 300 Neste caso, a situação liquida é considerada negativa ou deficitária, pois o total dos elementos negativos (obrigações ) supera o total dos elementos positivos ( bens e direitos ) em 40. Patrimônio Líquido Nulo A = P ou A – P.ex. = zero Balanço Patrimonial Ativo Passivo Bens 200 Obrigações 300 Direitos 100 Situação Líquida - Total 300 Total 300 Neste caso, o Ativo é inteiramente absorvido pelas Obrigações e a Situação Líquida é Nula, inexistente. Observe que, se pretendêssemos liquidar essa empresa neste momento, tudo o que se apuraria com a venda dos bens e com o recebimento dos Direitos seria necessário para cobrar apenas as Obrigações, não restando nada para o proprietário, (sócio investidor). 29 3. As Contas Conceito. Débito, Crédito e Saldo. Teoria, Função e Estrutura das Contas. Contas Patrimoniais e de Resultado. Plano de Contas. Objetivo da unidade: Classificar as contas e separá-las em contas patrimoniais e contas de resultado, entender a natureza das contas e os respectivos saldos e elaborar um plano de Contas. Conta – é o nome técnico dado aos componentes patrimoniais ( bens, direitos, obrigações e Patrimônio Líquido e aos elementos de Resultado ( Receitas e Despesas) Conta é o título que identifica cada elemento patrimonial e de resultado. O título qualifica os elementos patrimoniais e suas variações, que são quantificados através dos movimentos de débito e crédito da mesma natureza. A forma de registro de débito e crédito surgiu em com a divulgação do método das Partidas Dobradas, em 1494 pelo Frade Italiano Luca Pacioli, e diz o seguinte: “para cada débito haverá um crédito correspondente de igual valor”. O Débito - Representa a aplicação de recursos, representa aumento de valores nas contas que identificam o ATIVO e as DESPESAS. Também representa as diminuições de valores nas contas de PASSIVO e RECEITAS. O Crédito – Representa a origem de recursos. Representa os aumentos de valores nas Contas de Passivo e Receita e as diminuições de valores nas contas de Ativo e Despesas. 30 Classificação das Contas As contas podem ser classificadas em dois grupos: a) Contas Patrimoniais: são as contas que representam os elementos que compõem o Patrimônio. Dividem-se em dois grandes grupos: Ativo e Passivo. Exemplo: Patrimônio ATIVO PASSIVO Bens Obrigações Caixa Fornecedores Veículos Direitos Patrimônio Líquido Duplicatas Receber Capital b) Contas de Resultado: dividem-se em contas de Despesas e contas de Receitas: Despesas: caracterizam-se pelo consumo de bens e pela utilização de serviços. Exemplos: Água e Esgoto Energia Elétrica Material de Limpeza Salários Receitas: decorrem da venda de bens ou prestação de serviços. Exemplos: Vendas de Mercadorias Receitas de Serviços Veja abaixo o quadro auxiliar – débito e crédito e o quadro – raciocínio lógico de débito e crédito. I. Para Valores Patrimoniais a) Pelos aumentos de ativo, debitar a respectiva conta. b) Pelas diminuições do ativo, creditar a respectiva conta. c) Pelos aumentos do passivo, creditar a respectiva conta. d) Pelas diminuições de passivo, debitar a respectiva conta. 31 II. Para conta de Resultados a) Quando ocorrer despesa, debitar a respectiva conta. b) Quando ocorrer receita, creditar a respectiva conta. Quadro - Raciocínio Lógico de débito e crédito ATIVO PASSIVO DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO Valor surge e aumenta Valor diminuir o desaparece Valor diminuir o desaparece Valor surge e aumenta DESPESA RECEITA DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO Valor surge e aumenta Valor estornado por erro ou apuração de resultado Valor estornado por erro ou apuração de resultado Valor surge e aumenta O Saldo: É a diferença entre os movimentos de débito e crédito na conta. Ex. Compra de um veículo, a prazo, por R$ 100.000,00 - Débito: Veículo ...........................100.000,00 -Crédito: Duplicatas a Pagar..........100.000,00 O veículo representa um bem, é um ativo foi debitado. Duplicatas a Pagar representam dívidas, é passivo, por isso foi creditada. Estrutura gráfica da conta Código: 2.11.10-1 Título: Veículos Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C 01/09/2017 Pg. Concessionária XYZ, NF.021, compra de um veículo. 100.000,00 100.000,00 D Código: 3.10.11-2 Título: Duplicatas a Pagar Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C 01/09/2017 Pg. Concessionária XYZ, NF.021, compra de um veículo. 100.000,00 100.000,00 C 32 De forma simplificada, usa-se o razonete ou “razonete em T” para efetuar os lançamentos; Veículos Duplicatas a Pagar Débito Crédito Débito Crédito 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 Contas Patrimoniais e de Resultado Quanto à natureza as contas são classificadas em: Contas Patrimoniais: Que são divididas em Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. ATIVO ( Bens e Direitos): Dividem-se nos seguintes grupos: Circulante: Agrupo contas que representam as disponibilidades e os direitos realizáveis durante o exercício seguinte; Não Circulante: Agrupa contas de direitos realizáveis após o exercício seguinte ( mais de um ano ) Está divididos em quatro grupos a saber: Realizável a longo prazo - são períodos superiores há um ano. Há certos direitos que, mesmo pressupondo-se recebimento a curto prazo, devem ser classificados no realizável a longo prazo. É o caso de empréstimos a diretoresou a empresas coligadas. Investimento – São participações permanentes em outras sociedades. Outros itens não necessários atividade operacional da empresa, mas com características de permanente deverão ser classificados em investimentos. Por exemplo, prédios não utilizados na empresa, terrenos adquiridos para futura expansão, obras de arte, etc. Imobilizado – São os bens corpóreos destinados a manutenção da atividade principal da empresa, ou de exercícios com essa finalidade. Por exemplo: mesas, cadeiras, máquinas, etc. Intangível – São os bens incorpóreos destinados à manutenção da empresa. Por exemplo: Softwares. 33 PASSIVO ( Obrigação ) Circulante: Agrupa contas representativas de obrigação que serão exigidas dentro do exercício seguinte ( até um ano) Não circulante: São as obrigações exigíveis que serão liquidadas com prazo superior a um ano. PATRIMÕNIO LÍQUIDO ( Origem dos próprios recursos): também chamado de situação líquida, agrupa o Capital Social, reservas e prejuízos acumulados. Por exemplo: Consumo de energia elétrica, materiais de limpezas consumidos, materiais de expedientes consumidos ( caneta, lápis, papel, etc) aluguéis, despesas de juros. As receitas: Decorrem da venda de bens e das prestação de serviços. Por exemplo: Vendas de mercadorias, receitas de serviços, aluguéis ativos, descontos obtidos, juros ativos, receitas de aplicação financeiras,etc. Observação: As despesas e as receitas são responsáveis pelas variações do Patrimônio da empresa, pois indicam o resultado das operações que esta realizou em um determinado período, gerando o lucro, prejuízo ou resultado nuto. As despesas: Decorrem do consumo e da utilização de serviços Outras Contas Contas retificadoras: São aquelas que reduzem os valores dos bens direitos classificados no ativo. Exemplo: provisão para devedores duvidosos, provisão para perdas de estoques, depreciação acumulada, amortização acumulada. No PL temos os prejuízos acumulados e as ações em tesouraria. PLANO DE CONTAS É uma relação das conta dispostas em ordem de classificação, segundo a natureza das operações, ou seja, por denominação do Bem, do Direito, da obrigação, do PL, da Despesa e da Receita. Em geral, o plano de Contas pode ser alterado, incluindo-se novas contas, caso seja necessário, no decorrer da vida da empresa. Estrutura básica do Plano de Contas: A estrutura do Plano de Contas obedece a certas convenções e disposições da legislação contábil. Basicamente, ela coincide com a classificação das contas: Contas Patrimoniais (Ativo e Passivo) e Contas de Resultado ( Receitas e Despesas) 34 GRÁFICO I DEVEDORAS - CONTAS PATRIMONIAIS - CREDORAS 1 ATIVO 2 PASSIVO 1.1 ATIVO CIRCULANTE 2.1 PASSIVO CIRCULANTE 1.1.01 Caixa - 600.000 2.1.01 Fornecedores 1.01.02 Bancos conta movimento 2.1.02 Duplicatas a Pagar 1.01.03 Cliente 2.1.03 Promissórias a Pagar 1.01.04 Duplicatas a Receber 2.1.04 Salários a Pagar 1.01.05 Promissórias a Receber 2.1.05 Impostos e Taxas e Recolher 1.01.06 Estoque de Mercadorias 1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 1.2.01 Duplicatas a Receber 2.2.01 Duplicatas a Pagar 1.2.02 Promissórias a Recebe 2.2.02 Promissórias a Pagar 1.2.03 Computadores 1.2.04 Imóveis 1.2.05 Instalações 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.2.06 Móveis e Utensílios 2.3.01 Capital Social - 600.000 1.2.07 Veículos 2.3.02 Lucros Acumulados 1.2.08 Fundo de Comércio CONTAS DE RESULTADO: São aquelas que representam as Despesas e as Receitas. GRÁFICO II CONTAS DE RESULTADO 3 DESPESAS 4 RECEITAS 3.1 DESPESAS OPERACIONAIS 4.1 RECEITAS OPERACIONAIS 3.1.01 Água e Esgoto 4.1.01 Alugueis Ativos 3.1.02 Aluguéis Passivos 4.1.02 Descontos Obtido 3.1.03 Café e Lanches 4.1.03 Juros Ativos 3.1.04 Combustíveis 4.1.04 Receitas Eventuais 3.1.05 Descontos concedidos 4.1.05 Receitas de Serviços 3.1.06 Despesas Bancárias 3.1.07 Despesas de Organização 3.1.08 Energia Elétrica 3.1.09 Fretes e Carretos 3.1.10 Impostos e Taxas 3.1.11 Juros Passivos 3.1.12 Material de Expediente 3.1.13 Material de Limpeza 3.1.14 Serviços de Terceiros 3.1.15 Telefones 3.1.16 Despesas Eventuais 35 . 36 Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais Fatos Administrativos ou Contábeis: São os acontecimentos que provocam variações no valores patrimoniais, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido. Por modificarem o Patrimônio Líquido, devem ser contabilizados através das Contas Patrimoniais e das Contas de Resultado. Os fatos administrativos podem ser classificados em três grupos: Fatos Permutativos Fatos Modificativos Fatos Mistos Fatos Permutativos: São aqueles que permutam os elementos componentes do Ativo e/ou Passivo, sem modificar o valor do Patrimônio Líquido, Pode ocorrer troca entre os elementos do Ativo, entre os elementos do Passivo e entre ambos ao mesmo tempo. Ex. Compra de veículo à vista Compra de móveis a prazo Fatos Modificativos: São aqueles que acarretam alterações, para mais ou menos, no Patrimônio Líquido. São classificados em aumentativos ou diminutivos. Os fatos Modificativos Aumentativos provocam aumento no valor do Patrimônio da empresa por meio de obtenção de receitas ou ganhos em determinado período. Ex. Recebimento de Receita de Aluguel. Fatos Modificativos Diminutivos provocam diminuição do valor do Patrimônio Líquido através de despesas ou custos realizados em determinado período. Ex. Despesas com salários, despesas com energia, etc. Fatos Mistos: Envolve, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um diminutivo. Pode, portanto, acarretar alterações no Ativo e no Patrimônio Líquido, ou no Passivo e no Patrimônio Líquido, ou no Ativo, no Passivo e no Patrimônio Líquido ao mesmo tempo. Também são classificados em aumentativos e diminutivos. Nos Fatos Mistos Aumentativos verifica-se permuta entre os elementos patrimoniais e ainda auferindo receita. Ex. 37 Pagamento de uma duplicata, com valor nominal de 1.000, com desconto de 10%. Recebimento de direitos com juros cobrados Venda de bens por superior ao custo de aquisição Ex. Venda de Móveis e Utensílios que custaram $ 700, foram vendidos por $ 750. Esse evento diminuirá o Ativo em $ 700, pela venda dos Móveis e Utensílios; aumentará novamente o Ativo, pela entrada de $ 750, em dinheiro, no Caixa; e aumentará o Patrimônio Líquido, pelo lucro auferido de $ 50. Nos Fatos Mistos Diminutivos verifica-se permuta entre valores patrimoniais e ainda realização de despesas. Ex. No pagamento de uma duplicata, com valor nominal de 1.000 com juros de 10%. Ato Administrativo Ato administrativo é qualquer negócio realizado pela administração que não modifique o patrimônio. Contratação de um empregado; concessão de aval ( garantia dada em título de crédito ) 38 ESCRITURAÇÃO Como a Contabilidade faz controle do Patrimônio das empresas? Para que o controle do Patrimônio seja eficaz, a contabilidade precisar registrar todos os fatos que ocorrem na empresa. Esse registro é feito por meio da escrituração. Em que consiste a escrituração: A escrituração, uma das técnicas utilizadas pela Contabilidade, consiste em registrar nos livros próprios (Diário, Razão, Caixa e Conta-correntes) todos os fatos que provocam modificações no Patrimônio da empresa. A escrituração começa pelo livro Diário, em que os fatos são registrados de forma contábil, por meio do lançamento, obedecendo a uma disposição técnica em ordens cronológica. Para registrar os fatospor meio de lançamentos, a Contabilidade utiliza as contas. Escrituração do livro Diário O livro Diário é um livro obrigatório pela legislação comercial. É o registro básico de toda a escrituração contábil. Nele deve ser lançado, dia a dia, todos os atos ou operações da atividade que modifiquem ou possam vir a modificar a situação patrimonial da pessoa jurídica. Dada sua função histórica o livro diário é o mais importante livro contábil. Com ele podemos recuperar todo o passado da entidade, além de possibilitar a reconstituição dos demais livros, no caso de extravio. Por outro lado a falta do livro diário torna impossível a recuperação dos demais livros da contabilidade. Escrituração do livro Razão Por muito tempo foi facultativo. Hoje é obrigatório. É indispensável em qualquer tipo de empresa: é o instrumento mais valioso para o desempenho da contabilidade. Consiste no agrupamento de valores em contas de mesma natureza e de forma racional. Em outras palavras, o registro no Razão é realizado em contas individualizadas; assim, teremos um controle por conta. LIVROS BÁSICOS DE ESCRITURAÇÃO 39 Escrituração do livro Caixa O livro Caixa é auxiliar. Nele são registrados todos os fatos administrativos que envolvam entradas e saídas de dinheiro O que é lançamento? Lançamento é o meio pelo qual se processa a escrituração. Todos os fatos que ocorrem na empresa são registrados nos livros próprios, por meio de uma técnica chamada lançamento. O lançamento é composto pelos seguintes elementos essenciais: local e data da ocorrência do fato conta a ser debitada conta a ser creditada histórico valor QUADRO AUXILIAR DA ESCRITURAÇÃO I. Para elementos patrimoniais: a) Toda vez que aumentar o Ativo, debitar a respectiva conta. b) Toda vez que diminuir o Ativo, creditar a respectiva conta. c) Toda vez que aumentar o Passivo, creditar a respectiva conta. d) Toda vez que diminuir o Passivo, debitar a respectiva conta. II. Para elementos de Resultados: a) Toda vez que ocorrerem Despesas, debitar a respectiva conta. b) Toda vez que se realizarem Receitas, creditar a respectiva conta. NOTAS: As contas de Despesas serão creditadas nos casos de estornos e na apuração de Resultado do Exercício. As Contas de Receitas somente serão debitadas nos casos de estorno e na apuração do Resultado do Exercício. MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO RAZONETE LANÇAMENTOS 40 O razonete é uma representação gráfica e resumida do livro Razão, utilizada, basicamente, para fins didáticos, que mostra todos os valores lançados a débito e/ou a crédito da conta num determinado período, além do respectivo saldo (indicado no lado esquerdo, se for devedor, ou no lado direito, se credor). Sendo assim, para registrar e controlar o movimento das Contas, em substituição ao livro Razão, didaticamente podemos utilizar gráficos em T, em número igual ao de Contas existentes na escrituração do livro Diário. DÉBITOS CRÉDITOS Exemplo: Contabilizar os fatos abaixo em razonetes: 1. Investimento inicial, em dinheiro: R$600.000 2. Compra de um automóvel, 50% de entrada e o restante financiado: R$400.000 3. Depósito efetuado no Banco do Brasil S/A: R$50.000 1. D – Caixa – 600.000 C – Capital – 600.000 2. D – Veículo – 400.000 C – Caixa – 200.000 C – Financiamentos – 200.000 3. D – Ativo - Depósito B.Brasil – 50.000 C – Caixa – 50.000 41 (D) Caixa (C) (D) Capital (C) (D) Veículos (C) (1) 600.000 200.000 (2) 600.000 (1) (2) 400.000 50.000 (3) 600.000 250.000 Saldo 350.000 (D) Banco do Brasil (C) (D) Financiamentos (C) (3) 50.000 200.000 (2) Para facilitar a identificação dos lançamentos, colocamos ao lado de cada valor o respectivo número. Após elaborados os Razonetes, somamos os movimentos de cada Conta, e levantamos o Balancete de Verificação. 42 Balancete é uma relação de Contas extraídas do livro Razão (ou Razonetes), com seus saldos devedores e credores. A soma dos saldos devedores deve ser igual à soma dos saldos credores. O principal objetivo das empresas é obtenção de lucro. Mas o lucro é apenas um dos resultados da gestão da empresa em determinado exercício, pois pode ocorrer prejuízo. Como apurar os resultados no final do ano (exercício), as empresas adotam uma série de procedimentos, tendo como ponto de partida a elaboração do Balancete, o qual relaciona todas as contas utilizadas pela Contabilidade no período. Modelo de Balancete Seguindo o nosso exemplo anterior, o balancete ficaria da seguinte forma: CONTAS MOVIMENTO SALDO DÉBITO CRÉDITO DEVEDOR CREDOR Caixa 600.000 250.000 350.000 Capital 600.000 600.000 Veículos 400.000 400.000 Financiamentos 200.000 200.000 Banco do Brasil 50.000 50.000 TOTAIS 1.050.000 1.050.000 800.000 800.000 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO 43 PROCESSO CONTÁBIL Início Fatos fundamentos em documentos idôneos Compras / Vendas Pagamentos Recebimentos ( Documentos idôneos ) Escrituração Diário Razão Caixa Contas Correntes Apuração de Resultado Final Demonstrações Balanço Patrimonial Demonstração do Resultado do Exercício Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados / Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Demonstração do Fluxo de Caixa Demonstração do Valor Adicionado Para às empresas S/ A 5 declaração O processo contábil encerra – se com a elaboração das demonstrações contábeis. 44 O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, por meio do qual podemos apurar (atestar) a situação patrimonial e financeira de uma entidade em determinado momento. Nessa demonstração, estão claramente evidenciados o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido da entidade. Seguindo, ainda, nosso exemplo anterior, o Balanço Patrimonial ficaria como segue: BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO e PL Caixa 350.000 Passivo Bancos 50.000 Financiamentos 200.000 Veículos 400.000 Patrimônio Líquido Capital 600.000 Total 800.000 Total 800.000 Exercícios: 1. Total das Origens de Recursos - R$ 800.000 2. Total das Aplicações de Recursos - R$ 800.000 3. Total do Capital de Terceiro - R$ 200.000 4. Total de Bens - R$ 750.000 5. Total de direitos – R$ 50.000 6. Total do Capital Próprio – R$ 600.000 ESTÁTICA PATRIMONIAL: O BALANÇO 45 Demonstrações exigidas pelas legislações fiscal, comercial e societária Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: a) Balanço Patrimonial; b) Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); c) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) ou Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA); d) Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC); e e) Demonstração do Valor Adicionado (DVA). f) g) h) DEMONSTRAÇÕES A elaboração dessas demonstrações é obrigatória tanto por determinação da legislação comercial e societária (Lei nº 6.404/76, art. 176, I a V, com as alterações introduzidas pela lei 11.638/07) quanto da legislação do Imposto de Renda (art.274 do RIR/99), tratando-se de pessoas jurídicas submetidas ao regime de tributação com base no lucro real (as quais ficam obrigadas a manter escrituração completa). Na prática, as expressões “demonstrações financeiras” e “demonstrações contábeis” têm o mesmo significadoembora a segunda seja mais apropriada. 46 . RELATÓRIOS CONTÁBEIS Relatórios contábeis e seus objetivos Relatório contábil é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela contabilidade. Objetiva relatar às pessoas que se utilizam da contabilidade os principais fatos registrados pela contabilidade em determinado período. A Lei das Sociedades por Ações estabelece que, ao fim de cada período social (12 meses), a diretoria fará elaborar (e deverá publicar, comparando dois exercícios), com base na escrituração contábil, as demonstrações financeiras relacionadas a seguir: Balanço Patrimonial (BP) – É a demonstração contábil destinada a evidenciar em uma determinada data, o patrimônio da entidade. Tem por finalidade apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) – Tem por finalidade apresentar o resultado econômico da empresa. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) e de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) – Evidencia a mutação do patrimônio líquido em termos globais (novas integralizações de capital, resultado do exercício, etc) e em termos de mutações internas (incorporações de reservas ao capital, transferências de lucros acumulados para reservas, etc) Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) – Visa mostrar como ocorreram as movimentações de disponibilidades em um dado período de tempo. Demonstração do Valor Adicionado (DVA) (se companhia aberta) – Tem como objetivo principal informar o valor da riqueza criada pela empresa e a forma de sua distribuição. Além das demonstrações financeiras relacionadas, poderemos ter também: Relatório da administração – Não faz parte das demonstrações contábeis propriamente ditas, mas a lei exige a apresentação desse relatório, que deve evidenciar os negócios sociais e principais fatos administrativos ocorridos no exercício, os investimentos em outras empresas, a política de distribuição de dividendos e de reinvestimento de lucros, etc. Prestação de contas dos administradores aos acionistas. Apresenta resultados, cenários, planos futuros, políticas de RH, sustentabilidade, ... Notas explicativas – Complemento com informações necessárias à plena avaliação da situação patrimonial da empresa. 47 Esclarecem critérios contábeis e fornecem detalhes acerca das demonstrações financeiras e de seus itens, tornando a informações mais simples e compreensível. Detalhes sobre contas a receber, estoques, e outros ativos, bem como sobre financiamentos (tipos, prazos e taxas, por exemplo). Parecer do Conselho Fiscal – Não é obrigatório por lei, porém normalmente é publicado. Parecer dos Auditores Independentes – A Lei das S.A. determina que as demonstrações contábeis das companhias abertas sejam auditadas por auditores independentes registrados pela CVM. ‘Atesta a qualidade das demonstrações financeiras’ Há padrão para o Parecer dos Auditores Parecer com Ressalva (explica a ressalva e motivos,) Parecer Adverso (mais forte) Negativa de opinião (ineficiência de comprovação para auditar) Balanço Social – Não obrigatório. Tem o objetivo de demonstrar o resultado da interação da empresa com o meio em que está inserida. Possui quatro vertentes: o Balanço Ambiental, o Balanço de Recursos Humanos, Demonstração do valor Adicionado e Benefícios e Contribuições a Sociedade em geral. Exercício abrangidos Publicação de forma comparativa: último e penúltimo exercícios Empresas abrangidas Controladora e consolidado O exercício social terá duração de um ano, não havendo necessidade de coincidir com o ano civil, embora, na maioria das vezes, assim aconteça. Para fins de IR, o exercício social deverá coincidir com o ano civil. 48 Balanço Patrimonial ATIVO 20x1 20x2 PASSIVO 20x1 20x2 CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa / Bancos Empréstimos e Financiamentos Aplicação Financeira Fornecedores Duplicatas a Receber Imposto a Pagar (-) PCLD e DD Salários a Pagar Outros Créditos Estoques NÃO CIRCULANTE Despesas Antecipadas EXIGÍVEL A LONGO PRAZO NÃO CIRCULANTE Empréstimos e Financiamentos REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Duplicatas a Receber PERMANENTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Investimentos Capital Social Participação em outra empresa Reservas de Capital Imobilizado Ajuste de Avaliação Patrimonial Intangível Marcas e Patentes Reservas de Lucros Fundo de Comércio ( - )Ações em tesouraria Prejuízos Acumulados TOTAL ATIVO TOTAL DO PASSIVO 49 A Demonstração do Resultado do Exercício é a apresentação, em forma resumida das operações realizada pela empresa, durante o exercício social, demonstradas de forma a destacar o RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO. Tem o objetivo fornecer aos usuários das demonstrações financeiras os dados básicos e essenciais à análise da formação do resultado. Esta aula refere-se ao estudo da Demonstração do Resultado do Exercício, cujo objetivo é relatar o lucro ou prejuízo apurado pela empresa em determinado exercício. O lucro constitui toda a essência dessa demonstração, pois significa o retorno dos acionistas, a compensação pelos riscos em participar da empresa. O contrário também é verdadeiro: todo o prejuízo gerado deverá ser bancado pelos acionistas. A DRE é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período (geralmente 12 meses). Sua forma de apresentação é a dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, apura-se o resultado (lucro ou prejuízo). O exercício social tem a duração de um ano e a legislação determina que a cada exercício seja apurado o resultado do período, isto é, se a empresa auferiu lucro ou prejuízo. Portanto, todas as despesas e receitas são transferidas para uma conta transitória chamada Apuração do Resultado do Exercício (ARE), sendo que, no próximo período, apurar-se-á a despesa e receita começando-se do zero, ou seja, não se acumulam despesas e receitas de um ano para o outro (Independência Absoluta de Períodos). Exemplo: DRE – Demonstração do Resultado do Exercício Obs. Embora seja elaborada anualmente para fins de divulgação, é feita mensalmente pela administração e trimestralmente para fins fiscais. A DRE é elaborada de acordo com o Regime de Competência. Por exemplo, ao apurar o resultado de X9 a empresa confrontará as receitas geradas (realizadas) em X9 conta as despesas incorridas no mesmo ano. Não importando se as receitas foram recebidas e se as despesas foram pagas. O que vale é o FATO GERADOR, e não o recebimento ou pagamento. 50 Empresa LUPA Ltda. Despesas incorridas em X9: 30.000,00 LUCRO= RECEITAS -DESPESAS Receitas realizadas em X9: 50.000,00 L = 50.000 – 30.000 = 20.000 Apuração do resultado de X9 em razonetes, transferindo o lucro do exercício para conta Lucros Acumulados. (D) RECEITAS (C) (D) DESPESAS (C) (c) 50.000 50.000 (b) (a) 30.000 30.000 (c) 0 (D) ARE (C) (D) LUCROS (C) (c) 30.000 50.000 (c) 20.000 (d) 20.000 (d) 20.000 0 (a) lançamento de encerramento das contas de despesas (b) lançamento de encerramento das contas de receitas (c) lançamento de encerramento da conta ARE (d) Transferência para Lucros 51 De acordo com a Lei nº 11.638/07 das S.A. a DRE, basicamente, fica assim estruturada: DISCRIMINAÇÃO VALOR - R$ Receita Bruta de Vendas e Serviços (-) Deduções da Receita Bruta: • Vendas canceladas e devoluções •Abatimentos e Descontos Incondicionais • Impostos e Contribuições incidentes sobre Vendas - ICMS - ISS - PIS sobre Receita Bruta - Cofins sobre Receita Bruta (=) Receita Líquida das vendas e serviços vendidos (-) Custo das mercadorias vendidas e serviços vendidos (=) Lucro Bruto (-) Despesas Operacionais: - com vendas - gerais e administrativas - financeiras líquidas (despesas financeiras menos receitas financeiras) - outras despesas operacionais (+) Outras receitas operacionais (=) Lucro (ou prejuízo) Operacional (+) Outras Receitas e Outras Despesas (-) Contribuição social sobre o lucro líquido (CCLL) (=) Resultado do exercício antes do imposto de renda (-) Despesas com provisão para imposto de renda (-) Participações: • de debenturistas • de empregados • de administradores • de titulares de partes beneficiárias (=) Lucro ou prejuízo líquido do exercício 52 DESPESAS OPERACIONAIS: São todos os gastos não computados nos custos, que se relacionam diretamente com o objetivo do negócio de uma empresa. De acordo com a Lei 11.638/07 se dividem em: Despesas com Vendas Despesas Financeiras deduzidas das receitas financeiras Despesas gerais e Administrativas Outras Despesas Operacionais a) Despesas com Vendas: Todas as despesas diretamente relacionadas com as vendas, tais como: propaganda, comissão dos vendedores, frete sobre vendas, etc. b) Despesas Gerais e Administrativas: As despesas com a gestão da empresa, como, por exemplo: salários e encargos sociais do pessoal administrativas, luz, água, telefone, telex, limpeza, segurança e depreciação do imobilizado administrativo, despesas bancárias etc. c) Despesas Financeiras menos Receitas Financeiras: No grupo das despesas l1nanceiras são classificadas as despesas incorridas com a utilização de recursos de terceiros, tais como: juros, comissão bancária na abertura de financiamentos, impostos sobre as operações financeiras etc. No grupo das receitas financeiras são registradas as receitas auferidas em função de terceiros utilizarem os recursos da empresa, como, por exemplo: juros sobre duplicatas de clientes pagas em atraso, rendimentos provenientes de aplicações em títulos do governo e privados. d) Outras despesas operacionais: São despesas que não se enquadram como despesas com vendas, financeiras, gerais e administrativas, ou seja: despesas operacionais complementares. É o caso do resultado negativo da avaliação de ações pelo método de equivalência patrimonial e das variações monetárias passivas. e) Outras receitas operacionais: São receitas que não se enquadram como receita bruta de vendas e serviços ou como receita financeira., ou seja: receitas operacionais complementares. É o caso do resultado positivo da avaliação de ações pelo método de equivalência patrimonial e das variações monetárias ativas e receitas de aluguel. f) Outras Receitas e Outras Despesas: As receitas e despesas que estavam sendo classificadas como não operacionais, em conformidade com a lei anterior, devem ser denominadas de Outras Receitas e Outras 53 Despesas, uma vez que a MP 449/08 as receitas e as despesas não devem ser mais segregadas como operacionais e não operacionais. Exemplos: Outras receitas: lucro na venda de ativos imobilizados, receitas eventuais etc. Outras Despesas: prejuízo na venda de imobilizado, multas, perdas com sinistro, despesas eventuais etc. g) Contribuição Social: Representa o valor da contribuição social apurada ao final do exercício, visando a financiar a seguridade social, incidindo sobre as pessoas jurídicas. h) Provisão para Imposto de Renda: A participação do fisco no lucro da empresa i) Participações e Contribuições: As participações dos empregados, administradores, debenturistas etc. no lucro da sociedade também as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados. j) Lucro por Ação do Capital Social: Representa o valor do lucro líquido do exercício dividido pelas quantidades de ações. Algumas companhias fazem o cálculo com base na quantidade de ações no fim do ano, enquanto outras o fazem com base na quantidade média de ações em circulação durante o exercício social. Evidentemente, o segundo cálculo dá uma posição mais real em função de ponderar o tempo de utilização do recurso para apurar sua efetiva rentabilidade. O Lucro Liquido mede a capacidade do negocio de obter um resultado e indica se a empresa tem ou não operado com sucesso. 54 Modelo sintético DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) DISCRIMINAÇÃO VALOR - R$ Receita Bruta de Vendas ( - ) Impostos e Deduções ( = ) Receita Líquida de Vendas ( - ) CMV - Custo das Mercadorias Vendidas Custos Diretos Custos Indiretos ( = ) Lucro Bruto ( - ) Despesas Operacionais Despesas Comerciais Despesas Administrativas (= ) Lucro Antes do Imposto de Renda Imposto de Renda Contribuição Social ( = ) Lucro Líquido DRE – RESUMIDA DRE Receita de Vendas R$ 100.000 ( - ) Custos dos Produtos Vendidos R$ 60.000 ( = ) Lucro Bruto R$ 40.000 ( - ) Despesas administrativas e de vendas R$ 15.000 ( = ) Lucro Líquido Operacional R$ 25.000 55 Exemplo: Descrição 2020 RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVICOS 1.037.542 DEDUCOES DA RECEITA BRUTA (48.817) Impostos e Abatimentos sobre a Receita Bruta (39.388) Receitas Canceladas (9.429) RECEITA LIQUIDA DE VENDAS E SERVICOS 988.724 CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS E DOS SERVICOS PRESTADOS (641.549) LUCRO BRUTO 347.175 DESPESAS OPERACIONAIS (275.622) Vendas (117.902) Encargos Financeiros Líquidos 3.730 Gerais e Administrativas (144.953) RESULTADO OPERACIONAL 71.553 RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIB SOC E PARTIC 71.553 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUICAO SOCIAL A PAGAR (17.126) Imposto de Renda (12.428) Contribuição Social (4.698) Resultado antes da Participação nos Lucros e Resultados 54.427 PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS - RESULTADO ANTES DOS JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO 54.427 REVERSAO DOS JUROS S/ CAPITAL PROPRIO 18.001 RESULTADO LIQUIDO DO PERIODO 72.428 56 Exemplo: Contabilizar os fatos abaixo em razonetes: 1. Investimento inicial, em dinheiro: R$600.000 2. Compra de um automóvel, 50% de entrada e o restante financiado: R$400.000 3. Depósito efetuado no Banco do Brasil S/A: R$50.000 4. Recebimento em dinheiro pela Receita de Prestação der Serviços: R$ 100.000 5. Pagamento de Aluguel no mês: R$ 10.000 DIÁRIO: 1. D – CAIXA C – CAPITAL SOCIAL R$ 600.000 2. D – VEÍCULO R$ 400.000 C- CAIXA R$ 200.000 C – FINANCIAMENTOS R$200.000 3. D - DEPÓSITO B. BRASIL C - CAIXA R$ 50.000 4. D – CAIXA C – RECEITA DE SERVIÇOS R$ 100.000 5. D – DESPESA DE ALUGUEL C – CAIXA R$ 10.000 RAZONETES: D Caixa C D Capital C D- Veículos C 1 600.000 200.000 1 600.000 1 2 400.000 50.000 3 4 100.000 10.000 5 700.000 260.000 440.000 D Banco do Brasil C D Financiamentos C 3 50.000 200.000 2 D - Receitas
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